Os mortos em Cristo (1Ts
4:13-18)
Sábado à tarde
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Ano Bíblico: Jr 27–29
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VERSO
PARA MEMORIZAR: “Porquanto
o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e
ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo
ressuscitarão primeiro” (1Ts
4:16).
Leituras da semana: 1Ts 4:13-18; At 17:3; 1Co 15:20-23, 51-58; Jo 5:28, 29; Ap 20:4-6
Pensamento-chave: Paulo apresentou aos tessalonicenses (e a nós) uma poderosa
esperança para o futuro, a promessa da segunda vinda de Cristo.
No texto
para esta semana (1Ts
4:13-18), Paulo estava reagindo a uma incompreensão teológica entre os
tessalonicenses. Embora não estejamos inteiramente certos sobre qual tenha sido
o erro, alguns membros estavam definitivamente angustiados a respeito do
destino dos crentes que morreram antes da volta de Jesus. A questão parece ter
sido sobre a diferença entre os que morressem antes desse evento e os que
estivessem vivos quando ele acontecesse.
Nesta semana, examinaremos o que sabemos sobre a situação que levou Paulo a escrever 1 Tessalonicenses 4:13-18. Nessa passagem, ele não apenas corrigiu os equívocos do primeiro século, mas estabeleceu um fundamento seguro para os cristãos do século 21. “Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o Seu segredo aos Seus servos, os profetas” (Am 3:7). E por meio do ministério profético do apóstolo Paulo, o Senhor nos revelou verdades maravilhosas sobre a natureza da segunda vinda de Jesus. Ao estudar esses versos, com atitude de oração, reflitamos sobre a esperança incrível que neles encontramos.
Ano Bíblico: Jr 30–32
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A situação em Tessalônica
1. Leia 1
Tessalonicenses 4:13-18. Com base nos indícios dessa passagem, que falsas
crenças na igreja de Tessalônica trouxeram sofrimento desnecessário àqueles que
as sustentavam?
Dentro do
judaísmo dos dias de Paulo, prevalecia uma variedade de pontos de vista em
relação ao tempo do fim. Um desses pontos de vista foi, de alguma forma,
introduzido na igreja de Tessalônica. Apesar de não termos certeza de qual
tenha sido exatamente esse ponto de vista, parece ter sido a ideia de que todos
os fiéis de Deus teriam participação no “mundo por vir”, mas somente os que
estivessem vivos no fim seriam levados para o Céu. Os que morreram antes do fim
seriam ressuscitados e permaneceriam na Terra.
Em tal sistema de crenças, morrer antes do fim seria uma séria desvantagem. Mas isso também significaria uma separação entre os que fossem levados para o Céu e os que fossem deixados na Terra. Se os tessalonicenses a quem Paulo escreveu vivessem até o fim, eles realmente subiriam ao Céu na segunda vinda de Jesus, mas teriam que deixar seus entes queridos falecidos na Terra (1Ts 4:13, 14).
Não é de admirar, portanto, que Paulo tenha começado 1 Tessalonicenses 4:13-18 com um comentário sobre a ignorância da igreja, e não com a expressão “vós mesmos sabeis muito bem”, que aparece em outros lugares (1Ts 5:2; 4:2). Em relação à profecia sobre a segunda vinda de Cristo, havia coisas importantes que a igreja não sabia e outras que ela precisaria desaprender.
Ao pensarmos na profecia, devemos lembrar que ela não é dada para satisfazer nossa curiosidade sobre o tempo dos acontecimentos e sobre detalhes dos eventos do tempo do fim. A profecia tem um propósito ético e moral. Deus a designou para nos ensinar a viver. Ela foi planejada para nos dar incentivo e propósito, especialmente em meio ao sofrimento e perda. Corretamente compreendidas, as profecias da Bíblia têm o poder de mudar a vida. Em outras palavras, embora seja importante crer como adventistas (o que significa crer na profecia bíblica), é ainda mais importante viver como adventistas.
O que
significa “viver como um adventista?” Comente sua resposta com a classe.
Ano Bíblico: Jr 33–35
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Tristeza e falta de esperança (1Ts
4:13)
2. De
acordo com 1
Tessalonicenses 4:13, qual foi o propósito de Paulo ao escrever os versos
13-18? Por que esse texto deve significar tanto para nós?
