domingo, 14 de abril de 2013

Lição 3 – Um Deus santo e justo (Joel)

publicado em: 12/04/2013 | 13:52

Lição 3 – Um Deus santo e justo (Joel)

13 a 20 de abril




Sábado à tarde

Ano Bíblico: 1Rs 7, 8



VERSO PARA MEMORIZAR:

“O Senhor levanta a voz diante do Seu exército; porque muitíssimo grande é o Seu arraial; porque é poderoso quem executa as Suas ordens; sim, grande é o dia do Senhor e mui terrível! Quem o poderá suportar?” (Jl 2:11).



Leituras da Semana:

Jl 1; 2:28, 29; At 2:1-21; Jl 2:31, 32; Rm 10:13; Mt 10:28-31
Pensamento-chave: Deus permite as crises para que Seu povo sinta dependência dEle e necessidade de reavivamento e reforma espirituais.

Na grande praga de gafanhotos e na severa seca que estava devastando o reino de Judá no sul, o profeta Joel, contemporâneo de Amós e Oseias, via o sinal de um “grande e terrível dia” de juízo (Jl 2:31). Confrontado com uma crise de tal intensidade e proporção, ele convidou todo o povo de Judá a abandonar o pecado e voltar-se para Deus. Ele descreveu os gafanhotos como exército do Senhor e viu na vinda desse exército o castigo divino sobre o Israel infiel.
Joel profetizou que as pragas de gafanhotos se tornariam insignificantes em comparação com os futuros juízos divinos. Mas esse mesmo juízo traria bênçãos sem paralelo para os fiéis ao Senhor, que obedecessem aos Seus ensinamentos. Portanto, apesar da sua severidade, o juízo podia conduzir à salvação e redenção daqueles cujo coração estivesse aberto à orientação do Senhor.

Ore por todos que receberão o livro “A Grande Esperança” ou o DVD “A Última Esperança” no dia 20 de abril.




Domingo

Ano Bíblico: 1Rs 9, 10



Desastre nacional


1. Leia Joel 1:1-12. O que estava acontecendo com a terra de Judá?

O profeta, que vivia em uma sociedade agrícola, exorta os agricultores a ficar angustiados diante da perda dos cereais e da colheita de frutos. A destruição ecológica poderia enfraquecer a economia do país por muitos anos. Além da perda dos alimentos, sombra e madeira, existia o risco de erosão do solo. Algumas árvores frutíferas na Palestina levam vinte anos para crescer e se tornarem produtivas. Na verdade, a devastação agrícola e o desmatamento eram táticas típicas de exércitos invasores que buscavam punir os povos conquistados, tornando-lhes impossível qualquer perspectiva de recuperação a curto prazo.

2. Leia Deuteronômio 28:38. Como esse texto nos ajuda a entender o que estava acontecendo com Judá?

Joel usou quatro termos diferentes para mencionar gafanhotos (Jl 1:4), a fim de expressar a intensidade e totalidade da praga. A seca tornou ainda maior a destruição causada pelos gafanhotos. Todas as colheitas esperadas haviam secado e os agricultores se desesperaram porque não tinham nada para comer nem vender. Eles não tinham sequer sementes para plantar novamente. Uma calamidade dessa proporção jamais havia sido vista entre seus antepassados e devia ser contada às futuras gerações. O fato de que um desastre semelhante nunca houvesse acontecido antes aumenta a importância da situação.
O profeta anunciou também a destruição dos principais alimentos da terra de Israel, como uvas, cereais e óleo (Dt 14:23; 18:4). Trigo e cevada eram os grãos mais importantes na Palestina. Na Bíblia, videiras e figueiras simbolizam vida pacífica com abundância das bênçãos de Deus na Terra Prometida (1Rs 4:25; Mq 4:4, Zc 3:10). A encantadora imagem da paz e prosperidade é poder sentar-se sob a própria videira ou figueira. Tudo isso estava ameaçado pelo juízo divino que ocorreria por causa dos pecados de Israel.
A época de colheita era um tempo de alegria (Sl 4:7, Is 9:3). Embora a terra em Israel fosse um presente do Senhor, ela ainda pertencia a Deus. Israel devia ser um mordomo fiel da terra. Acima de tudo, as pessoas deviam adorar e obedecer a Deus porque Ele era Aquele que lhes tinha dado a terra.

