Salvação:
a única solução
Sábado à tarde
|
Ano
Bíblico: Lc 1, 2
|
VERSO
PARA MEMORIZAR: “Porque
Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo
o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16).
Pensamento-chave: O problema do pecado é muito grande. Devemos ser muito gratos
porque a solução foi grande o suficiente para resolvê-lo.
O
“problema do pecado” se refere à crise provocada pela queda de Adão e Eva no
Jardim do Éden, que trouxe para a Terra o grande conflito entre o bem e o mal.
A parte de Deus no conflito é conter e, finalmente, eliminar os efeitos
deletérios do pecado, não apenas na Terra, mas sobre a criação como um todo. A
ação divina de resgatar a criação dos resultados destrutivos do pecado
constitui a doutrina da salvação. E embora essa batalha, pelo menos em termos
de salvação, seja realizada na Terra, o tema do grande conflito nos mostra que
as questões são, literalmente, universais.
É claro, a doutrina da salvação primeiramente diz respeito a Deus e Sua obra de nos salvar. Mas a humanidade também tem um papel muito importante. Sim, Deus fez uma provisão incrível para a salvação da humanidade. Nossa participação fundamental é responder à seguinte questão: qual será nossa resposta a essa provisão? Na verdade, o destino eterno das pessoas depende dessa resposta.
Ano
Bíblico: Lc 3–5
|
A extensão do problema
Visto que
a salvação é a solução de Deus para o problema criado pelo pecado, a extensão
dos danos do pecado determina a área de atuação dessa solução. O plano de
divino não seria uma solução se não fosse capaz de resolver o problema do
pecado, não importando o tamanho desse problema.
1. O que
os textos a seguir revelam sobre a extensão do problema do pecado? Você tem
sofrido com esse problema ou tem percebido a realidade descrita nesses textos?
Quem
entre nós não conheceu profunda, pessoal e dolorosamente quanto é perverso o
problema do pecado? Enfrentamos a cada momento a realidade do pecado e seus
efeitos. Todos os aspectos da existência humana neste planeta estão em grande
parte dominados pela realidade do pecado. Da política aos recessos mais íntimos
do coração humano, o pecado contaminou a humanidade. É tão perverso que, sem a
solução divina, não haveria saída. Devemos ser muito gratos porque a solução
foi dada. É chamada de “plano da salvação”, e seu propósito é resolver o
problema do pecado.
Ano
Bíblico: Lc 6–8
|
A provisão de Deus: parte 1
Os
efeitos do pecado não esperaram por um “período de carência.” Seus resultados
foram imediatos e exigiram atenção imediata. Por isso, era necessário que algum
tipo de provisão estivesse estabelecido quando o pecado se manifestasse. Ellen
G. White expressou isso de modo muito claro: “Tão logo o pecado passou a
existir, havia um Salvador. Cristo sabia que teria que sofrer, mas Se tornou
substituto do homem. Tão logo Adão pecou, o Filho de Deus Se apresentou como
garantia para a humanidade, com tanto poder para impedir a condenação
pronunciada sobre o culpado como quando morreu na cruz do Calvário”
(Comentários de Ellen G. White, Seventh Day Adventist Bible Commentary
[Comentário Bíblico Adventista], v. 1, p. 1.084).
2. O que
os textos a seguir dizem sobre o plano da salvação e o tempo em que ele foi
estabelecido? Que grande esperança e promessa podemos encontrar neles?
Tt
1:1, 2 | Ef
1:3-5 | 2Ts
2:13, 14 | Ap
13:8
Pense nas
implicações desses textos. O que eles estão dizendo? Basicamente, desde a
eternidade, provisões foram feitas por Deus para resolver o problema do pecado.
Embora Deus não tenha predestinado a existência dele (se tivesse, seria o
responsável pelo mal, uma ideia terrível e blasfema), Ele sabia que o pecado
existiria. Por isso, na eternidade passada, Ele fez uma provisão para
enfrentá-lo.
Essa é a predestinação bíblica, radicalmente diferente da maneira comum de entender “predestinação”. Foi plano de Deus, desde a eternidade, que todos os seres humanos tivessem salvação em Jesus. O fato de que alguns rejeitem essa salvação não anula a força ou a amplitude da provisão feita. Isso apenas aumenta a tragédia do que significa alguém se perder em face do que foi feito por nós.
