sexta-feira, 7 de setembro de 2012


Lição 11
8 a 15 de setembro

 



 

Promessa aos perseguidos (2Ts 1:1-12)


 

 

 



 

Sábado à tarde
Ano Bíblico: Ez 36–38

 

VERSO PARA MEMORIZAR: “Por isso, também não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos torne dignos da Sua vocação e cumpra com poder todo propósito de bondade e obra de fé” (2Ts 1:11).

 

Leituras da semana: 2Ts 1:1-12; Jo 1:18; Rm 2:5; 12:19; Ap 16:4-7; 20:1-6; Jo 14:1-3

 

Pensamento-chave: A segunda vinda de Jesus é o clímax de toda esperança cristã.

 

Visto que a comunicação era tão demorada, quando os membros de uma igreja quisessem falar com Paulo, tinham que localizá-lo e enviar uma mensagem para ele, o que nem sempre era um processo fácil, com certeza. Uma vez que o contato fosse finalmente feito, o apóstolo ditava uma resposta e a enviava em mãos para a igreja. O processo podia levar meses. Enquanto isso, falsas crenças tinham tempo de se desenvolver e se espalhar.


Isso parece ter acontecido em Tessalônica, onde novos problemas surgiram na igreja. Esses problemas podem até ter aumentado devido à aplicação errada do que Paulo havia escrito na primeira carta. A segunda carta aos Tessalonicenses foi a tentativa de ajudar a corrigir a situação.


Na lição desta semana, as palavras de Paulo se resumem ao seguinte: na segunda vinda de Jesus, os crentes serão resgatados pela intervenção espetacular de Deus em Cristo. Essa passagem provê mais informações sobre a natureza de Sua vinda.

 

Domingo
Ano Bíblico: Ez 39–41

 

Saudações novas (2Ts 1:1, 2)


 

1. “Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em Deus, nosso Pai, e no Senhor Jesus Cristo, graça e paz a vós outros, da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo” (2Ts 1:1, 2). Quanta teologia, esperança e promessas existem nessa saudação? Como podemos aprender a tornar nossas essa esperança e promessas?

Como fez tantas vezes, Paulo falou sobre graça e paz. Em certo sentido, elas não estão relacionadas? A compreensão da graça de Deus e a promessa de perdão em Jesus não devem levar paz à nossa vida? É fundamental que, não importando as circunstâncias, todos tomemos tempo para meditar na maravilhosa provisão de salvação feita por nós e na graça a nós oferecida, independentemente de nossa indignidade. Existe melhor maneira de experimentar a paz prometida? Precisamos tirar o foco de nós mesmos e colocá-lo em Jesus e no que recebemos nEle.

 

2. Compare 1 Tessalonicenses 1:1 com 2 Tessalonicenses 1:1, 2. Há uma pequena diferença no texto. Que significado pode ser encontrado nessa diferença?

Há uma diferença entre 1 e 2 Tessalonicenses. Paulo mudou de “em Deus Pai” (1 Ts 1:1) para “em Deus, nosso Pai” (2Ts 1:1). Isso adiciona um toque relacional. Há pessoas que se sentem próximas de Jesus, mas têm medo de Deus, o Pai. Paulo assegurou aos tessalonicenses que eles podiam ter tanta confiança em seu relacionamento com o Pai como confiavam em Jesus. Cristo veio ao mundo para nos mostrar como é o Pai.

 

3. Leia João 1:18 e 14:7-11. Que certeza e esperança podemos tirar desses textos, especialmente à luz de 2 Tessalonicenses 1:1, 2?

Segunda
Ano Bíblico: Ez 42–44

 

Ação de graças de Paulo (2Ts 1:3, 4)


 

Paulo tinha uma tendência para frases longas. O texto de 2 Tessalonicenses 1:3-10 é uma única frase que enfatiza principalmente os eventos em torno da segunda vinda de Jesus. A parte central da frase, no entanto, não focaliza a vinda de Cristo: “Constantemente somos obrigados a dar graças a Deus a respeito de vocês” (2Ts 1:3, tradução do autor). Os comentários de Paulo sobre a vinda de Jesus (2Ts 1:6-10) são parte da razão pela qual ele agradecia a Deus a respeito dos tessalonicenses.