Hoje é o dia de você contar ao seu(sua) amigo(a) que está orando por ele(a). Prepare-se para o Impacto Esperança!




Segunda

Ano Bíblico: 1Rs 11, 12



Toque a trombeta!


Quando ocorrem catástrofes naturais, elas provocam muitas perguntas, como: “Por que Deus permitiu que isso acontecesse?”, “Por que algumas pessoas vivem, enquanto outras morrem?”, “Podemos aprender uma lição com essa experiência?”. Joel não tinha dúvida de que a praga dos gafanhotos podia levar a um conhecimento mais profundo do plano universal de Deus. Sob inspiração divina, o profeta relacionou no capítulo primeiro a crise nacional com a situação espiritual na terra. Os gafanhotos não haviam deixado nada que pudesse ser oferecido como sacrifício ao Senhor. A oferta de cereais e a oferta de libação faziam parte da oferta diária no templo, de acordo com as instruções registradas em Êxodo 29:40 e Números 28:5-8. A interrupção dos sacrifícios foi severa, mas deve ter servido como advertência para as pessoas quanto à sua grave condição. A perda da oportunidade até mesmo de oferecer sacrifícios simbolizava o rompimento da aliança entre Deus e Israel. Mas, ao contrário de muitos outros profetas, Joel não gastou muito tempo analisando as faltas do povo. Ele estava muito mais interessado em enfatizar a cura prescrita pelo divino Médico de Israel.

3. Leia Joel 1:13-20. O que Joel disse ao povo? Embora as circunstâncias fossem únicas, de que forma esse apelo é visto em toda a Bíblia?
O profeta exortou os líderes espirituais a proclamar um dia nacional de oração e jejum para que as pessoas examinassem profundamente o coração, renunciassem seus pecados e voltassem para Deus. Assim, elas sairiam dessa experiência com renovada confiança no amor e justiça de Deus. No fim, esse desastre podia levar os fiéis a um relacionamento mais profundo com seu Senhor.
Ao longo da Bíblia, Deus é descrito como o Senhor da natureza. Aquele que a criou, sustenta e também a usa para Seus propósitos divinos. Nesse desastre natural, em vez de rasgar as vestes, o profeta Joel disse que as pessoas deviam rasgar o coração e abri-lo para a graça e compaixão de Deus.

Desastres podem nos alcançar de muitas formas. Quando isso acontece, independentemente da nossa compreensão deles e de suas causas, a quais promessas bíblicas podemos nos apegar em busca de esperança e força? Que promessas são especialmente significativas para você?

Leia o livro “A Grande Esperança” antes de entregá-lo a alguém.




