Sumário
Lição 4 – Salvação: a única solução
Professor de Evangelismo e Crescimento de Igreja.
SALT, IAENE
Introdução
“Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que
todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3:16).
Esse texto mostra a grandeza do coração de Deus, a ponto de levá-Lo a entregar
Seu único Filho para morrer em favor da humanidade. NEle está a salvação para o
pecador. Cristo afirma: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente”
(vida abundante e com propósito; Jo 10:10, NVI). Então, surge a pergunta: “Por
que a maioria das pessoas não está experimentando essa “vida abundante”? Na
verdade, todos têm o direito à vida, mas nem todos creem em Jesus. Só recebe
essa vida abundante, ou seja, a salvação, aqueles que nEle creem. O dever do
cristão é crer e apresentar essa crença a todos aqueles que ainda não conhecem
Jesus.
No livro O que é Salvação, de Hans La Rondelle, se encontra a
seguinte declaração: Salvação, no contexto bíblico, “é uma experiência de fé
que redime noss passado, enche de gozo nosso presente e aguarda com esperança
um futuro glorioso” (p. 8). Gosto dessa definição, pois diz exatamente o que a
salvação causa no coração do cristão. Na verdade, a salvação está disponível a
nós, porém é necessário crer.
Embora seja necessário crer em Jesus para a salvação, isso não é tudo. A Bíblia
diz que o diabo também crê em Deus, e estremece:“Tu crês que há um só Deus;
fazes bem. Também os demônios o creem, e estremecem. Mas, ó homem vão, queres
tu saber que a fé sem as obras é morta?” (Tg 2:19, RC). O diabo crê, estremece,
mas não obedece. O cristão precisa crer, estremecer e obedecer. De nada
adiantará crer e não obedecer, pois assim não haverá diferença entre o cristão
e o maligno.
A
extensão do problema
Infelizmente, o problema do pecado não se restringiu aos primeiros habitantes
da Terra, mas se propagou com os filhos do casal. O fato de Caim ter matado seu
irmão Abel, foi uma extensão trágica do pecado de Adão e Eva que, com certeza,
sofreram muito com a morte do filho. Da mesma forma que Deus havia sofrido com
a desobediência de seu filho Adão, ele sofreu com a perda de seu filho Abel e
com a desobediência de seu filho Caim. Todas as vezes que cometemos pecados
devemos estar cientes de que as consequências irão além do que imaginamos.
Outras pessoas sofrerão como consequência de meu pecado. Por exemplo: Se um
homem comete adultério, várias pessoas serão prejudicadas. Em primeiro lugar, a
pessoa traída vai sentir mágoa, rancor e desprezo. E se desse adultério vem a
ocorrer o nascimento de uma criança, ela vai crescer sem a presença do pai,
gerando uma deficiência na formação do caráter e na educação. Outra
consequência é que o pai terá que pagar uma pensão, tendo assim que sustentar
duas famílias. O filho cresce desestruturado e forma outra família com as
mesmas características, gerando uma extensão do problema que se repete a cada
geração.
A consequência final do pecado é a morte eterna. Na carta aos romanos, o
apóstolo Paulo declarou que "o salário do pecado é a morte”(6:23). Ele
também afirmou: “Como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a
morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm
5:12). Esses dois textos mencionados acima nos deixam totalmente perdidos e sem
esperança. Pelo fato de Adão ter pecado e recebido a sentença da morte, restou
para todos os seres humanos essa triste herança.
Parece
que não há solução para o problema que se estende a todas as pessoas. O que nos
alegra é que o mesmo texto citado acima diz que “...o dom gratuito de Deus é a
vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6:23). Jamais devemos cessar
de dar glórias a Deus por Seu ato de morrer em nosso lugar. Jamais devemos
deixar de amar esse Deus maravilhoso que nos ama e nos restaura. Jamais devemos
deixar de pregar sobre esse amor que salva, transforma e liberta o ser humano
da escravidão do pecado.
A
provisão de Deus
Quando se sente os efeitos do pecado, um sentimento de impotência e fragilidade
toma conta do pecador, que não vê nenhuma saída pela qual possa ser liberto.
Porém, Deus, em Sua infinita bondade, proveu um plano de salvação, cujo
propósito é: “Todo aquele que nEle [Jesus] crê não pereça mas tenha a vida
eterna” (Jo 3:16).
De acordo com a Bíblia, esse plano foi instituído bem antes de o homem pecar.
Por isso o chamamos de a provisão de Deus.
Tito declarou: “Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir,
prometeu antes dos tempos dos séculos” (Tt 1:2). A Palavra de Deus ainda
declara: Também nos elegeu nEle antes da fundação do mundo, para que fôssemos
santos e irrepreensíveis diante dEle em caridade; E nos predestinou para filhos
de adoção por Jesus Cristo, para Si mesmo, segundo o beneplácito de Sua
vontade” (Ef 1:3-5). O Comentário Bíblico Adventista comenta: “Paulo aqui estava
expressando um pensamento semelhante concernente à igreja, ou o Israel
espiritual. Isto é uma eleição geral dos fiéis e não uma eleição individual. O
termo usado, nEle, quer dizer que
Cristo é a esfera em que a escolha deve ser feita, porque toda vida espiritual
é centralizada nEle”. E ainda: “Uma pessoa vindo a Cristo é escolhida para ser
salva da mesma forma que uma pessoa que decide participar de um coral é
escolhida para cantar”1 (The Seventh-day Adventist Bible Commentary, v. 6,
ed. Francis D. Nichol; Review and Herald Publishing Association, 1980, 998).
