quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Método de preenchimento de prova e técnica do chute certo


Enem 2011 - Dicas e técnicas de como chutar no ENEM


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Lição 8 – Discernimento: a salvaguarda do reavivamento

publicado em: 16/08/2013  |   12:09

Lição 8 – Discernimento: a salvaguarda do reavivamento

17 a 24 de agosto 




Sábado à tarde

Ano Bíblico: Jr 24–26



VERSO PARA MEMORIZAR:

“Considera em como amo os Teus preceitos; vivifica-me, ó Senhor, segundo a Tua bondade. As Tuas palavras são em tudo verdade desde o princípio, e cada um dos Teus justos juízos dura para sempre” (Sl 119:159, 160).



Leituras da Semana:

Jo 17:31Jo 2:3-6Mt 23:27,282Ts 2:9-121Co 12:4-7

No começo do meu ministério estudei com uma família da zona rural do Tennessee. Certo dia, um homem entrou na sala fumando um charuto. Ele declarou que o Senhor o tinha curado de câncer de pulmão!
Muitas vezes tenho refletido sobre essa experiência. Esse homem acreditava sinceramente que o Espírito Santo o havia curado. No entanto, sua crença de que ele havia sido curado tornava isso uma realidade? Sinais e maravilhas são sempre uma evidência da obra do Espírito Santo? Podemos apoiar nossa fé somente em sinais e maravilhas? Que papel os sinais e prodígios podem ter em um falso reavivamento?
No contexto do reavivamento, precisamos perguntar: É possível que o diabo crie um falso movimento religioso e deixe a impressão de que ocorreu um genuíno reavivamento?
Nesta semana, estudaremos os indicadores espirituais do genuíno reavivamento e os contrastaremos com os claros sinais dos movimentos falsos. Saber a diferença entre os dois nos livrará dos enganos do inimigo.




Domingo

Ano Bíblico: Jr 27–29



A vontade de Deus e Sua Palavra


Toda verdadeira espiritualidade está focalizada em conhecer a Deus e cumprir Sua vontade (Jo 17:3; Hb 10:7). Qualquer suposto “reavivamento” que focalize a experiência, em lugar do compromisso de obedecer à Palavra de Deus erra completamente o alvo. O Espírito Santo nunca nos conduzirá numa direção diferente daquela indicada pela Palavra de Deus. O Espírito Santo nos guia à Palavra (2Tm 3:15, 16). A Palavra de Deus é o fundamento e o centro de todo verdadeiro reavivamento.

1. O que as seguintes passagens do Salmo 119 revelam sobre o reavivamento e a Palavra de Deus? Quais são as qualidades espirituais que a Palavra de Deus desenvolve em nossa vida? Sl 119:25, 28, 49, 50, 67, 81, 105, 116, 130, 154. Na prática, o que significam essas promessas?

Em Seu sermão sobre o Pão da vida, Jesus explicou a essência de todo reavivamento e o fundamento de toda a vida espiritual. Ele declarou: “O Espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos tenho dito são espírito e são vida” (Jo 6:63). Essa declaração é extremamente significativa. O Espírito Santo, que é a fonte de todo reavivamento espiritual, fala através da Palavra de Deus, a fim de dar aos que a recebem pela fé, uma profunda vida espiritual. O reavivamento ocorre quando o Espírito Santo imprime as palavras de Jesus em nossa mente. Por isso o Salvador disse: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4:4).
“Em muitos dos avivamentos ocorridos durante o último meio século, têm operado, em maior ou menor grau, as mesmas influências que se manifestarão em movimentos mais extensos no futuro. Há uma agitação emotiva, uma mistura do verdadeiro com o falso, muito apropriado para corromper. Contudo, ninguém necessita ser enganado. À luz da Palavra de Deus não é difícil determinar a natureza desses movimentos. Onde quer que os homens negligenciem o testemunho da Escritura Sagrada, desviando-se das verdades claras que servem para provar a alma e que exigem a renúncia de si mesmo e do mundo, podemos estar certos de que ali não é outorgada a bênção de Deus” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 464, 465).

A essência do verdadeiro reavivamento é descobrir a vontade de Deus manifesta em Sua Palavra. Jesus era cheio do Espírito Santo. Desde o Seu nascimento até Sua morte, Ele foi conduzido e fortalecido pelo Espírito Santo.




Segunda

Ano Bíblico: Jr 30–32



O amor de Deus e Sua lei


Reavivamento é conhecer Jesus. É um despertar das faculdades espirituais da alma. É uma experiência pessoal e vital com o Salvador. Conhecer Jesus como Amigo é a essência de todo reavivamento. Do íntimo de sua experiência com Jesus, o apóstolo Paulo declarou que estava orando para que os efésios conhecessem “o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que [fossem] tomados de toda a plenitude de Deus” (Ef 3:19).
Isso está em contraste com a história das virgens do fim dos tempos, das quais cinco tinham a forma exterior de piedade e religião, mas não possuíam experiência íntima com Jesus. Referindo-Se à sua grande necessidade, Jesus disse: “Em verdade vos digo que não vos conheço” (Mt 25:12).
Conhecer Deus sempre leva à obediência. A lei de Deus revela Seu amor. Um relacionamento mais profundo com Cristo leva a um maior desejo de agradar a Cristo. A obediência é fruto do amor. Quanto mais O amarmos, mais desejaremos obedecer a Ele. Devemos suspeitar de todo suposto reavivamento que não enfatize o arrependimento pelas deliberadas transgressões da lei. O fervor religioso pode levar a um êxtase religioso temporário, mas faltará a mudança espiritual duradoura.

