sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012


Lição 7
11 a 18 de fevereiro







Senhor do sábado











Sábado à tarde
Ano Bíblico: Nm 1–3



VERSO PARA MEMORIZAR: “O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do homem é senhor também do sábado” (Mc 2:28).



Leituras da semana: Gn 2:1-3; Êx 20:8-11; Dt 5:12-15; Mt 12:1-13; Jo 9; 19:30



Pensamento-chave: O descanso do sétimo dia, em todos os sentidos, nos conduz a Jesus, nosso criador e redentor.



No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. NEle, estava a vida e a vida era a luz dos homens; e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele. Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz. Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo, estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele e o mundo não O conheceu. Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam. Mas a todos quantos O receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no Seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus” (Jo 1:1-13, RC).


Esses versos estão, com certeza, apontando para Jesus, Aquele que fez “todas as coisas” e que dá salvação aos que “creem no Seu nome.” Ou seja, Jesus como Criador e Jesus como Redentor. E, como a Bíblia nos mostra, esses dois aspectos cruciais do que Jesus fez são encontrados no mandamento do sábado.



Domingo



O sábado em Gênesis




Uma das verdades mais profundamente arraigadas da Bíblia é que, no jardim do Éden, em um mundo perfeito, criado por um Deus perfeito, o sétimo dia foi separado do restante da semana e santificado. Isso mostra há quanto tempo o sábado existe e como ele é fundamental. Do ponto de vista deste mundo, não é possível alcançar muito mais que isso no passado. Com o sábado, estamos lidando com uma das mais fundamentais e essenciais de todas as verdades bíblicas.



1. Quais foram as quatro ações de Deus quando Ele criou o sábado? Gn 2:1-3



Deus criou o sétimo dia, descansou nesse dia, o abençoou e o santificou, o que significa que Ele o santificou ou o separou para uso santo. É maravilhoso saber que o próprio Deus “descansou” no sétimo dia. Seja qual for o significado desse descanso, isso mostra a seriedade com que esse dia deve ser considerado, porque o próprio Deus descansou nele!


Gênesis 2:3 também afirma que o Criador “abençoou” o sétimo dia, assim como havia abençoado os animais e o homem no dia anterior (Gn 1:22, 28). Deus Se referiu a essa bênção do sábado no quarto mandamento do Decálogo, ligando para sempre o sábado da criação com o sábado semanal.



2. Quantas vezes a expressão “sétimo dia” é repetida em Gênesis 2:1-3? Qual é o possível significado dessa repetição?



Três vezes esse dia específico foi mencionado. Isso destaca a natureza extraordinária do descanso do sétimo dia e claramente o separa do restante da semana. Isso deve sempre nos lembrar de que Deus não tornou especial o primeiro dia da semana, nem qualquer outro dia. A bênção especial é apenas para o sétimo dia.


Com a criação do sábado no sétimo dia, Deus terminou Sua obra criadora. Ele tomou os sete dias e formou a semana. Esse ciclo semanal foi observado no restante das Escrituras e ao longo da história. Assim, Deus demonstrou Seu poder diversificado, não apenas sobre o espaço e as coisas do espaço, mas também sobre o tempo. Nenhum de nós pode controlar uma hora, e nem mesmo um minuto, do tempo. O tempo avança implacavelmente, completamente além de nossas maquinações. É muito importante que aprendamos a confiar no Senhor, em vista da pouca quantidade de tempo que temos aqui na Terra.



Pense na marcha do tempo, e como ele passa rapidamente a cada momento, dia após dia, ano a ano. Embora não tenhamos controle sobre o tempo, o que podemos controlar, até certo ponto, é o que fazemos com ele. Você usa seu tempo da melhor maneira? Que coisas ocupam seu tempo? Como você pode usar melhor o pouco tempo que tem na Terra?



