segunda-feira, 15 de outubro de 2012


Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Quarto Trimestre de 2012

Tema geral do trimestre: Crescendo em CRISTO

Estudo nº 03 –  Homem: criatura de DEUS

Semana de   13 a 20 de outubro

Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí – RS)

Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original

www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br – Fone/fax: (55) 3332.4868

Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil

 

Verso para memorizar: Sabei que o Senhor é DEUS; foi Ele quem nos fez, e dEle somos” (Sal. 100:3).

 

Introdução de sábado à tarde

O assunto de nossa origem é um dos que fará parte da grande controvérsia. Esta controvérsia, para quem não sabe, é o modo como vai ocorrer o alto clamor, que se desencadeia com o decreto dominical. Na verdade, este decreto vem porque a IASD já estará em atividade evangelística cada vez mais acentuada, como já hoje se vê. Ele é uma resposta de guerra para fazer calar a IASD. Então, o que na realidade acontece? A atividade evangelística de nossa igreja aumentará em tal intensidade como jamais vista neste planeta, o que se chama alto clamor. Nele ocorre a grande controvérsia porque serão debatidos pontos controvertidos, uns dizendo de um jeito, outros de outro jeito. O principal deles é a respeito da santificação do sábado contra a santificação do domingo. Outros pontos são: há uma alma imortal ou o ser humano morre totalmente por causa do pecado? Qual lei vale: os dez mandamentos da Bíblia ou os do Catecismo? Os pecados podem ser perdoados pelos padres ou só por JESUS? E assim por diante. Essa questão da origem da humanidade é um dos assuntos da grande controvérsia. Nossa origem foi na criação feita por DEUS ou surgiu por acaso (porque não dizer por coincidências favoráveis?) como defendem os evolucionistas? “Ao avançar a obra do povo de Deus com santificada e irresistível energia, implantando na igreja o estandarte da justiça de Cristo, movida por um poder que vem do trono de Deus, tornar-se-á a grande controvérsia cada vez mais forte, e se tornará cada vez mais determinada. Mente se aparelhará contra mente, plano contra plano, princípios de origem celestial contra princípios de Satanás. A verdade em seus variados aspectos estará em conflito com o erro em suas formas sempre variadas e crescentes, e que se possível, enganariam os próprios escolhidos” (CRISTO Triunfante, MM 2002, p. 360).

É importante salientar o seguinte: durante a tal controvérsia vai haver grande manifestação do poder de satanás para convencer as pessoas para o seu lado, mas também vai haver maiores manifestações da parte de DEUS, para apoiar as ações do povo fiel a Ele. Faremos sinais e maravilhas, assim como os de satanás também farão. Para isto, é interessante rever como foi durante as pragas do Egito. As primeiras delas foram imitadas, mesmo que por simulações, pelos agentes de satanás. Vai haver um tremendo confronto entre os que só falam a verdade, e nada menos nem mais, contra os que mentem e enganam.

Um dos pontos mais importantes em relação à nossa origem é se a humanidade existe por um propósito ou se existe por uma fatalidade positiva. Pela teoria da evolução estamos aqui por coincidências originais, que favoreceram o surgimento espontâneo da vida. Tal explicação só pode ser aceita pela renúncia de parte da inteligência que possuímos. Em condições remotas que hoje somente podem ser imaginadas, se teria formado a vida complexa. O curioso é que depois daquela vez isso nunca mais aconteceu, nem mesmo nos modernos e sofisticados laboratórios atuais, que deveriam possuir bem melhores condições de geração de vida. Ou seja, é em algo que não pode ser repetido nem provado que muitos hoje acreditam.

Já pela explicação da criação por um DEUS infinitamente inteligente, existimos com um propósito. Qual é ele? O de vivermos eternamente, felizes e perfeitos, nos deliciando pela interação com toda a natureza que DEUS criou. Ao menos essa explicação pode em grande parte ser testada. O DEUS Criador ainda Se manifesta. Já Se revelou por diversas maneiras ao longo da história, e podemos ter experiências pessoais com Ele. Vamos nos aprofundar nesse assunto sobre o homem como criatura de DEUS.

