sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Jesus loves me - Marshall Hall

There is a river - Legendada

Alpha and Omega - Legendada

Home - Gaither Vocal Band (legendado) full.wmv

He's Watching Me - Gaither Vocal Band

I Do Believe - Gaither Vocal Band

More Than Ever - Gaither Vocal Band

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A Paixão de Cristo de Mel Gibson - Completo

O FILHO PRÓDIGO-FILME COMPLETO

Genesis A Criação E O Dilúvio (Filme Bíblico Dublado)

Atos dos Apóstolos Filme Completo dublado

FILME BÍBLICO APOCALIPSE DE SÃO JOÃO COMPLETO

Jacó O Homem Que Lutou Ao Lado De Deus (Filme Bíblico Dublado)

O Rei Davi e Golias - (Filme Bíblico Dublado)

sábado, 10 de dezembro de 2011

ALERTA: ACTIVIA


 


 


 


 

Voce sabe do que é feito o ACTIVIA????

O mais interessante, é que a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) somente agora, depois de publicada essa denúncia pela internet, resolveu proibir a propaganda do Activia. Por quê não o fez antes, já que conhecia o problema, sendo uma "agência técnica"???

Afinal, o que é Activia? O que são osbacilos DanRegularis ?

"Bifidobacterium animalis é uma bactéria anaeróbica gram-positiva encontrada nos intestinos de animais de grande porte, inclusive humanos."

Qual seria então a fonte para se obter o famoso DanRegularis?

NÃO, você não está enganado. São as FEZES HUMANAS!!, SIM, SIM E SIM!!!

Mas o absurdo não para aí.

Muitas empresas têm tentado registrar subespécies específicas como uma técnica de marketing, renomeando estas subespécies com rótulos pseudo-científicos.

A Danone (Dannon) protocolou como marca registrada a cepa DN 173.010, e comercializa o organismo nomeando-o de:

Bifidus Digestum (Reino Unido), Bifidus Regularis (EUA e México), Bifidubacterium Lactis ou B.L. Regularis (Canadá),
DanRegularis (Brasil) e Bifidus Artiregularis (Argentina, Áustria, Bulgária, Chile, Alemanha, Itália, Irlanda, Romênia, Rússia e Espanha).

Cientificamente, o nome correto desta cepa é Bifidobacterium animalis subsp.animalis, strain DN-173.010.

O motivo pelo qual a bebida láctea Activia ajuda na digestão é o simples fato de que a bactéria adicionada pela Danone pertence a uma cepa mais irritante para a mucosa intestinal, que ao entrar em contato trata de expelir o mais rapidamente possível o material fecal.

Sejamos honestos. É saudável, a longo prazo, acostumar o sistema digestivo (ou mais modernamente, sistema digestório) humano a somente funcionar pela introdução de um material irritante/estimulante? Isso não seria viciar o organismo? Não seria mais coerente consumir mais fibras e menos pão branco, o verdadeiro culpado pelos problemas intestinais?

Alimento probiótico, eles dizem... Até quando vamos ser ingênuos (ou seria mais correto otários) de acreditar cegamente em propagandas e em campanhas de marketing??

A bebida láctea contendo Bifidobacterium animalis sp vem sendo comercializada pela Danone pelo mundo afora desde 1990, mas somente no Brasil tiveram a cara-de-pau de colocar o nome da marca Danone (DanRegularis) no nome científico registrado.

Mas, sinceramente, prefira as verduras ao leite de cocô doce.


EM OUTRAS PALAVRAS, A TAL DE BEBIDA LÁCTEA TEM MERDA MESMO!!!!!!

Marília C. Duarte
(Nutricionista)
São Paulo - SP

Anvisa proíbe propaganda do iogurte Activia (Folha Online):

www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u416847.shtml

27/06/2008 - 13h33

Anvisa proíbe propaganda do iogurte Activia

da Folha Online

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou nesta sexta-feira a suspensão de todas as propagandas do iogurte Activia por problemas na divulgação de suas propriedades.

Para a agência, a Danone, responsável pelo produto, anuncia o iogurte como se ele fosse "uma forma de tratamento para o funcionamento intestinal irregular." O decreto, de "interesse sanitário", foi publicado hoje no "Diário Oficial da União".

Em seu site, a Danone afirma que "tomar Activia diariamente, como parte de uma dieta equilibrada e de um estilo de vida saudável, proporciona uma quantidade suficiente de bacilos DanRegularis para ajudar a regularizar o seu sistema digestivo."

A Danone foi procurada pela reportagem por meio de sua assessoria de imprensa, mas ainda não se manifestou.

Isso deixa claro que podemos muito através da internet, podemos mesmo mudar o rumo desta Nação, basta que queiramos. Uma mensagem de caixa a caixa com certeza tudo pode: derrubar um político, baixar o preço de produtos, eliminar coisas avessas ao organismo humano, tipo o Activia,. Basta que saibamos nos unir numa corrente forte...

Na prática não precisamos de coisa nenhuma da Danone e de outras do gênero!

VAMOS POIS BOICOTAR ESTE PRODUTO
FEITO COM EXCREMENTO ANIMAL,
SABE-SE LÁ QUE TIPO DE DOENÇAS ISSO
PODERA ACARRETAR DENTRO DO NOSSO
ORGANISMO EM UM FUTURO PRÓXIMO
COM TANTAS DOENÇAS ESTRANHAS APARECENDO,
EPIDEMIAS,ETC...
SE PUDERMOS VAMOS EVITAR CERTOS TIPOS
DE ALIMENTOS.

http://lattes.cnpq.br/2887958600139345


 


 

Responder para:

Responder para Florinda Amaral Garcia


 

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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011


 


ATRIBUIÇÃO DE AULAS TERÁ INÍCIO NO DIA 23 DE JANEIRO DE 2012


 


Decisão significa recuo da SEE: pela proposta inicial, atribuição começaria no dia 17/01

Secretário também confirma que jornada do piso será implementada. APEOESP conquistou liminar na Justiça


 


 


Nº 87 • 01/12/2011

URGENTE

http://www.apeoesp.org.br • imprensa@apeoesp.org.br

ATRIBUIÇÃO DE AULAS TERÁ INÍCIO NO DIA 23 DE JANEIRO

Decisão significa recuo da SEE: pela proposta inicial, atribuição começaria no dia 17/01

Secretário também confirma que jornada do piso será implementada. APEOESP conquistou liminar na Justiça

Ao final da reunião da comissão de gestão da carreira ocorrida nesta quinta-feira, 1º de dezembro, o secretário da Educação divulgou que a atribuição de aulas para 2012 ocorrerá nos dia 23 e 24 de janeiro (efetivos) e 27 a 31 de janeiro (não efetivos, OFAs-categoria "F" e contratados em caráter temporário). A decisão é excepcional, válida para a próxima atribuição.

A APEOESP vem lutando pela revogação da Resolução 44 (que dividiu nossas férias em dois períodos de 15 dias em janeiro e julho) e pela realização da atribuição em dezembro. A SEE alegou inviabilidade da atribuição em dezembro deste ano e pretendia iniciar a atribuição em 17 de janeiro, quebrando as férias de janeiro pela metade. Após muita pressão da APEOESP e dos professores houve recuo da Secretaria, ficando o início da atribuição para 23 de janeiro. O secretário também assegurou que os professores terão 30 dias de descanso em julho, entre férias e recesso.

Houve compromisso público do secretário da Educação de viabilizar a atribuição de aulas para o ano letivo de 2013 em dezembro de 2012, permitindo, assim, a revogação da Resolução 44.

Jornada do piso será implementada

Na mesma reunião o secretário confirmou que implementará para o ano letivo de 2012 a composição da jornada de trabalho prevista na lei do Piso Salarial Profissional Nacional (lei 11.738/08), que prevê no mínimo 1/3 para atividades extraclasse. Atualmente o Estado aplica apenas 17% da jornada em atividades fora da sala de aula. O secretário já havia manifestado a mesma posição na audiência pública ocorrida na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, no dia 30/11.

A confirmação vem após a APEOESP conquistar na Justiça uma liminar que determina a imediata aplicação da lei e após o governador do Estado, Geraldo Alckmin, ter declarado que a lei será aplicada, com a contratação de mais professores, convocação de concursados e aumento de carga horária de professores que já se encontram na rede.

Vamos nos manter vigilantes quanto a essa questão e nos mobilizaremos para cobrar sua efetivação.

Redução da quarentena

O secretário da Educação informou ainda que está na Casa Civil, para envio à Assembleia Legislativa, projeto de lei que reduz a quarentena para os professores da categoria "O" e para os atuais categoria "L" de 200 dias para 30 dias.

Plano de carreira

Na reunião foram definidos os itens que poderão ser utilizados para a evolução funcional pela via não acadêmica, como parâmetros para a continuidade dos trabalhos do Grupo de Trabalho nº 2 da Comissão Paritária.

Os novos itens não substituirão, mas se somarão aos que atualmente já compõem a evolução funcional pela via não acadêmica, nos fatores "atualização", "aperfeiçoamento" e "produção profissional".

Na mesma reunião também foram votados os itens que deverão compor a evolução funcional pela via acadêmica. Tais itens dizem respeito à formação em nível de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado), que pode ser realizada não apenas na disciplina específica, mas na área da Educação.

Os trabalhos da comissão paritária serão retomados no final do mês de fevereiro de 2012, em calendário a ser definido e publicado.

Passeta contra a Violência nas Escolas

Nesta sexta-feira, 02/12, a UBES - União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, com participação da APEOESP, promove a passeata "Estou com os professores juntos por uma EDUCAÇÃO do tamanho do Brasil" . A concentração será no MASP, av. Paulista, a partir das 14 horas. Orientamos as subsedes e os diretores da Capital e da Grande São Paulo a participar da atividade.

Secretaria de Comunicações

terça-feira, 22 de novembro de 2011

FAX URGENTE APEOESP 21 DE NOVEMBRO DE 2011


APEOESP ingressa com ação judicial pela imediata aplicação da Lei do Piso em São Paulo


 

http://www.apeoesp.org.br • imprensa@apeoesp.org.br

 

Desde a sanção pelo governo federal da Lei 11738/08 (Piso Salarial Profissional Nacional), a APEOESP vem lutando pela sua total aplicação no Estado de S. Paulo no que concerne ao artigo que determina no mínimo 1/3 da jornada de trabalho para atividades extraclasse. Atualmente, a rede de ensino de São Paulo destina apenas 17% da jornada a atividades fora da sala de aula.

Cabe lembrar que logo após a sanção do presidente Lula, cinco governos estaduais (MS, RS, SC, CE. PR), com apoio de outros governadores, ingressaram com Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a lei 11738 e perderam. O Supremo Tribunal Federal confirmou que a lei é constitucional, deve ser aplicada e que os professores devem recorrer à justiça caso isto não ocorra.

Como até o presente momento, apesar da pressão da APEOESP, a Secretaria de Estado da Educação em São Paulo tem negligenciado esta decisão com informações vagas como "estamos realizando estudos", "faremos a aplicação em breve", o Sindicato ingressou com ação judicial nesta segunda-feira, 21, exigindo a imediata aplicação do artigo que determina 1/3 da jornada para as atividades como preparação de aulas, elaboração e correção de provas e trabalhos, formação continuada no próprio local de trabalho, entre outras.

Em defesa deste direito, nossa luta deve continuar em todas as frentes: não vamos abrir mão de uma conquista assegurada pela intensa mobilização dos trabalhadores da Educação em todas as regiões do país.

Sindicato promove encontrode CEJAs

No próximo dia 26 de novembro, a partir das 9 horas, em local a ser definido, a APEOESP realizará encontro de professores dos Centros de Educação de Jovens e Adultos com objetivo de debater e propor ações acerca de propostas de mudanças anunciadas pelo governo estadual para este nível de ensino.

Orientamos as subsedes que divulguem o encontro e indiquem dois professores por CEJA existente em sua área de abrangência. A indicação pode ser feita no e-mail da Presidência do Sindicato: presiden@apeoesp.org.br.

 

Secretaria de Comunicações

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Limpeza dental ajuda a reduzir risco de infarto, diz estudo.

Limpeza frequente reduz a inflamação provocada pela proliferação de bactérias, protegendo de doenças cardiovasculares.

