terça-feira, 3 de junho de 2014

Lição 10 – Cristo, a lei e as alianças

Lição 10 – Cristo, a lei e as alianças

Domingo | Segunda | Terça | Quarta | Quinta | Sexta

VERSO PARA MEMORIZAR:

“”Por essa razão, Cristo é o mediador de uma nova aliança para que os que são chamados recebam a promessa da herança eterna, visto que Ele morreu como resgate pelas transgressões cometidas sob a primeira aliança” (Hb 9:15).

Leituras da Semana: Gn 9:12-17; 17:2-12; Gl 3:15-28; Dt 9:9; Hb 10:11-18; Hb 9:15-28

A eterna decisão divina de salvar a humanidade foi revelada ao longo dos séculos por meio das alianças. Embora a Bíblia fale de alianças no plural (Rm 9:4; Gl 4:24; Ef 2:12), na realidade, só existe a aliança da graça, na qual a salvação é dada aos pecadores, com base não em seus méritos, mas nos méritos de Jesus, oferecidos a todos os que clamam esses méritos pela fé. O plural, alianças, significa simplesmente que Deus antecipou Seus propósitos de salvação ao reafirmar a aliança de várias formas, a fim de atender às necessidades de Seu povo em diferentes épocas e contextos. No entanto, é sempre a mesma aliança, a eterna aliança da graça salvadora de Deus.
A essência dessa aliança é o constante e fiel amor do Senhor (Dt 7:9; 1Rs 8:23; Dn 9:4). Como parte dessa aliança, Deus chama Seu povo a obedecer Sua lei, não como meio de salvação, mas como fruto dela. A lei e a graça unidas sempre foram centrais para a aliança eterna de Deus.
Hoje é um dia especial. Sábado alegre e festivo. Momento de sair às ruas para compartilhar sua fé.

Domingo

Sinais da aliança (Gn 9:12-17)

Uma aliança pode ser simplesmente definida como um acordo entre duas partes com base em promessas feitas por uma, ou por ambas as partes. Existem dois métodos básicos pelos quais uma aliança pode funcionar. No primeiro, as partes envolvidas na aliança concordam com os termos do relacionamento e fazem promessas mútuas. Esse seria o caso em um casamento, fusão de empresas e até mesmo na compra de imóveis. No segundo método, uma parte inicia a aliança, estipulando tanto as promessas quanto as condições inegociáveis, e a outra parte é convidada a participar. Exemplos disso incluem o pagamento de impostos ou de mensalidades em uma instituição educacional. Nos dois casos, cada uma das partes é livre para se retirar da aliança, mas geralmente há uma consequência. Por exemplo, uma pessoa que não paga a prestação de seu imóvel, pode perdê-lo, e um cidadão que se recusa a pagar os impostos será processado.
Normalmente, uma aliança é estabelecida com pelo menos um símbolo. Por exemplo, uma pessoa que compra um imóvel financiado coloca várias assinaturas em um contrato de empréstimo imobiliário junto a uma instituição de crédito, a qual mantém o título de propriedade do imóvel em garantia, até que o valor total seja pago. Para as pessoas casadas, o cartório emite uma certidão de casamento. O documento não é a aliança, mas um indicador de que a pessoa está comprometida com uma aliança.
1. Leia Gênesis 9:12-17 e 17:2-12. Qual é a diferença entre o símbolo e a aliança nessas passagens? Além disso, quais são as diferenças entre essas duas alianças?
Em Gênesis 9:9, Deus fez uma aliança com a criação, estabelecendo que Ele jamais destruiria a Terra novamente com água. Sempre que um arco-íris aparece no Céu, todos devem se lembrar da promessa de Deus. O mesmo se pode dizer da marca da circuncisão, que devia fazer todo judeu lembrar do papel de Seu povo em abençoar as nações. A primeira aliança foi feita com toda a humanidade, a outra especificamente com a nação de Israel. Além disso, na aliança feita com a humanidade depois do Dilúvio, as pessoas não tinham que fazer nada. A promessa estava ali, independentemente do que elas fizessem. A situação foi diferente com a segunda aliança, feita com Israel: o povo tinha que fazer a sua parte no acordo.