Segunda
Ano Bíblico: Nm 7, 8


O sábado em Êxodo




3. O que o Senhor nos pede que façamos, e que razão é dada para atender esse pedido? Êx 20:8-11



Todas as pessoas da família, incluindo cada servo, de ambos os sexos, a classe trabalhadora juntamente com o “patrão”, devem descansar ao mesmo tempo. O sábado é o grande equalizador, o libertador de todas as desigualdades na estrutura social. Diante de Deus, todos os seres humanos são iguais, e o sábado é a maneira única de revelar essa verdade fundamental, especialmente em um mundo tão dominado por estruturas de classe que colocam vários grupos “acima” ou “abaixo” dos outros.


Este mandamento é também uma unidade literária cuidadosamente estruturada:


A. Introdução: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (v. 8).
B. Mandamento: “Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra” (v. 9).
C. Motivação: “Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus” (v. 10).
B1. Mandamento: “Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teus filhos ou filhas...” (v. 10b, NVI).
C1. Motivação: “Porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a Terra, o mar e... descansou...” (v. 11).
D. Conclusão: “Por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou” (v. 11b).
(A). Contém, como uma declaração de introdução, o princípio essencial do mandamento do sábado como um todo.
(B). Apresenta o mandamento positivo de se envolver no trabalho em seis dias da semana.
(B1). Comunica o correspondente mandamento proibitivo de se abster de todo trabalho no dia de sábado, incluindo a aplicação abrangente para toda a família. Até mesmo os animais domésticos, bem como todos os convidados em casa, estão incluídos.
(C) e (C1). Provê a motivação para os mandamentos; (C) Reconhece o fator tempo na sequência de seis dias/sétimo dia, enfatizando que “o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus.”
(C1). Contém a sentença de motivação formal com as expressões introdutórias pois ou porque. Apresenta a motivação detalhada com base nos seis dias de trabalho do Senhor e Seu descanso no sétimo dia, estabelecendo sua origem diretamente no primeiro sábado da semana da criação.
(D). É uma sentença independente, começando com a expressão por isso (ou portanto) e também formando a conclusão. As últimas palavras do mandamento, “e o santificou”, correspondem à exortação do princípio inicial.
(A). “Para o santificar.” As sentenças da introdução e da conclusão estão ligadas à santidade que Deus conferiu ao sábado em Gênesis 2:3.



Terça
Ano Bíblico: Nm 9–11


O sábado em Deuteronômio




Embora os adventistas do sétimo dia estejam mais familiarizados com o mandamento do sábado como expresso no livro de Êxodo, o Senhor o apresentou de novo (e também todos os outros mandamentos) no livro de Deuteronômio. É maravilhoso notar que, embora os mandamentos apareçam em linguagem muito semelhante, a linguagem não é precisamente a mesma. Além disso, em Deuteronômio o mandamento tem outra motivação, que não é vista em Êxodo.



4. Que semelhanças e diferenças existem entre as duas apresentações da lei? Por que essas diferenças são importantes? Dt 5:12-15; Êx 20:8-11



Embora grande parte seja igual entre os textos, há um novo elemento e uma nova ênfase. Ainda que ambos os mandamentos falem sobre os servos descansando no dia de sábado, Deuteronômio muda de direção para enfatizar esse ponto. O texto apresenta a razão pela qual eles devem guardar o sábado: “Para que o teu servo e a tua serva descansem como tu [ênfase nossa]” (Dt 5:14). Vemos aqui o que foi mencionado anteriormente: como o sábado ajuda a colocar o patrão e o empregado no mesmo nível; ambos devem descansar no mesmo dia. O sábado, em nível prático, oferecia aos servos uma proteção contra os patrões que tentariam obrigá-­los a trabalhar sem parar, uma proteção construída a partir de um mandamento que teve sua origem na própria criação.