Medite na
maravilhosa verdade de que, desde a eternidade, o plano de Deus foi que você
tivesse salvação. Pense sobre o que isso significa. De que maneira uma verdade
como essa deve afetar sua vida?
Ano
Bíblico: Lc 9–11
|
A provisão de Deus: parte 2
Ao longo
da história da salvação, começando com a primeira promessa evangélica (Gn
3:15), por meio do primeiro sistema de sacrifícios (Gn
4:4), da aliança com Abrão (Gn
12:1-3) e dos rituais do santuário israelita (Êx
25:8), tudo devia apontar para Jesus Cristo, e culminar na vida, morte,
ressurreição e ministério celestial dEle, a provisão máxima de Deus para
resolver o problema do pecado.
Talvez, a gravidade desse problema possa ser melhor compreendida apenas quando entendemos o que foi exigido (a cruz) para que esse assunto fosse resolvido. Somente a cruz prova a incapacidade da humanidade para resolver o problema do pecado por si mesma. Uma situação extrema exigia uma solução extrema, e a morte de Cristo, Deus carregando em Si mesmo os nossos pecados, é uma medida quase tão extrema quanto se poderia imaginar.
A morte sacrificial de Cristo é apresentada nas Escrituras como uma expiação pelo pecado, ou seja, o meio pelo qual ele é tratado em todas as suas manifestações.
3. Como a
morte de Cristo supre a necessidade humana de salvação? Examine essa questão a
partir das seguintes perspectivas:
A)
Justificação/reconciliação (ser aprovado diante de Deus): Lc
18:9-14; Is
53:4-7; Rm
3:19-24, 28; Zc
3:1-4
B) Santificação/regeneração (viver de modo justo diante de Deus): 1Co 6:8-11; Rm 6:1-8
C) Glorificação (certeza da ressurreição para a vida eterna): Jo 5:24, 25; 1Jo 5:9-13; 1Ts 4:16, 17
B) Santificação/regeneração (viver de modo justo diante de Deus): 1Co 6:8-11; Rm 6:1-8
C) Glorificação (certeza da ressurreição para a vida eterna): Jo 5:24, 25; 1Jo 5:9-13; 1Ts 4:16, 17
Pense
mais no fato de que o pecado é tão perverso que foi necessária a morte de
Cristo na cruz para nos salvar de seu resultado final, a morte eterna. Manter a
cruz sempre diante de nós pode ser um impedimento ao pecado?
Ano
Bíblico: Lc 12–14
|
A experiência da salvação: parte 1
O pecador
é justificado e reconciliado na base objetiva do sacrifício expiatório de
Cristo por todos (Rm
5:6-10). A provisão que Deus fez para a justificação e reconciliação da
humanidade consigo mesmo por meio da morte de Cristo necessita, no entanto, ser
aplicada à experiência do crente. Não basta apenas ter um conhecimento teórico
da justificação. Precisamos experimentar o que ela significa.
4. Atos
2:36-38 e Atos
3:19 apresentam
o arrependimento como o início da experiência de salvação dos pecadores. Como a
natureza do arrependimento como um sentimento de tristeza nos ajuda a conectar
a experiência de justificação com a morte de Cristo?
Considere
o seguinte comentário: “Coisa alguma atinge tão profundamente a alma quanto a
sensação do amor perdoador de Cristo. Quando os pecadores contemplam esse
insondável amor divino, exposto na cruz, recebem a mais poderosa motivação
possível para arrepender-se. Essa é a bondade de Deus que nos conduz ao
arrependimento (Rm
2:4)” (Associação Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo
Dia, Nisto Cremos, Casa Publicadora Brasileira, 2010, p. 152).
A Bíblia
diz que a fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus (Rm
10:17). Vimos também que, contemplar o amor de Cristo motiva a pessoa ao
arrependimento. Portanto, o arrependimento não é prerrogativa especial de uns
poucos privilegiados. Em vista desses fatos, a importância do estudo e da
contemplação da Palavra de Deus na experiência da justificação deve ser
enfatizada.
É a bondade de Deus que conduz ao arrependimento e à justificação. Assim, se eu me arrepender do pecado e experimentar a justificação, Deus é o único que deve receber o crédito. Salvação, portanto, é verdadeiramente um dom da graça divina, pois, na verdade, é pela graça mediante a fé que somos salvos (Ef 2:8).