Por que
os cristãos tessalonicenses estavam tristes, como se não tivessem esperança? Um
fator importante foi, provavelmente, o curto período em que Paulo esteve com
eles. Sabemos que Paulo falou sobre a morte e ressurreição de Jesus (At
17:3). Há também evidência de que ele falou sobre os eventos finais, ainda
que sua instrução tenha sido mal compreendida. Mas ele pode não ter tido tempo
para esclarecer questões relacionadas com a ressurreição dos crentes.
Outro elemento era a origem pagã da maioria dos cristãos a quem Paulo escreveu (1Ts 1:9). Embora as religiões misteriosas da época mostrassem uma imagem da vida após a morte, a maioria dos pagãos não tinha esperança quanto a isso. Um exemplo disso é encontrado em uma carta do segundo século: “Irene para Taonnophris e Philo: bom ânimo. Estou tão triste e angustiada por causa dos que morreram quanto chorei por Didymas. E todas as coisas, tudo que fosse apropriado, eu tenho feito, e todos os meus, Epafrodito, Thermuthion, Philion, Apolônio e Plantas. No entanto, contra tais coisas não se pode fazer nada. Portanto, consolem uns aos outros. Passem bem” (Citado em Adolf Deissmann, Light From the Ancient East [Luz do Antigo Oriente]; New York: George H. Doran Company, 1927, p. 176).
É irônico que essa carta a uma mãe que perdera seu filho termine com as mesmas palavras de 1 Tessalonicenses 4:18, ainda que tenham um toque radicalmente diferente. Confortar uns aos outros, mesmo que não haja esperança? Era isso que ela estava dizendo. Que contraste com o que Paulo expressou aos tessalonicenses!
O propósito de Paulo para a passagem é descrito nas frases contrastantes no início e no fim. Paulo escreveu para que eles não se entristecessem como os que não têm esperança (1Ts 4:13). E ele pretendia que a verdade sobre a natureza da segunda vinda de Jesus desse a eles razões gloriosas para confortar uns aos outros em tempos de perda (1Ts 4:18).
Alguém
uma vez disse: “Com o passar do tempo, estaremos todos mortos.” Da perspectiva
totalmente humana, isso está correto. Da perspectiva bíblica, no entanto, essa
visão é muito estreita. Que grande esperança temos em Jesus e como podemos
aprender a ter conforto nessa esperança agora?
Ano Bíblico: Jr 36–38
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Morte e ressurreição (1Ts
4:14)
No verso
14, Paulo oferece a solução para o problema da tristeza desesperada. Na
língua original, ele descreveu os crentes que morreram como tendo dormido em
Jesus. Embora, nos tempos do Novo Testamento, dormir tenha sido uma metáfora
comum para a morte, a expressão normal para a morte de um crente é “dormir em
Jesus” ou “em Cristo”. Um bom exemplo disso é a expressão “os mortos em
Cristo”, do verso
16.
Uma segunda questão com o texto é a ideia de que Deus “trará, em Sua companhia, os que dormem.” Alguns leem essa frase como significando que os que morreram em Cristo (e se presume que foram para o Céu no momento da morte) retornarão com Jesus quando Ele vier. Mas essa interpretação contradiz o próprio ensino de Paulo no verso 16, de que a ressurreição dos cristãos mortos ocorrerá na segunda vinda e não antes.
Podemos
entender o que ele estava dizendo se prestarmos muita atenção ao ponto
principal que Paulo estava apresentando. Ele estava traçando um paralelo entre
a morte e a ressurreição de Jesus e a morte e ressurreição do crente. Para
Paulo, a ressurreição de Jesus, ainda recente em seus dias, era a garantia de
que todos os crentes também seriam ressuscitados na segunda vinda de Cristo (1Co
15:20-23). A teologia de Paulo é consistente. “Se cremos” (1Ts
4:14) na morte e ressurreição de Jesus, devemos também acreditar na
ressurreição dos que morreram como verdadeiros seguidores de Jesus.