 

4. Leia 2 Tessalonicenses 1:3, 4. Que importante princípio espiritual encontramos nesses versos em relação à questão da fé? O que acontece com a fé quando ela não cresce?

A principal expressão de 2 Tessalonicenses 1:3-10 é “Somos obrigados”, ou “Devemos” dar graças a Deus. Paulo se sentia obrigado a agradecer a Deus pelos tessalonicenses porque sua fé estava se tornando cada vez mais forte. Enquanto isso, o amor de uns pelos outros também estava crescendo. No original, os dois verbos estão no tempo presente. Isso significa que seu crescimento na fé e no amor era consistente e contínuo. Esse tipo de crescimento é fundamental para toda igreja sadia. Como uma planta, se uma igreja não crescer espiritualmente, ela vai morrer.


Paulo continua apresentando uma significativa crítica à igreja nos capítulos 2 e 3 dessa epístola. Mas ele sabe que as pessoas precisam de muita afirmação antes que possam lidar com as críticas de forma construtiva. Ele oferece esse tipo de afirmação no capítulo 1.


Uma das razões para essas afirmações é que a igreja em Tessalônica continuava a ser perseguida. Paulo elogia particularmente sua “paciência” em aflição. Em vez de fé, esperança e amor, Paulo fala sobre a fé, o amor e a paciência deles. O fato de que, nesse texto, a “paciência” substitui a “esperança”, levou Paulo à sua exposição sobre a segunda vinda de Jesus mais adiante no capítulo.


O resultado do crescimento dos cristãos na fé e no amor foi que a coragem deles diante da aflição se tornou uma fonte de alegria para os apóstolos entre todas as igrejas que eles visitavam. Os tessalonicenses se tornaram modelo do comprometimento cristão sob ataque.

 

Como as provas e aflições podem aumentar nossa fé? Ao mesmo tempo, quem já não lutou para manter a fé justamente por causa das provações?

 

Terça
Ano Bíblico: Ez 45–48

 

Sofrimento como sinal do fim (2Ts 1:5, 6)


 

O texto de 2 Tessalonicenses 1:5-10 em grego lembra o Antigo Testamento (a Bíblia da maioria dos cristãos do Novo Testamento era a Septuaginta, uma tradução grega pré-cristã do Antigo Testamento). A carta de 2 Tessalonicenses apresenta muito mais referências ao Antigo Testamento do que 1 Tessalonicenses.

 

5. Qual é a mensagem de 2 Tessalonicenses 1:5, 6? Que promessas encontramos ali?

A palavra sinal evidente (RA) ou prova (RC) significa “demonstração” ou “indicação clara” de alguma coisa. O que a perseguição aos cristãos (v. 4) prova? Certamente, ela não é evidência do juízo de Deus contra Seu povo. Ao contrário, é um indicador do futuro juízo, no qual o povo de Deus será vindicado e aqueles que o perseguiram receberão o mesmo tipo de experiência que infligiram sobre os outros.


Há uma mensagem aqui para nós. Violência gera violência, e os que a usam têm razão para temer o futuro. O juízo de Deus endireitará as coisas. Aqueles que perseguem o povo de Deus enfrentarão um dia a justiça divina. Mas os que experimentam a injustiça por causa de sua fé podem olhar confiantemente para o futuro juízo de Deus. Nesse dia, será evidente a todos que eles eram objetos do favor de Deus.


O Novo Testamento incentiva os crentes a demonstrar graça, misericórdia e perdão para com os outros. Mas quando essas ações são rejeitadas e retribuídas com maldições, ataques e prisão, é encorajador saber que a injustiça não durará para sempre. Assim, os santos de Deus são convidados a ter paciência (Ap 14:12).


Em 2 Tessalonicenses 1:5, 6, portanto, Paulo lembrou os perseguidos tessalonicenses de que, no futuro, o “justo juízo de Deus” (RC) demonstrará que o Senhor os aprovava. Mais que isso, sua paciência e fé em face da provação confirmavam que Deus os escolheu. Dessa forma, o sofrimento cristão pode ser a base para a alegria (1Ts 1:6, 7). Essa é uma evidência prática do lado em que estaremos quando Jesus voltar.


O verso 5 mostra o justo juízo de Deus ao aprovar os tessalonicenses. O verso 6 mostra isso na condenação e destruição de seus perseguidores. Em ambos os casos, o juízo refletirá, no fim do tempo, nossa conduta no presente.