2. Para o apóstolo João, quais são as evidências de que a pessoa realmente conhece Deus? 1Jo 2:3-6; 4:7, 8, 20, 21

Nesses textos João apresenta dois pontos cruciais. Primeiro, conhecer Deus nos leva a guardar Seus mandamentos. Em segundo lugar, amar Deus nos leva a amar os outros. A mensagem de João é clara. Espiritualidade genuína resulta em vida transformada. O centro do reavivamento não é um caloroso sentimento de proximidade com Jesus. É uma vida transformada, cheia da alegria de servir a Jesus. O grande objetivo de Deus em todos os reavivamentos é nos atrair para perto dEle e aprofundar nossa entrega ao Seu propósito para nossa vida. Além disso, Ele quer nos capacitar para testemunhar e ministrar em favor de Sua causa.

Como estão seus relacionamentos? O que esses relacionamentos dizem sobre sua caminhada com o Senhor? De que forma você precisa melhorar em seu relacionamento com Deus e com os outros?




Terça

Ano Bíblico: Jr 33–35



Formalismo, fanatismo e fé


Um dos desafios do verdadeiro reavivamento é romper a superfície gelada do formalismo e, ao mesmo tempo, evitar as chamas ardentes do fanatismo. O formalismo fica rigidamente fechado no status quo [estado atual das coisas], satisfeito com a “casca” da religião enquanto nega a realidade viva da fé. O fanatismo tende a ir aos extremos e se concentra nos aspectos secundários da religião. Ele tende a ser desequilibrado, focalizando um aspecto da fé e negligenciando todos os outros. O fanatismo é muitas vezes hipócrita e preconceituoso. O apóstolo Paulo desejava que a igreja cristã “não mais [fosse] como meninos, [agitada] de um lado para outro e [levada] ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro” (Ef 4:14).

3. O que aprendemos sobre o formalismo na condenação de Jesus aos fariseus?
Mt 23:27, 28; Lc 11:39, 40; Mc 7:5-9

4. O que aprendemos sobre os que pensam que os sinais e maravilhas provam que eles são fiéis seguidores de Jesus? Mt 7:21-23

A questão mais profunda nessas experiências é o compromisso do coração. Sinais e maravilhas jamais podem tomar o lugar da autêntica fé bíblica. Eles não são um substituto para a submissão à vontade e à Palavra de Deus. A essência do verdadeiro reavivamento é uma fé tão profunda que nos leve a uma vida obediente, comprometida com a vontade de Deus. Um reavivamento fundamentado na Bíblia ecoa as palavras de João: “Todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 Jo 5:4).
“Que tipo de fé é a que vence o mundo? É a fé que faz de Cristo seu Salvador pessoal – a fé que, reconhecendo seu desamparo, sua total incapacidade para salvar a si mesma, se apossa do Ajudador que é poderoso para salvar, como sua única esperança” (Ellen G. White, Refletindo a Cristo, p. 21).

Qual é sua tendência: formalismo e tradição, ou experiência e emoção? Se você se inclina demais para um lado ou outro, como você pode encontrar o equilíbrio?




Quarta

Ano Bíblico: Jr 36–38



Ministério e milagres


Geralmente os falsos reavivamentos colocam sua ênfase principal nos milagres. Os reavivamentos genuínos focalizam o ministério. Os falsos reavivamentos enfatizam os sinais e prodígios espetaculares; os reavivamentos genuínos reconhecem que o maior milagre é uma vida transformada.
Os milagres de cura realizados por Jesus testemunhavam o fato de que Ele era o Messias. Como nosso compassivo Redentor, o Salvador estava preocupado em aliviar o sofrimento humano. Mas Ele estava ainda mais preocupado com a salvação de todos que Ele tocava com Sua graça curadora. O objetivo do ministério redentor de Jesus era “buscar e salvar” a humanidade perdida (Lc 19:10). Falando aos líderes religiosos sobre o paralítico, Jesus declarou: “Para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a Terra autoridade para perdoar pecados — disse, então, ao paralítico: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa” (Mt 9:6). A resposta da multidão a esse milagre foi glorificar a Deus (Mt 9:8).
Milagres eram uma consequência do ministério redentor de Jesus, mas não foram o principal motivo pelo qual Ele veio à Terra.

5. Como as pessoas podem ser enganadas nos últimos dias? 2Ts 2:9-12; Mt 24:11-13, 24; Ap 19:20

As pessoas são enganadas por falsos milagres “porque não acolheram o amor da verdade” (2Ts 2:10). Quando o desejo de coisas espetaculares é muito mais importante do que o desejo de uma vida nova em Cristo, a mente se torna aberta para o engano. A parábola do rico e Lázaro termina com as palavras perspicazes de Jesus: “Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos” (Lc 16:31). Em outras palavras, sinais espetaculares e prodígios maravilhosos nunca podem tomar o lugar da compreensão e obediência à Palavra de Deus. A obediência a Deus é a base. Sinais e maravilhas, se acontecerem, serão sempre secundários.

Que tipo de milagres você experimentou em sua caminhada com o Senhor? O que você aprendeu com eles? Qual é a importância deles para sua fé?




Quinta

Ano Bíblico: Jr 39–41



Frutos e dons


6. Quais são as principais razões pelas quais Deus concede à igreja os dons do Espírito Santo? 1Co 12:4-7; Rm 12:4-8; Ef 4:11-16

Os dons do Espírito Santo podem ser divididos em duas grandes categorias: qualidades e vocações. Por exemplo, os dons de prestar ajuda, hospitalidade, exortação e o ensino são qualidades que Deus concede aos cristãos individualmente (Rm 12:6-8). Os dons dos apóstolos, profetas, evangelistas e pastores/professores são vocações dadas aos cristãos individualmente (Ef 4:11, 12). Ambas as categorias de dons têm um propósito similar. Foram comunicados pelo Espírito Santo para fortalecer a vida espiritual da igreja e prepará-la para a missão. Os dons espirituais não são fim em si mesmos. Foram dados por Deus para benefício de Sua igreja.