 

  1. 1.      Primeiro dia: Criação e origem humana

O relato do Gênesis diz que DEUS criou o ser humano depois de ter criado perfeitas condições para ele viver em um lugar aconchegante. Havia um propósito para a criação do ser humano: o amor.DEUS, que é amor, queria mais alguém para amar, fazer bem, satisfazer seus bons desejos. Da parte do ser humano, este serviria para dar glórias a DEUS, isto é, adoração, ou ainda, gratidão. Assim se concretiza uma relação de íntima e recíproca promoção da felicidade. Faz parte do propósito de DEUS que todos os seres inteligentes feitos à Sua semelhança saibam como promover a felicidade uns nos outros, e isto é amar uns aos outros. Também é propósito da criação de DEUS que os seres humanos reconheçam de onde vieram e porque foram criados, e assim, deem glórias a DEUS por meio da adoração. Em síntese, adorar a DEUS é o mesmo que amá-Lo em reconhecimento.

Resumindo, ama-se a DEUS por nos ter criado e pelo bem que nos faz, e amamo-nos uns aos outros para cultivar a felicidade recíproca. Neste sentido, é maravilhoso como DEUS criou o casal que forma a família. É o homem que deve cultivar a felicidade na mulher. Esta foi criada a partir da costela de Adão para que ela o atraísse fortemente, em todos os sentidos. DEUS fez a mulher para atrair o homem, e fez o homem para se empenhar em fazê-la feliz. Por sua vez, a mulher tem uma enorme capacidade de corresponder e de ampliar o que recebe. Uma mulher cujo marido a faz feliz, por natural, exala felicidade por onde vai, e multiplica alegria pelo ambiente. Ela é feliz a partir de seu marido, e reparte a felicidade com todos, inclusive com seu marido. Assim, uma família torna-se um lugar de intenso cultivo e multiplicação da felicidade. Portanto, um casal nestas condições jamais desejará separar-se um do outro, e foi o que DEUS disse: o que o amor uniu, não o separe o homem. Tente imaginar o efeito disso quando várias famílias se dão bem entre si.

Agora tentemos imaginar a teoria da Evolução. Propósito não há, pois surgiu pelo acaso. Como foi que se formaram os dois sexos, necessários para a reprodução? O acaso foi tão inteligente para fazer gerar nos primeiros seres primários este recurso? E que contradição é esta da luta de uns contra os outros, a eterna guerra, para aperfeiçoamento das espécies? A Evolução diz que é pela luta que a humanidade caminha em direção a situações melhores. Ora, se fosse assim, porque então hoje se tenta combater tanto a violência e a guerra? Não seria o caso de incentivar esses ditos recursos do aperfeiçoamento, segundo a Evolução? Pode algo sair do caos e por meio dos conflitos desenvolver a ordem? Mas como que há pessoas que creem em tal contradição? Creem porque esse é o meio rudimentar e falido que satanás encontrou para combater a obra de DEUS.

A Evolução depende da matéria pré-existente, que teria explodido e formado o Universo. Como afirmam isso, cabe ainda responder de onde veio a tal matéria. O criacionismo só depende de um DEUS que pode criar do nada, sendo que Ele mesmo sempre existiu como um ser capaz, inteligente e motivado pelo amor. E esse DEUS está entre nós, podemos ter uma experiência de vida com Ele. E isso nos basta para crermos nEle, como se já não bastassem as profecias que Ele nos deu, para sabermos que Ele existe. Mas onde estão as experiências repetidas (ou replicação do fato) da geração espontânea da vida?

Essa polêmica irá até o fim do mundo, e se acentuará cada vez mais. Assim será até o dia em que JESUS voltar. Então os evolucionistas, a contragosto, se convencerão de seu erro, embora, como satanás, não admitirão voltar atrás.

 

  1. 2.      Segunda: A imagem de DEUS: parte 1

Hoje, mais algo sobre o propósito de DEUS ao criar o ser humano. Sempre costumamos dizer que DEUS fez o ser humano para ser feliz promovendo a felicidade nos outros. Assim, por modo simples, todos estarão promovendo a felicidade nos outros e ninguém faz algo para o mal dos outros. Desse modo se cumpre a Lei de DEUS, de amar o semelhante, ou, de estar sempre disposto a servir, não a ser servido. Isto está na Lei.