Limpar os dentes regularmente não só garante um sorriso brilhante, mas também ajuda a reduzir os riscos de infarto e acidente vascular cerebral (AVC), revelou estudo publicado este domingo durante encontro anual da American Heart Association em Orlando (EUA).

Os cientistas descobriram que as pessoas cujos dentes foram limpos por dentista ou profissional tinham 24% menos riscos de sofrer um ataque do coração e 13% menos de sofrer um AVC do que aqueles que nunca fizeram limpeza dental em um dentista.


Para o estudo, realizado no hospital geral de veteranos de Taipé, em Taiwan, foram coletadas amostras de 100.000 pessoas, que foram acompanhadas por sete anos.

Os cientistas consideraram a limpeza dental frequente aquela que ocorria pelo menos duas vezes a cada dois anos ou mais, e ocasional a que ocorria uma ou menos de uma vez a cada dois anos.

A limpeza profissional dos dentes parece reduzir a inflamação provocada pela proliferação de bactérias, que pode provocar infartos e AVCs, explicou a doutora Emily (Zu-Yin) Chen, cardiologista do hospital de veteranos.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Lição 5 LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA IASD

22 a 29 de outubro 

  

 
 


 

 
 

Fé e Antigo Testamento

 
 


 

 
 


 

 
 

Sábado à tarde

Ano Bíblico: Lc 6–8 


VERSO PARA MEMORIZAR:
"Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-Se Ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro)" (Gl 3:13).


Leituras da semana:
Gl 3:1-14; Rm 1:2; 4:3; Gn 15:6; 12:1-3; Lv 17:11; 2Co 5:21

 
 

Um garoto havia feito um pequeno barco, todo pintado e preparado com muita beleza. Certa vez, alguém roubou seu barco, e ele estava angustiado. Um dia, ao passar por uma casa de penhores, ele viu seu barco. Com alegria, correu ao dono da casa, e disse: 'Esse é o meu pequeno barco!' 'Não', disse o homem, 'ele é meu, porque eu o comprei'. 'Sim', disse o garoto, 'mas ele é meu, porque eu o fiz.' 'Bem', disse o penhorista, 'se você me pagar dois dólares, pode levá-lo'. Era muito dinheiro para um menino que não tinha um centavo. Em todo caso, ele resolveu comprá-lo. Assim, ele cortou grama, fez todo tipo de trabalhos pequenos, e logo obteve o dinheiro.
"Ele correu até a loja e disse: 'Eu quero o meu barco.' Ele entregou o dinheiro e recebeu seu barco. Ele pegou o barco em seus braços, o apertou, o beijou e disse: 'Amo você, querido barquinho. Você é meu! Você é meu duas vezes. Eu fiz você, e agora eu comprei você.'


"Assim acontece conosco. Em certo sentido, somos duas vezes do Senhor. Ele nos criou, e entramos na casa de penhores do diabo. Então, Jesus veio ao mundo e nos comprou a um terrível custo. Não foi prata nem ouro, mas Seu precioso sangue. Somos do Senhor pela criação e pela redenção" (William Moses Tidwell, Pointed Illustrations [Ilustrações Selecionadas], Kansas City, Missouri: Beacon Hill Press, 1951, p. 97)

 
 


 


 

Domingo

Ano Bíblico: Lc 9–11 


Os insensatos gálatas

 
 

1. Leia Gálatas 3:1-5. Resuma abaixo o que Paulo está dizendo a eles. Em que sentido podemos estar em perigo de cair na mesma armadilha espiritual, de começar bem e depois cair no legalismo?

 
 

Diversas traduções modernas têm tentado captar o sentido das palavras de Paulo no verso 1, sobre os gálatas "insensatos". A palavra que Paulo usa, em grego, é ainda mais forte do que essa. A palavra é anoetoi, que vem da palavra para mente (nous). Literalmente, significa "estúpido". Os gálatas não estavam pensando. Paulo não parou por aí: ele disse que, visto que eles estavam agindo de maneira tão insensata, ele queria saber se algum mágico havia lançado um feitiço sobre eles. "Quem os enfeitiçou?" Sua escolha de palavras aqui pode até sugerir que a principal fonte por trás da condição deles era o diabo (2Co 4:4).


O que deixou Paulo tão perplexo sobre a apostasia dos gálatas com relação ao evangelho foi que eles sabiam que a salvação é enraizada na cruz de Cristo. Eles não poderiam ter dúvidas sobre isso. A palavra traduzida como "representado" ou "exposto" (RC, RA) em Gálatas 3:1 significa literalmente "anunciado em cartaz", ou "retratado". Era usada para descrever todas as proclamações públicas. Paulo estava dizendo que a cruz era tão importante em sua pregação que os gálatas tinham, com efeito, visto o Cristo crucificado com os olhos da mente (1Co 1:23; 2:2). Em certo sentido, ele estava dizendo que, por suas ações, eles estavam se afastando da cruz.


Então, Paulo comparou a experiência dos gálatas com a forma pela qual eles, no começo, haviam experimentado a fé em Cristo. Para isso, ele fez algumas perguntas retóricas. Como eles haviam recebido o Espírito, ou seja, como eles haviam se tornado cristãos, no começo? E de uma perspectiva ligeiramente diferente, por que Deus havia dado o Espírito? Foi porque eles haviam feito algo para merecê-Lo?


Certamente, não! Em vez disso, foi porque eles haviam acreditado nas boas-novas do que Cristo já havia feito por eles. Tendo começado tão bem, o que faria com que pensassem que então eles tinham que passar a confiar em seu próprio comportamento?

 
 

Quantas vezes você pensou: "Estou me saindo muito bem"? "Sou um cristão bastante sólido, não faço isso, não faço aquilo..."? E então, mesmo de maneira sutil, você está pensando que é de algum modo suficientemente bom para ser salvo? O que há de errado com essa situação?

 
 


 

 
 

Segunda

Ano Bíblico: Lc 12–14 


Fundamentado nas Escrituras

 
 

Até este ponto do nosso estudo, Paulo defende seu evangelho da justificação pela fé, apelando ao acordo alcançado com os apóstolos em Jerusalém (Gl 2:1-10) e à experiência pessoal dos próprios gálatas (Gl 3:1-5). Começando em Gálatas 3:6, Paulo então se voltou para o testemunho das Escrituras para a confirmação final e principal do seu evangelho. Na verdade, Gálatas 3:6 a 4:31 é composto por argumentos progressivos enraizados nas Escrituras.

 
 

2. O que Paulo quis dizer quando escreveu sobre as "Escrituras", em Gálatas 3:6-8?
Rm 1:2; 4:3; 9:17


É importante lembrar que, na época em que Paulo escreveu sua carta aos gálatas não existia o "Novo Testamento". Paulo foi o primeiro escritor do Novo Testamento. O Evangelho de Marcos provavelmente seja o mais antigo dos quatro evangelhos, mas ele talvez não tivesse sido escrito até por volta do tempo da morte de Paulo (65 d.C), ou seja, cerca de quinze anos depois da carta de Paulo aos gálatas. Assim, quando Paulo se referia às Escrituras, ele tinha em mente apenas o Antigo Testamento.


O Antigo Testamento desempenhou um papel significativo nos ensinamentos de Paulo. Ele não o via como palavras mortas, mas como a autorizada e viva Palavra de Deus. Em 2 Timóteo 3:16 ele escreveu: "Toda a Escritura é inspirada por Deus". A palavra traduzida por "inspiração" é theopneustos. A primeira parte da palavra (theo) significa "Deus", enquanto a segunda parte significa "inspirar".


A Escritura é "inspirada por Deus". Paulo usou as Escrituras para demonstrar que Jesus é o Messias prometido (Rm 1:2), para dar instrução sobre a vida cristã (Rm 13:8-10), e para provar a validade de seus ensinamentos (Gl 3:8, 9).


É difícil determinar exatamente quantas vezes Paulo cita o Antigo Testamento, mas citações são encontradas em todas as suas cartas, exceto nas menores, Tito e Filemon.

 
 

3. Leia atentamente Gálatas 3:6-14. Identifique os trechos do Antigo Testamento citados nesses versos. O que isso nos diz sobre a autoridade que o Antigo Testamento possui?

 
 

Você já chegou a pensar que uma parte da Bíblia é mais "inspirada" do que as outras? Diante da afirmação de Paulo em 2 Timóteo 3:16, qual é o perigo de seguir por esse caminho?

 
 


 

 
 

Terça

Ano Bíblico: Lc 15–17 


Considerado justo

 
 

4. Por que Paulo apelou primeiramente a Abraão, ao examinar as Escrituras em busca de confirmação para sua mensagem evangélica? (Gl 3:6).

 
 

Abraão é uma figura central no judaísmo. Não somente é o pai do povo judeu, mas os judeus na época de Paulo também o consideravam o modelo de como deveria ser um verdadeiro judeu. Muitos não só acreditavam que sua característica essencial era a obediência, mas que Deus declarou Abraão justo por causa dessa obediência. Afinal, Abraão deixou sua terra natal e sua família, aceitou a circuncisão, e estava disposto até a sacrificar seu filho, conforme a ordem de Deus. Isso é obediência! Insistindo na questão da circuncisão, os oponentes de Paulo certamente utilizaram esses mesmos argumentos.


Paulo, entretanto, respondeu com o mesmo argumento, apelando para Abraão nove vezes em Gálatas, mostrando que o patriarca havia sido um exemplo de fé, e não da observância da lei.

 
 

5. O que significa fé creditada (imputada) para justiça?
Gn 15:6; Rm 4:3-6, 8-11, 22-24

 
 

Ao passo que justificação é uma metáfora tirada do mundo jurídico, a palavra contado ou considerado é uma metáfora tirada do mundo dos negócios. Pode significar "creditar" ou "colocar algo na conta de alguém". Não é utilizada com referência a Abraão apenas em Gálatas 3:6, mas ocorre outras onze vezes em conexão com o patriarca. Algumas versões da Bíblia a traduzem como contado, considerado, ou imputado.


De acordo com a metáfora de Paulo, o que é colocado em nossa conta é a justiça. A questão é, contudo, em que base Deus nos considera justos? Certamente não pode ser na base da obediência, apesar do que os adversários de Paulo alegavam. Não importa o que eles disseram sobre a obediência de Abraão, as Escrituras dizem que Deus o justificou por causa de sua fé.


A Bíblia é clara: a obediência de Abraão não foi o fundamento de sua justificação; ela foi, em vez disso, o resultado. Ele não fez as coisas que fez a fim de ser justificado; fez porque já havia sido justificado. Justificação conduz à obediência, e não o contrário.

 
 

Você não é justificado pelas coisas que faz, mas somente pelo que Cristo fez em seu favor. O que esse fato significa para você? Por que isso é uma notícia tão boa? Como tornar essa verdade parte da sua vida, ou seja, acreditar que se aplica a você, pessoalmente, não importando suas lutas do passado e do presente?

 
 


 

 
 

Quarta

Ano Bíblico: Lc 18–20 


O evangelho no Antigo Testamento

 
 

Gálatas 3:8 diz: "Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos" (Gl 3:8). Paulo escreveu que não somente o evangelho foi pregado a Abraão, mas que foi pregado por Deus; assim, esse foi o verdadeiro evangelho. Mas, quando Deus pregou o evangelho a Abraão? A citação de Paulo de
Gênesis 12:3 indica que ele tinha em mente a aliança que Deus fez com Abraão quando o chamou, em Gênesis 12:1-3.

 
 

6. Leia Gênesis 12:1-3. Qual era a natureza da aliança que Deus fez com Abraão?


A base da aliança de Deus com Abraão estava centralizada nas promessas de Deus a ele. Deus fez quatro promessas a Abraão. As promessas de Deus a Abraão são incríveis porque são completamente unilaterais. Deus fez todas as promessas. Abraão não prometeu nada. A maioria das pessoas tenta se relacionar com Deus de modo contrário. Nós geralmente prometemos que O serviremos, somente se Ele, em troca, fizer alguma coisa por nós. Mas isso é legalismo. Deus não pediu que Abraão prometesse nada, mas que aceitasse Suas promessas pela fé. Claro, isso não foi uma decisão fácil, porque Abraão teve que aprender a confiar totalmente em Deus e não em si mesmo (Gn 22). O chamado de Abraão ilustra, portanto, a essência do evangelho, que é salvação pela fé.