7. O que o apóstolo Paulo quis dizer com a expressão “[andar] no Espírito” em Gálatas 5:16? Quais são as consequências de andar no Espírito? Gl 5:22-25; Jo 15:1-7

Existe perigo em todo suposto reavivamento que tenha pouco interesse no fruto do Espírito, mas que esteja obcecado pela posse dos dons do Espírito. Se Deus concedesse os dons do Espírito em plenitude aos cristãos que não manifestassem o fruto do Espírito, a igreja se tornaria o centro de exibicionismo egoísta. Se Deus derramasse o poder do Céu enquanto as nossas linhas espirituais de transmissão estivessem esgotadas, os resultados seriam desastrosos. Cuidado com movimentos que se concentram nos dons e poder do Espírito Santo, e não na obediência à vontade de Deus e no caráter transformado que revela o fruto do Espírito!

O que você diria à pessoa que experimentou algo que ela julga ter sido manifestação sobrenatural de Deus? Como você pode ajudá-la a saber se realmente é legítimo ou não isso? Com base na realidade do grande conflito, quem ou o que pode estar por trás dos milagres?




Sexta

Ano Bíblico: Jr 20–23



Estudo adicional


“A promessa do Espírito não é apreciada devidamente. Seu cumprimento não é realizado como poderia. A ausência do Espírito é que torna tão impotente o ministério evangélico. Pode-se possuir cultura, talento, eloquência ou qualquer dote natural ou adquirido; mas sem a presença do Espírito de Deus nenhum coração será tocado, nem se ganhará pecador algum para Cristo. De outro lado, se estão ligados com Cristo, e se possuem os dons do Espírito, os mais pobres e ignorantes de Seus discípulos terão um poder que falará aos corações. No Universo, Deus fará deles condutos para a difusão das mais elevadas influências” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 328).
“As fervorosas palavras de súplica do apóstolo não ficaram sem fruto. O Espírito Santo atuou com forte poder, e muitos cujos pés se haviam desviado para caminhos estranhos, retornaram à sua primeira fé no evangelho. Daí em diante ficaram firmes na liberdade com que Cristo os havia libertado. Na vida deles foram revelados os frutos do Espírito: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gl 5:22, 23). O nome de Deus fora glorificado e muitos foram acrescentados ao número dos crentes em toda aquela região” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 388).

Perguntas para reflexão

1. Pense no contraste entre o formalismo frio e o fanatismo desenfreado. Eles estão sempre em contraste? Será que a igreja pode ser ao mesmo tempo fanática e friamente formal? Como isso pode se manifestar? Por que esses extremos são prejudiciais ao reavivamento e à reforma? Como está sua igreja? Como você pode ajudá-la a encontrar o equilíbrio?
2. Quais são as evidências de que estão ocorrendo falsos reavivamentos no mundo? Como podemos saber que eles são falsos? Seria errado acreditar que Deus está operando um reavivamento entre os que, embora amem o Senhor, não conhecem o que conhecemos?
3. Você já conversou com alguém que experimentou um suposto milagre? Mesmo que duvidemos da autenticidade dessa experiência, como podemos aproveitar a amizade com essa pessoa para conduzi-la a uma verdade mais ampla?

Respostas sugestivas: 1. A Palavra de Deus traz reavivamento, salvação, luz, esperança, entendimento e força para superar as tristezas. Obediência à Palavra faz parte do reavivamento. 2. Obediência aos mandamentos de Deus e à Sua Palavra; amor entre os irmãos. 3. Formalismo é hipócrita: tem beleza exterior e impureza interior, justiça exterior e injustiça interior. A tradição dos homens é colocada acima dos mandamentos de Deus. É preciso limpar o exterior e o interior. 4. Jesus condenará a muitos que fazem sinais e maravilhas, mas não são infiéis à Sua lei. 5. Deixando de amar a verdade, acabam sendo enganadas pelos sinais e prodígios de Satanás e seus falsos profetas. 6. O bem de todos. Os dons devem ser usados no serviço. Somos membros uns dos outros. Todos precisam de todos. Aperfeiçoamento dos santos e edificação do corpo de Cristo. 7. Manifestar as qualidades do fruto do Espírito, que estão de acordo com a lei de Deus e em desacordo com as paixões e desejos da carne. O fruto é produzido pela comunhão com Cristo.




Auxiliar – Resumo

Reavivamento e Reforma




Lição 8 – Discernimento: a salvaguarda do reavivamento

17 a 24 de agosto 




Texto-chave: 1 João 2:3-6




O aluno deverá…
Conhecer: A diferença entre o verdadeiro e o falso reavivamento. Entender que o verdadeiro reavivamento evita o formalismo e o fanatismo, enquanto leva à amorosa obediência aos mandamentos de Deus.
Sentir: O desejo de conhecer Cristo pessoalmente, de manifestar o fruto do Espírito e de experimentar o verdadeiro reavivamento.
Fazer: Honrar a Deus acima de tudo, tendo uma vida santificada, para que Ele nos conceda Seus dons espirituais com poder semelhante ao do Pentecostes.
Esboço

I. Conhecer: Reavivamento e obediência
A. Qual é a relação entre o genuíno reavivamento e a lei de Deus?
B. A ênfase na obediência pode levar-nos a cair na armadilha do legalismo e formalismo?
C. Como podemos evitar o fanatismo e emocionalismo sensacionalista no verdadeiro reavivamento?

II. Sentir: Verdadeiros e falsos milagres
A. A lição enfatiza o discernimento da diferença entre os verdadeiros e os falsos milagres. Existe o perigo de nos concentrarmos tanto na identificação das falsas manifestações do Espírito que não percebamos os verdadeiros milagres que Deus está realizando?
B. De que maneira podemos promover atitudes de humilde submissão, a fim de nos prepararmos para o genuíno reavivamento e subsequentes milagres que Deus operará nos últimos dias?