Segunda

Promessas da aliança

Alianças são fundamentadas em promessas. Na verdade, é possível utilizar os dois termos de forma alternada. Quando uma aliança é feita, espera-se que a pessoa que faz a promessa (aliança) tenha capacidade de cumprir o que é prometido ou pactuado.
No Antigo Testamento, algumas alianças tratavam de questões limitadas e locais (por exemplo, Gn 31:43-54). O incidente entre Jacó e Labão demonstra que as alianças podiam ser negócios realizados dentro de uma sociedade e entre sociedades. O monumento em Mispa devia servir como sinal de um tratado que se aplicaria apenas aos dois clãs. Quando morressem aqueles a quem o tratado se aplicava, os termos do tratado seriam irrelevantes. Ao contrário desse pacto feito entre seres humanos, as alianças que o Senhor instituiu com Noé e Abraão têm implicações eternas.
2. Quais são as implicações mais amplas da aliança abraâmica? Gl 3:15-28
Em toda a Bíblia, Deus fez várias alianças universais nas quais Ele fez promessas relevantes para toda a humanidade. Reconhecendo que toda a Terra tinha sido afetada pelo Dilúvio, o Senhor prometeu não permitir que Sua criação fosse devastada novamente pela água. No caso de Abraão, Deus viu a necessidade humana de justiça e prometeu abençoar todas as nações mediante a descendência de Abraão (Gn 22:18).
Embora Deus tenha feito a aliança do Sinai com uma nação específica, ela também tem alcance universal. Deus foi muito claro ao declarar que qualquer estrangeiro podia fazer parte do povo escolhido (por exemplo, Êx 12:48, 49), e que a missão de Israel era ser uma luz para evangelizar o mundo (Êx 19:5, 6).
Como você entende seu relacionamento de aliança com Deus? O que Deus prometeu a você, e o que Ele lhe pediu em retribuição por essas promessas?

Terça

Tábuas da aliança

Embora uma aliança seja alicerçada em promessas, geralmente há condições a serem satisfeitas antes que as promessas sejam cumpridas. A aliança com Abraão envolvia a circuncisão de todos os homens nascidos na casa dele, ou seus descendentes. Quando o Senhor fez uma aliança com Israel, Ele pessoalmente gravou os requisitos para o relacionamento em tábuas de pedra (Dt 9:8-11). Esses requisitos, preservados nos Dez Mandamentos, deviam formar a base da aliança eterna de Deus com todos os seres humanos.
Uma vez que eles detalham certos termos da aliança, os Dez Mandamentos são, muitas vezes, chamados de “tábuas da aliança” (Dt 9:9). Os Dez Mandamentos não foram planejados para ser um obstáculo em nosso caminho, dificultando a vida dos que firmaram uma aliança com Deus. Ao contrário, como expressão do amor de Deus, os mandamentos foram dados para benefício dos que entraram em um relacionamento de aliança com o Senhor.
3. De que forma Jeremias 31:31-34 e Hebreus 10:11-18 confirmam a natureza eterna da lei de Deus na nova aliança?
Sob a antiga aliança, do Monte Sinai, os israelitas e os que se uniram à comunidade eram obrigados a demonstrar fidelidade à aliança guardando os Dez Mandamentos. Quando violavam um mandamento, deviam oferecer um animal em sacrifício, se quisessem ter seus pecados perdoados.
Sob a nova aliança, do Monte Calvário, o povo de Deus ainda é obrigado a guardar os Dez Mandamentos. No entanto, quando pecam, eles não precisam oferecer sacrifícios contínuos, porque Jesus é o seu sacrifício pleno e completo (Hb 9:11-14). A nova aliança é muito melhor do que a antiga porque agora, pela fé, clamamos as promessas de perdão oferecidas a nós mediante o sacrifício de Jesus. “Há esperança para nós somente quando estamos na aliança de Abraão, que é a aliança da graça mediante a fé em Cristo Jesus” (Comentários de Ellen G. White, The SDA Bible Commentary [Comentário Bíblico Adventista], v. 6, p. 1.077; tradução do editor).
O que significa ter a lei de Deus escrita no coração? Isso é diferente de entender a lei de Deus apenas como um código de obediência?