Terça

Ano Bíblico: 1Rs 13, 14



O dom do Espírito de Deus


4. Leia Joel 2:28, 29 e Atos 2:1-21. Como Pedro interpretou essa profecia de Joel?

No dia de Pentecostes, o apóstolo Pedro anunciou que o Senhor havia cumprido Sua promessa, dada por intermédio de Joel, sobre o derramamento do Espírito Santo. Acompanhando o derramamento do Espírito, e como sinal visível da intervenção sobrenatural de Deus na história da humanidade, Deus fará com que fenômenos extraordinários sejam vistos na natureza, na Terra e no céu.
“Em imediata relação com as cenas do grande dia de Deus, o Senhor, por meio do profeta Joel, prometeu uma manifestação especial de Seu Espírito (Jl 2:28). Essa profecia recebeu cumprimento parcial no derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Mas atingirá seu pleno cumprimento na manifestação da graça divina que acompanhará a obra final do Evangelho” (Ellen G. White, O Grande Conflito, edição de 1988, p. 11).
No contexto imediato de Joel, o arrependimento seria seguido por um grande derramamento do Espírito de Deus. Isso traria uma maravilhosa renovação. Em vez de destruição, se seguiria a dádiva das bênçãos divinas. O Senhor reafirma a Seu povo que Sua criação será restaurada e a nação será libertada dos opressores.
O Espírito é derramado sobre o povo de Deus, assim como o óleo da unção era derramado sobre a cabeça dos que eram eleitos por Deus para um ministério especial. O Espírito é também um dom concedido aos que O recebem para que eles façam uma obra específica para Deus (Êx 31:2-5; Jz 6:34). Só que desta vez a manifestação do Espírito assumirá proporções amplas. Nesse grande ponto da História, a salvação estará disponível a todos que buscarem a Deus. O Espírito de Deus cairá sobre todos os fiéis, independentemente de idade, gênero ou condição social, em cumprimento do desejo de Moisés no sentido de que todos os filhos de Deus se tornassem profetas e de que o Senhor colocasse Seu Espírito sobre eles (Nm 11:29).

O que você pode fazer para se tornar mais receptivo ao derramamento do Espírito Santo?

Assista ao DVD “A Última Esperança”. Ele o motivará para a distribuição que será feita no sábado.




Quarta

Ano Bíblico: 1Rs 15, 16



Proclamando o nome de Deus


“O Sol se converterá em trevas, e a Lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor. E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque, no monte Sião e em Jerusalém, estarão os que forem salvos, como o Senhor prometeu; e, entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar” (Jl 2:31, 32).

O escurecimento do Sol e a transformação da Lua em sangue não devem ser compreendidos como desastres naturais, mas como sinais sobrenaturais do iminente dia do Senhor. Nos tempos bíblicos, muitas nações pagãs adoravam corpos celestes como deuses, algo que, de acordo com Moisés, os israelitas nunca deviam fazer (Dt 4:19). Nesse sentido, a profecia de Joel predisse que os ídolos das nações começariam a desaparecer quando o Senhor viesse em juízo. Joel 3:15 acrescenta que até mesmo o exército celeste perderia seu poder e não mais daria sua luz, porque a presença da glória do Senhor ofuscaria tudo.

5. Embora a aparência de Cristo aterrorize os impenitentes, como os justos receberão o Senhor? Qual é a diferença crucial? Is 25:9; Jl 2:32; At 2:21; Rm 10:13

Nas Escrituras, a expressão “invocar o nome do Senhor” não significa apenas alguém dizer que é seguidor do Senhor e reivindicar Suas promessas. Pode significar também proclamar o nome de Deus, isto é, ser uma testemunha para as outras pessoas sobre o Senhor e o que Ele tem feito pelo mundo. Abraão edificava altares e proclamava o nome de Deus na terra de Canaã (Gn 12:8). A Moisés no Monte Sinai, Deus proclamou Sua bondade e graça (Êx 33:19; 34:5). O salmista convida os fiéis a dar graças a Deus e invocar Seu nome, tornando conhecido entre as nações o que Ele tem feito (Sl 105:1). As mesmas palavras são encontradas em um cântico de salvação composto pelo profeta Isaías (Is 12:4).
Assim, proclamar o nome do Senhor significa ser mensageiro das boas-novas de que Deus ainda governa o mundo e também chamar os povos para que vejam todas as coisas no contexto das ações de Deus e Seu caráter. Significa também contar a todos sobre o generoso dom divino da salvação oferecida a todo ser humano.

O que significa para você “invocar o nome do Senhor”? Como você faz isso, e o que acontece quando você faz?

Lembre-se: Hoje é dia de perseverar em oração! Deus está impressionando a mente das pessoas que serão visitadas.