Quais são
algumas maneiras tangíveis e práticas pelas quais você pode encher seu coração
e mente com a bondade de Deus, especialmente quando você pensa no que Ele fez
por você e nas coisas das quais Ele o poupou?
Ano
Bíblico: Lc 15–17
|
A experiência da salvação: parte 2
A
experiência da justificação coloca na vida do crente realidades espirituais que
dão início a mudanças na vida. Na justificação, o pecador é perdoado (Lc
7:47; Ef
1:7; Rm
4:7), absolvido das acusações de pecado, considerado justo (Rm
5:16, 18; Rm
8:1), e recebe o dom de uma nova vida (Ef
2:1-5; 2Co
5:17).
A base dessa nova experiência é a realidade de que, não importa nosso passado, podemos ser perdoados, absolvidos e purificados diante de Deus.
A morte de Cristo cobre todos os pecados. Não importa se o seu coração o condene (1Jo 3:20), quando você se entrega a Cristo, pela fé, e aceita Sua vida perfeita em lugar de seu “trapo da imundícia” (Is 64:6), você é coberto com a justiça de Cristo. A vida perfeita dEle é creditada a você como se fosse sua.
A questão é: Como uma coisa assim pode acontecer a uma pessoa e não haver uma mudança radical? Essa mudança, ou “novo nascimento”, é parte essencial da experiência de salvação.
6. Com
base nos parágrafos acima, escolha a resposta certa: O que é justificação?
A) Atribuição de justiça com base no desempenho espiritual pessoal.
B) Atribuição de justiça com base na graça de Deus associada ao esforço humano.
C) A experiência de ser perdoado, absolvido e considerado justo, pela fé no sangue de Cristo.
D) O presente de Deus aos que já nasceram com propensão para o bem.
A) Atribuição de justiça com base no desempenho espiritual pessoal.
B) Atribuição de justiça com base na graça de Deus associada ao esforço humano.
C) A experiência de ser perdoado, absolvido e considerado justo, pela fé no sangue de Cristo.
D) O presente de Deus aos que já nasceram com propensão para o bem.
7. Com
base nos parágrafos acima, marque “f” para falso e “v” para verdadeiro: Na
prática, como experimentamos a justificação?
A) Praticando a justiça para impressionar a Deus e aos outros. ( )
B) Entregando o coração a Cristo e aceitando, pela fé, Sua perfeição em lugar da nossa impureza. ( )
C) Estando em Cristo e andando de acordo com o Espírito. ( )
D) Fazendo minha parte para completar a obra iniciada por Deus. ( )
A) Praticando a justiça para impressionar a Deus e aos outros. ( )
B) Entregando o coração a Cristo e aceitando, pela fé, Sua perfeição em lugar da nossa impureza. ( )
C) Estando em Cristo e andando de acordo com o Espírito. ( )
D) Fazendo minha parte para completar a obra iniciada por Deus. ( )
A
experiência do perdão acaba com a vulnerabilidade do pecador à ira de Deus e
afasta as barreiras à reconciliação e à comunhão entre Deus e os seres humanos.
Uma nova vida se abre para o pecador, que tem o privilégio de viver em comunhão
com Cristo, sob a direção e orientação do Espírito Santo.
O arrependimento é o pré-requisito para entrar na experiência do perdão e da justificação, e vem acompanhado da confissão e batismo (At 2:38; 1Jo 1:9).
Onde você
estaria se não pudesse confiar na promessa, a cada momento, de que sua
aceitação diante de Deus está fundamentada no que Jesus fez por você, e não em
si mesmo nem em seu desempenho e obediência à lei?
Ano
Bíblico: Lc 18–20
|
Estudo adicional
Leia de
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 19-26: “Deus conosco”;
Ivan T. Blazen, “Salvation” [Salvação], p. 271-313, em Raoul Dederen (editor),
Handbook of Seventh-day Adventist Theology [Tratado de Teologia Adventista do
Sétimo Dia].