A maior provisão de Deus para o ser humano foi ter enviado Seu Filho para
morrer em nosso lugar. Na verdade, a morte de Cristo supre a necessidade humana
de salvação pela justificação, reconciliação com Deus e santificação e
glorificação, o que motiva o cristão a viver de acordo com a vontade de Deus,
aguardando um futuro glorioso.
Devemos glorificar o nome de Deus todos os dias pelo fato de termos recebido do
Pai a provisão necessária para viver neste mundo e no mundo por vir. Louvemos a
Deus pelo fato de termos direito à salvação, mesmo sem merecermos. Louvemos ao
Senhor porque, pela presença do Espírito Santo, somos guiados na jornada da
vida cristã e no processo da santificação.
A
experiência da salvação
Em uma
reunião da Escola Sabatina, um professor declarou que é muito difícil
saber quando se está salvo. “Eu mesmo não tenho certeza da salvação”, disse
ele. Na verdade, essa dúvida está no coração de muitos membros da igreja.
Você tem certeza da salvação? Você já experimentou o prazer de ser salvo?
Existe um hino no Hinário Adventista que exemplifica a experiência da salvação:
“Que prazer é ser de Cristo, nEle crer e confiar,
Aceitar os Seus ensinos, Sua paz e amor gozar!
CORO:
Cristo! Cristo! Já confio em Teu nome, em Teu poder.
Cristo! Cristo, bem-amado, faze em mim a fé crescer.
Oh, que
bênção crer em Cristo, crer no sangue que verteu!
Pois os meus pecados todos sepultou e os esqueceu!
Oh, quão
bom é crer em Cristo, ter certeza do perdão!
Receber de Cristo mesmo, vida, paz e salvação.
Sim,
feliz eu sou em Cristo, dEle aqui desejo ser;
Quero, pois, humildemente, ao Senhor obedecer.
(Hinário Adventista, 271).
Estar feliz com Cristo e ter prazer em obedecer-Lhe, cumprindo o propósito de
Deus para nossa vida, deve ser, com certeza, a alegria da salvação. Uma das
maiores alegrias expressas por Paulo tem ver com a salvação de outras pessoas.
Paulo tinha um profundo desejo de salvar seus compatriotas israelitas. Ele
expressou esse desejo em Romanos 9:1-4: “Digo a verdade em Cristo, não minto,
testemunhando comigo, no Espírito Santo, a minha própria consciência: tenho
grande tristeza e incessante dor no coração; porque eu mesmo desejaria ser
anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas,
segundo a carne. São israelitas. Pertence-lhes a adoção e também a glória, as
alianças, a legislação, o culto e as promessas” (Rm 9:1-4).
Embora esse forte interesse por parte do apóstolo não tenha obtido muito
resultado, vemos sua preocupação sempre expressa em sua vida de oração:
“Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua
salvação”2 (Rm 10:1). Em minha opinião, a alegria da salvação está no fato de
salvar outros. “Mais bem-aventurado é dar do que receber” (At 20:35). Seria
muito egoísmo de nossa parte receber de graça o dom da salvação e não repartir
com aqueles que ainda não a têm. Ninguém é tão pobre que não possa
compartilhar, nem tão rico que não possa receber. “De graças recebestes, de
graça dai” (Mt 10:8).
Conclusão
Nossa oração deve ser: Senhor, “guia-me na Tua verdade e ensina-me, pois Tu és
o Deus da minha salvação, em quem eu espero todo o dia” (Sl 25:5). Há prazer em
servir a Cristo, especialmente quando você faz isso por amor. Nosso lema
deveria ser: “Paixão por Deus, paixão pelas pessoas, paixão em servir”. Nossa
única salvação está em Cristo Jesus, nossa Rocha.
1.The Seventh-day Adventist Bible
Commentary, v.
6, ed. Francis D. Nichol (Review and Herald Publishing
Association, 1980), p. 998.
2. John F. MacArthur, Jr., Alone
With God, MacArthur Study Series (Wheaton, IL: Victor Books, 1995),
p. 134.
Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Quarto Trimestre de 2012
Tema geral do trimestre: Crescendo em CRISTO
Estudo nº 04 – Salvação: a única solução
Semana de 20 a 27 de outubro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks,
professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade
Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí – RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição
original
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para memorizar: “Porque DEUS amou ao mundo de
tal maneira que deu
Seu Filho unigênito, para que todo o que nÊle crê não pereça, mas tenha a vida
eterna” (João 3:16).
Introdução de sábado à tarde
Aqui da Terra, no ambiente degenerado em que vivemos, uma pessoa
em geral é classificada como aceitável, ou até boa, se sendo astuta, só engana
os desconhecidos. Quem rouba discretamente mas ao mesmo tempo tem grande
expressão social, é visto como uma pessoa de bem, e se tem dinheiro sobrando,
também que venceu na vida. Quem consegue fama porém vive uma vida imoral, chega
a ser idolatrado pelo povo em geral. Quem prega bem, é simpático e desenvolve
bom relacionamento com os outros, porém trai a esposa, desde que de maneira
discreta, chega até a ser promovido.