Quinta

Ano Bíblico: 1Rs 17–19


Refúgio em tempos de provas (Joel 3)


Profetas bíblicos comparam o futuro julgamento divino ao rugido de um leão, um som que faz com que todos tremam (Jl 3:16; Am 1:2; 3:8). Na Bíblia, Sião indica o local do trono terrestre de Deus em Jerusalém. A partir desse lugar, Deus castigará o inimigo, mas ao mesmo tempo defenderá Seu povo que, pacientemente, espera Sua vitória. Eles participarão de Seu triunfo quando Ele renovar a criação.
Para algumas pessoas, as descrições bíblicas do juízo final de Deus são difíceis de compreender. É bom ter em mente que o mal e o pecado são muito reais, e eles exercem grande força na tentativa de se opor a Deus e destruir toda forma de vida. Deus é um inimigo do mal. É por isso que as palavras de Joel nos convidam a examinar nossa vida a fim de ter certeza de que estamos do lado de Deus, para que sejamos protegidos no dia do juízo.

6. Leia Mateus 10:28-31. Como esses versos nos ajudam a entender, mesmo durante tempos de calamidade, o que Jesus nos oferece?

O Senhor sustenta os que perseveram na fé. Ele pode devastar a Terra (Jl 3:1-15). No entanto, Seus filhos não devem temer Seus atos soberanos de juízo porque Ele prometeu protegê-los (v. 16). Ele lhes deu Sua palavra de certeza. Seus atos soberanos e bondosos demonstram que Ele é o fiel Deus da aliança, que jamais permitirá que o justo seja novamente envergonhado
(Jl 2:27).
O livro de Joel termina com a visão de um mundo transformado, em que um rio flui no meio da Nova Jerusalém e a própria presença do Deus eterno entre um povo perdoado (Jl 3:18-21).
Essa mensagem profética nos desafia a andar no Espírito, a prosseguir a vida cristã de todo o coração e alcançar os que ainda não invocam o nome de Cristo. Ao fazermos isso, reivindicamos a promessa divina da presença permanente de Cristo, por meio do Espírito Santo que habita no coração de Seu povo fiel.
“Precisamos conhecer nossa verdadeira condição, do contrário não sentiremos nossa carência do auxílio de Cristo. Necessitamos compreender nosso perigo, do contrário não correremos para o refúgio. Precisamos sentir a dor de nossas feridas, ou não desejaremos cura” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 158).

Qual é a sua “verdadeira condição”? Que dores você está sentindo? Você experimentou o “refúgio” prometido em Cristo?

Está chegando o dia! No próximo sábado sairemos às ruas para levar esperança. Envolva-se!




Sexta

Ano Bíblico: 1Rs 20, 21



Estudo adicional


O nome do profeta, Joel, era comum nos tempos bíblicos, e significa “O Senhor é Deus”. Esse nome é apropriado ao tema geral do livro: Somente Deus é totalmente santo e justo, e Sua obra é soberana na Terra. A história de Seu povo e das outras nações está em Suas mãos. O mesmo vale para a vida de cada ser humano.
“As tremendas questões da eternidade demandam de nossa parte algo mais que uma religião de pensamento, de palavras e formas, na qual a verdade é mantida no recinto exterior da existência. Deus pede um reavivamento e uma reforma. As palavras da Bíblia, e a Bíblia somente, deviam ser ouvidas do púlpito. Mas a Bíblia tem sido roubada em seu poder, e o resultado é visto no rebaixamento do vigor da vida espiritual. Em muitos sermões de hoje não existe aquela divina manifestação que desperta a consciência e leva vida ao coração. Os ouvintes não podem dizer: “Porventura, não nos ardia o coração, quando Ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras? (Lc 24:32). Há muitos que estão clamando pelo Deus vivo, ansiando pela divina presença. Permitam que a Palavra de Deus lhes fale ao coração. Deixem que os que têm ouvido apenas sobre tradição, teorias e máximas humanas ouçam a voz dAquele que pode renovar o coração para a vida eterna” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 626).