“O plano de nossa redenção não foi um pensamento posterior, formulado depois da queda de Adão. Foi a revelação ‘do mistério que desde tempos eternos esteve oculto’ (Rm 16:25, RC). Foi um desdobramento dos princípios que têm sido, desde os séculos da eternidade, o fundamento do trono de Deus. [...] Deus não ordenou a existência do pecado. Previu-a, porém, e tomou providências para enfrentar a terrível emergência. Tão grande era Seu amor pelo mundo, que concertou entregar Seu Filho unigênito ‘para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna’” (Jo 3:16, RC; Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 22).
Perguntas
para reflexão
1. O pecado é tão perverso que exigiu a morte do próprio Criador para resolvê-lo. O que a cruz nos revela sobre nossa total incapacidade para nos salvarmos? O que poderíamos acrescentar ao que já foi feito por nós?
2. Alguns acreditam no que é chamado de “expiação subjetiva”, a ideia de que nada a respeito da cruz mudou nossa posição diante de Deus. Pelo contrário, o objetivo da cruz foi, dizem eles, mudar nossa atitude a respeito de Deus, nada mais. Qual é a terrível deficiência dessa teologia? Como poderíamos entender o problema do pecado, se fosse necessário apenas um “ajuste de atitude”, da nossa parte, para resolver essa questão?
3. É possível ter muito conhecimento sobre a salvação e ainda não experimentá-la? O que você acha do comentário de Ellen G. White de que “a consagração a Deus precisa ser uma questão viva e prática; não uma teoria sobre que se fale, mas um princípio entrelaçado em toda a nossa vida”? (Nossa Alta Vocação, [Meditações Matinais 1962], p. 241). Como podemos viver, na prática, a experiência da salvação?
4. Pense no papel da salvação no contexto do grande conflito. Por que Satanás quer impedir tantas pessoas quanto possível de alcançar a salvação em Jesus? Que meios ele usa contra nós, e como podemos nos proteger contra eles?
1. O pecado é tão perverso que exigiu a morte do próprio Criador para resolvê-lo. O que a cruz nos revela sobre nossa total incapacidade para nos salvarmos? O que poderíamos acrescentar ao que já foi feito por nós?
2. Alguns acreditam no que é chamado de “expiação subjetiva”, a ideia de que nada a respeito da cruz mudou nossa posição diante de Deus. Pelo contrário, o objetivo da cruz foi, dizem eles, mudar nossa atitude a respeito de Deus, nada mais. Qual é a terrível deficiência dessa teologia? Como poderíamos entender o problema do pecado, se fosse necessário apenas um “ajuste de atitude”, da nossa parte, para resolver essa questão?
3. É possível ter muito conhecimento sobre a salvação e ainda não experimentá-la? O que você acha do comentário de Ellen G. White de que “a consagração a Deus precisa ser uma questão viva e prática; não uma teoria sobre que se fale, mas um princípio entrelaçado em toda a nossa vida”? (Nossa Alta Vocação, [Meditações Matinais 1962], p. 241). Como podemos viver, na prática, a experiência da salvação?
4. Pense no papel da salvação no contexto do grande conflito. Por que Satanás quer impedir tantas pessoas quanto possível de alcançar a salvação em Jesus? Que meios ele usa contra nós, e como podemos nos proteger contra eles?
Respostas
sugestivas: 1. Deus
conhece a maldade e o engano do coração humano; o pecado afetou toda a
humanidade; o pecado traz morte; o homem é corrupto, ganancioso e mentiroso,
inclusive no mundo religioso. 2. Antes dos tempos eternos, Deus planejou e
prometeu vida eterna; Ele nos escolheu para a salvação antes da fundação do
mundo, por meio de Cristo. 3. (A) Justificação: O Justo morreu pelos injustos e
oferece Sua justiça aos que creem; (B) Santificação: O batismo simboliza a
morte para o pecado e o renascimento para uma vida de santificação, pelo poder
do Cristo que morreu para nos salvar. (C) Glorificação: Quem crê no Filho que
morreu por nós tem a vida; na volta de Jesus, os mortos ressuscitarão e os
vivos serão glorificados. 4. Quando pensamos no sofrimento e morte de Cristo,
por causa dos nossos pecados, nos arrependemos, confessamos nossas faltas e
recebemos a justiça de Deus. 5. Somos justificados pela graça e pelo sangue de
Cristo, mediante a fé. 6. A resposta certa é a letra C. 7. As letras B e C são
verdadeiras.