III. Fazer: Glorificar a Deus: essência do reavivamento
A. Considerando que o Espírito Santo é o autor e originador de todo reavivamento, como devemos nos relacionar com Sua influência e orientação, a fim de nos prepararmos para receber a plenitude de Seu poder?
B. À luz do poderoso derramamento do Espírito Santo no tempo do fim, por que é tão essencial glorificar a Deus completamente em nossa vida?

Resumo: No tempo do fim, Deus deseja derramar o Espírito Santo com poder semelhante ao do Pentecostes sobre Sua igreja, de modo que Sua obra na Terra seja concluída. Ao buscarmos esse poderoso derramamento do Espírito Santo, desejando glorificá-Lo por meio da nossa vida piedosa, virá o esperado reavivamento.



Ciclo do Aprendizado




Motivação


Focalizando a Palavra: Mateus 7:21-24

Conceito-chave para o crescimento espiritual: O autêntico fruto do genuíno reavivamento não se manifesta em sinais e maravilhas, sentimentos ou milagres sensacionais. Reavivamento está enraizado no profundo relacionamento com Jesus, resultando no fruto do Espírito. Revela-se numa vida de serviço abnegado. Milagres podem acompanhar o reavivamento, mas não são a evidência dele. A evidência é um estilo de vida piedoso e obediente.
Somente para o professor: Pergunte aos alunos por que o genuíno reavivamento sempre é acompanhado por mudança de vida. Enfatize que Deus faz milagres. No ministério de Jesus, os milagres testemunharam do poder de Deus, e farão o mesmo em nossos dias. No entanto, sozinhos, milagres não confirmam a autenticidade do reavivamento. Por quê?




Comentário Bíblico




I. Evidência do verdadeiro reavivamento
(Recapitule com a classe 1Jo 2:2-6.)

Evidentemente, algumas formas de heresia se infiltraram na igreja nos dias de João, e o apóstolo ficou preocupado. Muito provavelmente, variados grupos de gnósticos fizeram algum progresso em misturar ensinamentos não bíblicos com a verdade da Palavra de Deus. Os gnósticos negavam a Encarnação e ensinavam que Cristo apenas pareceu ter um corpo humano. Na opinião desses falsos mestres, o conhecimento, que é o significado principal da palavra gnosticismo, era a essência da salvação. João enfrentou esses hereges concentrando-se no nascimento, morte e ressurreição de Cristo. Ele apresentou a realidade de que “conhecer Deus” é muito mais do que assentimento intelectual. Vai muito além de um exercício mental. Também não é frio formalismo. É um relacionamento pessoal com Jesus. Para João, conhecer Jesus significava experimentar pessoalmente Sua graça, amá-Lo supremamente e obedecê-Lo incondicionalmente. João usa as palavras conheço/conheceu em toda sua epístola para se referir a esse conhecimento de Jesus (1Jo 2:4, 5, 13; 3:1-3; 4:2).
Com essas palavras, João destaca seu entendimento do que realmente significa conhecer Cristo: “Aquele que diz que permanece nEle, esse deve também andar assim como Ele andou” (1Jo 2:6). A palavra para “permanecer” na língua original é meno, que significa continuar a estar presente ou permanecer. Significa habitar continuamente ou permanecer na presença de Cristo, um profundo conhecimento dEle, o que leva a uma vida transformada, obediente. Esse é o centro do verdadeiro reavivamento.
Pense nisto: Ao longo das epístolas de João, a maior evidência de ser um verdadeiro discípulo de Cristo é uma vida de obediência amorosa. Na parte final das três mensagens angélicas (Ap 14:12), João também destaca a necessidade de obediência. Leia essa passagem e comente a relação entre amar a Deus acima de tudo e obedecê-Lo completamente.

II. A evidência do falso revivamento
(Recapitule com a classe 2Ts 2:9-12.)

O texto acima descreve a estratégia do iníquo, ou anticristo. Ele atuará “com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira” (2Ts 2:9). Jesus advertiu Seus discípulos sobre as astutas ciladas do maligno: “Surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos” (Mt 24:24). O último livro da Bíblia, o Apocalipse, confirma essa realidade assustadora. Satanás usará milagres para enganar multidões e levá-las a receber a marca da besta (Ap 13:13, 14; 16:14; 19:20). Observe com cuidado por que milhões serão enganados por esses falsos milagres: “Porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos” e porque “não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça”, aceitaram um forte engano e acreditaram numa mentira (2Ts 2:10-12).
A Bíblia é a nossa salvaguarda, a defesa contra as astutas ciladas do inimigo. Por isso, Ellen G. White escreveu: “Pessoa alguma, a não ser os que fortaleceram o espírito com as verdades da Escritura, poderá resistir no último grande conflito. A toda alma virá a inquiridora prova: Obedecerei a Deus de preferência aos homens? A hora decisiva está mesmo agora às portas. Estão nossos pés firmados na rocha da imutável Palavra divina? Estamos preparados para permanecer firmes em defesa dos mandamentos de Deus e da fé de Jesus?” (O Grande Conflito, p. 593, 594).
Pense nisto: Compreendendo a Palavra de Deus e aplicando seus princípios à nossa vida estaremos seguros na futura crise. Como podemos ter certeza de que entendemos a Bíblia corretamente e não fomos enganados por falsas interpretações? (leia Jo 7:17).