Perguntas para reflexão

1. Por que a mensagem de Joel é especialmente importante para nós no fim do tempo, quando nos esperam eventos sérios e preocupantes?
2. Com base no livro de Joel, responda à seguinte pergunta: Até que ponto a mensagem de Joel, se aplica à sua geração e até que ponto tinha aplicação futura?
3. Joel descreveu vários tipos de bênçãos divinas derramadas sobre o povo de Deus. Será que sua profecia faz distinção entre bênçãos materiais e espirituais? De que maneira?
4. Como nossa visão do grande conflito nos ajuda a compreender as terríveis provações e calamidades que o mundo enfrenta?
5. O que significa uma “religião do pensamento”? (veja citação acima) Como podemos saber se nossa religião é verdadeira ou apenas de pensamento?

Respostas sugestivas: 1. A terra estava sendo arruinada pela invasão de gafanhotos, pelas nações inimigas e pela crise na produção agrícola. Essa crise devia despertar o povo de sua embriaguez espiritual. 2. O povo estava sofrendo o castigo pela desobediência aos termos da aliança com Deus. 3. Os líderes e o povo deviam se humilhar e clamar a Deus diante daquela grande crise espiritual e econômica. Sempre que as pessoas sofriam por causa de seus pecados, Deus as chamava ao arrependimento e à renovação da aliança com Ele. 4. Pedro viu o cumprimento da profecia de Joel no derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes, quando os apóstolos falaram em línguas, profetizaram e milhares de pessoas se converteram. 5. Com alegria e emoção, porque foram chamados por Cristo, eles invocaram Seu nome e se tornaram servos do Senhor. A diferença estará na salvação dos justos pela Sua graça. 6. Ele nos oferece segurança. Não precisamos temer o homem. Deus ama Seus servos e cuida deles.

Amanhã será o dia do Impacto Esperança. Participe desse momento. Você foi chamado por Deus!


Lição 3 – Um Deus santo e justo (Joel)

13 a 20 de abril




Texto-chave: Joel 2:11




O aluno deverá…
Conhecer: O significado do Dia do Senhor, como dia de juízo. Ele pode ser um dia de condenação ou de salvação.
Sentir: Incentivar as pessoas a encontrar no Dia do Senhor a felicidade e a libertação.
Fazer: Ajudar os outros a estar cientes da segunda vinda de Cristo, levando-os a andar com Ele, ser cheios do Espírito Santo e, assim, conduzi-los na preparação para esse dia.
Esboço
I. Conhecer: O dia está próximo
A. Em que se fundamenta seu conhecimento de que Cristo virá?
B. Por que você pode afirmar que a segunda vinda de Cristo está próxima?
C. Por que os cristãos não devem ter medo desse dia?

II. Sentir: O terror desse Dia
A. Qual é seu primeiro pensamento quando ouve que Deus nos julgará?
B. Por que Joel é tão solene ao anunciar o Dia do Senhor?
C. Que emoções e comportamentos surgem do reconhecimento de que aqueles que invocam o Senhor serão salvos?

III. Fazer: Dia de libertação
A. Entender que, por nós mesmos, não temos capacidade de nos prepararmos para a vinda do Senhor.
B. Como o Senhor nos prepara?
C. No centro do livro de Joel está o chamado para voltar a Deus de todo o coração e a promessa do derramamento do Espírito Santo. Por que isso é suficiente para nos capacitar a suportar esse Dia?

Resumo: O Dia do Senhor escatológico está se aproximando. Esse grande dia histórico será um dia de libertação para os que invocam o Senhor e são guiados por Seu Espírito.




Ciclo do Aprendizado




Motivação


Focalizando a Palavra: Joel 2:11-17

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Deus quer ajudar Seu povo a sair da crise espiritual chamando-o a um genuíno arrependimento. Os filhos do Senhor precisam estar cientes de que o juízo de Deus não é parcial e eliminará todos os ímpios. Contudo, Deus será um refúgio para os que invocam Seu nome com fé e confiança. Ele é a sua fortaleza e os capacitará a permanecer firmes durante os eventos finais do mundo.

Só para o professor: A lição desta semana focaliza a mensagem de Joel, que viveu em um tempo no qual toda a comunidade de crentes estava em crise de adoração. Em vez de adorar o Deus Criador, as pessoas se curvavam diante de Baal. Joel pregava o reavivamento, e reformou a vida espiritual das pessoas, chamando sua atenção para o único verdadeiro Senhor.