Resumo
da lição 4 – Salvação: a única solução
O aluno
deverá:
Conhecer: Esboçar tanto os resultados devastadores do pecado como a solução que Deus lhe deu.
Sentir: A bondade e a grandeza do amor redentor de Cristo e do perdão, da justificação e restauração que Ele torna possível.
Fazer: Arrepender-se e experimentar a nova vida que vem com a aceitação do sacrifício de Cristo.
Conhecer: Esboçar tanto os resultados devastadores do pecado como a solução que Deus lhe deu.
Sentir: A bondade e a grandeza do amor redentor de Cristo e do perdão, da justificação e restauração que Ele torna possível.
Fazer: Arrepender-se e experimentar a nova vida que vem com a aceitação do sacrifício de Cristo.
Esboço do
aprendizado
I. Conhecer: Problema grande, Solução maior ainda
A. Como o pecado mudou a natureza humana e a vida neste mundo, bem como no Universo?
B. Qual foi a solução de Deus para o pecado? Quando, no curso da história eterna, foi provida essa solução, e que poder tem para resolver o problema?
I. Conhecer: Problema grande, Solução maior ainda
A. Como o pecado mudou a natureza humana e a vida neste mundo, bem como no Universo?
B. Qual foi a solução de Deus para o pecado? Quando, no curso da história eterna, foi provida essa solução, e que poder tem para resolver o problema?
II. Sentir: bondade irresistível
A. Por que é importante que cada seguidor de Cristo reconheça em base diária sua grande necessidade como pecador?
B. Por que também é importante refletir em base diária no que Cristo fez em favor do pecador ao morrer na cruz?
C. Como a aceitação do amoroso sacrifício de Deus e aceitação do perdão, justificação e restauração que Ele torna possível transforma o coração humano?
III. Fazer: Arrepender-se e crer
A. O que Deus pede que o pecador faça em resposta ao sacrifício de Cristo?
B. Como o pecador pode ter a certeza da salvação?
Resumo: Sem um Salvador, teríamos que enfrentar a destruição eterna por
causa do pecado. No entanto, Deus providenciou uma solução perfeita e
abrangente por meio do sacrifício de Cristo, que, se for aceita, oferece
perdão, justificação e restauração.
Ciclo do aprendizado
MOTIVAÇÃO
Conceito-chave
para o crescimento espiritual: Pela morte de Cristo na cruz, Deus providenciou a solução final e
única para o problema do pecado. Sem essa solução divina, não há maneira de
sair do pecado.
Só para o
professor: Das
muitas questões que confrontam a existência humana, uma das mais intrigantes é:
"Quem sou eu? " (2Sm 7:18, NVI). O mundo, em todas as suas confusões,
ora nos tenta a nos exaltarmos, ora a nos mergulhar em profundo desespero. Qual
é o problema com qualquer uma das respostas do mundo, e qual é a solução? Nossa
lição desta semana vai tratar dessa questão.
Atividade
de abertura: Quem sou eu?
Muitas respostas são possíveis, mas consideraremos quatro. Primeiro, o filósofo
diz: "A vida não questionada não vale a pena viver. Conhecimento é poder,
e é o poder que me faz ou me quebra." Segundo, a "pessoa primitiva”
responde em termos de identificação tribal. Minha segurança está no meu grupo,
ninguém mais importa." O problema com o primitivismo é que ele nunca sai
da caverna do interesse próprio. Terceiro, pense no "mundano". No
universo do mundano, minha identidade, seja nos negócios, na política ou na
profissão sou eu mesmo. O Poder se torna meu foco. Na sentença dA vida, o
sujeito sou "eu", o verbo é "sou", e o objeto é
"eu". Eu sou eu. Nada mais importa.
Nenhuma dessas respostas será suficiente. Assim, voltamos à cruz. Não vemos nossa condição: um pecador procurado por Deus. Na cruz, o pecador vê duas pessoas: "O Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim" (Gl 2:20). O Filho e eu. Com essa perspectiva, posso afirmar que não sou um acidente cósmico neste Universo. Não sou o clímax de um processo evolutivo. Não sou a engrenagem de uma máquina gigante, movendo-se em um ciclo sem sentido. Sou um filho de Deus que se desviou.