III. O fruto e os dons do Espírito
(Recapitule com a classe Gl 5:22, 23; 1Co 12:4-8.)

O fruto do Espírito Santo envolve as qualidades de caráter que o Espírito Santo nos concede quando temos comunhão com Jesus por meio da oração, estudo da Bíblia e testemunho. Essas qualidades revelam uma autêntica experiência cristã. Não são impulsos naturais do coração humano, mas são verdadeiramente “o fruto do Espírito”. Os dons do Espírito Santo são qualidades concedidas por Deus ou talentos naturais redirecionados, com os quais o Espírito Santo capacita os cristãos para seu ministério de testemunho e serviço. Sem o fruto do Espírito, os dons do Espírito poderiam facilmente se degenerar em exibicionismo egoísta. O Novo Testamento nos ensina a buscar o fruto do Espírito e permitir que Deus nos conceda os dons do Espírito Santo como Ele desejar. Em Sua infinita sabedoria, Ele sabe quais são os dons que utilizaremos da maneira mais útil para abençoar o corpo de Cristo e estender Seu reino.
Pense nisto: Se nos concentrarmos em receber os dons do Espírito, e não em revelar o fruto do Espírito, estaremos abertos aos enganos do maligno. Se nos concentrarmos em conhecer Deus, submetendo-nos à Sua vontade, Ele nos concederá os mais preciosos dons do Céu para abençoar os outros. Por que é importante focalizar o fruto do Espírito, em vez de buscar os dons do Espírito?

Aplicação


Somente para o professor: Leia Gálatas 5:16 e conduza a classe a uma discussão sobre o que realmente significa “andar no Espírito”.

Perguntas para reflexão e aplicação
1. Qual é a diferença entre andar no Espírito e andar na carne?
2. Na prática, como é a vida no Espírito?
3. Como a vida no Espírito pode nos ajudar a evitar as armadilhas do formalismo e fanatismo?
4. Por que os dons do Espírito Santo são tão importantes para o testemunho e serviço? Por que podemos esperar uma plena manifestação dos dons do Espírito, pouco antes da vinda de Jesus, sobre um povo que revela o fruto do Espírito?

Atividades práticas


Peça que os alunos partilhem uma de suas lembranças favoritas do Natal ou aniversário. Enquanto eles recordam as coisas positivas da vida, pergunte: Por que esses momentos foram tão especiais? O que é mais importante do ponto de vista de um adulto: a experiência especial ou os presentes recebidos? Enfatize que as crianças procuram presentes, mas os adultos procuram relacionamentos. Cristãos maduros buscam conhecer Jesus intimamente. O relacionamento deles com Jesus é vital. Estão dispostos a permitir que Ele trabalhe por meio deles da forma que Ele achar melhor. Procuram ter vidas piedosas, obedientes e deixar que o Senhor conceda os dons que melhor os habilitarão para servi-Lo. Reconhecem que o fruto do Espírito é a marca do genuíno reavivamento.

Planejando atividades: O que sua classe de Escola Sabatina pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?
 

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O esquema que saiu dos trilhos(Tucanos desviam dinheiro do metro)

O esquema que saiu dos trilhos

Um propinoduto criado para desviar milhões das obras do Metrô e dos trens metropolitanos foi montado durante os governos do PSDB em São Paulo. Lobistas e autoridades ligadas aos tucanos operavam por meio de empresas de fachada