Alguns erroneamente concluem que a Bíblia ensina duas formas de salvação. Eles afirmam que, nos tempos do Antigo Testamento, a salvação era fundamentada na guarda dos mandamentos; então, como isso não deu muito certo, Deus aboliu a lei e tornou possível a salvação pela fé. Nada poderia estar mais longe da verdade! Como Paulo escreveu em Gálatas 1:7, há apenas um evangelho.

 
 

7. Que outros exemplos você pode encontrar no Antigo Testamento sobre salvação unicamente pela fé?
Lv 17:11; Sl 32:1-5; 2Sm 12:1-13; Zc 3:1-4

 
 

Muitas vezes ouvimos a expressão "graça barata". Contudo, essa ideia é incorreta. A graça não é barata, é gratuita (pelo menos para nós). Mas nós a arruinamos, quando pensamos que, por meio de nossas obras, podemos adicionar algo a ela, ou quando pensamos que podemos usá-la como desculpa para o pecado. Em sua própria experiência, para qual desses dois caminhos você está mais inclinado a se dirigir? Como você pode mudar de direção?

 
 


 

 
 

Quinta

Ano Bíblico: Lc 21, 22 


Resgatados da maldição (Gl 3:9-14)

 
 

Os oponentes de Paulo ficaram, sem dúvida, espantados por suas ousadas palavras em Gálatas 3:10. Eles certamente não pensavam que se achavam sob maldição. Se houvesse alguma coisa para eles, esperavam que fosse uma bênção por sua obediência. No entanto, Paulo foi claro: "Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las" (Gl 3:10).


Paulo contrastou duas alternativas completamente diferentes: salvação pela fé e salvação pelas obras. As bênçãos e maldições da aliança descritas em Deuteronômio 27 e 28 foram diretas. Aqueles que obedecessem seriam abençoados, e os que desobedecessem seriam amaldiçoados. Isso significa que, se uma pessoa quisesse confiar na obediência à lei para ser aceito por Deus, então toda a lei devia ser guardada. Não temos a liberdade de escolher aquilo que queremos seguir, nem deveríamos supor que Deus esteja disposto a deixar passar alguns erros aqui e ali. É tudo ou nada.


Essa é, naturalmente, a má notícia, não apenas para os gentios, mas também para os adversários legalistas de Paulo, porque "todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3:23, RC). Não importa o ardor com que tentemos ser bons, a lei só pode nos condenar como transgressores.

 
 

8. Como Cristo nos libertou da maldição da lei?
Gl 3:13; 2Co 5:21


Paulo introduziu outra metáfora para explicar o que Deus fez por nós em Cristo. A palavra redimir significa "comprar de volta". Ela representa o preço do resgate pago para libertar reféns ou o preço pago para libertar um escravo. Porque o salário do pecado é a morte, a maldição por falhar em guardar a lei é a constante sentença de morte. O resgate pago por nossa salvação não foi insignificante: custou a Deus a vida de Seu próprio Filho (Jo 3:16). Jesus nos resgatou da maldição, tornando-Se nosso portador de pecados (1Co 6:20; 7:23). Ele voluntariamente tomou sobre Si a nossa maldição e sofreu em nosso favor toda a penalidade do pecado (2Co 5:21).


Paulo citou Deuteronômio 21:23 como prova bíblica. Segundo o costume judaico, uma pessoa estava sob a maldição de Deus se, após a execução, o corpo fosse pendurado num madeiro. A morte de Jesus na cruz foi vista como um exemplo dessa maldição (At 5:30; 1Pe 2:24).


Não é de admirar, então, que a cruz tenha sido uma pedra de tropeço para alguns judeus que não podiam conceber a ideia de que o Messias fosse amaldiçoado por Deus. Mas esse foi exatamente o plano de Deus. Sim, o Messias sofreu a maldição; mas ela não era dEle, era nossa!

 
 


 


 

Sexta

Ano Bíblico: Lc 23, 24 


Estudo adicional

 
 

Sobre Cristo como nosso substituto e penhor, foi posta a iniquidade de nós todos. Foi contado como transgressor, a fim de nos redimir da condenação da lei. A culpa de todo descendente de Adão pesava sobre Seu coração. A ira de Deus contra o pecado, a terrível manifestação de Seu desagrado por causa da iniquidade, encheram de consternação a vida de Seu Filho. Em toda a Sua vida, Cristo havia anunciado ao mundo caído as boas-novas da misericórdia do Pai e de Seu amor perdoador. A salvação para o maior pecador fora Seu tema. Mas agora, com o terrível peso de culpa que carregava, não pôde ver a face reconciliadora do Pai. O afastamento do semblante divino, do Salvador, nessa hora de suprema angústia, penetrou Seu coração com uma dor que nunca poderá ser bem compreendida pelo homem. Tão grande era essa agonia, que Ele mal sentia a dor física.


"Satanás torturava com cruéis tentações o coração de Jesus. O Salvador não podia enxergar para além dos portais do sepulcro. A esperança não Lhe apresentava Sua saída da sepultura como vencedor, nem Lhe falava da aceitação do sacrifício por parte do Pai. Temia que o pecado fosse tão ofensivo a Deus, que Sua separação houvesse de ser eterna. Cristo sentiu a angústia que há de experimentar o pecador quando não mais a misericórdia interceder pela raça culpada. Foi o sentimento do pecado, trazendo a ira divina sobre Ele, como substituto do homem, que tão amargo tornou o cálice que sorveu, e quebrantou o coração do Filho de Deus" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 753).

 
 

Perguntas para reflexão
1. Mesmo hoje em nossa igreja, alguns ainda têm dificuldade em aceitar a salvação unicamente pela fé, e que a graça de Deus, por meio de Cristo, nos salva, à parte de nossas obras. O que está por trás dessa hesitação de alguns em aceitar essa verdade fundamental?
2. Paulo falou de maneira muito forte sobre o erro teológico da salvação pelas obras. O que isso nos diz sobre a importância da teologia correta? Por que devemos nos levantar vigorosamente, se necessário, quando o erro está sendo ensinado entre nós?

 
 

Resumo: Do início ao fim da vida cristã, a base da nossa salvação é a fé unicamente em Cristo. Foi por causa da fé que Abraão teve nas promessas de Deus que ele foi considerado justo, e esse mesmo dom de justiça está disponível hoje para todo aquele que partilhar da fé que Abraão teve. A única razão pela qual não somos condenados por nossos erros é que Jesus pagou o preço pelos nossos pecados, ao morrer em nosso lugar.


 

 


Texto-chave:
Gálatas 3:13


O aluno deverá...
Conhecer: O fundamento, no Antigo Testamento, para a compreensão da redenção e justificação pela fé.
Sentir: A tristeza e a agonia suportadas por Cristo em nosso favor, por causa da maldição da separação do Pai.
Fazer: Aceitar e valorizar as profundezas do sacrifício de Cristo em nosso benefício e, pela fé, suplicar Sua justiça para perdoar nossos pecados e nos cobrir.


Esboço
I. Saber: Redenção no Antigo Testamento
A. Como o tema da redenção era ilustrado no Antigo Testamento no sistema de sacrifícios?
B. Que histórias do Antigo Testamento desenvolvem o tema de um substituto pagando um trágico preço a fim de salvar os outros?


II. Sentir: Ele sofreu nossa maldição
A. Por que Deus Se envolveu em tantas dificuldades para ilustrar a morte substitutiva de Cristo muito antes de vir à Terra?
B. Por que é fundamental nos identificarmos com a humilhação e vergonha de Cristo na prisão, acusações, nudez e sensação de abandono da crucificação?


III. Fazer: Aceitando o custo
A O sistema sacrificial do Antigo Testamento era um lembrete físico diário dos sofrimentos que Cristo suportaria em nosso favor. Como podemos manter vivas essas imagens hoje?
B. O que precisamos fazer para compartilhar da morte de Cristo e, pela fé, aceitar Seu dom de vida?


Resumo: Através do sistema sacrificial, o Antigo Testamento ilustrava o terrível custo do pecado e a oferta de um substituto perfeito para tomar o lugar do pecador na morte.


Ciclo do aprendizado


Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: A fé unicamente em Cristo é o que nos torna filhos e filhas de Deus.
Só para o professor: Nesta lição os professores são incentivados a seguir o exemplo de Paulo em Gálatas 3, apresentando e realizando exercícios que encorajem e ajudem a classe a se livrar da ideia generalizada de que nossas obras nos salvam. Somos solicitados a reorientar nossa mente continuamente, focalizando o conceito maravilhoso de que a graça nos salva mediante a fé unicamente em Cristo.


Em Gálatas, encontramos um paradoxo interessante: Paulo, homem instruído na lei, usou sua notável capacidade de raciocínio persuasivo para argumentar que é a fé que nos liga a Deus, não a lógica nem a razão.


Comente com a classe: Peça que os alunos avaliem honestamente o grau em que podem estar relacionados com os gálatas. Estes podem ser chamados de "insensatos". Contudo, vivemos em um momento da história que define "verdade" como o que pode ser conhecido empiricamente por meio do raciocínio lógico, hipóteses testadas, evidências de análise de estatísticas, e assim por diante. Compartilhamos da luta dos gálatas para avançar na fé e acreditar em algo e Alguém cuja presença não podemos "provar" fora de nossa experiência?


Compreensão
Só para o professor:
A história de Abraão é familiar a todos nós. No entanto, a própria familiaridade com essa história também cria o maior obstáculo para que ela seja contemplada como se fosse a primeira vez, e produza a sensação de espanto, por sua audácia: tanto na impossibilidade (da perspectiva humana) das promessas de Deus para Abraão quanto na simultânea e épica luta de fé revelada na vida desse patriarca. Essa lição é uma oportunidade de redescobrir a história de Abraão, que tem o potencial de funcionar como um roteiro de como viver com absoluta fé e confiança em Deus.


Comentário Bíblico


Saber que somos salvos pela graça mediante a fé em Cristo deve tornar a história de Abraão um ponto de referência para cada um de nós, uma ferramenta para nos reorientar a ter uma vida centralizada na fé. De acordo com a carta de Paulo aos gálatas, a história de Abraão provê um modelo atemporal para a fé. Três aspectos importantes dessa história nos ajudam a focalizar o que significa ter uma vida de fé.


Aprofunde-se no que a Bíblia diz a respeito das questões a seguir: (a) como Deus Se revelou a Abraão, (b) a natureza progressiva das promessas de Deus a Abraão e (c) a jornada de Abraão para uma vida de fé na promessa de Deus. Se avaliada por qualquer outro padrão além da fé (por exemplo, razão, experiência humana, etc.), essa viagem parece absolutamente ridícula.


As três lições de fé que a história de Abraão ensina
(Recapitule com a classe Gn 12:1-8; 13:14-18; 15:1-10.)


Implícito no uso que Paulo fez da história de Abraão como exemplo especial de verdadeira fé está a ideia de que essa é uma possibilidade para todos nós. De fato, não apenas uma possibilidade, mas algo que Deus deseja compartilhar conosco. A história de Abraão nos ajuda a aprender a maneira de se envolver com Deus numa jornada pessoal de fé, na qual Deus pode revelar Sua Pessoa, Suas promessas, e Seu expresso desejo para cada um de nós.


Três momentos de ensino: A Bíblia diz que Deus falou a Abraão (Gn 12:1, 4; 13:14), apareceu a Abraão (Gn 12:7), e veio a Abraão em visão (Gn 15:1). Nessas passagens encontramos os métodos da revelação, a crescente progressão das informações reveladas e também a luta de Abraão para aceitar as extraordinárias promessas que lhe foram dadas.


1. O elemento central e fundamental do que a história de Abraão revela sobre a vida de fé é que ela é mais do que apenas crença em Deus; é um relacionamento com Deus. A fé é abrir a mente e o coração para ter um relacionamento pessoal com o Divino. É estar aberto à ideia de que Deus fala com cada um de nós do modo que estamos mais bem preparados para ouvir, seja pela natureza, por conselhos, sinais, sonhos; seja qual for a maneira que Ele escolha para Se comunicar conosco. É uma viagem e um relacionamento que podem desafiar a lógica e as expectativas humanas, e não podem ser autenticados pelo raciocínio científico, pela lógica, nem pelo conhecimento compartilhado da experiência humana.


