sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA (LEIA E SE APROXIME MAIS DO CRIADOR DO UNIVERSO!!!!

Deus como redentor

 
 


 

 
 

Sábado à tarde

Bíblico: Gn 43–45

VERSO PARA MEMORIZAR: "Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças" (Ap 5:12)
Leituras da semana: 
Rm 1:18
Gn 3:15Rm 16:201Pe 1:19Mc 10:32-45Mt 27:46

 
 

Pensamento-chave: O Deus Triúno não é apenas nosso criador, Ele é também nosso redentor.

 
 

Estritamente relacionado ao papel de Deus como criador está Seu papel como redentor. O pecado é tão mau, tão mortal, tão hostil ao mundo criado, que só o Criador poderia resolver o problema. E Ele o fez, na pessoa de Jesus Cristo.
"Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo" (Ef 2:13, NVI). Não por obras, nem por qualquer coisa que possamos fazer, mas por Sua graça, podemos ser resgatados do pecado e ser "aproximados" dEle. Cristo suportou a ira de Deus para que nenhum de nós jamais tivesse que suportá-la. Isso, em essência, é o plano da salvação.
"A mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus" (1Co 1:18, NVI). O escândalo da cruz é que esta parece um grande absurdo para o pensamento humano: Deus Se torna um sacrifício em favor de seres humanos pervertidos, até mesmo Seus inimigos declarados, sofrendo a penalidade por seus pecados para que eles não tivessem que enfrentá-la. Difícil de entender, não é? A expiação é tão profundae tão intensa que a respeito dela compreendemos apenas o que está ao nosso alcance. Além disso, o pensamento não consegue avançar, e tudo o que podemos fazer é adorar.

 
 

Domingo

Ano Bíblico: Gn 46, 47

 
 

Na cruz

 
 

1. Qual foi a prova do amor de Deus pela humanidade? Como isso afeta você? Rm 5:8

 
 

Na cruz, da maneira mais humilhante e inconcebível que se possa imaginar, Deus venceu e humilhou o inimigo. Amor, justiça e compaixão se fundiram num ato dinâmico e singular. Deus perdoou os pecadores pagando o preço e absorvendo em Seu próprio sofrimento a penalidade do pecado. No Calvário, Deus revelou o grande preço do perdão.
Cristo não morreu a fim de criar no coração de Deus amor por nós. Não! Jesus afirmou que o amor do Pai é a fonte, não a consequência da expiação (
Jo 3:16, 17). Deus não passou a nos amar porque Cristo morreu por nós; Cristo morreu por nós porque Deus nos amava. A expiação de Cristo não foi oferecida para convencer o Pai a amar aqueles que de outra forma seriam odiados. A morte de Cristo não gerou um amor que ainda não existia. Ao contrário, foi a manifestação do amor que estivera eternamente no coração de Deus. Jesus nunca teve que convencer o Pai a nos amar. Observe como Ele afirmou essa verdade em João 3:16, 1716:26, 27.
A verdadeira tragédia é que perdemos grande parte do conhecimento de Deus, contra quem pecamos. Nem mesmo sentimos muita necessidade de arrependimento, porque nem sempre temos certeza de quanto temos ofendido a Deus com nossos pecados. Podemos nos tornar insensíveis com relação à maldade do pecado. O moderno sentimentalismo religioso muitas vezes minimiza a repugnância ao pecado. E porque o pecado não mais nos deixa indignados, talvez se torne mais difícil perceber que o pecado provoca a ira de um Deus santo.

 
 

2. Paulo não tinha medo de falar sobre a ira de Deus. Contra quem essa ira se revela? Rm 1:18?

 
 

Essa forte declaração mostra como Deus lidou com o problema da influência universal do pecado ao longo da história. Paulo aprofundou esse tema nos dois capítulos seguintes (até Rm 3:20).
Um aspecto surpreendente do evangelho é o fato de que Deus é tanto o vencedor sobre nosso pecado quanto a vítima dele. E, como resultado desse duplo papel, nosso santo Deus pode manter Sua aliança com os pecadores que transgrediram a aliança. O amor de Deus não leva a uma agradável tolerância do pecado e do mal, mas à vitória sobre ele. É precisamente porque Deus é amor que Ele Se opõe ao pecado e ao mal, porque estes corrompem e destroem Seus filhos amados. A morte que Jesus suportou na cruz foi o preço que Seu amor pagou por lidar com o pecado de maneira séria e, ao mesmo tempo, ainda amar os pecadores.