Comente: Por que a resposta mais satisfatória para a condição humana só
pode ser alcançada se for estudada à luz do afastamento da cruz e do
retorno a ela?
Compreensão
Só para o
professor: A Bíblia
descreve o ato de "desgarramento" como pecado, afastamento da vontade
de Deus, rebelião contra Sua lei, rejeição a Suas legítimas reivindicações e
auto afirmação. Tendo o Céu como ponto de partida e o pecado como o fio de
prumo que nos desvia desse ideal, essa descida tem uma dimensão vertical. O
"desgarramento" também traz uma ruptura horizontal dos
relacionamentos – ruptura na família e na comunidade, expressa em forma de atos
de orgulho, crueldade, inveja e outros semelhantes. Conduza a classe a uma
discussão geral sobre as dimensões verticais e horizontais do pecado.
Comentário Bíblico
Resumo: As formas de lidar com o pecado são variadas. Alguns negam o
pecado. Outros consideram o pecado um simples acidente biológico, um acidente
sociológico, ou um subdesenvolvimento psicológico. Outros ainda o tratam como uma
deficiência moral ou privação econômica. Mas que diz a Bíblia? A lição desta
semana aponta para a natureza do pecado, mostra o que Deus tem feito com ele e
o que precisamos fazer.
I. O
pecado: sua natureza e essência
(Leia com a classe Romanos 7:23-25.)
(Leia com a classe Romanos 7:23-25.)
O pecado
é uma intromissão. A Bíblia começa descrevendo o pecado como uma intromissão na
perfeita criação de Deus, surgida com a escolha de nossos primeiros pais de
lançar sua sorte ao lado de Satanás, em oposição ao lado de Deus (Gênesis
3). A Bíblia termina com o juízo de Deus destruindo o pecado e Satanás e
criando um novo Céu e uma nova Terra (Ap
20:11-15, 21:1-5).
Entre a abertura e o fechamento, a Bíblia narra a história do pecado da forma
como é evidenciado na vida das pessoas e das nações.
O pecado
é rebelião contra Deus. No Céu, o pecado começou com a rebelião de Lúcifer
contra Deus (Is
14:12-15; Jo
8:44). Na Terra, ela começou com a desobediência de Adão e Eva (Gn
3; Rm
5:12). "O pecado é a transgressão da lei" (1Jo
3:4). Assim, o pecado não é simplesmente um ato ilícito, como avançar um
sinal vermelho, mas uma revolta real contra Deus (Sl
51:4; Is
1:2). Além disso, é também a recusa de se submeter a Ele (Rm
8:7) e a escolha de viver em inimizade com Ele (Rm
5:10; Cl
1:21).
O pecado
é universal e leva à morte. "Todos pecaram", e todos estão sujeitos à
morte (Rm
3:23, 6:23).
Isaías dá um prognóstico sombrio da depravação humana: "A cabeça toda está
ferida, todo o coração está sofrendo. Da sola do pé ao alto da cabeça não há
nada são" (Is 1:5-7, NVI). O significado é claro: toda a pessoa, física,
mental, espiritual, emocional, está poluída pelo o pecado (Rm
1:23-25;7:23-25; 5:8, 12)
e, conosco, toda a criação geme sob o peso do mal (Rm
8:22). Assim, uma humanidade depravada, uma comunhão distante e uma
natureza que geme são testemunhas de um Universo em batalha com as forças do
pecado.
Pense
nisto: Pecado
não é simplesmente revolta, é uma recusa e uma escolha. O que recusamos quando
escolhemos o pecado? Em que medida o pecado poluiu a humanidade, e qual é a
única cura?
II.
Pecado: o que Deus fez?
(Leia com a classe João 3:16.)
(Leia com a classe João 3:16.)
Em um
texto poderoso, a Bíblia resume o que Deus fez para lidar com o problema do
pecado: " “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o Seu Filho
Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida
eterna" (Jo 3:16, NVI). O ato de Deus dar Seu Filho para morrer na cruz
não foi um acidente nem uma decisão tardia. Ele foi concebido em Sua mente
"antes da fundação do mundo" (Ef
1:4-7).