2. Encontramos na história de Abraão que, ao longo do tempo, Deus revelou de modo crescente informações específicas sobre Sua promessa. Inicialmente, Deus prometeu a terra e descendentes. Com o tempo, detalhes específicos foram acrescentados a esse conteúdo, logo resultando no conhecimento de que Abraão seria o pai de um filho nascido de Sara. Podemos fazer muitas perguntas a respeito dessa história, que podem nos guiar em nosso esforço para ter uma vida de fé: (1) O que a história de Abraão demonstra acerca da revelação contínua? (2) Por que você acha que as promessas de Deus são reveladas aos poucos, ao longo do tempo?


3. A promessa divina de que Abraão seria pai de uma grande nação, gerada de um filho que nasceria à sua esposa, cujo ventre há muito tempo já havia perdido sua capacidade reprodutiva, desafia a lógica e a razão humanas. Porém, Abraão teve a audácia de acreditar. Pelo menos na maioria das vezes. Vemos nossa própria experiência de fé através da vida de Abraão. À medida que os anos passaram, Abraão lutou. Ele tomou decisões erradas, que não resultaram da fé. Por exemplo, ele mentiu a Faraó sobre seu relacionamento com Sara, por causa do medo de morrer, apesar da promessa de Deus de que ele viveria para ser o pai de uma grande nação. Além disso, ele tomou as questões nas próprias mãos, ao gerar um filho com Hagar. Ele questionou as promessas de Deus quando lhe parecia que Deus apenas falava e não agia. Nesse elemento da história, há grande esperança para nós. Apesar de todas essas "falhas", Paulo citou Abraão como exemplo excepcional de fé. Podemos obter muita coragem disso, sabendo que somos chamados a continuar voltando à fé, mesmo depois de lutar e fracassar.


Pense nisto: O primeiro aspecto a ser focalizado na história é a dinâmica entre Deus e Abraão. O que podemos aprender com Abraão acerca de estar aberto à voz de Deus? O segundo aspecto de interesse é a forma progressiva pela qual Deus revelou a Si mesmo e Suas promessas a Abraão. Podemos ver claramente que as promessas de Deus a Abraão cresceram em especificidade e conteúdo ao longo do tempo. O que isso nos mostra sobre a vida de fé em relação a Deus? O terceiro elemento e momento de ensino nessa história é o testemunho da vida de Abraão em aceitar as promessas de Deus. O que podemos aprender sobre a disposição de Abraão para acreditar, que parecia igualmente acompanhada por sua luta para crer? Afinal, ele recebeu a promessa de algo que, olhando de uma perspectiva racional ou imparcial, seria absurdo, se não impossível de acreditar.


Aplicação
Só para o professor:
Enfatize a verdade simples, mas profunda, de que fé é mais do que uma aceitação de Deus ocorrida no passado. Nossa primeira declaração de fé em Deus é simplesmente a entrada pela porta aberta; o restante da história de fé ocorre na caminhada com Deus ao longo da vida.


Perguntas para reflexão
1. Além de ler as Escrituras e orar, que práticas você emprega para ouvir a voz de Deus? Como Deus revela Sua vontade e Suas promessas únicas para sua vida? Quando foi a última vez em que você ouviu a inconfundível voz de Deus em seu coração ou mente? O que lhe capacitou a obedecer ao que ouviu?
2. Em sua comunidade espiritual, vocês gastam tempo suficiente compartilhando suas jornadas individuais de fé? Que métodos podem ser utilizados para confirmar e encorajar uns aos outros ao envolvimento mais diretamente com Deus em um relacionamento de fé?


Perguntas de aplicação
1. O que pode ser feito para criar verdadeiras "comunidades de fé", portos seguros para afirmar que Deus fala a todos nós de muitas maneiras diferentes? Como podemos afirmar que, assim como Deus sabe o número de fios de cabelos da nossa cabeça, Ele também tem planos para nossa vida, os quais está esperando para revelar, se estivermos dispostos a embarcar em uma odisseia de fé?


Criatividade
Só para o professor: A fé é um salto inicial para o desconhecido, mas nosso Pai celestial promete nos tomar em Seus santos braços. Imagine-se estando em Seus braços, como um recém-nascido para a fé. Agora, prossiga na metáfora do crescimento na fé, comparando-o com o crescimento de uma criança. O convite de Deus para dar o primeiro salto vem com a promessa de que Ele nos dará oportunidades ao longo da vida para crescer em um relacionamento especial com o Senhor.

 
 

Se você está sentindo a ausência de uma significativa prática de fé, resolva passar pelo menos uma hora por dia, de agora em diante, fazendo algo novo para cultivar sua experiência de fé. Aos poucos você sentirá necessidade de aumentar o tempo utilizado nessa experiência. Peça a Deus que abra seu coração para as formas pelas quais Ele já está falando com você, que talvez você não esteja percebendo.


Se você se sente profundamente enriquecido em sua própria caminhada espiritual de fé, decida sair em serviço, aconselhando ou apoiando outras pessoas em seu círculo de amigos, familiares e comunidade de fé. Peça a inspiração e a direção de Deus a respeito de como sua experiência pode servir melhor aos Seus propósitos de fortalecer a fé dos outros.

sábado, 15 de outubro de 2011

DEDICAÇÃO INTEGRAL NA REDE ESTADUAL EM 2012

Rede estadual terá regime de dedicação integral

No ensino básico, professores não poderão acumular aulas em outras escolas; em contrapartida, receberão gratificação; modelo começa em 2012


 

Paulo Saldana, de O Estado de S.Paulo


 

O governo do Estado de São Paulo vai criar um regime de dedicação integral para professores e diretores da rede de educação básica. Os docentes não poderão acumular aulas em outras escolas e, em contrapartida, receberão gratificação. O novo modelo será iniciado a partir de 2012 em 19 escolas espalhadas pelo Estado - onde haverá ampliação de carga horária, de seis para oito horas diárias, além da criação de disciplinas eletivas.

As iniciativas fazem parte de um programa de ações voltadas à melhoria da educação, que será anunciado hoje pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e pelo secretário da Educação, Herman Voorwald. Serão anunciadas apenas ações referentes ao ensino médio. Em novembro, ocorrerá o anúncio de ações voltadas para o ensino fundamental - que passam por estudos e análises por equipes da secretaria. O foco será na recuperação do aprendizado.

No novo modelo de escola para alunos dos últimos anos da educação básica, além do aumento da carga horária, o plano é que haja integração entre as disciplinas do currículo. A mudança no regime do seus professores também é novidade. Não será uma carreira diferente, mas um regime diferenciado.

"Na mudança no regime de trabalho do professor, ele vai conhecer os alunos, identificar-se com eles e ser uma referência na escola. A ideia é incentivar uma carreira de 40 horas na mesma escola, porque muitos têm hoje jornadas de apenas 16 horas", explica o diretor executivo da Fundação Lemann, Denis Mizne. A fundação foi uma das 21 organizações da sociedade civil envolvidas em educação que participaram dos debates e grupos de trabalho que antecederam a finalização e anúncio do programa.

O coordenador da ONG Parceiros da Educação, Jair Ribeiro, outra entidade envolvida, ressalta que o programa é ambicioso, mas possível. "A visão do projeto é posicionar o sistema de ensino de São Paulo entre os 25 melhores do mundo e transformar a carreira do professor entre as dez mais desejadas do Estado."

O programa também prevê ação diferenciada para 1.206 unidades de ensino consideradas vulneráveis. Nesses locais, haverá prioridade na formação continuada de professores e projetos focados na recuperação do aprendizado dos alunos.

De bem. A nova política de educação do governo teve início com o anúncio do aumento salarial gradativo de 42,2% aos professores - em pouco mais de 20 anos, um professor pode alcançar um salário equivalente a R$ 9,3 mil. As medidas, entretanto, envolvem questões importantes para Alckmin: apaziguar os conflitos com os sindicatos da categoria, que tiveram uma relação desgastada com a gestão anterior, de José Serra (PSDB).

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Filme TROPA DE ELITE 2 - COMPLETO

Tropa.de.Elite.2007.DVDRip.XViD

Os Dez Mandamentos (Filme Bíblico Dublado)

O Evangelho Segundo Mateus (Filme Bíblico Dublado)

O Evangelho Segundo Lucas (Filme Bíblico Dublado)

FILME BÍBLICO APOCALIPSE DE SÃO JOÃO COMPLETO

O desafio de Elias - 01 de 12

A Historia De Ruth - (Filme Bíblico Dublado)

JOSÉ DO EGITO- O FILME COMPLETO

Jacó O Homem Que Lutou Ao Lado De Deus (Filme Bíblico Dublado)

O Rei Davi e Golias - (Filme Bíblico Dublado)

Genesis A Criação E O Dilúvio (Filme Bíblico Dublado)

O CODIGO DA VINCI DESMASCARADO 04-09.flv

Globo Repórter 19-08-2011 Parte 1 Alta ansiedade.

A LIGA - EDUCAÇÃO - 23/08/2011 - PARTE 1/5

terça-feira, 4 de outubro de 2011

FAX URGENTE


Nº 72 • 03/10/2011

http://www.apeoesp.org.br • imprensa@apeoesp.org.br

Se os professores não tiverem 30 dias de férias consecutivos em janeiro, o ano letivo não começa!

Queremos respostas para as pendências e reivindicações

Reunida em 30/09, sexta-feira, a Diretoria Estadual Colegiada (DEC) da APEOESP analisou o atual estágio das negociações com a Secretaria da Educação em torno das questões emergenciais da nossa categoria (como férias repartidas, atribuição de aulas, situação dos professores das categorias "L" e "O"), considerando que o governo não tem dado as respostas adequadas no sentido de atender as nossas necessidades.

Além disso, a DEC da APEOESP considera que a edição de documentos sobre a matriz curricular do ensino médio e sobre a progressão continuada, sem nenhum diálogo com os professores e com a comunidade escolar, não configura o método correto de realizar modificações que afetam o trabalho do professor e, sobretudo, a formação de milhões de estudantes da rede estadual de ensino.

Por essas razões, as reuniões de representantes a se realizarem no dia 11/10, e, sobretudo, a assembleia estadual da categoria em 21/10 são momentos muito importantes nos quais a nossa categoria tem que se mostrar mobilizada e unida em torno de nossas reivindicações. O Sindicato é nosso espaço de unidade e de luta e não podemos aceitar divisões no nosso meio.

Desta forma, a diretoria encaminha os seguintes informes e questões para debate nas reuniões de RRs:

Férias repartidas

Não aceitamos a divisão de nossas férias em dois períodos de quinze dias em janeiro e julho. Temos o direito inalienável a 30 dias de férias ininterruptas em janeiro e dele não abriremos mão.

A DEC decidiu encaminhar aos professores um modelo de correspondência dirigida ao governador do Estado, solicitando que seja revogada a Resolução SE nº 44, que divide as férias. Os professores também podem mandar mensagens por meio do seguinte endereço eletrônico: http://www. saopaulo.sp.gov.br/sis/fale.php ou para o endereço de Twitter @geraldoalckmin_.

O texto a ser enviado por e-mail poderá ser o seguinte:

Senhor governador,

As férias são direitos inalienáveis de qualquer profissional. O trabalho do professor é desgastante e de alta responsabilidade. O descanso anual ininterrupto de 30 dias não apenas é necessário para a preservação de sua saúde e para a convivência com a família, mas também reverte em mais qualidade na educação.

Assim, solicitamos que V. Excia. determine a revogação da Resolução SE 44/2011, que divide as férias dos professores em dois períodos de 15 dias.

Atenciosamente,

____________________

Também será encaminhada uma carta da diretoria ao governador, bem como reiterado pedido de audiência com o secretário da Educação.

Ainda em relação às férias repartidas, estamos solicitando da Assembleia Legislativa que promova uma audiência pública sobre o assunto, envolvendo inclusive setores econômicos que poderão sofrer prejuízos com a medida, como o do turismo.