Hoje podemos aprofundar como o propósito de DEUS funciona na prática. Houve uma determinação por parte de DEUS à criatura recém-criada. DEUS disse que o homem tivesse domínio sobre a natureza, ou seja, pelo critério da Lei de DEUS, os Dez Mandamentos, o homem, superior a todos por aqui, deveria não explorar a natureza como faz hoje, destruindo-a, mas cuidar dela.Esse cuidar naquele tempo significava interagir com ela, conviver com ela, deliciar-se e ter atividades prazerosas com a natureza. Assim deveria ser para o homem ter uma ocupação inteligente e racional, da qual obteria proveito de reposta da natureza, em forma de felicidade.

A fórmula de felicidade de DEUS, logo, é a seguinte: primeiramente, amem-se uns aos outros, para promoverem a felicidade recíproca, e em seguida, amem a natureza que ela também devolverá respostas de felicidade. Uma natureza bem protegida torna-se bonita. Imagine um jardim bem cultivado, as flores como florescem belas, um gramado bem verde, umas árvores com copas e sombra boa. Imagine um lago de água limpa com peixes. E acrescente-se os pássaros, os animais e assim por diante. Era para Adão e Eva, e seus descendentes, viverem em plena interação com toda a natureza para dela obterem felicidade por meio do envolvimento ativo, não por meio do ócio ou no sentido contrário, da exploração.

Ainda hoje podemos ver como a natureza pode nos amar. Quem tem aninais em casa, e os trata com carinho, sabe disso. Os animais correspondem com afetos, eles gostam de carícias e também gostam de demonstrar que nos amam. Nossa filha tem um peixe num aquário. Quando se chega perto, ele sacode as barbatanas de alegria. Fica feliz se tem um ser humano próximo. Se vamos de um lado do aquário, ele também vai, se mudamos para o outro lado, ele também muda. Os animais necessitam de seres humanos para interagir com amor. Agora, tentemos imaginar como isso era lá no Jardim do Éden, antes do pecado.

 

  1. 3.      Terça: A imagem de DEUS: parte 2

Vamos imaginar o que se passava naquela sexta-feira, primeiro dia de vida de Adão, e logo a seguir, de Eva. Mal DEUS havia criado Adão, e lhe mostrou o que havia feito. Adão certamente estava deslumbrado com o que via. Esse homem possuía uma inteligência fantástica para entender o que via. Então DEUS fez passar perante Adão os animais criados, e lhe pediu que desse nome a eles (isto pode significar: que os classificasse). Feito isso, Adão percebeu que todos os animais eram casais, menos ele.

Disso se tira a primeira lição. Adão era de uma ordem superior, não era um animal superior, mas era semelhante a DEUS. Ele estava acima dos animais, e até ali não se achava nenhum ser criado que estivesse à sua altura, que fosse a sua imagem e semelhança, ou seja, que lhe fosse idônea.

Então DEUS fez Adão adormecer como se estivesse anestesiado, e retirou dele uma costela, e dela fez a mulher, certamente a mais linda de todas as criaturas. O casal acordou, e Adão viu a mulher, da qual ele há pouco havia sentido necessidade. Então ele também classificou a mulher, dizendo que ela era uma fêmea porque fora tirada de parte dele.

Atente para o seguinte. Adão não deu um nome à mulher como dera aos animais. Ele reconheceu que ela era uma criatura do mesmo nível dele, porém, do outro sexo. Ou seja, agora a criação estava completa, pois o macho já havia, que era ele; faltava a fêmea, e ela estava ali, bem à sua frente. Esses dois foram criados à imagem de DEUS, eram seres humanos superiores aos animais, eles não eram animais, mas semelhantes a DEUS, possuíam capacidade de raciocínio e da administração da natureza.

Tiremos uma lição daqui. DEUS criou a natureza e o ser humano para que refletissem a Sua beleza e o Seu caráter. Certamente DEUS é belo, e também o Seu caráter é amor. Por isso, Ele fez os animais em forma de casais, para que nas diferenças se sentissem atraídos para serem felizes, e assim fez com o homem. Mas no ser humano Ele fez mais. Não apenas era um casal, também possuía a capacidade de amar como DEUS ama. Amavam racionalmente, com inteligência superior, que, pela promoção do bem mútuo visavam sempre a felicidade dos demais. Este planeta era para ser um lugar de felicidade, e a felicidade deveria ser cultivada a partir dos casais. Um casal forma um núcleo social mínimo de cultivo do amor. Não é possível se cultivar amor sem uma sociedade, e é na menor sociedade, o casal, que o cultivo do amor se torna mais fácil e também mais intenso, por ser de número pequeno de integrantes e por ser possível ter ali a maior intimidade.