Discussão de abertura: No centro do livro de Joel há um chamado ao arrependimento: “Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto” (Jl 2:12). Como podemos ter certeza de que nosso arrependimento é genuíno? Qual é a diferença entre o arrependimento verdadeiro e o falso? Por que e do que precisamos nos arrepender?

Perguntas para discussão:
1. Como as catástrofes e desastres naturais – por exemplo, uma praga de gafanhotos (como no tempo de Joel), terremotos, incêndios, inundações, tsunamis, etc. – podem levar o povo ao arrependimento?
2. Como as crises da vida podem produzir fé ou revelá-la?
3. O que o apóstolo Paulo quis dizer quando perguntou “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?” (Rm 8:35). Algumas pessoas se tornam muito amargas ao tomar conhecimento das coisas que Paulo menciona nesse texto. Por que há diferenças tão grandes nas reações das pessoas a problemas semelhantes?

Compreensão


Só para o professor: Os estudiosos estão divididos a respeito do tempo em que o profeta Joel realizou seu ministério, porque o livro não contém nenhuma data. O contexto histórico que melhor se adapta à situação é a grande apostasia no tempo do rei Acabe em Israel, quando a adoração a Baal era muito dominante e os profetas Elias e Eliseu tiveram que intervir. O significado do nome Joel (“O Senhor é Deus”) é muito semelhante ao de Elias (“O Senhor é o meu Deus”). A situação era muito dramática, porque a comunidade da fé estava corrompida e em estado de confusão mental. Havia muito sincretismo religioso – mistura de rituais pagãos com o culto a Deus. Em resumo, eles precisavam de uma completa reorientação.




Comentário Bíblico




A principal expressão do livro é “o Dia do Senhor”, que ocorre cinco vezes no livro (Jl 1:15; 2:1, 11, 31; 3:14). Esse dia está próximo e é descrito em termos negativos e sombrios, como um dia de condenação. Naturalmente, essa condenação é para os ímpios de todas as nações, incluindo Israel.

I. Deus age e chama ao arrependimento genuíno
(Recapitule com a classe Jl 1:15; 2:1, 11, 31; 3:14.)
A praga dos gafanhotos devia fazer o povo de Deus se lembrar da advertência de Joel sobre o dia do juízo. O desastre seria como a destruição associada ao Dia do Senhor. Esse juízo local era destinado a dirigir a atenção deles para o dia do juízo escatológico, quando todos seriam julgados com justiça e nenhuma pessoa teria vantagem sobre as outras.
O apelo divino é claro: “Convertei-vos a Mim”. É um chamado pessoal à ação com o objetivo de ajudar os crentes a se aproximarem de Deus e entrar em relacionamento pessoal com Ele. É importante não apenas aceitar Seus ensinos, leis, verdade e estilo de vida, mas entrar em comunhão estreita e íntima com Ele.
Além disso, Deus convidou: “Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes” (Jl 2:13). Era costume nos tempos bíblicos rasgar as roupas em momentos de luto. No entanto, Deus mostra que o verdadeiro luto não é apenas uma demonstração exterior de lamentação feita por meio do ato de rasgar as vestes, mas é, ao contrário, o ato de rasgar o coração. É como se Deus estivesse dizendo: “Eu quero que vocês lamentem, mas não apenas por meio da aparência exterior de lágrimas ou dos sinais de luto esperados e requeridos, mas com o coração. Quero que seu luto seja real e que venha de dentro.”
Pense nisto: O que está errado com a ideia distorcida de que devemos pecar mais a fim de receber mais graça? Por que é importante que o juízo de Deus seja imparcial?
Perguntas para discussão:
1. Como Deus pode Se tornar uma fortaleza em sua vida, especialmente quando desmorona toda a segurança externa?
2. Como você pode “rasgar o seu coração”?