Em resumo, aqui neste mundo as pessoas podem praticar maldades e
serem pecadoras, mas devem saber fazer isso com certa discrição, sem atrair
demais a atenção. Nesse caso, serão aceitas e até servirão como exemplo de vida
a outros. Só para citar um exemplo, muitos dos jogadores de futebol famosos, de
times grandes, que ganham muito dinheiro, vivem desregradamente, fazem festas
com bebida alcoólica e com drogas, contudo, são idolatrados pelas multidões e a
mídia os promove assim como a justiça nada vê, a não ser que o escândalo seja
por demais flagrante. Os homens e as mulheres que compõe a justiça também
torcem para tais times. E não querem prejudicar seus times prendendo algum
jogador por algo que não seja tão grave, mas que fará falta nos jogos.
Nós, cristãos, vivemos nesse contexto, e nos acostumamos com
ele, muitas vezes classificamos grande parte disso como normal. Até não nos
incomodamos quando algo disso entra em nossa igreja. Afinal, “todo mundo está
fazendo” como já ouvi dizer. Aliás, quando um irmão ou uma irmã resolvem fazer
a reforma em sua vida, é certo que irá enfrentar a crítica de outros irmãos da
classe dos liberais.
No entanto, o pecado é algo gravíssimo, cruel e tem
consequências trágicas, como dores e sofrimento, conflitos, envelhecimento,
doenças e no final a morte. Nós costumamos não comparar a nossa situação aqui
na Terra com a dos seres que vivem em planetas que não caíram. Não os vemos,
mas poderíamos imaginar e ao menos refletir. Devemos
não aceitar o pecado, temos que viver sem tolerá-lo. A solução do problema do
pecado custou caro ao Céu, e foi de altíssimo risco para o Filho de DEUS. Não devemos ter em pouca conta
o Ser divino tornar-se homem mortal sujeito ao pecado e nessa condição Se
dispor a uma luta contra o anjo Lúcifer. Isso lá na cruz não foi uma
encenação com resultado já definido por antecipação. Não foi uma simulação. Se
fosse JESUS não teria vertido gotas de sangue. A Sua vitória só foi aceita
porque Ele não se dobrou a nenhum ponto de desobediência. Se Ele tivesse, por
exemplo, descido da cruz, muitos ali creriam que era mesmo o Filho de DEUS, no
entanto, como foi com Eva, teria obedecido a uma ordem do seu inimigo, ou seja,
Se teria sujeito ao inimigo, e estaria derrotado para toda a eternidade. E nós
estaríamos perdidos para sempre, e não haveria plano de salvação, pois, DEUS Pai não teria outro
para enviar. É a extensão do problema do pecado que iremos estudar
nesta semana.
- 1. Primeiro dia: A extensão do problema
O problema do pecado chegou a tal intensidade que, em geral, o
ser humano julga muitas coisas negativas como positivas. Por exemplo, beber
cerveja faz mal, mas é visto como inferior aquele que não bebe. Mesmo que
provoque muitos acidentes, a bebida alcoólica não tem como evitar, ela é
exaltada. Mentir também é considerado algo normal. O uso da violência é normal
até mesmo nos programas de televisão de canais religiosos. A TV Record, dias
atrás apresentou um programa de bom nível moral, mas no intervalo fez promoção
de um programa imoral, “A fazenda”. E o líder geral não vê nada errado nisso.
Nem seus membros. O mundo acostumou-se a misturar o erro com o correto, e não
se importar com isso. E nós, do povo de DEUS, em muitos casos também não nos
importamos mais. O mesmo se diga a respeito da imoralidade e da separação entre
casais. A união entre pessoas de igual sexo, idem. E assim por diante. O mal é
visto como algo bom, e o bem como atitude de ingênuos. O coração do ser humano
é mau, ganancioso, corrupto, enganador, voltado a si mesmo, sempre querendo
levar vantagem não importam as consequências sobre os outros, e isso tudo, em
geral, achamos aceitável.
Mas nós, os que somos participantes do povo escolhido, não
devemos nem podemos ser assim.Devemos ser santos, separados do mundo. É para esse fim que fomos escolhidos.
Por isso que EGW escreveu: “A simples audição de sermões sábado após
sábado, a leitura da Bíblia de ponta a ponta, ou sua explicação verso por
verso, não nos aproveitará nem aos que nos ouvem, se não vivermos as
verdades da Bíblia em nossa experiência habitual. O entendimento, a
vontade e os afetos devem ser submetidos ao domínio da Palavra de Deus. Então, pela obra do Espírito
Santo, os preceitos da Palavra se tornarão princípios de vida” (A ciência
do bom viver, 514, grifos acrescentados). Nós precisamos ser transformados,
pois ao natural somos iguais a qualquer pecador desse mundo.
O nosso testemunho mais importante é o de pessoas transformadas. Não podemos dar testemunho de anjo,
como um ser que nunca pecou. Não existe essa possibilidade para nós, pois somos
pecadores. Então, devemos nos
entregar a DEUS para que Ele nos transforme, e nos torne cada vez mais
parecidos com JESUS. Isso se tornará admirável para as pessoas do
mundo.Em tal testemunho o mundo acreditará como sendo algo diferente do
usual daqui da Terra. É
como diz EGW, inspirada por DEUS: “Cristo aguarda com fremente desejo a
manifestação de Si mesmo em Sua igreja. Quando o caráter e Cristo se reproduzir
perfeitamente em Seu povo, então virá para reclamá-los como Seus” (Eventos
Finais, 39).