A diretoria deixou claro seu posicionamento, que encaminha para discussão nas reuniões de R.R.s que ocorrerão no dia 11/10: Se os professores não tiverem 30 dias de férias consecutivos em janeiro, o ano letivo não começa!

Revogação da Resolução 44, atribuição em dezembro, 1/3 da jornada para atividades extraclasses

O secretário está reiniciando nesta semana a ida aos chamados "polos", onde representantes escolhidos a dedo podem debater as medidas da SEE. Consideramos que o secretário deve ouvir toda a rede, dialogar e atender as reivindicações apresentadas pelas legítimas organizações da categoria. Assim, nos polos, devemos cobrar a revogação da Resolução 44, a imediata aplicação da jornada prevista na lei do piso salarial profissional nacional e a atribuição de aulas em dezembro. Para organizarmos o envio de materiais, como faixas, para estas atividades, as subsedes devem nos informar a data em que ocorrerão os "polos" em suas regiões. A informação pode ser enviada ao e-mail evaldo@apeoesp.org.br.

A jornada prevista na lei do piso prevê que no mínimo 1/3 seja dedicado a atividades extraclasses. O STF já rejeitou a tese de inconstitucionalidade da lei e ela deve ser aplicada. O momento de aplicá-la é já! e não aceitamos postergações, sob a justificativa de discussão junto com a carreira. Lei é lei e tem que ser cumprida.

Atribuição de férias em dezembro

Um dos motivos alegados pelo secretário da Educação para dividir as nossas férias em dois períodos é a intenção de que o ano letivo se inicie no primeiro útil de fevereiro. Não discordamos, mas isso não pode ser feito prejudicando nossos direitos.

Por outro lado, sempre reivindicamos que a atribuição de aulas se realizasse em dezembro, o que permite melhor organização do ano letivo e, também, dá tranquilidade aos professores em suas férias. A diretoria da APEOESP decidiu insistir junto à SEE para que a atribuição seja realizada no mês de dezembro, mesmo levando em conta que, por ser a primeira vez, o processo não ocorra de forma perfeita neste ano. Nos anos seguintes, na medida em que o período de aulas se encerre mais cedo, todas as deficiências dessa primeira atribuição em dezembro poderão ser sanadas.

Professores das categorias "L" e "O"

Desde que o governo estadual, na gestão do ex-governador José Serra, impôs legislações que dividem os professores em "categorias", a APEOESP tem se manifestado e agido contra essas leis, lutando por igualdade de condições e pela lista única de classificação para a atribuição de aulas, sem provinhas e outras medidas excludentes. Também lutamos pela via judicial, ingressando com processos individuais para assegurar aos professores da categoria "L" as mesmas condições dos professores da categoria "F".

Agora, na iminência da extinção da categoria "L", estamos lutando junto à SEE por uma solução e, no âmbito da comissão técnica criada pelo secretário, apresentamos uma formulação que pode resolver essa questão, mas não temos resposta da SEE até o momento.

Quanto aos professores da categoria "O", também apresentamos proposta para salvaguardar direitos, igualmente sem resposta até o momento.

Matriz curricular do ensino médio

Na semana passada a rede estadual de ensino e a sociedade foram surpreendidos por um documento da CENP – Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas – da SEE propondo alterações na matriz curricular do ensino médio, sem que tenha sido realizado qualquer debate com os professores sobre esse assunto.

O documento é repleto de lacunas. Propõe que o curso seja reorganizado de acordo com áreas de concentração (Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias; Ciências, Matemática e suas Tecnologias; Ciências Humanas), mas, entre outras lacunas, não deixa claro de que forma cada escola irá se inserir nessa nova organização. Além disso, como amplamente divulgado pelos meios de comunicação, em relação à matriz atual há redução de aulas em disciplinas como Matemática e Língua Portuguesa, mesmo em suas próprias áreas de concentração, o que, segundo a mídia, teria desagradado até mesmo o governador do Estado.

 

A APEOESP considera que a discussão sobre o ensino médio deve ir além do debate sobre que disciplinas "perdem" ou "ganham" aulas. Trata-se de lutar pelo ensino que atenda aos interesses dos filhos e filhas da classe trabalhadora

Encaminhamos em anexo, análise produzida pelo CEPES – Centro de Estudos e Pesquisas Educacionais e Sindicais da APEOESP sobre a proposta da CENP e, também, reedição do documento produzido anteriormente sobre o ensino médio.

Tendo tais documentos como subsídios, as reuniões de R.R.s devem debater o tema, propondo ações que serão discutidas na reunião do Conselho Estadual de Representantes e na assembleia estadual, em 21/10.

 

Webconferência sobre Plano de Carreira

Na sexta-feira, 30/09, a APEOESP realizou no Hotel Jaraguá uma webconferência sobre o plano de carreira do magistério. O evento foi coordenado pelo secretário geral da entidade, Fábio Santos de Moraes e contou com a participação de mais de 200 representantes das subsedes e diretoria, além dos professores que acompanharam através do site do Sindicato.

No evento, a professora Maria Izabel Azevedo Noronha, presidenta da APEOESP, realizou uma explanação sobre o que vem sendo discutido nas reuniões da comissão paritária de gestão da carreira, destacando que haverá a continuidade dos trabalhos daquela comissão, em 10, 18 e 24 de outubro.

Também participaram da mesa a presidenta do DIEESE, professora Zenaide Honório, que é também secretária adjunta de Legislação e Defesa do Associado da APEOESP, que tratou dos aspectos relacionados com os especialistas da educação. Completando a mesa, os assessores César Pimentel, José Rocha e Renata Filgueiras apresentaram aspectos gerais e dados comparativos relacionados à carreira do magistério.

A íntegra da webconferência está disponível na página da APEOESP na internet: www.apeoesp.org.br.

Nesse momento a comissão está discutindo a regulamentação dos três novos níveis criados pela LC 1143/11, mas há compromisso do secretário da Educação de que a discussão sobre a carreira prosseguirá. A APEOESP luta para que o debate envolva toda a categoria. Queremos um dia estadual de discussão sobre a carreira do magistério em toda a rede.

Nos próximos dias será encaminhado documento com mais subsídios para o debate.

Substituição pelo artigo 22

Decreto 57.379/11, publicado em Diário Oficial no dia 29 de setembro, determina que:

"Artigo 7º - A substituição durante o impedimento legal e temporário de outro titular de cargo do Quadro do Magistério, bem como o exercício das atribuições de cargo vago, de que trata o artigo 22 da Lei Complementar nº 444, de 27 de dezembro de 1985, dar-se-á mediante designação, atendendo-se às condições estabelecidas neste decreto e nas demais normas regulamentares, ficando impedido de participar da atribuição de vagas o servidor que:

I - houver sofrido penalidade, por qualquer tipo de ilícito, nos últimos 5 (cinco) anos;

II - houver, nos últimos 3 (três) anos, desistido de designação anterior ou tido a designação cessada a critério da administração;

III - apresentar, no ano precedente ao da atribuição de vaga, mais de 12 (doze) faltas de qualquer natureza.

Portanto, o inciso II foi alterado. A redação anterior (Decreto 53.037/08) afirmava que o interessado ficaria impedido de participar da atribuição se houvesse desistido da designação anterior ou tivesse cessada esta designação por qualquer motivo (…).

Além disso, o Decreto 57.379 também altera o prazo do afastamento do substituído na classe de Suporte Pedagógico (Diretor de Escola e Supervisor de Ensino) que passa a ser de noventa dias. Para os professores, o prazo mantém-se em 200 dias.

SECRETARIA DE COMUNICAÇÕES

Considerações a respeito da Matriz Curricular do Ensino Médio elaborada pela CENP em setembro de 2011

Considerações preliminares:

A explicitação do entendimento a respeito de currículo é essencial em processos de reforma educacional, uma vez que é esse entendimento que permeia as opções, as diretrizes e as propostas efetivas que dão corpo e identidade ao movimento de reforma.

Dentre nós, cinco aspectos críticos referentes ao currículo escolar podem ser considerados consensuais entre analistas educacionais, formuladores de políticas, gestores, professores e alunos: i) a fragmentação do currículo, ii) o tratamento escolar que considera o conhecimento como somatório de conteúdos, iii) a desarticulação entre os conhecimentos escolares e a dinâmica da vida social, iv) a sobrevalorização de algumas disciplinas em detrimento de outras, v) a ausência de preocupação com temáticas que vêm sendo gradativamente instituídas no ambiente escolar pelos movimentos sociais, como as questões referentes à violência e aos direitos humanos, ao gênero, à origem étnica dentre outras.

Superar esses grandes obstáculos no âmbito do currículo é essencial para que a escola possa dar conta de sua principal atribuição, que é de ensinar o aluno a pensar, a desenvolver a capacidade de raciocínio, a ser capaz de realizar descobertas, a estabelecer articulações entre os conhecimentos de distintas naturezas e deles com a vida social.

Para isso, um ponto importante reside na compreensão de que o currículo precisa atender as necessidades tanto dos sujeitos como da sociedade, e que no percurso do seu desenvolvimento ao longo da vida escolar é fundamental levar em conta os processos vividos pelos alunos e prestar atenção às estruturas das áreas de conhecimento, num movimento de síntese dialética, como defende Nereide Saviani.

Outro ponto é reconhecer a importância de se romper com as barreiras rígidas entre as disciplinas, o que pode ser alcançado por meio da abordagem interdisciplinar, de modo a respeitar a verdade e a relatividade de cada disciplina do currículo, tendo em vista o "objetivo de conhecer melhor", como defende Ivani Fazenda. Isso significa, sem desconhecer o lugar e a importância das disciplinas, trabalhar para a superação de um ensino exclusivamente disciplinar e buscar as articulações possíveis entre os campos disciplinares e desses com os problemas presentes na vida social.

Uma abordagem que articule os campos disciplinares, especialmente dos que se comunicam em áreas mais amplas de conhecimento, é essencial para se passar de um saber fragmentado e setorizado para uma compreensão articulada, dinâmica e dialética. Isso requer um cuidadoso esforço de integração das disciplinas sem, no entanto, diluir suas especificidades. Uma formação que permita compreender a dinâmica social em toda a sua complexidade sedimenta-se com a apropriação dos conceitos fundantes, das metodologias e dos procedimentos de cada disciplina e delas com as experiência de vida dos alunos. É nessa apropriação que se desenvolve a capacidade de aprender, de raciocinar, de relacionar os conhecimentos entre si e com os problemas do mundo contemporâneo. E isso não se faz no abstrato ou de modo diluído, sem a base do rigor pressuposto à produção do conhecimento. Para tanto, há que se sinalizar claramente como se dará a (re)organização do seu projeto pedagógico, do tempo e do espaço da escola,.

Outro aspecto essencial refere-se às necessárias mudanças, que devem ocorrer no âmbito mais profundo do processo escolar – o preparo da equipe escolar, o que envolve a dimensão coletiva do trabalho pedagógico e as condições de jornada e trabalho dos professores e da equipe escolar.

Sem isso, as alterações nos modos de se relacionar com o conhecimento, com o trabalho de ensinar e favorecer as aprendizagens e as vivências dos alunos e com o próprio desenvolvimento profissional da equipe fica paralisado.

O contexto em que surge a atual proposta de reforma curricular no EM paulista:

Internacionalmente, os movimentos de reorganização curricular, especialmente no EM, tem buscado dar atenção às demandas decorrentes das transformações que vêm se processando nos modos de produção e de gestão do trabalho, decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico, com efetiva repercussão nas relações sociais e na esfera política e cultural da sociedade. Críticas têm sido feitas ao ensino médio propedêutico, voltado à preparação dos jovens que darão continuidade dos estudos superiores, bem como ao ensino médio profissionalizante, voltado ao preparo de outros segmentos juvenis para o exercício de ocupações específicas no mercado de trabalho, respondem às expectativas atuais postas aos estudantes pela dinâmica social. Por isso, o ensino médio vem sendo reestruturado para possibilitar uma formação mais ampla, geral e equilibrada dos jovens, com atenção mais voltada para o desenvolvimento das múltiplas dimensões sociais, cognitivas e afetivas, bem como de valores de inclusão, tolerância e responsabilidade social, de modo a prepará-los para participarem ativamente de um projeto de transformação e democratização da sociedade.