II. Deus envia Seu Espírito antes do dia do juízo
(Recapitule com a classe Joel 2:28, 29.)
Antes do terrível dia do Senhor, Ele enviará Seu Espírito (Jl 2:28, 29) e realizará grandes sinais na natureza (Jl 2:30, 31), a fim de preparar as pessoas para os eventos finais. Joel assegura que “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Jl 2:32). Então, não precisamos temer os eventos finais, porque a libertação está intimamente associada com nosso poderoso Deus. Quando você andar com Deus, estará voltado para a esperança, porque os que amam a Deus não são pessoas medrosas, mas pessoas orientadas em Deus (Is 35:4; Dn 7:22; Jo 5:24; Rm 8:28; 1Jo 2:28; 4:17, 18). Deus deve ser sempre o ponto focal de todos os nossos pensamentos e comportamento (Sl 1:1, 2; Cl 3:1-4).
O Espírito de Deus e a chuva têm um papel dominante entre as imagens de Joel, principalmente na segunda parte do capítulo 2. Quando a terra está seca, a chuva é necessária. Como a água traz vida à terra, também o Espírito de Deus torna vibrante a vida espiritual. O Espírito do Senhor precisa ser derramado sobre as pessoas para que a aridez seja transformada em abundância das bênçãos de Deus (Jo 7:37-39; 10:10).
Há também um trocadilho no texto hebraico com a expressão “as chuvas de outono em justiça [em justa medida a chuva, RA]”, o que também pode ser traduzido como “ensinador de justiça” (Jl 2:23, RC). A seita de Qumran esperava, com base nesse verso, a vinda do “Ensinador de justiça” como o cumprimento dessa profecia. Somente a aceitação dos ensinos do Mestre Jesus Cristo, e o Espírito Santo, irão nos preparar para adorar a Deus em verdade e em espírito, a fim de ser livrados no dia do juízo.
Pense nisto: Por que o Espírito Santo é tão importante em nossa vida? O que significa o derramamento do Espírito sobre o povo de Deus a fim de que eles tenham a plenitude do Senhor? (Ez 36:26-28; Jo 16:7-15; Rm 8:13-17).

III. Deus julgará todas as nações no vale da decisão
(Recapitule com a classe Jl 2:32.)
O livro de Joel fala sobre o último julgamento no vale da decisão. O mesmo vale é chamado vale de Josafá. O nome Josafá significa “O Senhor julga.” Não se trata de um vale geográfico literal em algum lugar na Palestina (nenhum vale é grande o suficiente para conter todas as nações do mundo). É um lugar simbólico, mas com um julgamento real, no qual Deus julgará o mundo inteiro. É possível ver claramente essa verdade a partir do nome simbólico do vale. Ocorrerão as decisões executivas finais de Deus, e o julgamento divino revelará as decisões que as pessoas fizeram (Dn 7:9, 10, 22, 25, 26; Mt 16:27). O julgamento de Deus não é inventado nem caprichoso.

Pense nisto: A questão fundamental é: Quem pode suportar o juízo de Deus e como? Explique aos membros de sua classe o que significa invocar o nome do Senhor (Jl 2:32).

Aplicação


Só para o professor: Explique aos alunos como eles podem receber o batismo do Espírito Santo a cada dia.
Todo cristão sincero deseja ter com Deus um relacionamento significativo, íntimo e verdadeiro. No entanto, esse relacionamento não pode ser sentimental, mas deve ser bíblico, no sentido de que toda a personalidade humana esteja envolvida: intelecto, sentimentos e vontade. Como o cristianismo envolve toda a personalidade dessa forma? Como as religiões orientais se comparam com o cristianismo, e o que o cristianismo oferece que as religiões orientais não oferecem?
Aplicação prática: Joel apela a todos – adultos, crianças, velhos, jovens, recém-casados – para que realmente se convertam ao Senhor com jejuns e com pranto. Como os pastores e líderes da igreja podem ajudar os membros da igreja a convidar todos para que experimentem o verdadeiro arrependimento? Que papéis o jejum e o estudo das Sagradas Escrituras devem ter no verdadeiro reavivamento? O que o jejum e o estudo da Bíblia têm a ver com o arrependimento?


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