Alan Rodrigues, Pedro Marcondes de Moura e Sérgio Pardellas
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PROTEÇÃO GARANTIDA
Os governos tucanos de Mario Covas (abaixo), 
Geraldo Alckmin
José Serra (acima) nada fizeram para conter o esquema de corrupção
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Ao assinar um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a multinacional alemã Siemens lançou luz sobre um milionário propinoduto mantido há quase 20 anos por sucessivos governos do PSDB em São Paulo para desviar dinheiro das obras do Metrô e dos trens metropolitanos. Em troca de imunidade civil e criminal para si e seus executivos, a empresa revelou como ela e outras companhias se articularam na formação de cartéis para avançar sobre licitações públicas na área de transporte sobre trilhos. Para vencerem concorrências, com preços superfaturados, para manutenção, aquisição de trens, construção de linhas férreas e metrôs durante os governos tucanos em São Paulo – confessaram os executivos da multinacional alemã –, os empresários manipularam licitações e corromperam políticos e autoridades ligadas ao PSDB e servidores públicos de alto escalão. O problema é que a prática criminosa, que trafegou sem restrições pelas administrações de Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, já era alvo de investigações, no Brasil e no Exterior, desde 2008 e nenhuma providência foi tomada por nenhum governo tucano para que ela parasse. Pelo contrário. Desde que foram feitas as primeras investigações, tanto na Europa quanto no Brasil, as empresas envolvidas continuaram a vencer licitações e a assinar contratos com o governo do PSDB em São Paulo. O Ministério Público da Suíça identificou pagamentos a personagens relacionados ao PSDB realizados pela francesa Alstom – que compete com a Siemens na área de maquinários de transporte e energia – em contrapartida a contratos obtidos. Somente o MP de São Paulo abriu 15 inquéritos sobre o tema. Agora, diante deste novo fato, é possível detalhar como age esta rede criminosa com conexões em paraísos fiscais e que teria drenado, pelo menos, US$ 50 milhões do erário paulista para abastecer o propinoduto tucano, segundo as investigações concluídas na Europa.
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SUSPEITOS
Segundo o ex-funcionário da Siemens, Ronaldo Moriyama (foto menor),
diretor da MGE, e Décio Tambelli, ex-diretor do Metrô, integravam o esquema
As provas oferecidas pela Siemens e por seus executivos ao Cade são contundentes. Entre elas, consta um depoimento bombástico prestado no Brasil em junho de 2008 por um funcionário da Siemens da Alemanha. ISTOÉ teve acesso às sete páginas da denúncia. Nelas, o ex-funcionário, que prestou depoimento voluntário ao Ministério Público, revela como funciona o esquema de desvio de dinheiro dos cofres públicos e fornece os nomes de autoridades e empresários que participavam da tramoia. Segundo o ex-funcionário cujo nome é mantido em sigilo, após ganhar uma licitação, a Siemens subcontratava uma empresa para simular os serviços e, por meio dela, realizar o pagamento de propina. Foi o que aconteceu em junho de 2002, durante o governo de Geraldo Alckmin, quando a empresa alemã venceu o certame para manutenção preventiva de trens da série 3000 da CPTM (Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos). À época, a Siemens subcontratou a MGE Transportes. De acordo com uma planilha de pagamentos da Siemens obtida por ISTOÉ, a empresa alemã pagou à MGE R$ 2,8 milhões até junho de 2006. Desse total, pelo menos R$ 2,1 milhões foram sacados na boca do caixa por representantes da MGE para serem distribuídos a políticos e diretores da CPTM, segundo a denúncia. Para não deixar rastro da transação, os saques na boca do caixa eram sempre inferiores a R$ 10 mil. Com isso, o Banco Central não era notificado. “Durante muitos anos, a Siemens vem subornando políticos, na sua maioria do PSDB, e diretores da CPTM.
A MGE é frequentemente utilizada pela Siemens para pagamento de propina. Nesse caso, como de costume, a MGE ficou encarregada de pagar a propina de 5% à diretoria da CPTM”, denunciou o depoente ao Ministério Público paulista e ao ombudsman da empresa na Alemanha. Ainda de acordo com o depoimento, estariam envolvidos no esquema o diretor da MGE, Ronaldo Moriyama, segundo o delator “conhecido no mercado ferroviário por sua agressividade quando se fala em subornar o pessoal do Metrô de SP e da CPTM”, Carlos Freyze David e Décio Tambelli, respectivamente ex-presidente e ex-diretor do Metrô de São Paulo, Luiz Lavorente, ex-diretor de Operações da CPTM, e Nelson Scaglioni, ex-gerente de manutenção do metrô paulista. Scaglioni, diz o depoente, “está na folha de pagamento da MGE há dez anos”. “Ele controla diversas licitações como os lucrativos contratos de reforma dos motores de tração do Metrô, onde a MGE deita e rola”. O encarregado de receber o dinheiro da propina em mãos e repassar às autoridades era Lavorente. “O mesmo dizia que (os valores) eram repassados integralmente a políticos do PSDB” de São Paulo e a partidos aliados. O modelo de operação feito pela Siemens por meio da MGE Transportes se repetiu com outra empresa, a japonesa Mitsui, segundo relato do funcionário da Siemens. Procurados por ISTOÉ, Moriyama, Freyze, Tambelli, Lavorente e Scaglioni não foram encontrados. A MGE, por sua vez, se nega a comentar as denúncias e disse que está colaborando com as investigações.