 

Você já foi prejudicado, e os culpados aparentemente não receberam nenhuma punição? Que conforto você pode encontrar nas promessas do juízo de Deus? Considere outra questão: você tratou as pessoas de maneira perversa, injusta e não foi punido (pelo menos até agora)? Como você vê as promessas do juízo de Deus no tempo do fim?

 

Quarta
Ano Bíblico: Dn 1–3

 

Fogo e destruição (2Ts 1:7-9)


 

6. Leia 2 Tessalonicenses 1:7-9. Qual é a principal razão para a destruição dos ímpios no momento da segunda vinda de Jesus? Como devemos entender esses versos com a ideia de Deus sendo cheio de amor, graça e perdão?

Muitas pessoas se sentem desconfortáveis com a linguagem desses versos. Elas sentem que “retribuir” (NVI), vingança, castigo e a aplicação de sofrimento são atitudes indignas de um Deus de amor, graça e misericórdia. Mas justamente punição e retribuição são tema frequente de Paulo (Rm 2:5; 12:19). O apóstolo é inequívoco: a justiça de Deus um dia se manifestará poderosamente.


E por que não? Qualquer bom governo no mundo de hoje deve, em algum momento, exercer a força a fim de restringir o mal. Embora a força nem sempre seja violenta (como quando você é parado por ter cometido uma infração de trânsito ou é fiscalizado em relação aos impostos), em alguns casos, especialmente quando os criminosos estão usando violência, eles devem receber uma resposta violenta. Bons governos oferecem uma restrição necessária para que todos vivam juntos, em paz. Muitas vezes, a maldade total não cederá voluntariamente. E, muitas vezes, quanto maior for o poder e a brutalidade do mal, maior será a força necessária para desfazer esse mal.
As imagens desse texto não são bonitas, mas nos asseguram que Deus fará o que for preciso para acabar com a violência e opressão.

 

7. Leia Apocalipse 16:4-7 e Daniel 7:21, 22. Que semelhanças existem entre esses versos e o que Paulo escreveu em 2 Tessalonicenses 1:7-9?

Por meio de Sua própria experiência, Jesus entende o preço do sofrimento. Você pode crer que Ele exercerá justiça divina, mas sem exagero. A justiça divina resultará em sofrimento, mas nem um pouquinho além do necessário. Se podemos confiar em Deus em qualquer circunstância, podemos acreditar que Sua justiça revelará uma sabedoria que não podemos compreender atualmente.


O objetivo desse texto não é se alegrar na vingança, mas incentivar os prejudicados e oprimidos. O dia da justiça está chegando. Não precisamos fazer justiça com as próprias mãos.

 

Quinta
Ano Bíblico: Dn 4–6


Glorificando a Cristo (2Ts 1:10-12)


 

8. Leia 2 Tessalonicenses 1:10-12. O que significa o fato de que Jesus Cristo será glorificado em Seus santos?

 

A frase completa no texto desta semana (2Ts 1:3-10) apresenta uma série de detalhes importantes sobre a segunda vinda de Jesus. Quando Ele voltar, afligirá os que afligem e proporcionará descanso aos aflitos (2Ts 1:6, 7). Ele descerá do Céu na companhia de anjos poderosos (2Ts 1:7). Ele virá com fogo ardente e executará justiça sobre os que rejeitaram a Deus e ao evangelho de Jesus Cristo (2Ts 1:8). Os ímpios serão destruídos (2Ts 1:8, 9), enquanto os justos glorificarão a Cristo (2Ts 1:10).


Os eventos da segunda vinda de Cristo criarão as condições para o milênio, período em que a Terra ficará desolada durante mil anos (Ap 20:1-6). Embora o texto desta semana não diga o que acontecerá com os justos, 1 Tessalonicenses 4:16, 17 nos diz que os salvos se unirão a Jesus nos ares em Sua vinda. Além disso, João 14:1-3 indica que Jesus levará os justos com Ele para o Céu.

 

9. Como Paulo instruiu os crentes acerca da preparação para a segunda vinda de Jesus? 2Ts 1:11

 

Com o verso 10, Paulo terminou de falar sobre os ímpios e voltou-se novamente para o destino dos justos na segunda vinda de Cristo. Nos versos 10-12, a glória de Jesus é revelada no caráter dos que creem nEle. Paulo se alegrou porque suas orações e esforços pelos tessalonicenses serão vindicados na vinda do Senhor (compare com 1Ts 2:19, 20).