Casais, esta é a solução mais inteligente que se possa imaginar para o cultivo da felicidade. Um casal gera filhos, estes crescem, e saem para formar outros casais. O casal é formado de uma dupla de seres, um diferente do outro, masculino e feminino. Não dois femininos nem dois masculinos. Para se apreciarem e se complementarem tem que haver diferenças, e é exatamente nestas diferenças que se cultiva a felicidade da vida, de se existir. Importante: diferenças que se complementem, e tornem os dois uma só unidade completa, ou como disse DEUS, uma só carne. Portanto, tal como a Trindade são três seres eternos mas se tornam um só pela Sua capacidade de Se amarem. Assim, um casal, tendo DEUS com eles, se tornam completos entre si, em felicidade tão intensa que nada os pode separar, pois eles necessitam-se mutuamente e não admitem separação. Ora, um casal que é feliz um com o outro, jamais se separa. É assim que DEUS quis. Sabemos que satanás desde cedo vem se intrometendo nesta relação a fim de aviltar a imagem de DEUS que ela representa. A grande estratégia para se viver bem e feliz é um cultivar a felicidade no outro. Assim se cumpre a lei de DEUS.

 

  1. 4.      Quarta: Uma imagem corrompida

Temos que nos qualificar para a grande controvérsia. As últimas lições vêm contribuindo neste sentido. Hoje podemos outra vez refletir um pouco sobre a nossa origem, se conforme o evolucionismo ou se conforme o criacionismo.

Temos uma pergunta: Seria pela violência que a humanidade e a natureza se aperfeiçoam ou, como disse Darwin, se evoluem?

Alguma reflexão sobre essa possibilidade é suficiente para pessoas de bom senso não aceitarem esse contra senso. Seria como dizer: é brigando que a gente se entende! Ou então, é destruindo que se constrói. Ou ainda: é odiando que aprendemos a nos amar. Então é pelo conflito que se constrói o futuro? É matando os mais fracos que selecionamos os melhores?

Será que o bom senso, mais nada, não poderia afirmar algo como: É pelo amor que encontramos as soluções! Ou, é pelo respeito mútuo que desenvolveremos uma sociedade estável! Ou também, é respeitando a vida saudável que aperfeiçoaremos as espécies! Ou ainda, é construindo que seremos mais prósperos e evitaremos a doença e a pobreza! Também se poderia firmar: é respeitando a natureza que ela nos retribui com um ambiente saudável e estável.

Se o Evolucionismo estivesse correto, então se deveria defender a guerra para aperfeiçoar a sociedade humana, destruir a natureza para que ela evolua para espécies superiores, matar a bicharada para que surjam novas espécies superiores.

A astúcia do demônio chegou a tal ponto que muitos cientistas, aliás, a maioria, acredita em algo insustentável como o Evolucionismo. É o paradigma científico, que está por cair. Temos uma sociedade que se degenera apesar dos avanços científicos. Jamais se teve tantos recursos na medicina, por exemplo, mas como se vive mal por aqui – com depressão, milhões morrendo por meio de doenças, milhões morrendo por arma de fogo, um percentual de obesos enorme, a juventude se entregando às drogas e a imoralidade sem freios, e assim por diante. Isso que é evolução? Pois estamos desenvolvendo ciência sem crer em DEUS nesse planeta, e estamos colhendo os resultados: cada vez temos uma sociedade mais violenta com pessoas medrosas, sem esperança, sem segurança e sem futuro. Qualquer pessoa que pensa, pode se perguntar: Qual é o futuro do planeta se a atual tendência continuar? Isto é, como será em poucos anos se continuar piorando assim como está atualmente?

O Evolucionismo explica isso? Pelo que ele diz, isso seria bom, pois é pelo conflito que as coisas no planeta se aperfeiçoam!!!

