Um cartaz colado no portão da escola estadual Roberto Mange, extremo sul de São Paulo, avisava: não haverá aula hoje para a 6a A e 6a B. Motivo: falta de cadeiras e carteiras, reportagem publicada pelo jornal Folha de São Paulo, ontem (16).
Segundo a Folha os alunos das duas salas só descobriram que seriam dispensados das aulas de terça-feira (15) ao chegar na escola, mas o fato não os surpreendeu.
Desde que as aulas começaram para valer, na segunda-feira (14), parte das turmas da escola têm se revezado, pois não há lugar para todos sentarem. Em um dia, algumas séries foram mandadas para casa.
Segundo alunos e pais ouvidos pela Folha na porta da escola, na segunda-feira (14) pelo menos uma turma da manhã (de 8a série) e outra da tarde (de 5a série) foram dispensadas.
Na terça-feira dessa semana, além das duas salas de 6a série que ficaram sem aula à tarde, alunos de ao menos uma 8a série da manhã também voltaram para casa. Estudantes relataram que o problema se estende ainda a turmas da noite.
Procurada pela reportagem da Folha, a diretora da escola, que se identificou apenas como Sueli, disse que não poderia dar entrevistas. Mas afirmou que a falta de cadeiras e carteiras se deve a uma grande "demanda de estudantes".
Depois dos questionamentos da reportagem, uma funcionária retirou o cartaz colado na porta da escola.
Estudantes afirmam, no entanto, que as cadeiras e carteiras são velhas desde o ano passado e que neste ano nenhuma delas foi trocada. A Secretaria de Educação diz que a diretoria de ensino da região foi alertada e vai apurar.
O colégio está localizado no Jardim Myrna, distrito do Grajaú, em uma das avenidas mais movimentadas da região. Nessa terça-feira (15), estudantes de 11 e 12 anos que tiveram aulas, mas foram dispensados quase duas horas antes do horário por falta de professores, corriam pela rua.
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