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Além de subcontratar empresas para simular serviços e servir de ponte para o desvio de dinheiro público, o esquema que distribuiu propina durante os governos do PSDB em São Paulo fluía a partir de operações internacionais. Nessa outra vertente do esquema, para chegar às mãos dos políticos e servidores públicos, a propina circulava em contas de pessoas físicas e jurídicas em paraísos fiscais. Uma dessas transações contou, de acordo com o depoimento do ex-funcionário da Siemens, com a participação dos lobistas Arthur Teixeira e Sérgio Teixeira, através de suas respectivas empresas Procint E Constech e de suas offshores no Uruguai, Leraway Consulting S/A e Gantown Consulting S/A. Neste caso específico, segundo o denunciante, a propina foi paga porque a Siemens, em parceria com a Alstom, uma das integrantes do cartel denunciado ao Cade, ganhou a licitação para implementação da linha G da CPTM. O acordo incluía uma comissão de 5% para os lobistas, segundo contrato ao qual ISTOÉ teve acesso com exclusividade, e de 7,5% a políticos do PSDB e a diretores da área de transportes sobre trilho. “A Siemens AG (Alemanha) e a Siemens Limitada (Brasil) assinaram um contrato com (as offshores) a Leraway e com a Gantown para o pagamento da comissão”, afirma o delator. As reuniões, acrescentou ele, para discutir a distribuição da propina eram feitas em badaladas casas noturnas da capital paulista. Teriam participado da formação do cartel as empresas Alstom, Bombardier, CAF, Siemens, TTrans e Mitsui. Coube ao diretor da Mitsui, Masao Suzuki, guardar o documento que estabelecia o escopo de fornecimento e os preços a serem praticados por empresa na licitação.
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Além de subcontratar empresas que serviram de ponte para o desvio
de dinheiro público, o esquema valeu-se de operações em paraísos fiscais
Os depoimentos obtidos por ISTOÉ vão além das investigações sobre o caso iniciadas há cinco anos no Exterior. Em 2008, promotores da Alemanha, França e Suíça, após prender e bloquear contas de executivos do grupo Siemens e da francesa Alstom por suspeita de corrupção, descobriram que as empresas mantinham uma prática de pagar propinas a servidores públicos em cerca de 30 países. Entre eles, o Brasil. Um dos nomes próximos aos tucanos que apareceram na investigação dos promotores foi o de Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) nomeado pelo então governador tucano Mário Covas. No período em que as propinas teriam sido negociadas, Marinho trabalhava diretamente com Covas. Proprietário de uma ilha paradisíaca na região de Paraty, no Rio de Janeiro, Marinho foi prefeito de São José dos Campos, ocupou a coordenação da campanha eleitoral de Covas em 1994 e foi chefe da Casa Civil do governo do Estado de 1995 a abril de 1997. Numa colaboração entre promotores de São Paulo e da Suíça, eles identificaram uma conta bancária pertencente a Marinho que teria sido abastecida pela francesa Alstom. O MP bloqueou cerca de US$ 1 milhão depositado. Marinho é até hoje alvo do MP de São Paulo. Procurado, ele não respondeu ao contato de ISTOÉ. Mas, desde que estourou o escândalo, ele, que era conhecido como “o homem da cozinha” – por sua proximidade com Covas –, tem negado a sua participação em negociatas que beneficiaram a Alstom.
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Entre as revelações feitas pela Siemens ao Cade em troca de imunidade está a de que ela e outras gigantes do setor, como a francesa Alstom, a canadense Bombardier, a espanhola CAF e a japonesa Mitsui, reuniram-se durante anos para manipular por meios escusos o resultado de contratos na área de transporte sobre trilhos. Entre as licitações envolvidas sob a gestão do PSDB estão a fase 1 da Linha 5 do Metrô de São Paulo, as concorrências para a manutenção dos trens das Séries 2.000, 3.000 e 2.100 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a extensão da Linha 2 do metrô de São Paulo. Também ocorreram irregularidades no Projeto Boa Viagem da CPTM para reforma, modernização e serviço de manutenção de trens, além de concorrências para aquisição de carros de trens pela CPTM, com previsão de desenvolvimento de sistemas, treinamento de pessoal, apoio técnico e serviços complementares.
Com a formação do cartel, as empresas combinavam preços e condicionavam
a derrota de um grupo delas à vitória em outra licitação superfaturada
Com a formação do cartel, as empresas combinavam preços e condicionavam a derrota de um grupo delas à vitória em outra licitação também superfaturada. Outra estratégia comum era o compromisso de que aquela que ganhasse o certame previamente acertado subcontratasse outra derrotada. Tamanha era a desfaçatez dos negócios que os acordos por diversas vezes foram celebrados em reuniões nos escritórios das empresas e referendados por correspondência eletrônica. No início do mês, a Superintendência-Geral do Cade realizou busca e apreensão nas sedes das companhias delatadas. A Operação Linha Cruzada da Polícia Federal executou mandados judiciais em diversas cidades em São Paulo e Brasília. Apenas em um local visitado, agentes da PF ficaram mais de 18 horas coletando documentos. Ao abrir o esquema, a Siemens assinou um acordo de leniência, que pode garantir à companhia e a seus executivos isenção caso o cartel seja confirmado e condenado. A imunidade administrativa e criminal integral é assegurada quando um participante do esquema denuncia o cartel, suspende a prática e coopera com as investigações. Em caso de condenação, o cartel está sujeito à multa que pode chegar a até 20% do faturamento bruto. O acordo entre a Siemens e o Cade vem sendo negociado desde maio de 2012. Desde então, o órgão exige que a multinacional alemã coopere fornecendo detalhes sobre a manipulação de preços em licitações.
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Só em contratos com os governos comandados pelo PSDB em São Paulo, duas importantes integrantes do cartel apurado pelo Cade, Siemens e Alstom, faturaram juntas até 2008 R$ 12,6 bilhões. “Os tucanos têm a sensação de impunidade permanente. Estamos denunciando esse caso há décadas. Entrarei com um processo de improbidade por omissão contra o governador Geraldo Alckmin”, diz o deputado estadual do PT João Paulo Rillo. Raras vezes um esquema de corrupção atravessou incólume por tantos governos seguidos de um mesmo partido numa das principais capitais do País, mesmo com réus confessos – no caso, funcionários de uma das empresas participantes da tramoia, a Siemens –, e com a existência de depoimentos contundentes no Brasil e no Exterior que resultaram em pelo menos 15 processos no Ministério Público. Agora, espera-se uma apuração profunda sobre a teia de corrupção montada pelos governos do PSDB em São Paulo. No Palácio dos Bandeirantes, o governador Geraldo Alckmin disse que espera rigor nas investigações e cobrará o dinheiro que tenha sido desviado dos cofres públicos.
Montagem sobre foto de: Carol Guedes/Folhapress (abre); FOTOS: RICARDO STUCKERT; Folhapress; EVELSON DE FREITAS/AE