Quarta

A aliança e o evangelho (Hb 9:15-22)

Havia fortes consequências para a violação de certas alianças bíblicas. O Senhor advertiu Abraão de que todo homem incircunciso seria eliminado do povo escolhido (Gn 17:14), e uma série de maldições foi dirigida aos que se recusassem a cumprir os termos da aliança do Sinai (Dt 27:11-26). Os que violassem os termos da aliança seriam punidos com a morte (Ez 18:4). O mesmo é verdade em relação à nova aliança: aqueles que se recusam a obedecer a lei de Deus não podem ter acesso à vida eterna (Rm 6:23).
4. Leia Hebreus 9:15-28. De que forma o evangelho é revelado nesses versos?
Hebreus 9:15-28 repete a história do evangelho, ao proclamar a atuação de Cristo para assegurar aos crentes as promessas da aliança. O verso 15 indica que Jesus atua como “Mediador” da nova aliança que, mediante Sua morte, oferece vida eterna aos que, de outra forma, enfrentariam a destruição eterna.
Nos versos 16 e 17, algumas traduções da Bíblia se desviam da discussão da “aliança” e introduzem o termo “testamento” em seu lugar, embora ali seja usada a mesma palavra grega traduzida por aliança em outros versos do capítulo. Isso traz a ideia da morte de Jesus por nós. Quando vista nesse contexto, a passagem lembra o cristão de que, sem Cristo, a aliança exige a morte de cada pecador. Porém, o pecador pode ser coberto, purificado pelo sangue de Cristo e, assim, estar entre os que ansiosamente aguardam Sua vinda (Hb 9:28).
“Só então reconheceremos que nossa justiça é na verdade igual a trapos sujos, e que somente o sangue de Cristo pode nos limpar da impureza do pecado e renovar nosso coração à Sua semelhança” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 29, edição 2013).
O próprio Deus, na pessoa de Jesus, tomou sobre Si a punição por nossos pecados, para livrar-­nos da merecida condenação. O que isso diz sobre o caráter de Deus? Por que podemos confiar nEle, não importando nossa situação?

Quinta

Benefícios da aliança (Ef 2:6)

Em muitos casos, as pessoas podem experimentar as promessas de uma aliança antes mesmo do cumprimento de todos os termos. Por exemplo, uma pessoa que compra um imóvel tem a oportunidade de viver nele antes do fim do pagamento. Um cidadão desfruta dos serviços públicos oferecidos pelo governo antes mesmo
de começar a pagar impostos. Os que entram em aliança com Deus podem também começar a experimentar os benefícios dessa aliança antes do cumprimento das promessas no futuro.
Considerando os Dez Mandamentos, pense na dor e no sofrimento que as pessoas poderiam evitar se simplesmente os obedecessem. Quem já não experimentou o sofrimento causado pela transgressão desses mandamentos? E ainda pior, esse sofrimento nem sempre se limita à pessoa que viola a lei. Muitas vezes, outros, mesmo os mais próximos do pecador, também sofrem.
5. De acordo com os textos a seguir, quais benefícios podemos encontrar, mesmo hoje, por estar em um relacionamento de aliança com Jesus? 2Co 4:16-18; 1Jo 5:11-13; Fp 1:6; Jo 5:24.
Jesus usa uma linguagem muito forte no Evangelho de João, quando declara que aquele que O aceita “já passou da morte para a vida” (Jo 5:24, NVI). Tão confiante é o crente em sua salvação que, embora confinado à Terra, ele pode afirmar que está sentado “nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (Ef 2:6).
Se alguém lhe perguntasse: “O que significa estar sentado com Jesus no Céu?” (Efésios 2:6), o que você responderia, e por quê?