- 2. Segunda: A provisão de DEUS: parte 1
Tenho comigo uma particularidade: não gosto de ver as pessoas
sofrendo. E é bem pior quando não se pode fazer alguma coisa que ajude. Por
exemplo, uma pessoa idosa, doente e que não tem mais recuperação. Vai
minguando, sofre e não se pode visualizar dias melhores para ela. Que
sentimentos se passam no íntimo de alguém nesse estado? Pelo menos para quem
tem a esperança da salvação, pode se consolar com seu estado após a vinda de
CRISTO. Pelo menos isto. Fico sentido ao ver, por exemplo, um mau elemento
sendo preso porque assassinou outra pessoa. Vai ficar enjaulado como um bicho
(apensar de que o lugar dos bichos não é em ajulas e gaiolas), mas é um ser humano.
E não é de todo culpado, ele também, em parte, é vítima. E o dramático, o que
há de se fazer senão prendê-lo? É necessário, pois ficando solto, a situação
fica ainda pior. É uma pessoa que não tem mais condição de vida social, só
serve para prejudicar os outros. A que ponto chegamos!
Quando Adão e Eva pecaram, num primeiro momento tiveram uma
sensação imaginária de se encontrarem num estado superior. Mas isso durou, por
certo, instantes, e logo se sentiram estranhos. Um sentimento de temor, de
culpa e de incerteza. Temeram o que diria DEUS, o seu Criador. O que Ele faria,
pois havia dito que se comessem daquele fruto, morreriam. E o dito foi que no
dia em que comessem da árvore, morreriam. Esse pensamento era aterrorizante.
Precisavam urgentemente de algum consolo, alguma mensagem de alívio, algo como
perdão (ninguém ainda, senão DEUS, sabia da possibilidade do perdão). Cada
segundo que passava era uma agonia maior. Como seria bom se DEUS aparecesse ali
e dissesse algo como: ‘vocês desobedeceram, mas dessa vez não vai acontecer
nada’.
Certamente podemos imaginar uma espécie de ‘torcida’. Da parte
do casal, que bom seria se DEUS não levasse a sério sua advertência, mas da
parte de Lúcifer, havia uma comemoração do tipo: ‘pegamos DEUS em Sua própria
palavra, Ele vai ter que matar o casal, então vamos ver como fica o Seu amor,
de que tanto se gloria.’ Eram momentos de sentimentos contraditórios neste
planeta.
E da parte de DEUS? Retardaria Ele por muito tempo Sua aparição
para confortar o casal? Ou para anunciar o plano de sua salvação? E para
declarar uma guerra contra Lúcifer e seus anjos?
Não, DEUS não deixou o casal na angústia por muito tempo.
Naquele mesmo dia foi após eles, que de tão apavorados que estavam, decidiram
tapar-se com folhas de figueira amarradas umas às outras. Quando perceberam que
o Senhor estava por ali, sentindo medo de sua desobediência, vendo-se diante da
santidade e pureza de Seu Criador, e essa presença agora era aterrorizante,
sentindo-se culpados, outra coisa não visualizaram para fazer senão
esconder-se. Ainda Lúcifer exultava com a cena. Estava na expectativa para ver
o desfecho, de morte ao casal, que resultaria evidentemente na derrota do amor,
que é DEUS.
Então aparece DEUS e entra em cena o amor. Declara que há uma esperança,
e promete
Ele mesmo morrer por
meio de uma batalha com o inimigo do casal, que assim se tornou também seu
inimigo, para morrendo em lugar deles, salvá-los para outra vez serem
perfeitos. Por essa
atitude de DEUS ninguém esperava nem imaginava. Era um plano secreto que só
seria revelado no caso da necessidade. Agora tornou-se necessário. Portanto,
quando DEUS havia dito: “certamente morrereis”, só foi tirada a última letra, e
ficou dito: “certamente morrerei”.
Entenda a situação. Para os seres inteligentes, sejam os anjos
bons, sejam os maus, era evidente que desobedecer o amor tem que resultar em
morte. Isso é simples de entender. É
do amor que vem a vida eterna. Desobedecer é desligar-se do amor, isto é o
mesmo que desligar-se da vida, portanto, morrer por pecar é uma consequência
natural. É como arrancar
uma planta de seu substrato, ela morre. É como tirar um peixe da água, ele
morre. Na verdade, ali, o casal, embora ainda não percebessem direito, já
estava envelhecendo, indo em direção da morte, que ocorreu séculos mais tarde. Então, tente imaginar que
solução poderia haver, se não soubessem por meio do anúncio de DEUS. O que se poderia fazer para salvar o
casal da morte? Ninguém no Universo conseguia imaginar algo. Portanto, era a
morte certa deles. Havia um temor no universo a respeito do futuro do casal. É
que ninguém conhecia a DEUS em tal intensidade para admitir que Ele viria
morrer por eles. Quando
isso foi revelado, que era um plano eterno, então todos os seres foram tomados
de grande surpresa sobre a solução que o amor concebeu. Todos os seres inteligentes existentes
certamente se espantaram e se admiraram do que é capaz o amor, e isto inclui os
anjos maus, sobre a originalidade da solução que foi naquele dia anunciada. Por
certo houve uma exultação pelo casal ao mesmo tempo em que deve ter havido
outra angústia, pelo modo como viria a solução, a morte de um membro da
Trindade em forma de ser humano. Que dia de emoções fortes e contraditórias foi
aquele!
Isso requer uma pergunta: Que amor é este, que de tão intenso,
se coloca no lugar de quem ama e sofre as consequências em substituição?
- 3. Terça: A provisão de DEUS: parte 2
Os pecados de Adão e Eva foram graves? Sim, foram muito graves. Resultaram na transformação da
natureza deles. Na
carne, tornaram-se mortais, na mente, desencadeou-se a experiência do mal.Isto
quer dizer, além de mortais, descobriram o conhecimento do mal, e estavam
preparados, por essa primeira experiência a gostar do mal, ou
pelo menos, a utilizá-lo a seu favor. Basta lembrar que, momentos depois, já
tornaram-se acusadores um do outro, e Adão ainda culpou a DEUS pela mulher que
lhe dera. No mesmo dia o casal já perdeu a harmonia do puro amor, e se
desentenderam. E o desentendimento ocorreu bem na frente de seu Criador! Se
ficaram envergonhados pela nudez, não tiveram vergonha de falar mal dos outros,
na frente de DEUS. Nem esse respeito mais possuíam. Isso é uma contradição,
pois, afinal, Adão havia pecado porque amava essa mulher.
E também, com aquele primeiro pecado, passaram a tentar resolver
seus problemas por conta própria, assim como até hoje nós também fazemos. Eles,
sentindo vergonha de seu estado de nudez, improvisaram umas roupas bem
ridículas. Ou seja, eles
assumiram o modo de agir de satanás, e começaram a perder o modo de agir de
DEUS. Tendo-se separado
de DEUS, não conseguindo mais imaginar como Ele os ajudaria, por iniciativa
deles fizeram aquelas roupas. Foi depois que DEUS providenciou roupa mais
decente, mas elas custaram a vida de um cordeiro.
Se isso não é grave, então não existe o que é grave… Desde
então, por natural, a raça humana vem decaindo cada vez mais. Hoje já estamos
num ponto em que tememos o nosso próprio semelhante. Nos protegemos por meio de
muros ou cercas altas, alarmes, guardas, cachorros brabos e muitos compram
armas para se proteger de outros seres humanos. Hoje a raça humana mais uma vez
vai celeremente em direção a auto destruição. Esta situação está chegando
perto. Armas de gigantesco potencial destrutivo estão sendo construídas, e o ódio
se exacerba. Já estamos bem próximos do limite de uma explosão do poder do mal.
A situação gradativamente sai do controle. Esta é a razão porque os quatro
anjos do Apocalipse estão segurando os ventos: não permitir que o colapso
aconteça antes da conclusão da pregação do evangelho.
Resumindo, aquele pecado inicial transtornou o ser humano de tal
maneira que, se ele continuar assim, elimina-se a si próprio, de tanto ódio. O
amor no mundo se esfria, e a violência toma conta.
E agora? Como resolver esta situação? Tem que fazer o quê? Em
primeiro lugar, é preciso resolver a questão de quem paga a impressionante
conta do resultado daquela primeira desobediência e de todas as que a
sucederam. Dá para se avaliar o tamanho do estrago, seja na natureza, seja na raça
humana? Em segundo lugar, para ter uma solução completa, é preciso transformar
o ser humano de pecador degenerado que resultou para uma criatura perfeita
outra vez. São estas duas coisas que devem ser feitas.
A primeira ocorreu na cruz, JESUS morrendo ali, em lugar de
todos os seres humanos que vieram a existir. Ali Ele sofreu o que todos os
seres humanos deveriam ter sofrido para morrer a segunda morte. Tente por um
pouco imaginar o quanto você sofreria, nos momentos do pronunciamento da
sentença final, lá no fim do milênio, quando tiver que ver tudo o que fez de
maldade, quando tiver que avaliar o quanto suas atitudes prejudicaram outras
pessoas, animais e a natureza. Agora multiplique isto pelo número de pessoas
que viveram neste planeta. Será que é imaginável a angústia de todas as pessoas
juntas, diante do Juiz, no dia da execução? Pois
bem, podemos um dia destes perguntar isto a JESUS, pois esta foi a intensidade
do sofrimento dEle na cruz. Se eu ou você nos salvarmos, pelo
menos o sofrimento de JESUS não foi em vão. No entanto, aqueles que se
perderem, em nada diminuíram o sofrimento de JESUS, e ainda foi em vão. Mesmo
assim, não os excluiu, foi por amor. Ninguém vai poder queixar-se que não havia
esperança. Essa parte custou cara para DEUS, é a parte de tornar JESUS o
Salvador.
A outra parte, a da regeneração do ser humano não faz ninguém sofrer, aliás, ela é
prazerosa para DEUS e para os anjos, assim também para quem está sendo
transformado. O sacrifício de JESUS nos alcança a possibilidade do perdão,
agora, se aceitarmos esse perdão, isso significa que estamos aceitando ser
transformados por DEUS, para sermos salvos. Esta é uma experiência agradável tanto a
DEUS, como aos anjos dEle, como a nós também. E o momento mais agradável será
no seu auge, no dia da segunda vinda, quando se completar este processo de
santificação, e nos tornarmos outra vez perfeitos e imortais. Isto será em
extremo prazeroso, pois nós, exceção a Adão e Eva, nunca tivemos uma mínima
experiência de como é ser perfeito.
Pois bem, não sei se consegui em palavras delinear ao menos uma
pálida ideia da gravidade do problema causado por terem comido do fruto daquela
árvore. Se não consegui, entre num hospital no setor de emergência, ou no setor
de oncologia onde cuidam de pessoas com câncer, ali se pode ter uma ideia,
embora bem limitada, do resultado do pecado. Outro lugar para se dar uma olhada
é nas cracolândias e nos presídios. Ver milhares de seres humanos enjaulados de
tão maus, ver outros se matando lentamente e até gostando, é algo terrível.
Não me dá nenhum prazer e não serve de consolo, mas que o
inferno vai doer em satanás, isso vai. Ali ele irá sofrer pelos seus pecados e
pelos estragos que causou nos outros, se bem que esse sofrimento não servirá
para pagar pelos pecados de ninguém, nem mesmo dos dele. É só castigo mesmo. É
que a culpa dele é gigantesca. Que bom que, por essa culpa nosso Salvador não
teve que sofrer.
- 4. Quarta: A experiência da salvação: parte 1
Hoje, no assunto a experiência da salvação, queremos abordar um
tema vital: como saber o
que devemos mudar em nossa vida?
A questão é fatal. Por exemplo, imaginemos um irmão que comete
um erro que facilmente se pode perceber, todos o percebem, menos ele. Não
percebe que está errado, e não lhe incomoda a consciência. Para melhorar a
compreensão do que estamos querendo dizer, seja por exemplo o tal erro o tomar
chimarrão. Ao menos por aqui muitos adventistas gaúchos não conseguem admitir
que esse “vício” seja errado. Não conseguem admitir que ele prejudica a saúde.
Aliás, tenho uma maneira um tanto grosseira, mas bem realista, de definir o
chimarrão: é uma forma elegante de um cuspir na boca do outro (eh, eh).
Pois bem, é de se considerar que quem toma chimarrão, se não se
reformar desse vício, não alcançará a vida eterna. Seja claro a todos, é vício
porque possui elementos que formam dependência, e contém, entre outras coisas,
cafeína. Mas não é disso que queremos tratar, a nossa questão é,como
podemos nós abrir as nossas mentes para entendermos que devemos nos libertar de
certas coisas, muitas delas que não conseguimos entender serem prejudiciais?
Vamos aprofundar o assunto. Meses atrás esteve em nossa cidade
um pregador da Novo Tempo, e ele tocou no assunto do chimarrão com convicção.
Aproveito para dizer que fez certo e sua mensagem foi oportuna. Um dos membros
que estavam lá “era” fã desse pastor, mas daquele dia em diante passou a
detestá-lo.
Então, pense um pouco, que
caixa poderosa e esta que está colocada ao redor de nossa mente e que impede
que consigamos identificar as coisas das quais devemos nos livrar? Hoje a lição explica isto.
Na Bíblia não fala nada condenando o chimarrão. Assim também
como nada se encontra sobre o uso do crack. Mas
nela temos textos sobre o cuidado do templo do ESPÍRITO SANTO, o nosso corpo, e
isso já seria suficiente para flagrar costumes que prejudicam esse templo, o
nosso corpo. Conforme
Atos 2:36 a 38 e 3:19, podemos também considerar sobre a intensidade do
sofrimento de JESUS (que tentamos descrever ontem) para nos perdoar. O perdão
só pode vir do derramamento do sangue de JESUS, isso custou caro ao Céu. Então devemos dar uma
paradinha para pensar: não seria de abrirmos a nossa mente e permitir que as
informações tão esclarecedoras, como por exemplo a questão do chimarrão, sejam
entendidas para a devida reforma?
É entendendo o amor de JESUS por nós que conseguiremos abrir a
caixa virtual ao redor de nossas mente que impede as reformas necessárias. Ou
seja, temos que querer, e este querer vem de sentir o amor de JESUS por nós.
Um ponto central: a
vitória mais importante sobre o pecado é sempre a primeira. Uma vez tendo vencido o
primeiro mau hábito, o segundo e os outros maus hábitos serão mais fáceis de
vencer, e assim cada vez mais fáceis no futuro. Mas precisa iniciar a caminhada em
direção à transformação. Tem
que querer se salvar e entender que isto significa deixar certas coisas que vem
do mundo. No
caso, para cada um serão aquelas coisas pessoais, não as dos outros. É como diz
Paulo: “e não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela
renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e
perfeita vontade de DEUS.”
A salvação é concedida por DEUS pela graça mais o sangue de
JESUS. Na verdade, a graça é produto do sangue. Mas isto é apenas uma provisão,
ou seja, está disponível, cada um deverá pegar a sua parte. E esse
pegar é por meio de uma atitude de fé, ou seja, tem que crer que a graça fará a
sua parte. Então, crendo, o ESPÍRITO SANTO lhe irá, aos poucos, fazendo
entender o que deve abandonar. Contudo,
se não abandona o primeiro pecado, vai ficar estacionado ali mesmo, e com o
tempo, empedernido nesse pecado que já não consegue mais identificar a voz do
ESPÍRITO SANTO, que fala por meio de outras pessoas, da Bíblia, dos escritos de
EGW, etc.
- 5. Quinta: A experiência da salvação: parte 2
A lição de hoje foi muito feliz em explicar como nos salvamos.
Conseguiu fazê-lo em poucas palavras. Por isso, vamos abordar justo esse
aspecto vital de nossas vidas, iniciando pelo que já vimos ontem.
O que nos salva é a graça mais o sangue de JESUS. Ou melhor, o que nos salva é o pagamento
do que aqui poderíamos
chamar de valor de resgate estipulado para a libertação da sentença. A sentença
é a morte, e o valor do resgate também. Não nos referimos à primeira morte, que
JESUS considera um sono, mas a segunda morte. Foi essa que JESUS enfrentou, e
de todos os seres vivos, Ele foi o único a retornar à vida desse tipo de morte.
Uma vez o preço pago, ficou disponível, ou como a lição
chama, uma provisão para a salvação das pessoas. Provisão é algo que está ao nosso
dispor, mas devemos pegar. Se não pegarmos, não nos beneficiaremos
dela. Para pegar o que está
disponível, como diz a lição de hoje, com fé (que DEUS dá a todos que sintam
desejo) nos arrependemos e pedimos perdão. O que está provisionado é justamente o
perdão de nossos pecados, que é concedido ao arrependido, sem mais delongas.
Uma vez perdoado, a pessoa não deve mais nada perante DEUS, e se
JESUS voltasse naquele momento, ela estaria salva para a vida eterna. Porém, ainda há vida pela frente,
e a história continua.Agora o grande desafio é manter-se salva, algo
bem mais difícil que obter o perdão. É
de se notar que muitos
obtém o perdão, mas
poucos persistem no caminho, retornando aos seus pecados de sempre. DEUS perdoa a todo o que sinta o
desejo, e é necessário reafirmar, DEUS
é de bom coração, perdoa fácil, é só pedir. Aliás, DEUS concede perdão mais
facilmente que o próprio perdoado. Nós é que, muitas vezes, já tendo sido
perdoados, sentimos algo como se assim não fosse, e vivemos nos torturando,
pedindo muitas vezes perdão sobre o que já está resolvido. Acontece com frequência de
DEUS ter perdoado mas a pessoa ainda não se perdoou, e sente a consciência
pesada por isso. Assim
que pedimos perdão, devemos ter em mente que DEUS também perdoou, e nós também
nos devemos perdoar, e levar vida nova. Daí em diante o mais importante
é lutar tendo DEUS ao nosso lado para
não cair de novo no pecado, e não nos torturando por causa do passado.
Então, uma vez perdoados, devemos buscar uma vida nova, a isto
chamamos de santificação. Após
o perdão deve haver uma mudança radical na vida. Se não houver
mudança, mesmo tendo havido perdão, a pessoa mostra que perdeu o interesse em
continuar no caminho da salvação, houve apenas um ímpeto momentâneo. Mesmo
assim, o perdão ocorreu, seu nome foi escrito no livro da vida, mas, como se
pode dizer, a pessoa arrependeu-se de ter-se arrependido, e aos poucos volta
atrás, para o velho caminho. Assim como os israelitas que insistiam em retornar
ao Egito. A isto chamamos apostasia. E quanta gente há apostatada, mas que
frequentam a igreja e inclusive tem cargos, e acostumados a uma vida dupla, nem
percebem que estão perdidas, embora dentro da igreja.
Manter-se no caminho da salvação, eis a dificuldade. Obter o perdão, isso é bem fácil. Mas
querer depois disso não pecar mais, aí está o desafio. É por isso que há tantos
membros na igreja que continuam ligados ao mundo, do qual gostam muito.
Uma vez perdoados, devemos buscar mudar o foco de nossa vida. Devemos
procurar acostumar os nossos interesses para as coisas do Céu, procurar como
Enoque andar com DEUS e com o tempo perderemos a ligação com as coisinhas desse
mundo. Uma estratégia de satanás
contra a IASD é justamente essa, de
manter pessoas dentro da igreja mas ligadas ao mundo. Assim elas dão mau testemunho
e contaminam outras, se possível, todas. E quanto mais influente for
essa pessoa que contamina, mais estará a serviço de satanás.
“Por meio daqueles que têm uma forma de piedade, mas não lhe
conhecem o poder, podemos ganhar muitos que de outra maneira nos causariam
grande mal. Os mais amantes dos prazeres do que amantes de Deus, serão os
nossos mais eficientes auxiliares. Os que pertencem a essa classe, forem mais
aptos e inteligentes, servirão de chamariz para atrair outros para as nossas
ciladas. Muitos não lhes temerão a influência, porque professam a mesma fé.
Levá-los-emos então a concluir que as reivindicações de Cristo são menos
estritas do que uma vez creram, e que pela conformação com o mundo exercerão
maior influência sobre os mundanos. Assim se separarão de Cristo; então não
terão forças para resistir ao nosso poder, e dentro de pouco tempo estarão
prontos para ridicularizar o seu antigo zelo e devoção” (Testemunhos para
ministros e obreiros evangélicos, p. 474).