 
 

Você leva a sério o pecado? Quais são os critérios que você usa para justificar sua resposta?

 
 

Segunda

Ano Bíblico: Gn 48–50

O evangelho no Antigo Testamento

 
 

3. Quando foi dada a primeira promessa de salvação, e o que ela significa? Gn 3:15

 
 

Alinguagem aqui é impressionante. Adão e Eva pecaram. Então, o grande conflito foi anunciado a eles através da linguagem de forte "inimizade" entre dois lados opostos. Essa era uma preciosa promessa para os corações humanos que se tornaram atraídos ao pecado. Recebemos também a certeza de que esse grande conflito não será eterno, porque a cabeça do inimigo um dia será esmagada. Nesses versos, não apenas o grande conflito é revelado pela primeira vez, mas também somos informados a respeito de como será o fim dele.

 
 

4. Com base na esperança que Paulo encontrou em Gênesis 3:15, qual foi sua mensagem? Rm 16:20

5. Moisés narrou uma comovente história de expiação. A partir dessa narrativa, o que podemos aprender sobre a expiação posterior de Cristo? Gn 22:1-19

Observe as muitas referências ao pai e ao filho e como eles foram juntos para a montanha do sacrifício. O filho carregou a madeira, e o pai, os instrumentos do sacrifício (fogo e faca). Isaque, muito mais novo que o pai, poderia ter dominado Abraão na montanha do sacrifício. Mas, em vez disso, vemos dois milagres: o pai entregando o filho e o filho entregando a vida.
Que representação poderosa da morte sacrifical de Cristo em nosso favor! A cena, por mais poderosa e comovente que fosse, era apenas uma pequena antecipação do momento em que, séculos mais tarde, outro Pai entregaria Seu Filho. Dessa vez, porém, não haveria nenhum animal para morrer em lugar do Filho. O próprio Filho morreria no altar. O Pai realmente sacrificaria Seu Filho, e o Filho daria a vida.
Ali, no Monte Moriá, foi apresentada ao mundo uma figura muito poderosa (mas apenas uma figura) do plano da salvação e do preço para redimir da ruína do pecado a humanidade caída.

 
 

Terça

Ano Bíblico: Êx 1–4

Salvação em Isaías

 
 

Na famosa estrada de Emaús, Jesus ensinou aos dois discípulos entristecidos sobre a expiação a partir de "Moisés e todos os profetas" (Lc 24:27, NVI). Que materiais proféticos Jesus pode ter incluído em Seu estudo da expiação?
É muito provável que Isaías estivesse entre os profetas aos quais Jesus Se referiu.

 
 

6. Que detalhes ajudam a entender mais completamente a incrível expiação de Cristo, descrito como "Servo sofredor"? Is 53

 
 

Embora exista muita coisa nesse capítulo, um ponto que se destaca mais do que qualquer outro é o papel substitutivo do Servo sofredor. Observe que, em todas as vezes, Ele está pagando o preço pelos pecados dos outros. Frequentemente esse tema aparece, ensinando que a essência da salvação, da expiação, é a morte de Jesus em nosso favor. Como pecadores, transgredimos a lei de Deus; nada podemos fazer para nos justificarmos diante dEle. Todas as nossas boas obras não podem transpor o abismo que nos separa de Deus. A única maneira de nos salvar era Jesus pagar a penalidade em nosso lugar e, então, nos oferecer Sua perfeita justiça, que reivindicamos pela fé.
Se de alguma forma nossas obras tivessem algum mérito para nos justificar diante de Deus, Jesus não precisaria ter morrido por nós. O fato de que Ele morreu e de que a expiação exigiu nada menos do que Sua morte, deve ser prova suficiente de que não podemos obter a salvação por nós mesmos. Ao contrário, é inteiramente um dom da graça.