Mas o que diz o Criacionismo? Afirma exatamente a realidade como ela é: as coisas, apesar do desenvolvimento científico irão de mal a pior, e chegará a um ponto em que DEUS deverá intervir retirando Seus filhos deste mundo. Esse ponto, cuja data ainda não sabemos, está bem próximo.

 

  1. 5.      Quinta: Restauração

Como devemos ter estudado ontem, o pecado gerou no mundo aquilo que se tornou confusão na cabeça de Darwin: a luta entre seres humanos e entre as espécies animais. Não é um conflito para melhorias rumo à perfeição, mas degenerativa, que leva a sofrimento, destruição e morte. E é pela graça de DEUS que obtemos o perdão para nossa restauração à vida. Assim terminou a lição de ontem: a restauração do ser humano à imagem do Criador.

Hoje estudamos algo muito curioso, que deixou a Nicodemos perplexo quando perguntou como seria possível a um homem velho nascer de novo. Parando para pensar, é realmente algo miraculoso, por vezes até parece estranho.

Quando DEUS criou Adão e Eva, eles não participaram disso. Quando perceberam, já estavam prontos. Quando nós fomos gerados, nossos pais é que trabalharam, principalmente a mãe. Já nascemos prontos, faltando só crescer. Mas agora temos o privilégio de participar intensamente de nossa recriação. E essa participação é fundamental. Inicia pela escolha, se queremos ou não ser recriados à imagem de DEUS. Da criação e da gestação e nascimento não participamos, mas de nossa restauração devemos participar.

Como é essa participação? É isto que a lição de hoje explica. Primeiramente, pela contemplação de como JESUS é, que seremos transformados, nos parecendo cada vez mais com Ele. Então deve haver entrega diária com vigilância constante para não sermos afetados principalmente por aqueles pecados que já se tornaram dominantes em nosso ser. Ou, como cita a lição, devemos procurar vencer as nossas paixões naturais, pelo poder de cima. Isto é uma experiência diária com DEUS, minuto a minuto.

Na prática, como isto funciona? Aqui vai uma receita, mas cada um pode ter variâncias conforme o seu caso e individualidade. Como estamos estudando nestas últimas semanas, devemos nos alimentar diariamente da Bíblia. Isto se pode fazer por meio de leitura lenta e atenta da Bíblia. Não é o quanto lê que importa, mas como está lendo, se com profundidade e meditação do que o texto requer em sua vida, ou se superficialmente. Repetimos o que já dissemos noutras oportunidades: não faça o ano bíblico buscando contabilizar leituras da Bíblia. Isso de nada vale, pois poucos persistem e outros só leem sem proveito espiritual. Não se deve fazer leitura apressada da Bíblia. Se tiver tempo, então sim faça o ano bíblico com atenção, devagar, refletindo no que o texto diz para você. Mas, principalmente jovens que estão iniciando sua vida profissional, se não tiverem tempo para ler todos os 22 capítulos de uma semana para ler a Bíblia num ano, leiam menos, mas leiam estudando, devagar e com atenção, fazendo pesquisa paralela para entender bem. Inicie pelo livro que mais gosta, siga lendo os livros de sua preferência, e não se importe com o tempo que vai levar para ler ela toda, mas sim, tenha durante a leitura uma experiência de transformação da vida. Há sempre o perigo de, ao ler a Bíblia, acostumar-se a não sentir necessidade de transformação. Esse costume pode ser o caminho para a morte eterna. Vai morrer para sempre embora esteja lendo a Bíblia. Atenção, sempre se lê a Bíblia depois de uma oração, e de preferência pela manhã. Após a leitura, momentos de reflexão e outra oração, isso melhora o proveito para a transformação. Atenção outra vez, leiam numa Bíblia tradicional, não nessas de linguagem atualizada. A Bíblia precisa ser entendida em seu contexto original em que foi escrita para depois transferirmos o conhecimento ao nosso caso. O que pode fazer para entender mais facilmente é ter duas bíblias, a tradicional, João Ferreira de Almeida por exemplo, para ler, e uma de linguagem atualizada, como a Bíblia Viva (que é uma paráfrase) para entender as partes que iria necessitar de um dicionário. Há bíblias de linguagem atualizada que contém erros tão clamorosos que distorcem demais a mensagem original, como é o caso da Bíblia na Linguagem de Hoje, que nem se deveria ler.