Aqui, o apóstolo preparou o cenário para o capítulo 2, no qual ele argumenta que o dia do Senhor ainda não chegou. Se tivesse chegado, haveria fogo ardente, destruição dos perversos e plena glorificação de Jesus aos olhos de todos.


No texto de hoje, Paulo intercala normalmente os termos Deus e Jesus, usando os dois de modo alternado. De acordo com a inspiração, Jesus é Deus. Esse ensinamento é muito importante para nós. Quanto maior é Jesus, mais poderosa é a Sua salvação e mais clara a visão de Deus que recebemos ao contemplar Sua vida, morte, ressurreição e segunda vinda. Se Jesus é verdadeiramente Deus, o Pai é igual a Ele.

 

Como podemos aprender a cuidar da nossa vida diária, mas sem perder a expectativa da vinda do Senhor? No ritmo da vida, por que é tão fácil esquecer a vinda de Jesus? Como podemos aprender a manter essa promessa maravilhosa diante de nós, enquanto cuidamos dos negócios, dando a essa promessa o tempo, a atenção e a importância merecidos?

 

Sexta
Ano Bíblico: Dn 7–9

 

Estudo adicional


 

A Bíblia foi escrita por homens inspirados, mas não é a maneira de pensar e expressar-se de Deus. Esta é da humanidade. Deus, como escritor, não Se acha representado. Os homens dirão muitas vezes que tal expressão não é própria de Deus. Ele, porém, não Se pôs à prova na Bíblia em palavras, em lógica, em retórica. Os escritores da Bíblia foram os instrumentos de Deus, não Sua pena. ...


“Não são as palavras da Bíblia que foram inspiradas, mas, sim, os homens. A inspiração não atua nas palavras do homem, nem em suas expressões, mas no próprio homem que, sob a influência do Espírito Santo, é possuído de pensamentos. ...” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 21).


“Em sua segunda carta, Paulo procurou corrigir a má interpretação de seu ensino e expor perante eles sua verdadeira posição” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 264).

 

Perguntas para reflexão
1. A verdade das Escrituras se revela mais por meio do estudo intensivo de palavra por palavra ou por meio dos temas amplos que podemos observar pela leitura extensa? Ou há tempo e lugar para ambos? Comente com a classe.
2. Com base nas palavras de Ellen White a respeito de como funciona a inspiração, como podemos compreender o “elemento humano” que às vezes aparece na Bíblia?
3. Será que a ideia da segunda vinda de Jesus o assusta, ou lhe traz esperança?
4. Por mais verdadeira que seja a ideia de que as provações podem fortalecer nossa fé e caráter, o que você diria às pessoas cujas aflições as tornam amargas, ressentidas e iradas?

 

Resumo: Paulo se alegra pela maneira em que os crentes de Tessalônica permanecem fiéis, apesar das muitas aflições. Ele os encoraja enfatizando a grande mudança que ocorrerá na segunda vinda de Jesus. Não importa o que aconteça agora, temos a promessa de que Deus executará Sua justiça.

 

Respostas sugestivas: 1: Os apóstolos tinham certeza de que, apesar das aflições, os tessalonicenses estavam na graça de Deus, que resultava em paz; acreditando no poder da graça, podemos viver com esperança. 2: Na primeira saudação está a expressão “Deus Pai”; na segunda, a expressão é “Deus, nosso Pai”, indicando que a igreja deveria ter um relacionamento de confiança e amor com o Filho e com o Pai, sem medo do Pai. 3: O Filho revelou quem é o Pai; o que o Filho fez, foi feito com a participação do Pai. O caráter e amor do Pai foram demonstrados pelo Filho; a graça e a paz concedidas pelo Pai e pelo Filho; a igreja podia confiar nos dois. 4: É necessário e natural que haja crescimento na fé, no mútuo amor cristão e na perseverança em meio às tribulações; essa experiência é motivo de gratidão. 5: A perseverança em meio ao sofrimento é um sinal da justiça de Deus na vida do cristão, confirmando sua recompensa eterna e o castigo dos perseguidores. 6: Não conheceram a Deus de modo pessoal e não obedeceram ao evangelho; por isso perseguiram os servos de Deus; por causa da grande diferença entre seu caráter e a glória de Deus, serão consumidos. 7: Os que perseguiram a igreja de Deus, derramando sangue inocente, sofrerão as consequências do juízo divino, nas sete pragas e no fogo destruidor, na segunda vinda de Jesus. 8: Jesus será exaltado e glorificado pela salvação dos que O aceitaram e pela atitude de louvor e adoração ao Seu nome; Ele será glorificado eternamente em todo o Universo. 9: Os crentes deviam orar para que Deus os tornasse dignos da sua vocação e cumprisse com poder todo propósito de bondade e obra de fé.


Resumo da Lição 11 – Promessa aos perseguidos (2Ts 1:1-12)




O aluno deverá…
Saber:
 Como a crença na justiça de Deus, a ser manifestada na segunda vinda de Jesus, pode encorajar Seus seguidores a ter paciência e firmeza na fé nos momentos de provações e tribulações terrenas.

Sentir: Certeza de que Deus corrigirá todas as injustiças quando Jesus voltar.
Fazer: Acreditar que Deus é o seu defensor e retribuirá todo o mal feito contra você.


Esboço
I. Saber: Deus corrigirá todas as injustiças

A. A parte mais difícil do sofrimento é o sentimento de que Deus nos abandonou. Que passagens ou histórias bíblicas mostram que Deus está conosco nos momentos de provações e retribuirá aos que nos prejudicaram?
B. O castigo que os perversos receberão é descrito como “eterna destruição”. Serão “banidos da face do Senhor” (2Ts 1:9). Esse castigo, e o fato de que Deus é justo em aplica-lo, é um argumento contra a visão de que a punição dos ímpios consiste em um infindável tormento consciente?


II. Sentir: Fortalecidos na provação
A. Deus prometeu: “Nunca o deixarei, nunca o abandonarei” (Hb 13:5, NVI). Essa e outras promessas das Escrituras têm encorajado você nos momentos difíceis?
B. Saber que Deus fará justiça a todos os Seus fiéis torna mais fácil suportar as adversidades?


III. Fazer: Exercitando a paciência
Uma vez que as provações inevitavelmente fazem parte da vida, o que podemos fazer, nos momentos mais tranquilos, para nos preparar para os tempos difíceis que virão?


Resumo: Deus sabe das injustiças feitas contras Seus seguidores, defenderá a sua fidelidade e punirá seus inimigos quando Cristo voltar.

 

Ciclo do aprendizado



Motivação

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Ao longo de todas as eras da história terrena, a certeza da volta de Cristo para resgatar Seus seguidores e punir os ímpios tem trazido encorajamento e esperança aos cristãos em tempos de dificuldade.

 

Ao longo da história, os cristãos têm enfrentado provações e perseguições como resultado de sua fé em Cristo. As histórias sobre o que alguns cristãos primitivos estavam dispostos a suportar são inspiradoras. Um exemplo disso envolve uma perseguição que irrompeu contra os cristãos que viviam nas cidades de Vienne e Lyon em 177 d.C. Um cristão que conseguiu escapar relatou que uma jovem chamada Blandina foi torturada durante várias horas e de modo tão cruel que o seu corpo ficou parecendo uma ferida aberta e despedaçada. Ainda assim, em resposta a tal brutalidade, ela não negou sua fé. Ela apenas disse: “Eu sou uma cristã; não fizemos nada do que nos envergonhar” (Eusebius: The History of the Church From Christ to Constantine [Eusébio: A História da Igreja de Cristo até Constantino], traduzido por G. A. Williamson, edição revisada; Londres; Penguin Books, 1989, p. 141).


Como os cristãos suportaram tais atos de selvageria? A resposta pode ser vista no que um bispo cristão chamado Policarpo disse antes de ser martirizado, em 155 d.C. Embora tivesse oitenta e seis anos de idade, Policarpo foi preso por sua fé e trazido diante do governador romano. Devido à idade de Policarpo, o governador apelou a ele que negasse sua fé e escapasse da punição. Depois de muitos apelos para que insultasse a Cristo, Policarpo disse: “‘Por oitenta e seis anos tenho sido Seu servo, e Ele não me fez nenhum mal. Como posso blasfemar meu Rei, que me salvou?’” Quando o governador ameaçou queimá-lo na fogueira, Policarpo respondeu: “‘Você me ameaça com um fogo que queima apenas por alguns instantes e logo depois se apaga, porque você não conhece o fogo do juízo vindouro e da eterna punição, reservado para os ímpios. Mas o que você está esperando? Venha, faça o que deseja” (Michael W. Holmes, ed., The Apostolic Fathers [Os Pais Apostólicos]; Grand Rapids, Michigan; Baker Books, 1999, p. 235).