 
 

7. Que conceitos de Isaías 53 inspiraram Pedro em sua explicação sobre a morte expiatória de Cristo em nosso favor? 1Pe 1:192:21-25

 
 

Isaías 53 apresenta, talvez, a mais clara explanação teológica da cruz, mostrando de forma inequívoca que, seja o que for que a cruz represente, isso significa Cristo morrendo em nosso favor, suportando em Si mesmo o castigo que merecemos.

 
 

Usando Isaías 53 como base, pense sobre as cenas finais da vida de Cristo. Tenha em mente que a pessoa descrita ali é nosso Deus, nosso Criador, uma parte da Divindade. Como podemos entender essa incrível verdade?

 
 

Quarta

Ano Bíblico: Êx 5–8

 
 

Os evangelhos e a cruz

 
 

Apesar do impressionante milagre da encarnação de Cristo, Seus profundos ensinamentos e os milagres que realizou, esses não eram o foco central da vida de Cristo. Em vez disso, o que dominava o pensamento de Jesus era a entrega de Sua vida. Embora Seu nascimento e ministério fossem miraculosos, a grande missão da vida de Cristo era Sua morte.
Nos quatro evangelhos, vemos Jesus Se esforçando para preparar os discípulos para Sua morte iminente. No entanto, sua devoção a Jesus, juntamente com sua esperança de um Messias político, os impediu de compreender o que Jesus estava lhes dizendo.

 
 

8. Como Jesus descreveu Sua morte iminente? O que estava errado com o pedido de Tiago e João? Qual foi a resposta incisiva de Jesus? Mc 10:32-45

 
 

Na noite anterior à da Sua morte, Jesus celebrou a ceia da Páscoa com Seus discípulos. Então, deu instruções de que esse ritual deveria ser observado até que Ele voltasse novamente. Essa cerimônia de comunhão instituída pelo próprio Senhor é o único ato comemorativo autorizado pessoalmente por Jesus. Não é um memorial da encarnação, nem dos milagres, nem das parábolas, nem da pregação dEle, mas somente de Sua morte. Acima de tudo, o próprio Cristo desejava ser lembrado por Sua morte.
De fato, nos relatos dos quatro evangelhos acerca da vida do Messias, a grande ênfase foi colocada sobre a crucifixão e os acontecimentos em torno dela. O incrível milagre da encarnação é mencionado apenas por Mateus e Lucas. Apenas dois capítulos em cada um desses evangelhos registram a concepção e o nascimento de Cristo. Marcos e João omitem qualquer comentário sobre o nascimento de Cristo e começam seus evangelhos com Jesus adulto.
No entanto, os quatro escritores do evangelho decididamente enfatizam a última semana da vida de Cristo e, claro, Sua morte. Olhe rapidamente os evangelhos e observe a evidente ênfase em apenas alguns dias da vida de Cristo. A última semana da vida de Jesus, incluindo os eventos anteriores à Sua morte e a própria crucifixão, ocupa de um terço a quase metade de todos os relatos dos evangelhos. Cada leitor é "forçado" a prestar atenção no grande ato redentor de Deus.

 
 

Examine sua vida, com seu passado, erros e pecados. Honestamente, você acha que as obras, passadas ou presentes, poderiam expiar os pecados? Por que você deve focalizar a morte de Jesus em seu favor? Sem esse sacrifício, que esperança haveria na vida?

 
 

Quinta

Ano Bíblico: Êx 9–11

 
 

O brado na cruz

 
 

Nada é mais destrutivo para nossa compreensão da expiação de Cristo do que o sentimentalismo que passa pelo cristianismo em nossos dias (tudo na tentativa de adaptar o evangelho ao pensamento moderno). No entanto, devemos sempre reconhecer humildemente que nada que possamos dizer sobre Deus nunca poderá fazer justiça a Deus, especialmente quando consideramos a expiação. Devemos evitar a tentação de reduzir a morte de Jesus na cruz a apenas um "exemplo de amor altruísta". Certamente foi isso, mas, considerando nossa condição de pecadores, seria necessário mais do que "um exemplo de amor altruísta" para nos redimir. Exigiria, em lugar disso, que Deus sofresse toda a força de Sua própria ira contra o pecado.