No caso do Brasil, nos defrontamos ainda com o desafio da universalização da escolarização para todos os que estão em idade escolar. A Emenda Constitucional nº 59, de novembro de 2009, estabelece que "a educação básica [será] obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria" , e estabelece também que essa disposição "deverá ser implementado progressivamente, até 2016, nos termos do Plano Nacional de Educação". Essa alteração constitucional passa, portanto, a incluir o EM como obrigatório e extensivo a todos os jovens até o ano de 2016. Vale ainda destacar que a oferta do EM é de responsabilidade da esfera pública estadual e que o atendimento é feito especialmente no período noturno, quer pela existência de espaços ociosos nas escolas de ensino fundamental, quer pelo fato de que os jovens, em geral, já estão inseridos no mundo do trabalho ou estão em busca de uma oportunidade de trabalho.

Como a oferta do EF está mais plenamente atendida, o EM é o nível de ensino que tem apresentado a maior taxa de crescimento no sistema educacional brasileiro nos últimos anos. Esse crescimento decorre principalmente da ampliação da oferta e da melhoria do fluxo do EF, resultando na queda dos índices de abandono e repetência e na elevação das taxas de conclusão do curso; mas decorre também do retorno aos bancos escolares de um grande número de pessoas que haviam interrompido seus estudos e que voltam motivados pelas novas exigências do âmbito do trabalho. Esse novo quadro cobra a superação das condições de precariedade das escolas e das fragilidades e dificuldades que afetam seus professores, o que exige novos compromissos no âmbito do projeto político-pedagógico da unidade escolar, do seu currículo, das condições de funcionamento das escolas, da incompletude de suas equipes, bem como das condições de trabalho dos seus profissionais.

Ao mesmo tempo em que o EM é o segmento escolar que mais cresce no momento, ele se mostra como a etapa mais frágil de todo o sistema educativo brasileiro, o que tem se evidenciado pelos resultados das avaliações externas desses estudantes, como o ENEM. Por ser considerado desinteressante e desmotivador para os jovens, e inadequado para a sua preparação com vistas ao mundo do trabalho e mesmo para o ensino superior, o MEC deu início em 2009 a um processo de reestruturação curricular com o objetivo de incentivar as secretarias de educação a promoverem mudanças no currículo e na organização dessa etapa, já que o ensino médio é responsabilidade das redes estaduais de ensino. Esse processo apresenta-se ainda inconcluso nesse momento, mas é inegável sua influência no movimento desencadeado em várias Secretarias Estaduais de Educação, que estão promovendo reorganizações nesse nível de ensino.

Portanto, é no âmbito dessas tendências internacionais, da história recente da educação brasileira e do movimento desencadeado pelo MEC em 2009 que a Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo deu início ao movimento de reorganização curricular do EM.

A reestruturação da matriz curricular do EM proposta pela CENP:

O ponto de partida dessa reestruturação é o diagnóstico inegável de que o EM paulista padece de inúmeros problemas quanto à qualidade e à atualidade da formação oferecida. Porém, ficam de fora desse balanço os reais problemas que afetam a escola paulista:

a falta de autonomia para o estabelecimento do seu projeto político pedagógico; a precariedade de sua infraestrutura e de suas condições materiais; a fragilidade de sua equipe pedagógica, constituída por professores aulistas e que em grande parte não são concursados, e sem a contribuição dos pedagogos como profissionais especializados no trabalho pedagógico escolar; a imposição de um currículo engessado por meio de apostilas; a precariedade das condições de trabalho e de salário dos seus profissionais, dentre outros tantos.

No entanto, frente a esse grave quadro, a iniciativa política formalizada por meio da nova proposta de matriz curricular para o EM, produzida pela CENP, traz apenas os seguintes pontos:

aponta a preocupação de que o currículo tenha como eixos estruturantes: Identidade, Diversidade e Autonomia, Interdisciplinaridade e Contextualização;

apresenta duas preocupações centrais: 1) a redistribuição mais equitativa da carga horária entre as áreas de conhecimento que compõem o currículo formal, 2) a concentração da carga horária por área, no 3º ano;

o aluno passa a fazer a opção por um percurso com ênfase, mantido o núcleo básico: em humanas, natureza ou linguagem;

há a criação da "orientação de estudos", com a finalidade aparente de que o aluno tenha uma orientação durante e ao final do curso, a ser ministrada preferencialmente por pedagogos ou professores de filosofia;

firma-se a presença do espanhol como segunda língua estrangeira;

aponta o retorno do coordenador de área, sem no entanto explicitar seu papel e suas atribuições;

há uma matriz de transição para os alunos em andamento, enquanto os ingressantes no ensino médio 2012 já estudarão segundo o que está estabelecido pelas novas matrizes curriculares;

deixam de existir as disciplinas do atual "apoio curricular", que eram aulas adicionais para disciplinas como português, matemática e história, com a perspectiva de trabalhar temas transversais, o que se espera ocorrer nas disciplinas "fortalecidas no currículo" no último ano das novas matrizes;

existe a previsão de que as disciplinas da matriz curricular lancem mão da utilização das tecnologias de EAD, porém, não se explicita como isso poderá ocorrer ou como o trabalho adicional delas decorrentes entrará na vida dos professores.

Algumas perguntas que se fazem necessárias:

Considerando a importância que uma mudança curricular como essa tem para a vida das escolas e de todos que a freqüentam, bem como a inexistência de uma explicitação dos percursos e dos tempos destinados à sua discussão em todas as escolas da Rede Estadual de Ensino, a APEOESP aponta algumas preocupações, que certamente serão acrescidas de outras tantas que os professores levantarão em suas análises e debates. Vamos a elas:

1) Quais são as mudanças que as escolas vêm produzindo ao longo de suas trajetórias? Quais as interpretações que elas têm feito das orientações legais vigentes e como estas se refletem em suas práticas? Quais as possibilidades de que os saberes e conhecimentos produzidos por estas experiências sejam considerados nesse momento de mudança curricular? Quais as possibilidades de que essa mudança de currículo seja discutida e apropriada pelas escolas?

2) As mudanças na grade curricular do EM são para quem? Permanecerá existindo duas escolas, com currículos e percursos diferenciados no Estado de São Paulo? Uma para a grande maioria dos jovens, que interromperão seus estudos no EM, se chegarem a concluí-lo, e outra para aqueles que já têm como projeto de vida, cursar uma boa universidade?

3) A escolha por uma das três áreas [Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologia; Ciências Humanas e suas Tecnologias] será feita por cada um dos alunos em função dos seus interesses pessoais? Nesse caso, como ficarão ou alunos que fizerem a opção por alguma área, mas não forem em número considerado adequado para abrir uma turma específica? Ou a opção será feita pela escola em função da disponibilidade de professores para as distintas disciplinas?

4) Será que essa reestruturação, pautada na diminuição de algumas disciplinas em função dos distintos percursos disponíveis, assegurará a todos os alunos, indistintamente, o mesmo domínio de conhecimentos e o preparo para a vida profissional ou a continuidade dos estudos? Como fica o preparo dos alunos para a feitura do ENEM, que não apresenta provas distintas para cada uma das ênfases?

5) Será que a nova proposta dará conta de estimular a leitura, o domínio das noções científicas e matemáticas, a capacidade de

reflexão e uma atitude social ativa dos alunos perante o mundo social e do trabalho? Ou será que essa mudança presta-se a equacionar problemas como a falta de professores em algumas áreas disciplinares?

6) Se a nova matriz curricular tem realmente a intenção de melhorar a qualidade da educação oferecida no EM, por que ficou ausente do texto oficial a necessária idéia de que a atividade docente precisa ser realizada em regime de dedicação exclusiva, com o professor fixo numa escola e dedicado às múltiplas atividades pedagógicas, que vão muito além de dar aulas? E como e quando se dará a necessária organização coletiva do trabalho pedagógico? Por que não se menciona também o imprescindível papel das condições materiais da escola para o desenvolvimento do ensino com qualidade social?

7) Quais os fundamentos que se tem para orientar o projeto político pedagógico das áreas e como se dará a necessária articulação das disciplinas com este e entre si?

8) O que se espera do pedagogo para além de ministrar uma disciplina de orientação de estudos? As preocupações dessa disciplina não deveriam estar sendo trabalhadas com os professores nos HTPCs para que eles insiram essas orientações nas disciplinas que ensinam?

9) Com a introdução das figuras do pedagogo e do coordenador de área pode-se entender que está presente a intenção de criar a "equipe pedagógica" da escola?

10) Como se pretende estimular as escolas a estudarem e proporem diferentes formas curriculares de melhor distribuição das horas das áreas/disciplinas de forma a que os alunos com diferentes perfis possam ter mais tempo de contato/apropriação dos conhecimentos (por ex.: currículo modular).

11) Como fica a possibilidade de opção do aluno que deseje ter participação no curso técnico? Em que momento essa participação ocorrerá? Ele será feito após a conclusão do EM regular ou será concomitante e feito em uma escola técnica? Pública ou privada?

12) E como fica o EM para os alunos de EJA? O atendimento desse grupo específico não requer tratamento específico? Trata-se apenas de um agrupamento diferenciado que pode receber o mesmo tipo de propostas e abordagens pedagógicas?

Para finalizar...

As sociedades contemporâneas atribuem à escola o importante papel de participar ativamente da formação seus filhos para viverem em um mundo que está em permanente mudança. Essa é uma tarefa de enorme responsabilidade e pressupõe um projeto pedagógico capaz de dar conta da problemática global e também local, uma vez que as particularidades da vida comunitária precisam necessariamente ser levadas em conta. Além de dar conta do ensino dos conhecimentos e saberes culturais histórica e socialmente produzidos, sua atuação também se expressa por meio de concepções de mundo, da percepção do outro e de seus direitos, do entendimento da dinâmica social e do mundo do trabalho, dos valores e das capacidades de ação que cada estudante desenvolve em sua vida escolar. Por isso, a dimensão do currículo escolar é central para que a escola cumpra seu papel social, pois é nele que se delineiam os inúmeros caminhos que a escola pode disponibilizar aos estudantes para a efetivação das suas aprendizagens.

Para que a escola tenha uma prática pedagógica favorecedora de aprendizagens significativas, é preciso que todos que dela participam sejam ativamente responsáveis e autores. Parâmetros, diretrizes, normas, matrizes ou qualquer outro tipo de referência curricular tem uma grande importância, especialmente num país com as proporções e diversidades do nosso. São esses instrumentos que asseguram uma base comum que deverá ser cumprida em todas as escolas. Porém, é atribuição de cada escola, de seus profissionais e dos alunos que nela estudam, fazer as mediações e os detalhamentos, bem como as aproximações com a realidade, as possibilidades e as necessidades específicas presentes nesse imenso país.

O que não se pode mais aceitar é o desperdício de recursos e esforços investidos em processos de reformas que desconsideram a importância de se ter os professores como parceiros efetivos na definição e implantação dos novos rumos curriculares. Inúmeras experiências nacionais e internacionais demonstram que reformas curriculares impostas de modo vertical e autoritário não são efetivadas e caem no vazio assim que os dirigentes de plantão saem da cena política. É inconcebível que se incorra novamente no erro de subtrair dos alunos e professores que estão hoje nas escolas, a possibilidade de terem uma vivência democrática, participativa e criativa em seus percursos de estudo e de trabalho.