Evidentemente, isso levanta uma questão interessante. Quando o sábado foi instituído pela primeira vez, devia ser um memorial da criação em um mundo sem pecado. Não tinha nada que ver com servos ou servas e certamente não tinha relação com a escravidão no Egito, em si mesma um símbolo da escravidão do pecado; não tinha que ver com a libertação do cativeiro. Esse novo elemento foi acrescentado ao mandamento após a queda, isto é, o preceito original foi alterado para incorporar algo que ele não continha originalmente.


Assim, de acordo com o plano inicial, o sábado era símbolo da criação. Depois do pecado, passou a ser símbolo tanto da criação quanto da redenção, que é uma espécie de recriação (2Co 5:17; Gl 6:15; Ap 21:1). Criação e redenção estão intimamente relacionadas na Bíblia. Somente o Deus criador poderia ser o Deus redentor, e temos ambos em Jesus (Jo 1:1-14). As duas versões do mandamento mostram que o sábado é o símbolo da obra de Jesus, nosso criador e redentor.



Pense na escravidão da qual Cristo prometeu libertar você. Que promessas de libertação você tem em Jesus? Como você pode aprender a suplicá-las e permitir que o Senhor as realize em sua vida?



Quarta
Ano Bíblico: Nm 12–14


Jesus e Seu sábado: Parte 1




Livros foram escritos, e ainda estão sendo escritos, com o único propósito de supostamente mostrar que Jesus, quando esteve na Terra, afastou as pessoas do sábado, em direção à adoração no domingo ou (como é mais comum hoje) à ideia de que o sétimo dia foi anulado e substituído por um mais genérico e indefinido “descanso” em Cristo.


No entanto, nenhuma dessas opções parece ser encontrada em qualquer um dos relatos sobre Jesus e o sábado nos evangelhos. Além da razão óbvia para a publicação desses livros (a necessidade de justificar a rejeição do sábado pela grande maioria do mundo cristão durante os séculos XVII e XVIII), eles argumentam que as curas realizadas por Cristo no sábado anunciavam a morte desse mandamento.


E quanto a esses argumentos? Um exame cuidadoso do que Jesus fez no sábado mostra o oposto do que esses teólogos estão tentando tirar dos próprios incidentes.



5. Leia Mateus 12:1-13. Qual é o contexto da cura, por que Jesus a realizou especificamente no sábado, e qual é a lição principal que Ele estava dando?



Talvez o texto-chave, que explica tudo, seja o verso 7. Toda a questão era a respeito de pessoas, de misericórdia, bondade e amor pelos outros. Adequadamente observado, o sábado nos oferece mais oportunidades de mostrar bondade e misericórdia aos que necessitam do que teríamos nos outros dias da semana, quando somos forçados a ganhar o sustento. O problema era que o sábado havia se tornado sobrecarregado com muitas leis e regulamentos criados pelo homem, que logo se tornaram um fim em si mesmos, e não o meio para alcançar um fim: amar a Deus e as outras pessoas. A Bíblia declara que o amor é o cumprimento da lei, e qualquer coisa que transforma a lei em algo que nega o amor, ou que atua contra o amor deve ser descartada. O sábado se havia tornado uma lei sem amor, o que é legalismo cruel. Era contra isso que Jesus estava lutando ao curar no sábado.


A dureza da instituição religiosa foi vista na cura do cego de nascença (Jo 9). Observe o verso 16: Um exemplo de ênfase na lei sem amor!


No fim, se Jesus estivesse usando Sua cura no sábado para começar a afastar as pessoas do descanso do sétimo dia, com certeza essa teria sido uma estranha maneira de fazer isso.



De que maneiras podemos apresentar a lei sem amor? Você tem cometido esse erro?



Quinta
Ano Bíblico: Nm 15, 16


Jesus e Seu sábado: Parte 2




“Está consumado!” (Jo 19:30).



Por meio de Seus milagres no sábado, Jesus demonstrou o real significado desse dia. É o dia para cura e restauração. Jesus pretendia que o sábado chamasse a atenção para o poder criador de Deus. Assim, o sábado é o dia em que Ele liberta os cativos (Lc 4:31-37), faz com que os coxos andem (Lc 13:10-17; Jo 5:1-9) e restaura a visão aos cegos (Jo 9).