Obter o perdão muitas vezes acontece envolvendo intensa emoção,
mas a realidade vem depois, quando chega a hora de desligar-se do que prende à
morte. É aí que satanás se mostra competente, e joga à nossa frente pequenos
atrativos, mas que são suficientes para nos deteriorar espiritualmente.
Pensemos bem o que significa isso.
- 6. Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo
sábado:
Uma das qualidades de DEUS que mais me impressiona é de Ele ter
conhecimento do futuro. E não importa o quanto falta para esse futuro tornar-se
realidade, Ele sabe o que vai acontecer. Portanto, associe essa capacidade uma
outra de maior importância em todos os sentidos, a de amar. Desde a eternidade
Ele sabia que Adão e Eva cairiam em pecado, como também sabia que Lúcifer se
revoltaria.
Antes que enviem muitos e-mails, já vamos responder a pergunta:
se Ele sabia, porque criou Lúcifer e porque criou Adão e Eva? Exatamente o que
se passou na mente de DEUS não é possível saber, mas parece bem evidente que
esse foi o melhor caminho. Por exemplo, talvez a única alternativa de evitar o
pecado fosse nunca criar ninguém. Pois, se DEUS criou sabendo dessa
possibilidade, se tivesse evitado criar Lúcifer, é de se supor logicamente que
em algum tempo outro ser teria cometido pecado. E sem ter criaturas para amar
certamente DEUS não iria ficar. Só Ele a natureza e os animais, sem outros
seres semelhantes a Ele, como um ser cuja natureza sempre foi amor, iria viver?
DEUS sente necessidade de criar para fazer as criaturas felizes.
E quanto Adão e Eva, devemos dar graças a DEUS que os criou,
pois se não, nós não existiríamos e não teríamos oportunidade de redenção.
Aliás, para nós, até o pecado foi algo favorável, embora o sofrimento. Assim
como Paulo diz que a rejeição de CRISTO pelos judeus oportunizou a pregação aos
gentios (Rom. 11:11 e 12), assim pelo pecado de Adão e Eva o transcurso da
história sofreu alterações, e nós viemos à existência. Caso eles não tivessem
pecado, por certo a sucessão da descendência deles seria bem diferente, e em
nosso lugar existiriam outras pessoas.
Mas há duas coisas admiráveis nisso tudo. A primeira é o plano da
redenção, que já estava previsto desde antes do início da criação dos primeiros
seres no Universo. A
segunda, pelo já reconhecido poder de DEUS antever tudo, é Ele nos revelar que
isto não vai acontecer nunca mais. O
mal não se levantará pela segunda vez (Naum 1:9). Uma vez resolvida esta
situação, a solução será definitiva. Então sim, poderemos descansar em paz, nós
os que formos salvos, porque após o milênio, com a destruição das raízes do
pecado, a possibilidade de outra rebelião jamais retornará.
E sabe qual a razão de não mais se levantar o pecado? Por meio da atual experiência
com o pecado, o
amor de DEUS Se revelou em tal intensidade que jamais alguém duvidará dele. Ou seja, jamais um outro ser terá
ideias de querer se semelhante ao Altíssimo porque saberá que esse Altíssimo é
um Ser de puro insuperável amor, como ninguém acreditaria em outra campanha
contra DEUS.
Mas preste atenção em outras duas coisas importantes. Não se
deve defender a ideia de que ninguém acreditaria em outro rebelde. Antes disso, ninguém jamais,
no futuro, conseguirá desenvolver algum pensamento contra o revelado amor de
DEUS. A
intensidade como as criaturas amam a DEUS após a solução na cruz é tamanha que
jamais alguma mente conseguirá idealizar outra rebelião. E a outra coisa é que, de
tanto que as criaturas amam a DEUS, não admitiriam levar JESUS outra vez a nova
experiência de Se doar numa cruz. As marcas nas mãos e pés servirão de
testemunho que Ele faria isso de novo, caso fosse necessário. O amor de DEUS
nunca diminuirá.
Ou seja, parece contraditório, mas para que o amor de
DEUS Se revelasse para além do já conhecido antes do pecado, teve que aparecer
a experiência do pecado. Mas cuidado, isso não justifica o mal, pois se viveria muito bem por toda a
eternidade sem essa revelação adicional do amor de DEUS. A criação seria inexplicavelmente feliz
se o plano da redenção permanecesse como um mistério pela eternidade. O
Universo não seria menos agradável. Mas, já que isso aconteceu, vemos como DEUS
expos a Sua capacidade de amar, o que surpreendeu tanto a anjos bons como até a
Lúcifer e seus anjos maus.
Esse é o nosso DEUS, com Ele, eu e minha casa viveremos
pela eternidade, sem preocupação de absolutamente nada. Já nos convencemos que vale a pena
abrir mão de algumas coisinhas que fazem parte do caminho largo daqui, para
termos lá, um caminho tão largo quanto é a dimensão do Universo. E a dimensão
do amor de DEUS é ainda maior.
O comentário em vídeo tem ênfase
evangelística.
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escrito entre: 12/09/2012 a
18/09/2012
revisado em 25/09/2012
Declaração do professor Sikberto R.
Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks
orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia
e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o
comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas
as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da
igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao
caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia
como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de
orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E
aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de
todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos
sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se
reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este
mundo.