Assim, ele usou a expressão “mediante Jesus” da mesma forma que utilizou as palavras “em Cristo” no verso 16. Com isso, estava dizendo aos tessalonicenses que seus irmãos e irmãs mortos não permaneceriam na Terra quando os crentes vivos subissem ao Céu. Todos subirão juntos (Jo 14:1-3). Deus não “trará” os cristãos ressuscitados para a Terra quando Jesus voltar; em vez disso (como Ele fez com Jesus), o Senhor os “tirará” do sepulcro e, juntamente com os vivos, os levará para o Céu. Assim como a ressurreição de Jesus precedeu Sua ascensão ao Céu, igualmente ocorrerá com os Seus seguidores fiéis.
Ano Bíblico: Jr 39–41
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Ressuscitar em Cristo (1Ts
4:15, 16)
Em 1
Tessalonicenses 4:13–5:11, Paulo se fundamentou nos ensinamentos de Jesus.
Há mais de uma dúzia de paralelos entre essa passagem acerca do tempo do fim e
as declarações de Jesus registradas em Mateus, Marcos e Lucas. Mas quando Paulo
falou sobre a “palavra do Senhor”, em 1
Tessalonicenses 4:15, estava se referindo a uma declaração de Jesus que não
foi incluída nos quatro evangelhos, mas que o apóstolo preservou para nós
(outro exemplo claro desse procedimento é visto em Atos
20:35).
5. De
acordo com Paulo, o que acontecerá quando Cristo voltar? 1Ts
4:15, 16; Ap
1:7; Mt
24:31; Jo
5:28, 29; At
1:9-11
A segunda
vinda de Jesus será um evento estrondoso, acompanhada pelo brado de comando de
um arcanjo e pela trombeta de Deus. Todos a ouvirão e verão (Ap
1:7; Mt
24:31; Jo
5:28, 29; At
1:9-11).
Mas o ponto-chave para Paulo era a ordem dos eventos quando Jesus vier. Os tessalonicenses haviam chegado a acreditar que morrer antes da volta de Jesus implicaria em algum tipo de desvantagem na eternidade, provavelmente eterna separação física dos que vivessem até a segunda vinda de Cristo.
Nesse texto, Paulo assegurou aos tessalonicenses que os crentes vivos não precederão nem terão vantagem sobre os mortos. Os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro (Ap 20:4-6). Isso acontecerá antes que os vivos subam ao encontro de Jesus nos ares (1Ts 4:17). Os justos mortos serão ressuscitados e receberão a imortalidade com os que estiverem vivos quando Ele voltar.
Essa passagem não ensina que os crentes vão para o Céu quando morrem. Se Paulo tivesse ensinado aos crentes de Tessalônica que seus entes queridos falecidos estavam no Céu, por que eles estariam tristes? Ele se havia esquecido de lhes dar essa esperança? Em vez disso, o conforto que Paulo ofereceu foi o conhecimento de que a ressurreição iria reuni-los com seus amados.
Pense em
tudo o que acontecerá na segunda vinda de Cristo: Jesus virá no céu, todos O
verão, os mortos serão trazidos à vida, os justos vivos receberão a
imortalidade e todos serão levados juntos para o Céu. Em certo sentido, isso é
muito irracional e totalmente contra o que o senso comum, a experiência e até
mesmo a ciência nos ensinam. No entanto, é nisso que devemos acreditar; caso
contrário, não temos esperança. Se você pode confiar no Senhor em uma coisa
assim, como pode não confiar nEle nas as coisas “menores” com as quais está
lutando?
Ano Bíblico: Jr 42–44
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Consolem uns aos outros (1Ts
4:13, 17,
18)
6. Leia 1
Tessalonicenses 4:13, 17,
18. Qual é o objetivo final dessa passagem sobre a segunda vinda de Jesus?
Como
dissemos anteriormente, o propósito da profecia não é satisfazer nossa
curiosidade sobre o futuro, mas nos ensinar a viver hoje. Para Paulo, a ordem
dos eventos finais tinha implicações práticas para a vida cristã cotidiana. A
profecia é valiosa na medida em que influencia nosso relacionamento com Deus e
com os outros. Nesse caso, Paulo quis usar os eventos dos últimos dias para
trazer conforto àqueles que perderam entes queridos.
7. Que
aspectos importantes da segunda vinda de Jesus não são abrangidos em 1
Tessalonicenses 4:16, 17? Jo
14:1-3; Mt
24:31; At
1:9-11
Esse
texto diz que os crentes se unirão a Jesus nos ares para estar com Ele para
sempre. O tema principal é o ato de se reunir uns com os outros e estar com
Jesus. O texto não explica para onde eles irão após o encontro inicial nos
ares, embora Paulo não tenha dito claramente que, na segunda vinda, Jesus e os
crentes descerão do Céu para a Terra e reinarão ali. Na verdade, dentro da
própria passagem, o movimento dos santos é apenas para cima. Os crentes mortos
primeiro se erguem de seus túmulos. Em seguida, eles e os crentes vivos sobem
juntos para encontrar seu Senhor nos ares.
Paulo provê informações adicionais em 1 Coríntios 15:23, 24. Ali, ele traça um forte paralelo entre a experiência de Jesus e dos que estão “em Cristo.” Jesus ressuscitou e subiu ao Céu como as “primícias”, o que implica que os que estão nEle terão uma experiência similar.
O destino imediato dos santos é esclarecido fora dos escritos de Paulo, em João 14:1-3. Quando Jesus vier, levará Seus discípulos para estar onde Ele está (Céu). Ele não virá para Se unir a eles onde eles estão (na Terra). Por isso, os adventistas creem que, durante os mil anos após a volta de Jesus (Ap 20:4-6), os justos estarão com Ele no Céu, os maus estarão mortos e Satanás estará confinado à Terra, sem ninguém para tentar nem aborrecer. Somente após todos os eventos associados com o milênio, os fiéis voltarão a habitar na Terra (2Pe 3:13; Ap 3:12).
Considere
como a nossa grande esperança é uma coisa do “outro mundo”. Entretanto, como
poderia ser diferente? Afinal, que esperança real este mundo nos oferece em
longo prazo? Como podemos aprender a não ficar tão envolvidos naquilo que não
nos traz nenhuma esperança?
Ano Bíblico: Jr 45–48
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Estudo adicional
Muitos
dão a esta passagem [1Ts
4:14] a interpretação de que os que dormem serão trazidos com Cristo do
Céu; mas Paulo quis dizer que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos, também
Deus chamará de suas sepulturas os santos que dormem e os levará consigo para o
Céu” (Ellen G. White, Atos
dos Apóstolos, p. 259).
“Os tessalonicenses tinham se apegado com avidez à ideia de que Cristo havia de vir para transformar os fiéis que estivessem vivos, levando-os com Ele. Haviam cuidadosamente guardado a vida de seus amigos, para que não morressem e perdessem assim a bênção que eles aguardavam receber na vinda de seu Senhor. Porém, um após outro, seus amados foram separados deles. Com angústia, os tessalonicenses tinham contemplado pela última vez o rosto de seus mortos, quase não ousando esperar encontrá-los na vida futura.
“Ao ser a epístola de Paulo aberta e lida, grande alegria e consolação foi levada à igreja pelas palavras que revelavam o verdadeiro estado dos mortos. Paulo mostrou que os que estivessem vivos quando Cristo voltasse não iriam ao encontro do seu Senhor precedendo os que tinham dormido em Jesus” (Ibid., p. 258).
Perguntas
para reflexão
1. Comente o significado de “viver como adventista”. Que aspectos de nossas crenças devem ser refletidos em um estilo de vida distintivo?
2. Pense na queda da humanidade, no plano da salvação, e na promessa da vida eterna. O que Jesus fez que nos dá a esperança de que a morte não será para sempre? Como a ressurreição de Jesus nos oferece esperança de que nós seremos ressuscitados? Como podemos obter conforto no plano da salvação, especialmente quando a morte parece tão definitiva, tão completa e tão implacável?
3. Peça que a classe leia 1 Tessalonicenses 4:13-18. Que esperança encontramos no texto?
1. Comente o significado de “viver como adventista”. Que aspectos de nossas crenças devem ser refletidos em um estilo de vida distintivo?
2. Pense na queda da humanidade, no plano da salvação, e na promessa da vida eterna. O que Jesus fez que nos dá a esperança de que a morte não será para sempre? Como a ressurreição de Jesus nos oferece esperança de que nós seremos ressuscitados? Como podemos obter conforto no plano da salvação, especialmente quando a morte parece tão definitiva, tão completa e tão implacável?
3. Peça que a classe leia 1 Tessalonicenses 4:13-18. Que esperança encontramos no texto?
Resumo: Paulo corrigiu uma série de equívocos sobre o estado dos mortos e
os acontecimentos em torno da volta de Jesus. Os mortos em Cristo ressuscitarão
primeiro, e todos os crentes subirão ao encontro dEle. Os fiéis podem obter
grande conforto em saber que a separação dos entes queridos cristãos é apenas
temporária.
Respostas
sugestivas: 1:
Pensavam que os que morriam antes da vinda de Jesus, teriam alguma desvantagem
na vinda de Jesus ou não ressuscitariam. 2: Explicar a verdade a respeito dos
que dormem; colocar no coração dos cristãos a esperança em lugar da tristeza.
3: Se Jesus ressuscitou, Deus trará os que dormem na companhia de Jesus. 4:
Jesus foi as primícias da ressurreição; na Sua volta, o restante dos mortos
ressurgirão; a ressurreição de Cristo abriu o caminho da vitória sobre a morte;
quando a trombeta soar, os mortos ressuscitarão incorruptíveis. 5: Os mortos em
Cristo ressuscitarão; Seu povo será reunido; todo olho O verá; Ele voltará de modo
literal e corporal; todas as tribos se lamentarão. 6: Instruir, alegrar e
trazer esperança de vida eterna e consolo. 7: Na segunda vinda, Jesus não
ficará na Terra, mas levará Seu povo para a casa do Pai; os anjos serão
enviados a todos os lugares da Terra para reunir os salvos; Jesus voltará assim
como foi visto subir.
Resumo da Lição 8 – Os
mortos em Cristo (1Ts
4:13-18)
Texto-chave: 1 Tessalonicenses 4:13-18
O aluno deverá...
Saber: Que, por causa da ressurreição de Jesus, a morte é somente uma separação temporária dos amados cristãos.
Sentir: Encorajamento pelo fato de que Jesus providenciou a solução para o problema da morte.
Fazer: Oferecer esperança e ânimo os que estão sofrendo a perda de um ente querido.
Esboço
I. Conhecer: A morte não é o fim
A. Paulo lembrou os tessalonicenses de que eles não precisavam se entristecer e perder a esperança por causa dos entes queridos que haviam morrido, porque eles ressuscitariam quando Jesus voltasse. Por que a morte e a ressurreição de Jesus é a base da esperança cristã?
B. As Escrituras ensinam que quando uma pessoa morre, ela “dorme” até a volta de Jesus à Terra. Que encorajamento você encontra nessa metáfora ou comparação em relação à morte?
C. Faça uma lista da ordem dos eventos acontecerão na volta de Jesus. Que aspecto desse dia você espera com mais interesse?
II. Sentir: Almejando a ressurreição
A. Muitos cristãos acreditam que os seres humanos nascem com uma alma imortal que vai imediatamente para o Céu ou para o inferno após a morte. Essa visão oferece “mais” esperança do que o ensinamento bíblico de que os mortos não são imortais e que simplesmente dormem em suas sepulturas até a ressurreição? Explique.
B. Você já experimentou o conforto do texto de 1 Tessalonicenses 4:13-18?
III. Fazer: Encorajar uns aos outros
O que você pode fazer para encorajar alguém que perdeu um ente querido recentemente?
Resumo: A morte não é o capítulo final na vida de um seguidor de Deus, mas somente uma separação temporária que dará lugar a um reencontro glorioso na manhã da ressurreição.
Ciclo do aprendizado
Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Os cristãos devem encorajar uns aos outros com a esperança de que a volta de Jesus trará um fim à separação causada pela morte e marcará o começo de um reencontro glorioso de todos os seguidores de Cristo na manhã da ressurreição.
Embora o
espectro da morte continue, o exercício e uma vida saudável têm feito os 50
anos de ontem os 40 de hoje. Procedimentos médicos permitem que as pessoas
adiem a morte por mais alguns anos. Medicamentos prescritos podem mascarar os
sintomas da velhice, e cirurgia plástica pode até nos fazer parecer mais novos.
Com todos esses avanços, a morte no fim de uma longa vida muitas vezes parece
mais um alívio do que uma tragédia. Ao mesmo tempo, qualquer um que tenha
perdido um filho ou que tenha sofrido a morte repentina e precoce de um ente
querido sabe que a morte ainda é tão trágica como sempre foi. Mesmo com todos
os avanços modernos, a morte ainda continua viva e ativa. Embora a morte pareça
um alívio depois de uma vida longa e boa, certamente é uma tragédia em
comparação com a vida eterna em um mundo livre de pecado e morte!
Se quisermos entender plenamente a gloriosa esperança que a volta de Jesus oferece, precisamos enxergar a morte como ela realmente é. As pessoas vivendo em Tessalônica nos dias de Paulo certamente enxergavam assim. Ainda que muitas pessoas vivessem até uma idade avançada, isso não ocorria com a maioria das pessoas. As taxas de mortalidade de bebês e crianças eram extremamente altas, e muitas pessoas que sobreviviam à infância morriam entre os vinte e quarenta anos. Coisas facilmente superadas hoje (como má nutrição, condições sanitárias precárias, ferimentos e certas doenças) eram algumas das principais causas de morte naquele tempo. A vida era difícil, e a morte poderia acontecer a qualquer momento, deixando em seu rastro consequências trágicas e corações quebrantados.
Atividade de abertura: A frequência e a natureza inesperada da morte no tempo de Paulo tornavam a volta de Cristo e a ressurreição eventos ansiosamente esperados. O que podemos fazer, hoje, para que as pessoas saibam que a morte não tem a vitória final?
Compreensão
Comentário Bíblico
Como crianças que ficam tão ansiosas para abrir um presente que dificilmente olham para o cartão que o acompanha, frequentemente apenas olhamos rapidamente os comentários de Paulo sobre a tristeza, no verso 13, e avançamos logo para a volta de Jesus nos versos14-17. Embora a segunda vinda de Jesus seja uma boa notícia, limitamos a esperança que ela nos oferece se falhamos em gastar tempo considerando o problema da tristeza no verso 13.
A tristeza diante da perda de um ente querido é uma experiência difícil de enfrentar, especialmente se essa perda envolve nossos filhos. Sendo uma pessoa crente com uma firme fé em Deus ou um incrédulo, a morte deixa a todos em profundo choque emocional, imaginando como podemos seguir em frente quando a nossa vida parece estar se despedaçando ao nosso redor.
Essa dificuldade em lidar com nossas emoções durante uma perda pode ser vista na experiência de Marco Túlio Cícero, um famoso filósofo e estadista romano que viveu por volta de 100 anos antes de Paulo. Mais ou menos um mês após a morte de sua filha Túlia, de 30 anos, Cícero escreveu o seguinte para um amigo: “Eu me isolei, nesta região solitária, de toda conversação humana. De manhã me escondo na densa, impenetrável floresta e não apareço até anoitecer. Depois de você, a solidão é minha melhor amiga. Minha única forma de comunicação agora é por meio de livros, mas mesmo minha leitura tem sido interrompida por acessos de choro. Eu tento resistir o máximo possível esses impulsos para chorar, mas ainda não sou forte o suficiente” (Cícero, Cartas para Ático 12.15 conforme citadas em Jo-Ann Shelton, As the Romans Did [Como os Romanos Faziam], 2ª edição; Nova Iorque; Oxford University Press, 1998, p. 92).
É importante notar que Paulo não minimiza a realidade da tristeza. Embora a volta de Jesus ofereça aos crentes a esperança que os incrédulos rejeitaram ou não conheceram, isso não elimina o desafio que os crentes enfrentam quando lutam para conciliar a fé com suas emoções. Em momentos assim, respostas prontas não ajudam (veja a carta de condolências que Cícero recebeu de um amigo no fim dos comentários desta semana). A única coisa que pode ser feita é ouvir de modo compreensivo e oferecer palavras de ânimo, que focalizem a promessa de que Jesus em breve fará novas todas as coisas.
Pense nisto: Que encorajamento e esperança os seguintes textos bíblicos oferecem aos seguidores de Deus? Hb 4:15, 16; Is 53:3-6;49:13; Mt 5:4; 2Co 1:3, 4; Sl 119:50.
II. O dia da vinda de Jesus
(Recapitule com a classe 1Ts 4:14-17.)