Para Jesus, o sábado estava mais relacionado com pessoas do que com regras. Em parte, foi por isso que Ele fez Sua famosa declaração de que “o sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Mc 2:27).


Ao mesmo tempo, como vimos anteriormente nesta semana, se devidamente guardadas, as leis protegem as pessoas.


Jesus não apenas confirmou a validade e importância de descansar no sábado enquanto viveu na Terra, mas fez isso também na Sua morte.



6. Que fato foi apresentado pelos quatro evangelhos? De acordo com os textos, o sábado ainda permanece válido? Mt 27:57–28:1; Mc 15:42–16:1; Lc 23:52–24:1; Jo 19:31–20:1



Depois que Ele clamou: “Está consumado!” (Jo 19:30), isto é, depois da concretização da obra de redenção (antes de Sua intercessão celestial), o que Jesus fez? Ele descansou no sétimo dia. Parece familiar? Onde já vimos isso? É claro, em Gênesis 2:1-3. Depois da divina obra de criação, Ele descansou no sétimo dia. Então, depois de Sua obra de redenção, Ele fez a mesma coisa.


Além disso, à luz de toda a questão de Jesus afastar do sábado a humanidade, Seu exemplo de descanso na sepultura durante o sábado é, de fato, outra maneira estranha de comunicar essa ideia. Na verdade, especialmente por ter Sua morte confirmado a nova aliança, a qual supostamente anula o sábado, é muito difícil entender a lógica dos que acreditam que o mandamento do sábado foi abolido depois da cruz. Se tivesse sido abolido, por que a primeira coisa que Jesus fez depois da cruz foi descansar no sábado?


Assim, tanto na vida quanto na morte, Jesus nos mostrou a contínua validade e importância do sábado.



Sexta
Ano Bíblico: Nm 17–19



Estudo adicional




Deveria Deus impedir o Sol de cumprir sua missão no sábado, deter seus fecundos raios de aquecer a Terra e nutrir a vegetação? Deveriam os sistemas planetários ficar imóveis durante aquele santo dia? Ordenaria às fontes que se abstivessem de regar os campos e as florestas, mandaria às ondas do mar que detivessem seu incessante fluir e refluir? Deveriam o trigo e o milho deixar de crescer, e o cacho adiar seu belo colorido ao maturar? Não hão de as árvores florescer, nem desabrochar as flores no sábado?


“… Deve-se atender às necessidades da vida, cuidar dos doentes, suprir as faltas dos necessitados. Não será tido por inocente o que negligenciar aliviar o sofrimento no sábado. … Deus não deseja que Suas criaturas sofram uma hora de dor que possa ser aliviada no sábado, ou noutro dia qualquer” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 206, 207).



Perguntas para reflexão
1. Hoje, é fácil zombar da dureza e frieza dos líderes religiosos que atacavam Jesus. Mas tente se colocar em seu lugar. Essas regras feitas pelo homem existiam havia tanto tempo que esses líderes pensavam que elas fossem a própria essência da guarda do sábado. Por essa razão, eles realmente acreditavam que Jesus estava transgredindo o sábado. Como nos sentiríamos se aparecesse alguém hoje e, alegando ter grande luz e verdade, talvez até fazendo milagres, mas estivesse em nossa opinião pisando no quarto mandamento? Como reagiríamos? Que lição importante podemos aprender com esse exercício de saber separar a verdade da mera tradição? Por que nem sempre é fácil fazer isso?


2. Coloque-se no lugar de alguém que acredita que os milagres de Jesus no sábado mostram que Ele supostamente estivesse abolindo o descanso no sétimo dia. Compare o que a Bíblia ensina que Ele disse e fez com o que você pode imaginar que Ele faria se estivesse realmente fazendo essa mudança. O que você acha que Ele teria feito de maneira diferente?


Resumo: A Bíblia revela Jesus como o Senhor do sábado, o sinal básico de Jesus como Criador e Redentor.



Respostas sugestivas: 1: Deus criou o sétimo dia; descansou nele; abençoou e santificou o sábado. 2: Três vezes; indica que Deus escolheu e honrou esse dia de forma especial, e que Deus é Senhor da vida, do espaço e do tempo. 3: Trabalhar seis dias e santificar o sábado, seguindo o exemplo de Deus. 4: Diferenças: o sábado é sinal da criação e da libertação; paramos de trabalhar para não esquecer do que Deus já fez e para lembrar do que Deus ainda faz por nós; semelhanças: trabalhar seis dias; descansar no sétimo; igualdade entre ricos e pobres, humanos e animais. 5: Jesus colheu espigas para comer e curou o homem que tinha a mão atrofiada, para mostrar que Ele era Senhor do sábado e sabia o que fazia parte do espírito desse dia, ao contrário dos fariseus. 6: O corpo de Jesus descansou na sepultura no dia de sábado. Seus seguidores também descansaram, conforme o mandamento.

Resumo da Lição 6 – Deus, o legislador



Texto-chave: Isaías 33:22


O aluno deverá...
Saber:
Descrever o caráter imutável de Deus, como revelado em Sua lei.
Sentir: Empatia com os sentimentos de Moisés e do povo de Israel enquanto Deus proclamava Sua lei do Monte Sinai.
Fazer: Aceitar a instrução da lei, quando ela ensina acerca da nossa necessidade de um Salvador, e nos alegrarmos na lei, uma vez que ela nos protege e nos liberta para que estejamos verdadeiramente em Cristo.


Esboço

I. Saber: A imagem do caráter de Deus
A. As declarações aparentemente negativas de alguns dos Dez Mandamentos realmente são exemplos muito positivos de quem é Deus e como Ele nos criou para que pudéssemos atuar em nosso mais pleno potencial.
B. O que podemos aprender sobre o caráter de Deus a partir das leis naturais que regem o Universo?
C. Qual é a evidência de que a lei de Deus era conhecida e estava em vigor antes de Monte Sinai?



II. Sentir: A importância do temor
A. Por que era importante que Deus apresentasse Sua lei no Monte Sinai com uma demonstração de poder tão grande que inspirasse temor e reverência?
B. O temor saudável para com a lei nos conduz ao Salvador.



III. Fazer: Alegria na lei
Que aspectos da lei produzem em seu coração um sentimento de alegria, louvor e amor para com o Legislador, e como você pode partilhar essa alegria?



Resumo: Visto que a lei descreve como Deus vive e como Ele pretende que vivamos, podemos concluir que, quando deixamos que Ele escreva essas leis em nosso coração, estamos livres para viver com alegria, de maneira mais semelhante à nossa própria essência.



Ciclo do aprendizado



Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual:
A lei de Deus, conforme resumida nos Dez Mandamentos e os ensinamentos específicos de Jesus oferecem direção e propósito para nossa vida, bem como visão profunda sobre a natureza de Deus.
Só para o professor: Obtenha uma cópia das regras oficiais de um ou mais esportes populares na sua região ou entre os membros da classe. É possível obter as regras na internet. Para futebol, por exemplo, as regras podem ser encontradas em www.fifa.com/worldfootball/lawsofthegame.html, ou talvez obtidas a partir de um clube ou associação desportiva local. Familiarize-se com essas regras e, se você tiver a oportunidade, talvez pesquise onde e quando essas regras foram desenvolvidas e como elas mudaram com o tempo. Faça cópias das regras para que os alunos possam examinar, ou projete numa tela. Na discussão descrita abaixo, ao conversar sobre as regras esportivas, mantenha um espírito alegre. Tente assegurar-se de que os alunos não sejam demasiadamente distraídos pela metáfora esportiva. Evite a precipitação ao mover a discussão das regras esportivas para a lei de Deus e seu propósito de nos levar a viver da maneira que Deus deseja.



Atividade de abertura: Se possível, distribua ou apresente na tela as cópias das regras de um esporte. Peça que os alunos reflitam sobre a complexidade ou simplicidade das regras que foram delineadas. Peça aos alunos que sugiram alterações às regras e pergunte, se for o caso, o que essas regras mostram sobre o tempo e o lugar em que foram elaboradas. Em seguida, peça que imaginem como o jogo poderia mudar se todas ou a maior parte das regras fossem removidas. O jogo seria possível sem regras? De que forma essas regras são semelhantes à lei de Deus? Quais são as diferenças? Como as regras beneficiam o jogo? Como as leis de Deus beneficiam nossa vida?


Compreensão
Só para o professor:
Esta seção oferece a oportunidade de considerar o papel da lei divina no desenvolvimento do relacionamento entre Deus e a humanidade.


Comentário Bíblico



I. Introduções à lei de Deus
(Recapitule com a classe Gn 4:3-16; 9:5, 6; 26:4, 5; 35:2, 3; Êx 16:23-30; Jó 24:14, 15.)


Muitas pessoas, com intenção de escrever uma introdução ao cristianismo, têm procurado relacioná-lo com algo natural no ser humano, o senso do que é certo ou errado, justo ou injusto. Por exemplo, no livro Mere Christianity [Cristianismo Puro e Simples], um clássico do século 20, C. S. Lewis descreve uma espécie de lei natural que governa as ações humanas em quase todas as sociedades e parece inata a todos nós até certo ponto. Observando as mais simples interações humanas, ele argumenta: "Somos forçados a acreditar na realidade do certo e do errado" (Londres, Fount Paperbacks, 1977, p. 18). E parece que as coisas sempre foram assim. Temos poucas informações sobre o que os primeiros seguidores de Deus aprenderam acerca da lei de Deus e da realidade do certo e do errado. Mas a partir do primeiro pecado surgiu um senso de culpa que deve ter sido uma das formas pelas quais Deus mostrou aos primeiros seres humanos sua condição de abatimento e necessidade de um novo relacionamento com Ele.


Pense nisto: Você acha que os seres humanos têm um senso natural do certo e do errado?



II. Recebendo a lei
(Recapitule com a classe Êx 19:16-25; 20:18-21.)


Imagine que você está entre os israelitas, acampados junto ao Monte Sinai. Você presenciou as pragas no Egito, a fuga miraculosa e a travessia do Mar Vermelho. Agora você come maná todos os dias. Você viu Deus agindo em favor de Seu povo. Mas agora Deus diz que você deve se preparar para encontrá-Lo no monte. A terra treme. Você vê, ouve e sente a presença de Deus. Você está com medo e, de alguma forma, também impressionado. Como isso poderia mudar sua compreensão de Deus?


Pense nisto: Por que você acha que Deus apareceu para os israelitas daquela forma, naquela ocasião? De que maneira você acha que Deus prefere Se apresentar ao longo das histórias bíblicas, visto que Ele, às vezes, Se revela de maneiras tão diferentes? Por que muitas vezes percebemos Sua presença física, e às vezes, ouvimos uma voz mansa e suave? Por que O contemplamos na figura de um humilde bebê e em outro momento na glória de um rei vitorioso?



III. Jesus confirma, cumpre, e expande a lei
(Recapitule com a classe Mt 5:17-30, 33-48; 7:12.)


Jesus disse: “Não pensem que vim abolir a lei ou os profetas; não vim abolir, mas cumprir” (Mt 5:17, NVI). Em Seus ensinos Ele procurava tanto confirmar quanto ampliar a compreensão dos ouvintes sobre a lei de Deus. Os exemplos específicos acima, extraídos do Sermão da Montanha, demonstram Sua abordagem para com a lei de Deus. De maneira firme, Ele enfatizava que a melhor maneira de viver no reino de Deus incluía uma profunda compreensão e comprometimento em relação à lei de Deus.


Pense nisto: Como sua compreensão do que Jesus viveu e ensinou o ajudam a entender a lei de Deus? Como as explicações mais amplas de Jesus sobre alguns dos mandamentos afetam sua compreensão do que eles significam para você?


IV. Escritos por Deus
(Recapitule com a classe Êx 32:15, 16; Jo 8:6; Hb 8:10; 10:16.)


Embora a Bíblia seja uma obra de literatura, há apenas alguns exemplos do próprio Deus escrevendo. A aliança, tradicionalmente considerada como os Dez Mandamentos, é um desses raros exemplos. Deus criou um ponto de referência físico ao qual Seu povo poderia recorrer. Fica claro que o encontro no Monte Sinai era mais para estabelecer um relacionamento, uma aliança, do que simplesmente instituir um sistema legal. Essa mesma ideia é transmitida nas promessas de escritores posteriores de que Deus escreveria Suas leis no coração de Seu povo. Portanto, é mais uma questão sobre relacionamento e aliança do que um assunto de leis.


Pense nisto: Compare: por que dizem que Deus escreveu Suas leis na pedra, mas Jesus escreveu os pecados do povo na areia (leia Jo 8:6)? O que significa ter a lei de Deus escrita no coração?



Aplicação
Só para o professor: Quando Deus Se encontrou com Seu povo recém-libertado no Monte Sinai, Ele tinha grande desejo de estabelecer um relacionamento novo, saudável e duradouro. Naquele momento, a proclamação de Sua lei não foi simplesmente a criação de regras. O objetivo foi a formalização de uma aliança que seria a base desse relacionamento. Ao fazer isso, Ele também mostrou uma representação de Seu caráter, demonstrando que Ele, como Criador e Redentor, queria o melhor para Seu povo.



Perguntas de aplicação
1. Como você explicaria "a lei de Deus" para alguém que sabe pouco ou nada sobre Deus?
2. Que benefícios a obediência à lei divina poderia trazer para os não cristãos? Seria possível a um não cristão obedecer à lei de Deus?
3. Quais são as semelhanças entre a lei de Deus e as regras de um esporte ou as leis de uma nação? Quais são as diferenças?
4. Por que você acha que muitos dos escritores do Antigo Testamento dedicaram tempo cantando especialmente os louvores da lei de Deus? Devemos partilhar dos seus sentimentos? Como podemos fazer isso?
5. Por que Jesus passou tanto tempo falando sobre a lei de Deus?
6. Qual é a importância da lei de Deus no Novo Testamento? Por quê?
7. Como a lei de Deus pode se tornar mais significativa em sua vida cotidiana?



Criatividade
Só para o professor: Estas atividades se destinam a motivar os alunos a examinar os Dez Mandamentos e sua aplicação para nossa vida de diferentes maneiras.



Sugestões de atividades individuais: Se for possível, distribua papel e caneta aos alunos e peça que eles passem um tempo com suas Bíblias refletindo sobre os Dez Mandamentos (Êx 20:3-17) e descobrindo como cada um deles nos dá um vislumbre da natureza de Deus. Peça que os alunos escrevam, ou comentem na classe as suas ideias, analisando verso por verso ou mandamento por mandamento. Sugira que os alunos usem alguma das perguntas a seguir ou todas elas para ajudar em sua reflexão: 1. Que aspecto do caráter de Deus é revelado em cada mandamento? 2. O que aprendemos com cada um dos mandamentos sobre viver como seguidor de Deus? 3. Que diferença haveria no mundo se todos vivessem de acordo com os mandamentos? 4. Que diferença haveria na igreja? Que diferença haveria em nossa vida? Depois de dar tempo suficiente para reflexão pessoal e anotação, incentive os alunos a partilhar suas ideias mais significativas, em duplas ou com todo o grupo.

 


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