sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Onde se Encontra a Fome?

Você sabe onde está a fome? Provavelmente você deve ter pensado: “Nas comunidades carentes, é claro!” Mas não é bem assim. Pesquisas constantes de nutricionistas de todo o mundo têm apontado para o que conhecemos como a “fome oculta”.

O que é a fome oculta?
É um estado de desnutrição em termos de alguns nutrientes (principalmente vitaminas e sais minerais), encontrado inclusive em camadas mais abastadas da sociedade. À sombra de uma alimentação aparentemente “rica”, ela é proveniente de uma dieta carente de frutas, legumes e verduras – principais fontes de vitaminas, sais minerais e fibras, que promovem uma boa digestão e, consequentemente, um bom aproveitamento de todos os nutrientes – e muito rica em alimentos refinados, industrializados e conservas. Estes hábitos alimentares podem estar presentes desde a infância.

A monotonia alimentar pode ser responsável pela fome oculta?
Sim, pois o metabolismo de um nutriente depende do outro. Assim, a monotonia alimentar – principalmente entre os adolescentes, onde o consumo de um mesmo tipo de lanche (pão, refrigerante e complementos) é diário – faz com que as poucas vitaminas da alimentação não sejam bem aproveitadas.

A fome oculta traz alguma conseqüência?
Sim. O reflexo dessa carência vem ao longo dos anos, quando, ainda jovens, as pessoas manifestam problemas metabólicos importantes. Alguns desses problemas são a osteoporose (Síndrome que causa a fragilidade óssea), devido à falta de cálcio; a anemia, por falta de ferro; problemas na visão e na pele, devido à carência de vitamina A. São problemas não facilmente perceptíveis e, depois que se manifestam, são muito difíceis de reverter. Muitas vezes, as pessoas já chegam à adolescência com carência de diversos nutrientes – o que, muitas vezes, não se nota de imediato.

O que pode ser feito para evitar a fome oculta?
A solução está em uma alimentação variável e completa, onde todas as refeições tenham frutas, legumes e verduras, e onde as calorias vazias (doces e refrigerantes, por exemplo) sejam deixadas de lado.
Cabe a cada um de nós ajudarmos a combater a fome – todas elas.

Esta coluna foi escrita pela nutricionista Cláudia H. Y. Hoff com o auxílio da Equipe Janssen Cilag.

As Fontes das Vitaminas

Vitamina A: espinafre, brócolis, couve galega, acelga suíça, nabo, repolho crespo, cenoura, batata-doce, polpa da laranja, abóbora, tomates, damasco, melancia e melão;

Vitamina B1: grãos integrais, germe de trigo, produtos de farinha branca enriquecida, legumes e levedura fermentada;

Vitamina B2: leite e produtos lácteos, ovos, vegetais verdes folhosos, levedura desidratada, amendoim, manteiga de amendoim e grãos integrais;

Niacina (Vitamina B3): produtos de trigo integral, produtos de farinha branca enriquecida, legumes e levedura fermentada;

Ácido Pantotêncico: ovos, grãos integrais, legumes, batata branca e batata-doce;
Vitamina B6: grãos integrais, batatas, vegetais verdes e milho;
Vitamina B12: leite em pó e produtos lácteos e ovo (inteiro ou a gema);

Vitamina D: leite fortificado e peixes com espinhas (como salmão e sardinha);

Vitamina E: germe de trigo, óleos vegetais, legumes, castanhas, grãos integrais, peixes e vegetais folhosos verdes;

Ácido Fólico (Folacina): levedura, vegetais folhosos de cor verde-escuro, legumes e grãos integrais;

Biotina: leite, óleo de soja, levedura fermentada e gema de ovo (a clara destrói a biotina). Bactérias que estão presentes no intestino também produzem a biotina.

As vitaminas são compostos essenciais para o crescimento, desenvolvimento e manutenção da saúde, além de auxiliar nas funções de defesa do organismo contra as infecções. Não deixe estes nutrientes faltarem na sua alimentação e na de sua família. Quando a criança tem uma alimentação equilibrada, com todos os grupos alimentares e consumo adequado de verduras, legumes, frutas, leites e derivados, ela consegue receber praticamente todas as suas necessidades vitamínicas. No entanto, nem sempre isto ocorre, e a criança com agenda cheia e estressante, e com baixo consumo alimentar, pode necessitar de vitaminas extras, que podem ser conseguidas com suplementos. Se tomados adequadamente, ajudam a suprir as carências alimentares, controlando a deficiência nutricional. Somente o pediatra, entretanto, pode indicar o melhor suplemento e sua necessidade.



Vitaminas e Minerais – O Que São e Suas Principais Funções

O que são vitaminas?
É um grupo de nutrientes orgânicos essenciais para o crescimento normal e para o bem-estar físico e mental.
Funções das principais vitaminas:
Vitamina A: mantém as gengivas saudáveis e propicia o crescimento dos ossos, dentes, cabelos e da pele;
Vitamina D: regula o metabolismo do cálcio e do fósforo, importantes para a formação de ossos e dentes sadios;
Vitamina B1: auxilia no metabolismo de carboidratos, regula o funcionamento do coração e do sistema nervoso, beneficia a musculatura e ajuda a repelir insetos;
Vitamina B2: transforma proteínas, lipídios e carboidratos em energia, e participa da formação e manutenção dos tecidos da pele e dos olhos;
Niacina: converte alimentos em energia;
Ácido Pantotênico: estimula a reposição dos tecidos corporais, atua na liberação de energia dos carboidratos e no metabolismo das gorduras;
Vitamina B6: atua no metabolismo dos aminoácidos;
Vitamina B12: evita a anemia e ajuda no desenvolvimento normal das células;
Vitamina E: previne a anemia e auxilia na metabolização das gorduras;
Ácido Fólico: também evita a anemia e ajuda na multiplicação das células;
Biotina: atua no metabolismo das proteínas que formam a pele, músculos e ossos.
O que são minerais?
São nutrientes inorgânicos que participam do metabolismo de nosso organismo, sendo necessários para o seu bom funcionamento.
Função dos principais minerais:
Ferro: atua na formação da hemoglobina, na manutenção do apetite e do crescimento;
Iodo: age na formação de hormônios da tireóide;
Zinco: regula o crescimento por meio da síntese de proteínas, mantém as defesas corporais e o apetite;
Cobre: facilita a absorção do ferro;
Cálcio: forma e mantém ossos saudáveis e auxilia na coagulação do sangue;
Magnésio: converte o açúcar em energia e é necessário para o bom funcionamento dos nervos e músculos.
Como as vitaminas não são sintetizadas em nosso organismo (ou estão disponíveis em quantidades insuficientes), elas precisam ser adquiridas por meio dos alimentos. O mesmo ocorre com os minerais. Por maiores que sejam os cuidados com a dieta, nem sempre obtemos todos os nutrientes de que precisamos. Por isso, consulte seu médico para avaliar a necessidade de um suplemento vitamínico

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