A provisão de Deus para o problema do pecado é ao mesmo tempo redentora e cirúrgica. É redentora no sentido de que Deus proveu a redenção da humanidade do pecado pela cruz de Cristo, que reconcilia Deus com o ser humano (2Co 5:19). É cirúrgica no sentido de que aguarda uma hora final em que o pecado e seus resultados serão completamente extirpados da Terra, dando lugar à criação de "novos céus e nova terra" (Is 65:17).
Pense
nisto: Como a
cruz revela ao Universo tanto a verdadeira maldição do pecado como o verdadeiro
sentido da vida?
Por nós
mesmos, não podemos fazer nada para nos salvar. A doutrina de que podemos
salvar a nós mesmos por meio de boas obras ou rituais é tão antiga quanto o
próprio pecado. A cruz, e não a folha da figueira, é a solução para o problema.
"O princípio de que o homem se pode salvar por suas próprias obras, e que
jaz à base de toda religião pagã. ... Implantara-o Satanás. Onde quer que seja
mantido, os homens não têm barreira contra o pecado" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p 35, 36).
Só Cristo é nosso Redentor. Esta declaração não é resultado de arrogância ou orgulho espiritual ou doutrinário, mas é um reconhecimento da singularidade do que aconteceu na cruz. O caminho escolhido por Deus para lidar com o pecado, pela manifestação de Sua graça, custou a vida de Seu Filho. "Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o tratamento a que Ele tinha direito. Foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não tinha participação, para que fôssemos justificados por Sua justiça, na qual não tínhamos parte. Sofreu a morte que nos cabia, para que recebêssemos a vida que a Ele pertencia. "Pelas Suas pisaduras fomos sarados" (Is. 53:5; O Desejado de Todas as Nações, p. 25).
Assim, deve-se notar que o amor e a graça de Deus tornaram possível nossa salvação por meio da cruz (Jo 3:16: Rm 1:16: Ef 2:8; Tt 2:11). Nossa parte é crer e aceitar o que Deus fez em Cristo. Como pecadores, tudo o que precisamos fazer é ir com fé para a cruz. Ali, devemos ver nEle nosso substituto. Devemos nos arrepender de nossos pecados e reconhecer que Ele morreu por nós (Mc 1:15; At 3:19; 16:31; Rm 5:8, 14:15). Pela fé nEle, temos o perdão dos pecados e a redenção (Ef 1:7, 8), justificação (Gl 2:16) e "justiça, e santificação, e redenção" (1Co 1:30). Nada que seja essencial a uma nova vida é negado, e nos tornamos filhos de Deus (Rm 8:14). Recebemos o dom da vida eterna (Rm 5:21, 6:23, 1Jo 2:25).
Pense
nisto: Por que a
doutrina da salvação pelas obras é tão perigosa? Como procura minar a teologia
da cruz, de que podemos ser salvos unicamente por Cristo?
Aplicação
Só para o
professor: Toda
religião exige que seus seguidores façam o bem, quer como meio de alcançar a
salvação, quer para escapar de um ciclo ou dois no processo de reencarnação.
Mas, no cristianismo, a salvação não pode ser adquirida por meio de obras.
Ellen G. White escreve que o manto de justiça, “tecido no tear do Céu, não tem
em si um único segmento de concepção humana." (Parábolas de Jesus, p. 311). Em Cristo, Deus nos aceita
como somos, perdoa nossos pecados, nos habilita a fazer o bem e nos adota como
Seus filhos.
Perguntas
de aplicação
1. Como você pode tornar essa cruz o centro de sua vida?
2. Qual é a responsabilidade dos filhos de Deus para com Seus outros filhos, dentro e fora do redil de salvação?
1. Como você pode tornar essa cruz o centro de sua vida?
2. Qual é a responsabilidade dos filhos de Deus para com Seus outros filhos, dentro e fora do redil de salvação?
Criatividade
Só para o
professor: A
experiência redentora torna possível termos uma mente transformada, que pode
considerar a vida e seu entorno a partir de uma perspectiva holística, de
conformidade com o plano original de Deus.
Atividade: Tendo em vista essa experiência redentora, como você vai se
relacionar com aqueles que estão ao seu redor – seu vizinho que tem uma fé
diferente, seu colega de trabalho, que muitas vezes parece desagradável, e
aqueles que discordam de você em cultura, política ou raça?
Nenhum comentário:
Postar um comentário