Assim como Jesus incluía eventos familiares nas histórias que Ele contava, para que as pessoas conservassem na mente uma imagem vívida dessas histórias, Paulo fez o mesmo a respeito da volta de Jesus. Uma das palavras-chaves usadas por ele em grego é parousia (1Ts 2:19; 3:13; 4:15; 5:23). Essa palavra significa literalmente a “vinda”. Embora possa não parecer significativa para nós, os tessalonicenses a reconheciam como o termo usado para uma visita oficial de um dignitário real ou mesmo do imperador romano. Visitas como essas não eram comuns, mas quando aconteciam eram acompanhadas por todo tipo de esplendor, formalidades e sempre resultavam em dádivas e privilégios financeiras concedidos à cidade e seus habitantes. Paulo usou essa imagem para apresentar aos tessalonicenses um quadro da majestade da volta de Jesus. A descrição de Paulo da parousia de Cristo em 1 Tessalonicenses 4: 4-17 é a mais completa descrição dela no Novo Testamento. Certamente, nada será secreto em relação a esse evento. Será visível (Mt 24:27, 30, 31; At 1:11; Ap 1:7), e será audível – tão ruidosa, de fato, que acordará os mortos! É lógico que não será o barulho que realmente acordará os mortos. Será ordem divina de Jesus que chamará os mortos à vida.
Paulo também assegura aos tessalonicenses que os mortos em Jesus não ficarão de fora na parousia. Os mortos serão ressuscitados e os vivos serão “arrebatados” juntos da Terra para encontrar Jesus nos ares. A palavra arrebatados (em grego harpazō) significa “apanhar ou pegar de repente, agarrar ou levar”. Isso indica que a parousia será repentina e terá uma força irresistível. A palavra modernaarrebatamento procede da tradução latina de harpazō nesse verso. Mas é importante notar que não haverá nada de secreto nesse “arrebatamento”.
Pense nisto: O que podemos fazer para encorajar os outros com a boa notícia da volta de Jesus?
Aplicação
Perguntas
para reflexão
1. De acordo com 1 Tessalonicenses 4:14-17, quais serão os três sons que marcarão a volta de Cristo e a reunião de Seus seguidores? O que esses sons significam?
2. Que outros detalhes podemos aprender sobre a ressurreição nos comentários de Paulo em 1 Coríntios 15:35-55?
1. De acordo com 1 Tessalonicenses 4:14-17, quais serão os três sons que marcarão a volta de Cristo e a reunião de Seus seguidores? O que esses sons significam?
2. Que outros detalhes podemos aprender sobre a ressurreição nos comentários de Paulo em 1 Coríntios 15:35-55?
Perguntas de aplicação
1. Com quem você deseja se reencontrar na manhã da ressurreição? Qual será a primeira coisa que você fará ou falará quando esse reencontro ocorrer?
2. Como os incrédulos tentam lidar com a própria mortalidade? Que sintomas da sociedade indicam a falta de esperança que muitos têm sobre a morte?
Criatividade
Atividade: A seguir apresentamos parte de uma carta enviada para Cícero, de
um colega, depois da morte da filha de Cícero (veja o Passo 2, acima).
Preocupado com o tamanho da tristeza de Cícero, a carta foi uma tentativa de
motivar Cícero a seguir em frente com sua vida.
Após compartilhar a carta com a classe, permita que os alunos reescrevam a carta a partir da perspectiva de um crente. O que seria diferente?
“Mesmo que ela não tivesse morrido nesse momento, todavia, ela deveria morrer em alguns anos, porque ela nasceu mortal. Tire sua mente e seus pensamentos dessas coisas e, em vez disso, reflita nas coisas que são dignas da pessoa que você é. Considere, por exemplo, que ela viveu quanto foi necessário, ou seja, ela viveu enquanto a república viveu. Ela viu você, o pai dela, pretor, depois cônsul e áugure (sacerdote que adivinhava o futuro). Casou-se com homens de famílias nobres e desfrutou de quase todas as bênçãos da vida. Ela partiu quando a república morreu. Como, então, você ou ela podem reclamar sobre o destino por esse motivo?
“Não há aflição que o tempo não diminua ou amenize, mas é indigno de você esperar o tempo passar, em vez de antecipar esse resultado com seu bom senso” (Cícero, Correspondência com Amigos 4.5.1, 4-6, conforme citado em Jo-Ann Shelton, As the Romans Did [Como os Romanos Faziam], 2ª edição; Nova Iorque; Oxford University Press, p. 93).
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