Ministro da Educação homologa Parecer do CNE sobre a jornada do piso

01/08/2013
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Cumprindo o compromisso reafirmado ao longo
do último mês, o Ministro da Educação homo-
logou, no dia 31 de julho, o Parecer CNE/CEB
nº 18/2012, que trata dos parâmetros a serem
seguidos na implementação da jornada de trabalho dos
profissionais do Magistério Público da Educação Básica
(Lei 11.738/2008). A relatora da matéria no Conselho
Nacional de Educação foi a professora Maria Izabel
Azevedo Noronha, presidenta da APEOESP.
Temos razões para comemorar o ato do Minis-
tro, por compreendermos o alcance e a importância
da homologação de um parecer que busca assegurar
a efetivação de uma medida (a destinação de, no
mínimo, 1/3 da jornada de trabalho para atividades
extraclasse). Esta medida terá impacto positivo na
qualidade do ensino e na valorização dos profissionais
da Educação. Este tempo é fundamental para que o
professor possa preparar suas aulas, realizar estudos
e pesquisas, preparar e corrigir provas e trabalhos e
participar de programas de formação continuada no
próprio local de trabalho.
O Parecer é cuidadoso no sentido de permitir
que a composição da jornada, conforme definida na lei
11.738/2008, seja implementada de forma paulatina,
com base em negociações a serem realizadas entre
o poder público e os sindicatos ou representações de
professores. A homologação do Ministro permitirá que
esta questão possa ser contemplada nas leis orçamen-
tárias dos Estados e Municípios, outra preocupação
expressa no parecer. Para maior clareza, reproduzimos
aqui o parecer e, em seguida, despacho do Ministro,
Ministro da Educação
homologa Parecer do CNE
sobre a jornada do piso
publicado no Diário Oficial da União (01.08.2013 -
Executivo - página 17).
“(…)
Assim, por tudo o que foi aqui apresentado, de forma
sucinta, é forçoso reconhecer que a Lei nº 11.738/2008
é mais uma contribuição ao processo de valorização dos
profissionais do magistério e de melhoria da qualidade de
ensino e, como tal, não pode ser ignorada ou descumprida
pelos entes federados. Obviamente, isso exigirá um debate
aprofundado sobre o regime de colaboração entre os entes
federados, partilhando responsabilidades e recursos eco-
nômicos, assumindo a União suas “funções redistributiva e
supletiva em relação às demais instâncias educacionais”.
Cabe, portanto, a todos os órgãos do estado
brasileiro cumpri-la e fazê-la cumprir, sob pena de
se tornar letra morta uma lei que é resultado da luta
dos professores e da conjugação dos esforços das
autoridades educacionais, gestores, profissionais da
educação e outros segmentos sociais comprometidos
com a qualidade da educação e com os direitos de
nossas crianças e jovens a um ensino de qualidade
social.
Desta forma, é possível conceber a aplicabilidade
desta lei de forma paulatina, desde que devidamente
negociada com gestores e professores, por meio de
comissão paritária, sendo que a representação dos
professores deve ser oriunda de sindicato ou asso-
ciação profissional. Onde não houver representação
sindical ou associação profissional, a representação
será composta de professores escolhidos por seus
pares para tal finalidade.
II – VOTO DA COMISSÃO
A Comissão saúda os entes federados que já
aplicam a composição da jornada de trabalho prevista
na Lei nº 11.738/2008 ou percentual maior para
atividades extraclasse, sempre na expectativa de que
não haja nenhuma regressão por conta de uma regra
de implantação oriunda deste Conselho Nacional de
Educação. Por outro lado, é imperioso que os entes
federados que ainda não aplicam a jornada do piso,
providenciem cronograma de aplicação e, por conse-
guinte, previsão na Lei de Diretrizes Orçamentárias e
na Lei Orçamentária.”
O texto do Ministro (veja abaixo) fala por si quanto
ao processo de construção do parecer ora homo-
logado. Acredito que, agora, gestores e profissionais
da educação tem em mãos um instrumento que lhes
permitirá chegar a boas soluções para o cumprimento
do que determina a lei 11.738/08, superando impasses
e dando mais um passo importante para a melhoria da
qualidade da educação nas redes públicas de ensino e
para a valorização dos professores e das professoras
em todo o Brasil.
Continuaremos lutando para que, no Estado de
São Paulo possamos, de fato, estabelecer negociações
sobre a jornada de trabalho neste segundo semestre,
conforme compromisso expresso pelo Secretário da
Educação em diversos momentos a partir da greve que
realizamos entre 19 de abril e 10 de maio.
Veja a íntegra do despacho do Ministro da Educação:
DESPACHO DO MINISTRO (31.07.2013)
O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, nos
termos do art. 2º da Lei nº 9.131, de 24 de novembro
de 1995, HOMOLOGA o Parecer nº 18/2012, da
Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de
Educação, que, reexaminando o Parecer CNE/CEB nº
09/2012, dispôs sobre os parâmetros a serem seguidos
na implementação da jornada de trabalho dos profissio-
nais do magistério público da educação básica, de que
trata a Lei no 11.738, de 2008, conforme consta do
Processo nº 23001.000050/2012-24.
CONSIDERANDO que a valorização dos pro-
fissionais da educação escolar, mediante a garantia de
piso salarial profissional e planos de carreira, é princípio
de matriz constitucional (incisos V e VIII do art. 206 da
Constituição Federal); CONSIDERANDO que o art. 67
da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional), prevê que
“os sistemas de ensino promoverão a valorização dos
profissionais da educação, assegurando-lhes (…) V –
período reservado a estudos, planejamento e avaliação,
incluído na carga de trabalho”;
CONSIDERANDO que a Lei no 11.738, de 16 de
julho de 2008, determinou, no § 4º de seu art. 2º, que,
na “composição da jornada de trabalho [do profissional
do magistério público da educação básica], observar-se-
-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária
para o desempenho das atividades de interação com
os educandos”;
CONSIDERANDO que o Supremo Tribunal
Federal julgou improcedente a Ação Direta de Incons-
titucionalidade no 4.167, que impugnava, entre outros
dispositivos da Lei no 11.738, de 2008, o mencionado
§ 4º do art. 2º;
CONSIDERANDO a importância de o profissional
do magistério público da educação básica dispor de
tempo, nunca inferior a 1/3 (um terço) de sua carga
horária, para a execução de atividades extraclasse, tais
como estudo, planejamento e avaliação;
CONSIDERANDO o estudo e amplo debate rea-
lizados no âmbito do Conselho Nacional de Educação
(CNE) sobre a concretização dos avanços trazidos pela
Lei n o 11.738, de 2008, e o compromisso do Ministé-
rio da Educação em impulsionar a implementação das
medidas que contribuirão para a melhoria da educação
no País;
CONSIDERANDO haverem sido ouvidas e
ponderadas pelo CNE as observações do Conselho
Nacional de Secretários de Educação (CONSED) e da
União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação
(UNDIME), num longo processo de discussão a respeito
do tema;
CONSIDERANDO o esforço empreendido para
se chegar a um consenso entre todos os agentes en-
volvidos, principalmente após o envio do Processo no
23001.000050/2012-24 ao Conselho Nacional de
Educação para reexame, por duas vezes, do Parecer
CNE/CEB nº 9/2012;
CONSIDERANDO ainda que, desse amplo deba-
te, o Conselho Nacional de Educação, mesmo após o
processo ter sido devolvido por duas vezes, manteve
as linhas gerais do Parecer CNE/CEB nº 9/2012.
ALOIZIO MERCADANTE OLIVA
Secretaria de Comunicações