Para melhorar ainda mais, há publicações excelentes sobre as tais “passagens difíceis”. Tenha à mão e tire ali algumas dúvidas. Repetimos, a Bíblia não é para se ler apressadamente. Um último conselho: como a Bíblia é uma rede de informações totalmente coerentes entre si ao longo de seu texto, muito bom é encontrar os versículos que se conectam. Para isto, pode-se utilizar uma chave bíblica, ou simplesmente ao lembrar do que já lei em outro lugar, ir marcando essas conexões em sua Bíblia.  Isto é divertido e por demais proveitoso.

Então, mais duas coisas se sugere fazer em termos de aquisição de conhecimento verdadeiro. A primeira é estudar a lição da Escola Sabatina, um pouco todos os dias; a segunda, é ler, aos poucos, alguns dos muitos livros do Espírito de Profecia, de Ellen G. White. Para entender melhor a lição, pode valer-se de algum comentarista de sua preferência. Saiba que os comentaristas escrevem principalmente para eles mesmos entenderem melhor a lição. E sentem prazer em dividir com outros esse trabalho.

Agora vem a recomendação final. Para que essas três atividades tenham efeito positivo em sua vida, precisa colocar em prática. E para isto, nada melhor que ensinar a outros, para o que há uma infinidade de métodos (um deles é escrever comentários). Os jovens, por exemplo, são apaixonados por computador e internet. Então podem utilizar esses recursos e se qualificarem para a vida eterna preparando outros em direção à mesma meta.

Quem fizer isto com dedicação e oração, e isto não é pedir muito, vai se surpreender como a sua vida irá melhorar, como seus problemas se dissolvem apesar de com insistência aparecerem. Vai sentir DEUS ao seu lado, todos os dias, para tudo o que fizer. Sua vida irá sendo mudada, e com o tempo perceberá que certos costumes desapareceram, e outros, superiores, entraram em sua vida. Um último lembrete: digamos assim, abuse da oração. Ore para tudo o que fizer. Sugere-se umas três orações solenes ao longo do dia, de joelhos, e as outras, em pensamento, a qualquer momento e lugar. Essa é a nossa receitinha, mas cada um, com sua criatividade, poderá elaborar o seu próprio plano de transformação de sua vida. Nunca esqueça que você só participa, quem transforma é o ESPÍRITO SANTO. Como é interessante participarmos de nossa própria recriação! E um dia, de dentro da Cidade Santa, teremos o privilégio de ver JESUS recriando toda a natureza.

 

  1. 6.      Aplicação do estudo  Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:

No princípio, no dia em que DEUS concluiu a criação, até antes da queda, tudo era perfeito. Assim continuaria eternamente, pois o que DEUS faz é para sempre, não degenera. Mas a natureza dependia do seu gerente, aquele que a quem DEUS delegou poderes para dela cuidar, isto é, para administrar, como já falamos nesta semana. Logo, toda natureza foi posta sobre duas pessoas, Adão e Eva, e estes podiam falhar. Eram perfeitos e assim continuariam se permanecessem ligados a DEUS, e nessa condição, jamais haveria degradação nem morte.

Adão e Eva podiam, no entanto falhar, porque eram livres quanto às suas decisões. Os animais não foram criados com essa característica. Lá no Éden nem os animais nem as plantas falhariam eternamente, pois essa opção de decisão não lhes foi dada.

Agora, atente bem para um detalhe muito importante nessa discussão. Refere-se à primeira falha ou primeiro pecado, o precedente de todos os demais. O primeiro pecado é diferente de todos. Ele tem que ser cometido por um ser perfeito, ainda dotado de poderes especiais, aqueles que resultam de estar intimamente ligado a DEUS. Lúcifer cometeu esse pecado quando era anjo perfeito. Todos os outros anjos também fizeram o mesmo. E aqui na Terra, Eva e depois Adão também o cometeram.

O que há de especial com esse tipo de pecado? Além de ter sido cometido por um ser ainda perfeito, ele é muito importante quanto à fidelidade a DEUS porque se trata de decisão tomada em estado de perfeição. É uma decisão absolutamente consciente porque um ser neste estado sabe bem melhor o que faz que nós que já somos pecadores de mente confusa. Portanto, a gravidade de pecar nesta condição é bem mais ampla. Embora as consequências sejam as mesmas, qualquer pecado resulta em morte, uma coisa é uma pessoa em perfeito estado mental cometer um ato de rebeldia contra DEUS, outra, bem diferente, é uma pessoa fazer o mesmo, porém, num estado mental degenerado, quando já não pode distinguir bem as razões e avaliar as consequências do que faz. Pensando num sentido radical, podemos dizer que há diferença quanto à responsabilidade pelos seus atos entre um homem normal e outro com deficiência mental (se cometem o mesmo delito).

Mas ainda temos que considerar uma situação especial. É a do primeiro pecado de Eva. O caso dela é diferente dos outros primeiros pecados, seja de Lúcifer, seja dos anjos que caíram, seja de Adão. Eva foi enganada. Ela, num momento de ingenuidade e descuido, desarmou-se de suas defesas, deixou de lado o que sabia sobre Lúcifer, e acreditou em algo que não deveria ter dado crédito. Como já dissemos, embora continue sendo pecado, embora continue resultando em morte, há a atenuante de ela ter sido enganada por meio da persuasão e da astúcia de um ser que já era pecador e que estava em guerra contra DEUS.

E isso muda alguma coisa? Sim, muda muita coisa. A Lúcifer e seus anjos, que viviam ao lado de DEUS, e que foram aconselhados enquanto ainda havia oportunidade de retorno, a estes DEUS não concede mais outra oportunidade. É que eles fizeram tudo conscientemente, foi uma rebeldia em busca de vantagem própria, mas Eva foi enganada e Adão caiu por amor a Eva. Nos casos de nossos primeiros pais DEUS decidiu que era justo dar-lhes nova oportunidade, tendo um deles fracassado porque um mau elemento que já existia levou a mulher a falhar, e porque Adão, pelo seu imenso amor que impedia de considerar a separação, o levou a preferir morrer com ela que viver sem ela. Nisso, é óbvio, Adão deixou de crer no poder de DEUS para resolver essa questão. Decerto, se Adão não comesse do fruto, DEUS teria outro plano de solução do pecado, bem menos traumático do que esse que hoje temos à nossa disposição.

Hoje, como devemos avaliar os pecadores de nossa geração? Nós pecamos basicamente por duas motivações: Uma porque a nossa natureza é pecadora, temos inclinação para desobedecer e não para obedecer. Outra porque existe a tentação, isto é, o ambiente está cheio de atrações originadas por satanás, para nos derrubar. DEUS considera esta situação, e em tudo o que de errado fizermos, não somos inteiramente culpados. Há outros seres e agentes que devem ser responsabilizados pelos pecados das pessoas. Por exemplo, naquele horrível episódio do jovem que entrou no cinema e matou algumas pessoas, é ele só o culpado? Os produtores de filmes com cenas parecidas não têm nada a ver? O fabricante de armas não tem nada a ver? A sociedade violenta e que promove a violência não tem culpa alguma? Portanto, a raça humana, enquanto as pessoas não se entregam deliberadamente sob o controle de satanás, pode ser salva e pode ser transformada em estado original, como seria se nunca houvesse pecado. Isso só pode ser obtido mediante os méritos de JESUS, isto é, mediante a justiça que JESUS exerceu enquanto ser humano, quando tentado, em nosso lugar, se saindo vencedor.

Essa é uma análise um pouco mais profunda do que é pecado. É tirada do contexto do plano da salvação. Resumindo tudo, há pecado para a morte, e há pecado não para a morte. Hoje, o pecado para a morte é aquele que conscientemente se pratica sabendo ser errado, mas não desejando libertação dele. Com o tempo já não acha mais errado, e até leva outros para o mesmo caminho. E o pecado não para a morte é a situação das pessoas que, mesmo pecando, gostariam de não pecar.

Sejamos sábios, nos socorrendo em quem pode nos ajudar a sair desta situação, já que o nosso caso é o de uma situação que tem solução.

 

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escrito entre 05 e 11/09/2012

revisado em  19/09/2012

corrigido por Jair Bezerra

 

 

Declaração do professor Sikberto R. Marks

O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

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