 
 

9. Qual foi o brado de Jesus na cruz? Como devemos entender essas palavras? Por que Jesus disse isso? Como esse impressionante grito nos ajuda a entender o preço da nossa salvação? Mt 27:46

 
 

"E agora, estava a morrer o Senhor da glória, o resgate da humanidade… Sobre Cristo, como nosso substituto e penhor, foi posta a iniquidade de nós todos. Foi contado como transgressor, a fim de nos redimir da condenação da lei… O Salvador não podia enxergar para além dos portais do sepulcro… Temia que o pecado fosse tão ofensivo a Deus que Sua separação houvesse de ser eterna… Foi o sentimento do pecado, trazendo a ira divina sobre Ele, como substituto do homem, que tão amargo tornou o cálice que sorveu, e quebrantou o coração do Filho de Deus" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 752, 753).
Jesus dirigiu essa oração a "Deus" e não ao "Pai", como Ele sempre tinha feito. Os brados de Cristo na cruz não foram uma demonstração exemplar de que Ele parecia sofrer, a fim de mostrar que nos ama. Não! Era Deus Se entregando à morte para que nosso destino não fosse determinado pela morte. Era o próprio Deus morrendo a morte da qual podemos ser poupados, a morte que, do contrário, o pecado traria a todos nós.
Três evangelhos registram que Jesus clamou em alta voz da cruz, enquanto estava morrendo. Esses altos brados são igualmente mencionados no livro de Hebreus: "Durante os Seus dias de vida na Terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, Àquele que O podia salvar da morte" (Hb 5:7, NVI). O "brado de desamparo" de Jesus é o clamor mais doloroso da Bíblia. Nos evangelhos, não existe nenhuma expressão que se iguale à de Jesus na cruz. Nessse brado temos um vislumbre do que o Senhor estava disposto a sofrer, a fim de nos trazer a salvação.

 
 

Sexta

Ano Bíblico: Êx 12, 13

 
 

Estudo adicional

 
 

Oh! Quão ineficiente, quão incapaz sou eu para expressar as coisas que ardem em meu coração com referência à missão de Cristo! … Não sei como falar nem como escrever acerca do grande tema do sacrifício expiatório. Não sei como apresentar os assuntos com o vivo poder em que se acham diante de mim. Tremo de temor de menosprezar o grande plano da salvação por palavras comuns"
(Ellen G. White, 
Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 115).
"A infinita misericórdia e amor de Jesus, o sacrifício feito por Ele em nosso favor demandam a mais séria e solene reflexão. Devemos demorar o pensamento no caráter de nosso amado Redentor e Intercessor… Ao contemplarmos assim os temas celestiais, nossa fé e amor se fortalecerão, e nossas orações serão cada vez mais aceitáveis a Deus, porque a elas se misturarão cada vez mais a fé e o amor. Serão inteligentes e fervorosas. Haverá mais constante confiança em Jesus, e uma diária e viva experiência em Seu poder de salvar perfeitamente a todos os que por Ele se chegam a Deus" (Ellen G. White, 
Caminho a Cristo, p. 89).

 
 

Perguntas para reflexão
1. O amor de Deus não é como o afeto débil e, às vezes, irregular que damos uns aos outros. O que o ato de Cristo como Salvador nos ensina sobre o amor divino?
2. A compreensão da santidade de Deus, em contraste com nossa pecaminosidade, nos ajuda a entender melhor o alto preço de nossa salvação?
3. Pense na história de Abraão e Isaque em 
Gênesis 22. De que forma ela nos ajuda a entender a natureza do sacrifício de Cristo em nosso favor? Em que sentido o relato não consegue mostrar tudo o que pretendia simbolizar?

 
 

Resumo: Se necessitamos de alguma prova de que as obras não poderiam nos salvar, temos a prova na morte de Jesus. Afinal, o que mais os seres caídos poderiam acrescentar a esse sacrifício?