Selma Garrido Pimenta e

Maria Isabel de Almeida

(Coletivo de Formação da APEOESP – setembro de 2011)POR UM ENSINO MÉDIO QUE ATENDA ÀS NECESSIDADES DOS FILHOS E FILHAS DA CLASSE TRABALHADORAO Conselho Nacional de Educação aprovou em sessão plenária da Câmara de Educação Básica no dia 4 de maio a Atualização das Diretrizes Nacionais para Ensino Médio, que introduzem modificações importantes neste nível de ensino.Para subsidiar o entendimento dos integrantes da nossa categoria sobre essas modificações, com base no texto da resolução e do parecer que a acompanha, formulamos abaixo uma primeira análise sobre as novas diretrizes, tendo em vista a situação atual e nossas próprias concepções, elaboradas ao longo do tempo pela nossa entidade, sempre na perspectiva de um ensino médio que atenda às necessidades dos filhos da classes trabalhadora.Veja abaixo alguns de seus aspectos centrais.COMO É O ENSINO MÉDIO HOJEO QUE QUEREMOSO QUE DIZEM O PARECER E A RESOLUÇÃO DO CNE (trechos)ContextualizaçãoFalta identidade às escolas de ensino médio.A LDB define como finalidades do ensino médio a preparação para a continuidade dos estudos, a prepara-ção básica para o trabalho e o exercí-cio da cidadania, porém esse nível de ensino não consegue articular, em si, a formação geral do estudante com a formação profissional.Assim, não consegue realizar a formação do estudante para trabalho, assim como não consegue formá-lo suficientemente para a continuidade dos estudos em nível superior.São precárias as condições dos recursos humanos, materiais e finan-ceiros das escolas públicas.Apenas metade dos jovens en-tre 15 a 17 têm matrícula no ensino médio.As taxas de abandono e de re-provação são altas (respectivamente 14,3% e 11,1%, segundo o INEP – 2009).Queremos um ensino médio que atenda às necessidades dos filhos e filhas da clas-se trabalhadora, tanto no que se refere à sua organização curricular, quanto em relação à organização dos tempos e espaços escolares.Para tanto, precisa superar a dicotomia entre formação geral e formação profissional e deve articular ciência, trabalho e cultura.As escolas de ensino médio precisam ter uma identidade. Precisam corresponder aos anseios e expectativas de seus estudantes. Precisam conhecê-los e adotar medidas para responder a suas necessidades específicas.É necessário financiamento, condições de trabalho, formação continuada, valoriza-ção salarial e profissional dos profissionais da educação para que as escolas de ensino médio possam cumprir seu papel social, as-segurando inclusão e qualidade do ensino a todos os estudantes.Para levar adiante todas as ideias preconizadas na LDB, a educação no ensino médio deve possibi-litar aos adolescentes, jovens e adultos trabalhadores a conhecimentos que permitam a compreensão das diferentes formas de explicar o mundo, seus fenôme-nos naturais, sua organização social e seus processos produtivos."A atualização das Diretrizes Curriculares do Ensi-no Médio deve contemplar as recentes mudanças da legislação, dar uma nova dinâmica ao processo edu-cativo dessa etapa educacional, retomar a discussão sobre as formas de organização dos saberes e reforçar o valor da construção do projeto político-pedagógico das escolas, de modo a permitir diferentes formas de oferta e de organização, mantida uma unidade nacio-nal, sempre tendo em vista a qualidade do ensino.Essas DCNEM orientam-se no sentido do ofere-cimento de uma formação humana integral, evitando a orientação limitada da preparação para o vestibu-lar e patrocinando um sonho de futuro para todos os estudantes do Ensino Médio. Esta orientação visa a construção de um Ensino Médio que apresente uma unidade e que possa atender a diversidade mediante o oferecimento de diferentes formas de organização cur-ricular, o fortalecimento do projeto político-pedagógi-co, e a criação das condições para a necessária dis-cussão sobre a organização do trabalho pedagógico.Conselho Nacional de Educação aprova importantes mudanças nas Diretrizes Curriculares do Ensino Médio Ensino médio noturnoHoje o ensino médio não atende às necessidades do estudante do pe-ríodo noturno que é, basicamente, o estudante trabalhador.Esta inadequação está presente na organização curricular e seus con-teúdos e, sobretudo, na organização dos tempos e espaços escolares, que desconsideram as especifidades des-ses estudantes. Estudos mostram que os estu-dantes do ensino médio noturno en-contram dificuldades para conciliar estudo e trabalho.A educação pública e o ensino médio em particular precisam ser pautados por políticas inclusivas que, ao mesmo tempo assegurem a qualidade do ensino.Uma dessas políticas deve ser pautada num olhar diferenciado sobre o estudante tra-balhadorÉ preciso levar em conta as necessidades reais dos estudantes do ensino médio noturno e de seus professores, formulando um projeto político-pedagógico específico.O enfrentamento das necessidades detectadas no ensino noturno passa inicialmente pelo reconheci-mento da diversidade detectada que caracteriza a es-cola e o corpo discente do noturno para, em seguida, adequar seus procedimentos aos projetos definidos para a mesma.Neste sentido, com base no preceito constitucio-nal e da LDB, e respeitados os mínimos previstos de duração e carga horária total, o projeto político-peda-gógico deve atender com qualidade a singularidade destes sujeitos.Educação de Jovens e AdultosNo geral, é possível relacionar entre as atuais limitações e dificulda-des que afetam a Educação de Jovens e Adultos, aquelas que se aplicam ao estudantes do ensino médio noturno. Deve ser assegurada àqueles que não puderam estudar na idade própria, por meio da educação de jovens e adultos, as mesmas condições de qualidade que devem estar pre-sentes nos demais níveis e modalidades de ensino.Cabe ao poder público, observadas as especificidades e necessidades dessa popu-lação, sobretudo os trabalhadores, viabilizar o seu acesso e permanência na escola, median-te a oferta de cursos gratuitos.Sendo os jovens e adultos que estudam na EJA, no geral trabalhadores, cabem as considerações ante-riores sobre os estudantes do Ensino Médio noturno, uma vez que esta modalidade é, majoritariamente, oferecida neste período. Assim, deve especificar uma organização curricular e metodológica que pode in-cluir ampliação da duração do curso, com redução da carga horária diária e da anual, garantindo o mínimo de 1.200 horas.Fundamentos do ensino médio com qualidade socialComo já foi dito anteriormente, o ensino médio carece de uma identi-dade, tendo em vista que ele mentém um dualidade histórica entre a forma-ção geral e a formação profissional que, hoje, o Brasil procura superar por meio de uma série de medidas, entre elas a lei 11741/2008, que trata da s formas de articulação entre o en-sino médio e a educação profissional.Essa falta de identidade provoca exclusão educacional e social e, entre aqueles que chegam ao ensino mé-dio, evasão e reprovação.Nossa busca de alternativas ao quadro de exclusão social, educacional aponta para a necessidade d e construirmos a escola cida-dã, assentada na democracia, na vivência e na convivência com as diferenças culturais, de classe ou sexo.Nosso conceito de cidadania não tem o significado reducionista de prepara o aluno para ser trabalhador, vai além da ideia do exercício de direitos (dentre eles o trabalho), dos deveres e da participação na vida social. A cidadania se materializa tanto na esfera de produção de bens materiais e espirituais da sociedade como na possibilidade de usufruir desses bens. Compreende não só o ato de eleger, mas também de controlar quem que dirige. E mais, que isso, envolve a capacidade de ser dirigente (APEOESP, 1995)A escola cidadã que propomos tem em si o desafio de romper com uma estrutura curricular fragmentada abrindo espaços para que a cultura dos grupos excluídos do currí-culo escolar nela esteja representada. Assim, é necessário que as disciplinas se inter--relacionem através de procedimentos inter e transdisciplinares debatidos a propósíto da construção do projeto política-pedagógico da escola,.Um dos principais desafios da educação consiste no estabelecimento do significado do Ensino Médio, que, em sua representação social, ainda não respondeu aos objetivos que possam ser considerados para além de uma mera passagem para o ensino superior ou para a inserção na vida econômico-produtiva.Isso implica compreender a necessidade de adotar diferentes formas de organização desta etapa de ensino, e, sobretudo, estabelecer princípios para a formação do jovem e do adulto, fomentadores no processo da construção da nação brasileira soberana que se quer firmar. Há necessidade de estabelecer o diálogo deste Ensino Médio entre as diferentes ofertas, públicos e objetivos e, nesse sentido, o conceito da integração torna-se um elemento estruturante, tendo como hori-zonte os fundamentos da escola unitária.A definição da identidade do Ensino Médio como etapa conclusiva da Educação Básica precisa ser ini-ciada mediante um projeto que, conquanto seja uni-tário em seus princípios e objetivos, desenvolva pos-sibilidades formativas com itinerários diversificados que contemplem as múltiplas necessidades sociocul-turais e econômicas dos estudantes, reconhecendo--os como sujeitos de direitos no momento em que cursam esse ensino.As instituições escolares devem avaliar as várias possibilidades de organização do Ensino Médio, ga-rantindo a simultaneidade das dimensões – trabalho, ciência, tecnologia e cultura – e contemplando as necessidades, anseios e aspirações dos sujeitos e as perspectivas da realidade da escola e do seu meio. Entre essas possibilidades, lembram-se as formas diversificadas de itinerários, mediante ênfases, seja nas dimensões da ciência, ampliação do estudo de artes, produção artística e cultural; do trabalho, com preparação básica para o trabalho ou com qualifica-ção ou habilitação profissional, esta articulada con-forme formas previstas pela LDB; seja, ainda, em ou-tras definidas pelo projeto político-pedagógico.Ensino Médio e profissionalizaçãoA identidade do Ensino Médio se define na supe-ração do dualismo entre propedêutico e profissional. Importa que se configure um modelo que ganhe uma identidade unitária para esta etapa e que assuma for-mas diversas e contextualizadas da realidade brasileira.O Ensino Médio tem compromisso com todos os jovens. Por isso é preciso que a escola pública construa propostas pedagógicas sobre uma base uni-tária necessariamente para todos, mas que possibilite situações de aprendizagem variadas e significativas, com ou sem profissionalização com ele diretamente articulada. Formação e condição docenteHoje, em função de tudo o que já foi assinalado, há uma inadequação na formação inicial e continuada dos professores do ensino médio.Se a escola de ensino médio não é atraente para o estudante, tampou-co ela realiza anseios e expectativas dos professores, formados para a execução de conteúdos e estruturas curriculares que já não respondem à necessidades.Em que pese o grande signifi-cado da implementação do piso sa-larial profissional nacional, ainda há muito o que fazer pela valorização dos professores, do ponto de vista da remuneração, da evolução na carreira e demais direitos e garantias profis-sionais.Há a necessidade de uma mudança radi-cal na formação inicial e continuada dos pro-fessores do ensino médio. Como exigir que os professore compreen-dam e atuem segundo a lógica da inter e da transdisciplinaridade, de acordo com áreas de conhecimento, se sua formação inicial ainda obedece a velhos modelos de compartimen-tação do conhecimento e se não há integração entre essa formação e a realidade das escolas?Por outro lado, a formação continuada deve se dar no próprio local de trabalho, por meio de convênios com universidades pú-blicas, de forma que, ao longo do exercício das atividades pedagógicas na sala de aula, o professor possa refletir sobre sua prática pe-dagógica coletivamente com seus pares e ao mesmo tempo trocar experiências.Hoje temos uma oportunidade ímpar de in-troduzirmos uma nova concepção de formação de professores, de forma que a "práxis pedagó-gica" aconteça no contexto escolar, tendo em vista a confirmação da composição da jornada de trabalho prevista na lei 11.738/08, que des-tina no mínimo 1/3 para atividades extra-classes, contemplando a ampliação dos horário coletivos, onde pode se dar a formação continuada.Hoje temos uma oportunidade ímpar de in-troduzirmos uma nova concepção de formação de professores, de forma que a "práxis pedagó-gica" aconteça no contexto escolar, tendo em vista a confirmação da composição da jornada de trabalho prevista na lei 11.738/08, que des-tina no mínimo 1/3 para atividades extra-classes, contemplando a ampliação dos horário coletivos, onde pode se dar a formação continuada.A compreensão da educação como um direito e como um processo formativo contínuo e permanente, além das novas determinações com vistas a atender novas orientações educacionais, amplia as tarefas dos profissionais da educação, no que diz respeito à suas práticas. Exige-se do professor que ele seja capaz de articular os diferentes saberes escolares à prática social e ao desenvolvimento de competências para o mundo do trabalho. Em outras palavras, a vida na escola e o trabalho do professor tornam-se cada vez mais complexas.Como consequência, necessita-se repensar a for-mação dos professores para que possam enfrentar as novas e diversificadas tarefas que lhes são na sala de aula e além dela.Levar adiante uma política nacional de formação e condição docente pode ser considerado um grande desafio na medida em que tal perspectiva implica a priorização da educação e formação