Os cristãos primitivos, tais como Policarpo, eram sustentados em meio à perseguição porque sua fé estava firmada numa profunda apreciação do amor de Deus e na compreensão de que este mundo em breve passará, quando Cristo voltar para recompensar os fiéis e punir os perversos (ainda que alguns não compreendessem a natureza da punição final).


Pense nisto: Frequentemente ficamos tão envolvidos com nossa vida que esquecemos o que Deus tem feito por nós e qual é realmente o propósito deste mundo. Como podemos ter sempre em mente esse grande quadro?

 

Compreensão


Comentário Bíblico



I. Saudações e ações de graças
(Recapitule com a classe 2Ts 1:1-5)


Seja um presente que recebemos ou algo novo que compramos, uma vez que experimentamos as coisas deste mundo, nosso entusiasmo por elas geralmente desaparece rapidamente, e já queremos partir para algo novo. Embora isso seja verdade quanto à maioria das coisas do mundo, a saudação de Paulo na sua segunda carta aos Tessalonicenses deve nos lembrar de que isso não é verdade quando se trata experimentar a “graça e paz” divinas. Em lugar de entrar direto nos assuntos urgentes que precisava tratar em sua carta, Paulo primeiro faz uma pausa para lembrar seus leitores, assim como faz em todas as suas cartas, da oferta divina de graça. Esse é um assunto do qual Paulo nunca se cansa. A graça mudou sua vida e também transformou o coração e a vida dos crentes de Tessalônica.


A ênfase de Paulo em seu dever de agradecer a Deus acerca dos tessalonicenses pode sugerir que os novos conversos se sentiam um pouco envergonhados porque Paulo havia falado extensamente sobre eles em sua carta anterior e diante de outras pessoas. Paulo lembrou-lhes, todavia, que essa gratidão era não apenas exigida dos cristãos (1Ts 5:18), mas que os tessalonicenses a mereciam. Deus não somente havia produzido uma mudança miraculosa na vida deles, mas a evidência de Sua obra na vida deles continuava a se manifestar no modo como sua fé, amor e inabalável esperança em Deus estavam crescendo. Isso era algo digno de louvor, especialmente porque tudo isso estava acontecendo em meio a provações e perseguição.


Mas, como Paulo podia ver evidências do reto juízo de Deus na vida dos tessalonicenses quando eles estavam sendo perseguidos? No mundo antigo, a tendência das pessoas era ver a tribulação como uma indicação do desagrado de Deus (lembra dos amigos de Jó?). A evidência do reto juízo de Deus tem dois aspectos. Primeiro, até certo ponto, a evidência que Paulo via era a perseverança na fé que os tessalonicenses demonstravam em meio às tribulações. Essa capacidade de recuperação certamente era uma evidência de que Deus estava atuando na vida deles. Porém, mais importante do que isso, Paulo também considerava a perseguição que eles enfrentavam como evidência do reto juízo de Deus. Mas como poderia ser esse o caso? Como Paulo disse antes, os cristãos devem esperar perseguição. Se a presença do Cristo ressuscitado em nossa vida é realmente um antegozo do reino de Deus que finalmente substituirá os reinos do mundo (Dn 2:44, 45), não deveria ser nenhuma surpresa que o mundo se sinta ameaçado e busque perturbar a obra de Deus e Seus discípulos. A perseguição que os tessalonicenses estavam enfrentando por causa de sua fé, e a perseguição que Seus seguidores continuam a enfrentar, é uma evidência de que um novo dia está chegando.


Pense nisto: De acordo com Paulo, a perseguição é evidência do “reto juízo de Deus” em nossa vida. Como podemos saber se as provações que enfrentamos acontecem por causa do evangelho ou por causa de nossa própria atitude ou comportamento?


II. Juízo e justiça na volta de Cristo
(Recapitule com a classe 2Ts 1:5-12)


Como a lição aponta, o juízo de Deus é uma preocupação para muitos. A descrição de Cristo “tomando vingança” contra os ímpios, como descrito no verso 8, parece inadequada. Como esse quadro de Jesus pode ser conciliado com o Jesus amoroso dos evangelhos? Aqui é importante notar que e palavra vingança não é a melhor tradução da palavra que Paulo usa no grego. O problema é que a palavra vingança, em português, atualmente é usada em um sentido extremamente brutal. Por exemplo, um dicionário na internet (dictionary.com) define a expressão “com vingança” [“with a vengeance”] como algo que é feito até um grau irracional, excessivo ou assustador. Certamente, isso pode ser visto no tipo de violência sádica e excessiva que Hollywood coloca em seus filmes envolvendo alguém em busca de vingança.


A palavra traduzida como “vingança” (RA) e punição (NVI) não tem ligação com a maneira pela qual a nossa sociedade passou a considerar o termo “vingança”. No, grego, essa palavra (ekdikēsis) vem da palavra para “justo”, “reto” ou “justiça” (dikaios) e significa literalmente “distribuição de justiça”. Esse tema da justiça é o que Paulo está focalizando nessa passagem. Ele já havia mencionado o “reto” juízo de Deus, no verso 5, e descrito as ações de Deus como “justas”, no verso 6. Embora Deus ainda tenha que lidar com o pecado e pecadores que têm recusado continuamente Seus apelos ao arrependimento, podemos ser encorajados porque Deus agirá de maneira justa, leal e sem nenhum elemento de sadismo em Seu juízo.


A segunda palavra que merece ser destacada é a palavra “revelado” (NVI), no verso 7. O Novo Testamento usa três palavras para se referir à volta de Jesus. Em 1 Tessalonicenses, já encontramos a palavra parousia (veja a seção Comentário Bíblico da lição 8). As outras duas palavras são apocalypse e epiphany. A palavra usada aqui é apocalypse. Ela significa literalmente “revelar algo que estava escondido”. Embora Cristo esteja oculto aos olhos do mundo hoje, em breve Ele será revelado. Que grande dia será esse!


Pense nisto: O tema da justiça de Deus é um conceito importante nas Escrituras e é particularmente significativo para os que têm sido injustiçados. Em que sentido a justiça de Deus é uma boa notícia para você?

 

Aplicação

Perguntas para reflexão
1. Paulo diz que Jesus voltará “em chama de fogo” (2Ts 1:8). O que o “fogo” simboliza quando associado a Deus ou ao juízo? Considere as seguintes passagens: Dt 4:24; Ex 3:2; Is 33:11–14; Is 66:15; Ap 1:14.
2. Tiago diz que a provação da nossa fé nos momentos de tribulações pode produzir perseverança (Tg 1:3). As provações também podem, é claro, tornar as pessoas espiritualmente desencorajadas e leva-las a desistir da fé. Como podemos reagir a tais provações para que nossa fé cresça, em lugar de vacilar?

 

Perguntas de aplicação
1. Deus pode usar nossa experiência nas provações para ajudar outros com problemas semelhantes (2Co 1:3–6). De que maneira suas experiências nas dificuldades podem ser usadas para encorajar outros?
2. Paulo orava continuamente pelos tessalonicenses (2Ts 1:11). Existe alguém que necessita de suas orações continuamente? O que você pode fazer para manter firmes as orações e a fé?

 

Criatividade
Só para o professor: Os alunos podem ser tentados a pensar que esta lição se aplica principalmente aos cristãos que estejam sofrendo perseguição física ao redor do mundo, e não às suas próprias circunstâncias. Use a seguinte atividade para tornar a lição desta semana mais relevante para toda a classe.

 

Atividade: Enfatize que Paulo se refere aos desafios enfrentados pelos tessalonicenses como “perseguições” e “tribulações” (2Ts 1:4). Explique que, enquanto as perseguições se referem a ataques contra crentes, as tribulações são mais gerais e poderiam se referir às muitas dificuldades da vida. Peça aos membros da classe para criar uma lista de coisas que possam ser incluídas na categoria de “tribulações”. Depois, comente com a classe o significado de ter esses dois termos em mente enquanto refletimos na lição desta semana.

 

 

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