 
 

Respostas sugetivas: 1: Cristo morreu para nos salvar, mesmo sendo nós ainda pecadores. Por amor nos criou e recriou. 2: Contra os homens perversos e ímpios, que detém a verdade pela injustiça. 3: Depois do pecado de Adão e Eva. A profecia indica a vinda do Redentor, o Descendente da mulher, que esmagaria a cabeça da serpente, ao morrer na cruz. 4: O Deus da paz destruirá de uma vez por todas Satanás, o pecado e seus efeitos. 5: O Pai ofereceu o Filho e o Filho Se entregou. Deus enviou Jesus para morrer por nós na cruz. 6: Ele Se humilhou e sofreu calado, como uma ovelha. Pagou o preço dos nossos pecados. Seu sacrifício foi motivado pelo desejo de salvar os pecadores. 7: O Cordeiro de Deus derramou o sangue imaculado, em nosso lugar; não retribuiu a violência que sofreu; carregou os nossos pecados, para que vivamos para a justiça. 8: Ele daria a vida em resgate por muitos; Tiago e João pediram um lugar de honra; Jesus disse: quem quisesse se tornar grande deveria servir; Ele serviu na cruz. 9: "Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?"; o pecado afasta a criatura do Criador; Jesus Se sentiu angustiado e afastado do Pai; o desespero fez parte do preço da salvação.


 

Resumo da Lição 3 – Deus como redentor

Texto-chave: Apocalipse 5:12
O aluno deverá…
Conhecer:
 Diversas histórias e símbolos do Antigo e Novo Testamentos que enfatizam a cruz como o centro da revelação da natureza de Deus.
Sentir: Empatia com o Cristo sofredor na cruz e o Pai agonizante oculto em um véu de escuridão.
Fazer: Partilhar do sofrimento de Deus como parte da vida que vivemos em Cristo e por meio dEle.
Esboço

I. Conhecer: O centro do evangelho
A. No jardim do Éden, a promessa de derrotar Satanás veio com o reconhecimento do preço dessa vitória. Qual foi esse preço?
B. Que outras histórias bíblicas e versos demonstram o sofrimento de Deus, que comprou nossa cura?
II. Sentir: Pelas Suas feridas
A. Por que é tão importante meditar sobre o sofrimento de Cristo e do Pai durante a crucificação?
B. Que efeitos sobre nossas emoções e atitudes para com Deus são produzidos pelo exercício de imaginar as imagens do Servo sofredor e refletir acerca elas?
III. Fazer: Partilhando de Seu cálice
A. Como podemos partilhar do cálice do sofrimento de Cristo?
B. Somos transformados à medida que meditamos no preço que o Pai e o Filho pagaram pela nossa salvação.
Resumo: A agonia e o horror do sofrimento de Cristo na cruz e a dor do Pai por enviar Seu Filho para esse tormento, ilustram tanto o preço terrível do pecado quanto o amor infinito de Deus, que O levou a tomar sobre Si a penalidade pelas nossas transgressões.

 
 

Ciclo do aprendizado

Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: A justiça de Deus é revelada em Sua ira contra o pecado. Sua misericórdia é revelada na distância que Ele percorreu para assegurar que não teríamos que partilhar do destino do pecado.
Só para o professor: Enfatize a importância de uma compreensão equilibrada do ato redentor de Cristo. A realidade de nossa redenção não é uma desculpa para considerar o pecado de maneira leviana, mas, ao contrário, é um chamado à grata obediência e louvor ao Deus que revelou Seu caráter nos impressionantes atos de Seu Filho.

 
 

Cínicos muitas vezes ficam confusos com o uso cristão da cruz como símbolo, particularmente quando usada como joia, ou de outra forma, embelezada ou adaptada na arte cristã popular. Podem salientar que isso é a mesma coisas que usar como símbolo uma cadeira elétrica estilizada ou qualquer outro instrumento de execução e tortura. De certa forma, eles estão certos. A cruz era um instrumento de execução e tortura. Causa espanto pensar na mente da pessoa que pensou pela primeira vez em matar seus inimigos dessa forma. O que poderia ser mais diametralmente oposto ao que Jesus Cristo representava e desejava para Seus filhos do que um instrumento de morte que não apenas matava, mas matava dolorosamente, ao longo de vários dias, e alistava as próprias forças da natureza (sol, chuva, etc.) no seu trabalho?
Os primeiros cristãos sabiam tudo sobre isso. Eles eram altamente ambivalentes sobre o uso da cruz como símbolo, embora tivessem entendido o sacrifício de Cristo tão bem quanto nós, ou melhor do que nós. Raramente se encontra algo parecido com a cruz ou crucifixo modernos na iconografia cristã dos primeiros séculos. Cristo é simbolizado pelo peixe ou âncoras, mas quase nunca por esse instrumento de morte e tortura. A cruz nem mesmo foi o símbolo cristão preferido pelo imperador Constantino, que usava o símbolo 
Chi, as duas primeiras letras gregas no nome de Cristo.
Porém, na Sua morte expiatória, Cristo tomou a cruz, que devia ter sido símbolo de todo o mal que tinha vindo ao mundo como resultado do pecado, e fez dela um símbolo do oposto, do bem supremo e do altruísmo. Se Ele pôde fazer isso com a cruz, o que Ele pode fazer por nós?
Pense nisto: Muitas vezes, a cruz pode se tornar banalizada, especialmente se vivemos em um lugar no qual as pessoas, em sua maioria, se identificam como cristãos. Podemos ver isso, mas não refletir verdadeiramente sobre a questão. Qual é realmente o significado da cruz para nós?
Compreensão
Só para o professor: É muito fácil nos gloriarmos em nossa redenção em Cristo, sem a plena compreensão do seu verdadeiro preço ou o do que tornou necessária essa redenção. Enfatize que o pecado não é coisa trivial nem brincadeira, e não é como um pedaço de bolo de chocolate sobre o qual nos referimos dizendo que é um "pecado delicioso". Se fôssemos deixados por nós mesmos, seríamos destruídos pelo mal. Nossa redenção do pecado causou a morte dolorosa e solitária do Filho de Deus.

Comentário Bíblico

I. Deus está irado com você?
(Recapitule com a classe 
Rm 1:18.)
Para muitos, a ira de Deus é um conceito difícil de entender. Se pudessem, eles a baniriam para as margens do Antigo Testamento. No entanto, ela aparece quase no começo de um livro (Romanos) que a maioria das pessoas associa com o amor e a graça de Deus. Então, o que é a ira de Deus? Contra o que ou quem ela é dirigida? Ela é realmente o que pensamos sobre ira ou ódio, ou é apenas uma forma de se referir às consequências naturais do pecado?
Em primeiro lugar, todos já experimentamos a ira humana e conhecemos pessoas iradas. Quase sempre a experiência não tem sido positiva. Talvez a ira tenha sido justificada, ou arbitrária, ou injusta. Em todo caso, a ira dessa espécie é uma emoção humana. Nesse sentido, a ira de Deus é completamente diferente da ira ou ódio humanos. A ira descrita no verso de Romanos está intimamente relacionada com o juízo de Deus. Portanto, não é resultado de um acesso de ira. Deus condenou o pecado, ou o mal, e o destinou para a destruição. Ao mesmo tempo, o pecado ou a injustiça não surgem do nada. Fazem parte da "injustiça dos homens". Então, necessariamente, embora a ira seja dirigida contra o pecado, ela também é dirigida contra os que o acolheram e praticaram, "homens que suprimem a verdade pela injustiça" (Rm 1:18, NVI), mesmo sabendo que não deviam agir dessa maneira". Paulo também usa a expressão "é revelada" ou, de maneira mais apropriada, "está sendo revelada", em relação com a ira de Deus. Em certo sentido, isso se refere aos resultados naturais do pecado. Este tem certas consequências no mundo real que podem ser vistas por todos os que observam. As consequências também serão reveladas no juízo final de Deus, no qual o pecado e a injustiça serão destruídos. Em resumo, Deus não está irado com você. Ele está irado com o pecado. Ele quer que você se afaste do pecado e aceite o dom da vida nova e da justiça que Ele também está revelando. Não precisamos nos apegar ao pecado e participar de seu destino.
Pense nisto: Deus revelou Sua ira, mas também como escapar dela. Você está se apegando à injustiça? O que será necessário para afastá-la de você?
II. "Quem creu em nossa pregação?"
(Recapitule com a classe 
Is 53.)
Em grande parte, estamos familiarizados com a doutrina da justificação, na qual o sacrifício de Cristo faz com que Sua justiça seja atribuída a nós. Em certo sentido, