sexta-feira, 29 de junho de 2012

ASSÉDIO MORAL DE UMA DIRETORA E UM COORDENADOR CONTRA UMA PROFESSORA .

RELATO DE UMA SITUAÇÃO EM QUE UMA EDUCADORA FOI EXPOSTA AO RÍDICULO.

Embu das Artes 27 de junho de 2012
Hoje fui para o Conselho de Classe e fui torturada, sofri pressão psicológica e mesmo assim não deixei me abalar. Quando cheguei na U.E. a diretora estava de saída, assim fez, se despediu e foi embora.
No primeiro Conselho, o coordenador apresentou os informes e logo em seguida dirigiu a palavra a mim nos seguintes termos: “Agora, senhores pais e alunos, a professora irá se justificar a respeito da sua licença ... irá falar sobre o problema que ela teve Bom professora, pode falar...” Vale ressaltar que; neste Conselho, somente eu da bancada de professores fui indagada. Eu disse: “Boa noite! Senhores pais boa noite e alunos do primeiro ano C, bom, o que tenho a dizer a todos vocês é que, infelizmente, tive um problema de saúde e fui afastada para um tratamento. Senhores pais, assim como todos e qualquer trabalhador tenho direito de afastamento de saúde se o médico assim achar necessário”. Os pais entenderam e me desejaram melhoras e boas vindas, porém, o coordenador não satisfeito, ainda questionou aos alunos: “Vocês alunos, tem alguma coisa para falar sobre o trabalho da professora?” Eles responderam: “não” e assim encerrou-se o Conselho de Classe do primeiro ano C com pais, professores e alunos.
Após este Conselho, ainda tivemos um segundo onde a diretora também não participou. Ao término do segundo Conselho, a diretora chegou e permitiu uma pausa de 15 minutos, terminando esse intervalo, voltamos para iniciar o Conselho do segundo ano C. A diretora se sentou na bancada conosco e o coordenador iniciou os informes, assim como foi realizado nos demais conselhos e dirigiu a palavra a mim, porém, neste momento, a diretora interrompeu e começou a falar com pais e alunos ali presentes e, com autoritarismo, apresentou e falou a respeito de todos os professores ali presentes, dizendo ser todos ótimos profissionais, e depois disse ao meu respeito, “que a professora... é a professora da disciplina de química ... que foram atribuídas as aulas de química a ela ... porém, os filhos de vocês já estavam a dois anos sem essa disciplina por falta de professor ... agora temos aqui esta professora que trabalhou conosco um bimestre e nos deixou ... e hoje esta aqui de volta ... senhores pais, eu estou aqui somente para falar a respeito do que aconteceu com esta professora ... quero deixar bem claro que estou preocupada com a educação dos filhos de vocês ... vejo que os filhos de vocês têm grande defasagem na disciplina, por isso senhores pais, cobrem a professora e se vocês quiserem falar algo a respeito disso se manifestem, (pois educação só acontece com o professor em sala de aula)”. Ela pressionou os pais a me questionarem, varias vezes repetiu a frase. Uma mãe indignada com atitude da diretora pediu licença para falar e disse: “a professora... não pediu para ficar doente, ela tem direito ao afastamento”. A diretora, usando de sarcasmo disse: “professora fale do seu problema!” e assim comecei a falar: “Boa noite senhores pais e alunos, como os senhores já me conhecem, sou professora de química e é meu primeiro ano nesta unidade, comecei com esta turma no inicio deste ano letivo e, infelizmente, tive problemas de saúde e fui afastada por meu médico e retornei na última segunda-feira”. Bom após eu ter falado isso, os pais ficaram todos revoltados e diziam: “a professora esteve doente e é direito dela o afastamento”; Eu fiz o relatório das falas da diretora em uma folha de caderno e algumas mães assinaram como testemunha.
A diretora, gestora, pedagoga e educadora que é, quis a todo o momento me desmoralizar e me expor ao ridículo perante os pais, ela me intimidou, e me afrontava a todo o momento, gesticulava com o dedo apontado em minha direção, o que ela queria, não conseguiu, que era criar uma situação onde os pais ficariam contra mim, porém tive apoio de todos eles, a maioria das mães ali presentes me abraçou e me desejaram boas vindas neste retorno, e até mesmos testemunhariam toda a situação ao meu favor ... os mesmos fizeram questão de assinar o próprio nome por extenso. O que a diretora fez foi uma pressão psicológica a mim, mas não perdi a calma. Sei que APEOESP e agora os pais iram me apoiar.
Ministro aulas da disciplina de Química na unidade escolar Vila Olinda localizada em Embu das Artes - Diretoria da região de Taboão da serra 

Essa atitutude é lamentável, essa diretora e sse coordenador deverm ser processados para que sirva de lição para que outros não venham a cometer o mesmo crime. Louvável foi a atitude dos pais que apoiaram a professora, isso só vem provar que temos a comunidade ao nosso lado nas lutas, e que nosso maior inimigo na educação nem sempre são os governantes, mas os subalternos que pensam estar trabalhando com gado. Punição rigorosa para esses péssimos servidores da educação.

 

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