de professores como política pública de Estado, superando, desse modo, a redução desse debate às diferentes iniciati-vas governamentais nem sempre convergentes.Destaque-se, por fim, que a discussão sobre a formação de professores não pode ser dissociada da valorização profissional, tanto no que diz respeito a uma remuneração mais dignas, quanto a promoção da adequação e melhoria das condições de trabalho desses profissionais. Avaliação do Ensino MédioPara nós, a avaliação da aprendizagem dos estudantes deve ter a função primordial de aferir suas dificuldades, sempre na pers-pectiva da qualidade do ensino.Assim, os resultados das avaliações, para além de suas implicações para o aluno, in-dividualmente, devem ser referenciais para a melhoria do processo ensino-aprendizagem e devem sempre se relacionar com a avaliação permanente do projeto político-pedagógico da escola e com a avaliação também das políticas educacionais em vigor e com as demais condições que envolvem o processo educativo.A avaliação de aprendizagem, que conforme a LDB pode ser adotada com vistas à promoção, aceleração de estudos e classificação, deve ser desenvolvida pela esco-la refletindo a proposta expressa em seu projeto político--pedagógico,Importante observar que a avaliação de aprendi-zagem deve assumir caráter educativo, viabilizando ao estudante do Ensino Médio a condição de analisar seu percurso e ao professor e à escola identificar di-ficuldades e potencialidades individuais e coletivas.A proposta pedagógica da escola, assim como o seu plano de trabalho, deve ser avaliada sistematica-mente, de maneira que a instituição possa analisar seus avanços e localizar aspectos que merecem re-orientação.A Emenda Constitucional 59, ao assegurar o atendimento da população de 04 a 17 anos de idade, com oferta gratuita, determina um salto significativo no processo de democratização do ensino, garantindo não só o atendimento para aqueles matriculados na idade tida como regular para a escolarização, como aqueles que se encontram em defasagem idade-ano ou afastados da escola.O esforço necessário para cumprir tais objetivos exige mais do que investimentos em infra-estrutura e recursos materiais e humanos. É necessário estabele-cer ações no sentido de definir orientações e práticas pedagógicas que garantam melhor aproveitamento, com atenção especial para aqueles grupos que até en-tão estavam excluídos desta etapa de ensino. Um dos aspectos que não pode estar ausente de tais orientações é o acompanhamento sistêmico do processo de escolarização, viabilizando ajustes e cor-reções de percurso, bem como o estabelecimento de políticas e programas que concretizem a proposta de universalização da Educação Básica.Autonomia e projeto político-pedagógicoHoje o projeto político-pedagó-gico das escolas públicas de ensino médio, sobretudo no estado de São Paulo, sofrem com a excessiva cen-tralização das decisões na esfera da Secretaria da Educação, resultando na quase inexistência de autonomia da unidade escolar para gerir o currículo escolar.Isto resulta, como já foi assi-nalado, no distanciamento entre o currículo e realidade da escola, dos estudantes do ensino médio e das comunidades onde estão inseridos.A concretização das necessárias mudan-ças no ensino médio exige autonomia dos sistemas de ensino, das instâncias locais e, sobretudo, das escolas, tal como determina a LDB.As diretrizes nacionais do ensino médio devem ser compreendidas como linhas que fornecem orientação sobre a direção a ser seguida.A LDB vincula autonomia à proposta pe-dagógica, atribuindo à escola a competência para formulá-la, a partir das diretrizes nacio-nais e estaduais. É à escola, portanto, que cabe definir as finalidades que expressam o desejo da comunidade, dos alunos e dos pro-fessores e traduzi-las em proposta curricular que articule o esforço coletivo tendo em vista a sua concretização. Isto se dará através de um amplo processo de discussão que asse-gure o envolvimento da comunidade na ela-boração, no desenvolvimento e na avaliação permanente da proposta.O primeiro fundamento para a construção do projeto político-pedagógico de qualquer escola ou rede de ensi-no é a sua construção coletiva. O projeto político-peda-gógico só existe de fato – não como um texto formal, mas como expressão viva de concepções, princípios, finali-dades, objetivos e normas que orientam a comunidade escolar – se ele resultar do debate e reflexão do grupo que compõe a formação destes espaços (escola ou rede de ensino). Nesse contexto, identifica-se a necessidade do grupo comprometer-se com esse projeto, sentido-se autores e sujeitos de seu desenvolvimento.O projeto político-pedagógico aponta um rumo, uma direção, um sentido específico para um com-promisso estabelecido coletivamente. O projeto, ao se constituir em processo participativo de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que desvele os conflitos, as contradições, buscando eliminar as relações compe-titivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando pessoal e racionalizado da burocra-cia e permitindo as relações horizontais no interior da escola. A abordagem do projeto político-pedagógico, como organização do trabalho de toda a escola, está fundamentada nos princípios que devem nortear a escola democrática, entre os quais, liberdade, solida-riedade, pluralismo, igualdade, qualidade da oferta, transparência, participação. Com fundamento no princípio do pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e no exercício de sua autonomia, o projeto político-pedagógico deve traduzir a proposta educativa construída coletivamente, garantida a participação efetiva da comunidade escolar e local, bem como a permanente construção da identi-dade entre a escola e o território na qual está inserida. Organização curricularÉ verdadeiro afirmar que as meto-dologias utilizadas nos siste mas de ensino, sobretudo na rede estadual de ensino de São Paulo, para a orga-nização curricular, não corresponde aos avanços que já se verificaram nas políticas educacionais de âmbito na-cional nem respondem às necessida-des dos estudantes e das escolas do ensino médio.Nas escolas devem ser criadas novas prá-ticas pedagógicas, dotá-las de todos os ma-teriais necessários e adotar formas de gestão que privilegiem as práticas coletivas e currí-culos interdisciplinaresA escola precisa ter um significado para esta geração que aí está de forma que seja prazerosa para seus alunos. Para tanto, é pre-ciso que ela seja organizada para isto, desde as condições de trabalho de seus profissio-nais até a disposição do tempo escolar e a organização de seu currículo, para que o pro-cesso educacional possa transcorrer de forma dinâmica, atrativa e, sobretudo, numa lógica que não se limite à simples transmissão do conhecimento, mas que propicie a produção coletiva do conhecimento e da busca da for-mação integral do aluno, em todos os seus aspectos. É fundamental que os diferentes componentes curriculares se inter-relacionem através de procedimentos inter e transdisci-plinares, debatidos no contexto da construção do projeto político-pedagógico da escola.A área de conhecimento, nesse contexto, existirá como espaço onde ocorrerá a inter--relação entre os diversos componentes cur-riculares (Português, Matemática, Física, Quí-mica), de tal forma que esta inter-relação não signifique, simplesmente, soldar uma disci-plina à outra, mas sim que elas trabalhem em torno de conceitos e procedimentos comuns, capazes de chegar aos objetivos preconizados pelo projeto político pedagógico da escola, assegurando aos alunos o acesso aos con-teúdos que objetivam a educação científico--tecnológica especifica, trabalhados de forma transdisciplinar, envolvendo vários professo-res e constituindo-se, muitas vezes, em pro-jetos. Desta forma o aluno poderá aprofundar e complementar a educação básica em todas as suas dimensões, apreendendo as relações entre os conhecimentos e destes com a cul-tura e o trabalho. Resolução:Artigo 7º – A organização curricular do Ensino Médio tem uma Base Nacional Comum e uma Parte Diversifi-cada que não devem constituir blocos distintos, mas um todo integrado, de modo a garantir tanto conhecimentos e saberes comuns necessários a todos os estudantes, quanto uma formação que considere a diversidade e as características locais e especificidades regionais.Artigo 8º – O currículo é organizado em áreas de conhecimento, a saber:I – Linguagens.II – Matemática.III – Ciências da Natureza.IV – Ciências Humanas.§ 1º – O currículo deve contemplar as 4 áreas do conhecimento, com tratamento metodológico que evidencie a contextualização e a interdisciplinaridade ou outras formas de interação e articulação entre dife-rentes campos de saberes específicos.§ 2º – A organização por áreas de conheci-mento não dilui nem exclui componentes curricu-lares com especificidades e saberes próprios constru-ídos e sistematizados, mas implica no fortalecimento das relações entre eles e a sua contextualização para apreensão e intervenção na realidade, requerendo pla-nejamento e execução conjugados e cooperativos dos seus professores. (grifo nosso)Artigo 9º – A legislação nacional determina es-tudos e atividades componentes obrigatórios que devem ser tratados em uma ou mais das áreas de conhecimento para compor o currículo:I – são definidos pela LDB:a) O estudo da língua portuguesa e da matemá-tica, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil;b) O ensino da arte, especialmente em suas ex-pressões regionais, de forma a promover o desenvol-vimento cultural dos estudantes, com a música como seu conteúdo obrigatório, mas não exclusivo;c) A educação física, integrada à proposta peda-gógica da instituição de ensino, sendo sua prática facultativa aos estudante nos casos previstos em Lei;d) O ensino da História do Brasil, que leva em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia;e) O estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena, no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística de literatura e de história brasileiras;d) O ensino da História do Brasil, que leva em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia;e) O estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena, no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística de literatura e de história brasileiras;f) A Filosofia e a Sociologia em todos os anos do curso;g) Uma linguagem estrangeira moderna na Parte Diversificada, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das dispo-nibilidades da instituição.Formas de oferta e de organização do ensino médioComo já foi dito, é necessário que se criem as condições para que o ensino médio atenda à multiplicidade de interesses de seus estudantes e das comunidades nas quais as escolas estão inseridas.Neste sentido é fundamental que haja flexibi-lidade na organização curricular e nos tempos e espaços escolares, abrindo-se múltiplas possibi-lidades para esta organização, sem prejuízos das disciplinas existentes e sem redução curricular. Resolução:Art. 14. O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, concebida como conjunto orgânico, sequen-cial e articulado, deve assegurar sua função formativa para todos os estudantes, sejam adolescentes, jovens ou adultos, atendendo, mediante diferentes formas de oferta e organização:I – No Ensino Médio regular, a duração mínima é de 3 anos, com carga horária mínima total de 2.400 horas, tendo como referência uma carga horária anual de 800 horas, distribuídas em pelo menos 200 dias de efetivo trabalho escolar.II – O ensino médio regular diurno, quando ade-quado aos seus estudantes, pode se organizar em regime de tempo integral, como no mínimo 7 horas diárias.III – No Ensino Médio regular noturno, adequado às condições de trabalhadores, respeitados os míni-mos de duração e carga horária, o projeto pedagógico deve atender com qualidade a sua singularidade, es-pecificando uma uma organização curricular e meto-dológica diferenciada, e pode, para garantir a perma-nência e o sucesso deste estudantes: a) ampliar a duração do curso para mais de 3 anos, com menor carga horária diária e anual, garantido o mí-nimo total de 2.400 horas;b) incluir atividades não presenciais, até 20% da carga horária diária e de cada período letivo, desde que haja suporte tecnológico e seja garantido o aten-dimento por professores e monitores. (grifo nosso)IV – Na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, observadas as suas diretrizes específicas, a duração mínima é de 1.200 horas e deve ser especifi-cada uma organização curricular e metodológica dife-renciada para os estudantes trabalhadores, que pode:a) ampliar seus períodos, com menor carga horá-ria diária e anual, garantida sua duração mínima;b) incluir atividades não presenciais, até 20% da carga horária diária e de cada período letivo, desde que haja suporte tecnológico e seja desde que haja suporte tecnológico e seja garantido o atendimento por professores e monitores. (grifo nosso)V - Atendida a formação geral, incluindo a pre-paração básica para o trabalho, o Ensino Médio pode preparar para o exercício de profissões técnicas, por integração com a Educação Profissional e Tecnológi-ca, observadas as diretrizes específicas, com as car-gas horárias mínimas de:a) 3.200 horas, no Ensino Médio regular integrado com a Educação Profissional Técnica de Nível Médio;b) 2.400 horas, na Educação de Jovens e Adul-tos, integrada com a Educação Profissional Técnica de nível médio, respeitado o mínimo de 1.200 horas de educação geral;c) 1.400 horas, na Educação de Jovens e Adul-tos, integrada com a Formação Inicial e Continuada ou Qualificação Profissional, respeitado o mínimo de 1.200 horas de Educação Geral.