Sexta

Estudo adicional

Leia, de Ellen G. White, Evangelismo, p. 231, 232: “Pregar as Verdades Características”; A Fé Pela Qual Eu Vivo [MM 1959], p. 90: “A Fé e as Obras”; p. 91: “Como se Aperfeiçoa a Fé”.
“Torne-se distinto e claro o assunto de que não é possível efetuar coisa alguma em nossa posição diante de Deus ou no dom de Deus para nós, por meio do mérito de seres criados. Se a fé e as obras adquirissem o dom da salvação para alguém, o Criador estaria em obrigação para com a criatura. Eis aqui uma oportunidade para a falsidade ser aceita como verdade. Se alguém pode merecer a salvação por alguma coisa que faça, encontra-se, então, na mesma condição dos católicos que devem fazer penitência por seus pecados. A salvação, nesse caso, consiste em parte numa dívida que pode ser obtida como pagamento” (Ellen G. White, Fé e Obras, p. 19, 20).
Perguntas para reflexão
Leia, de Ellen G. White, A Maravilhosa Graça de Deus [MM 1974], p. 129-135: Meditações sobre a “Aliança da Graça”.
“Esta mesma aliança foi renovada a Abraão, na promessa: ‘Em tua semente serão benditas todas as nações da Terra’ (Gn 22:18, RC). Essa promessa apontava para Cristo. Assim Abraão a compreendeu (Gl 3:8, 16), e confiou em Cristo para o perdão dos pecados. Foi essa fé que lhe foi atribuída como justiça. A aliança com Abraão mantinha também a autoridade da lei de Deus. [...]
“A aliança abraâmica foi ratificada pelo sangue de Cristo, e é chamada a ‘segunda’, ou ‘nova’ aliança, porque o sangue pelo qual foi selada foi vertido depois do sangue da primeira aliança.” (Patriarcas e Profetas, p. 371).
“A aliança da graça não é uma verdade nova, porque desde a eternidade existira na mente de Deus” (Signs of the Times [Sinais dos Tempos], 24 de agosto de 1891).
Perguntas para reflexão
  1.  O que Êxodo 31:16 e Isaías 56:4-6 sugerem sobre a importância do sábado para a aliança? Leia também Ezequiel 20.
  2.  Muitos pensam que a aliança feita com Abraão era de obras, em contraste com a nova aliança, que é pela graça. Por que essa ideia é errada? Quais versos da Bíblia provam que a aliança sempre foi estabelecida na graça?
  3. Embora Efésios 1 não use a expressão “aliança eterna”, a ideia da aliança aparece (v. 4, 10, 14, 21). Que significado existe na expressão “aliança eterna”?
  4. Deus prometeu que jamais destruiria novamente o mundo com um Dilúvio. Essa promessa foi simbolizada pelo arco-íris. Se o Dilúvio tivesse sido apenas local, como alguns sugerem, o que aconteceria com a promessa de Deus? Por que a ideia de que o Dilúvio não foi global é um grande ataque à verdade bíblica? Se o Dilúvio tivesse sido apenas local, o que as inundações locais, desde então, fariam com a promessa da aliança de Deus?
Respostas sugestivas: 1. Na primeira aliança, Deus prometeu que não mais destruiria o mundo com um dilúvio. O arco-íris seria um sinal dessa aliança. Na segunda aliança, Deus prometeu multiplicar a descendência de Abraão e, por meio dela, abençoar as outras nações. O sinal dessa aliança seria a circuncisão. A primeira aliança foi universal e a segunda foi apenas com Israel. No entanto, os efeitos de todas as alianças são universais e eternos. 2. A aliança feita com Abraão se cumpriu no seu principal descendente, Jesus Cristo. Milhares de pessoas de todas as nações serão salvas e reinarão com Cristo, concretizando assim a aliança de Abraão. Mediante o sacrifício de Cristo e pela fé demonstrada por Abraão, pessoas de todas as nações poderão obter a vida eterna. 3. Israel foi infiel à aliança feita por Deus e transgrediu a lei. Na nova aliança em Cristo, Deus perdoa os pecados do povo e escreve a mesma lei no coração do povo. O problema não estava com a lei, mas com os pecadores. Portanto, sua lei é eterna. 4. A morte de Jesus e o derramamento de Seu sangue garantem que receberemos a herança da vida eterna. Sua intercessão assegura o perdão aos pecadores, que se tornam herdeiros da promessa mediante Seu sacrifício. Cristo voltará para buscar os que aguardam o cumprimento da promessa de salvação. 5. A renovação espiritual nos dá uma visão das coisas invisíveis e nos dá ânimo diante das aflições leves e momentâneas deste mundo. Os que têm o Filho de Deus têm vida eterna. A boa obra que Deus começou em nós será completada até o dia da vinda de Jesus. Aquele que ouve a palavra de Cristo e crê nEle, passou da morte para a vida.
Veja Aqui o resumo auxiliar da lição!

Pergunta para Discussão

Se alguém lhe perguntasse: “O que significa estar sentado com Jesus no Céu?” (Efésios 2:6), o que você responderia, e por quê?

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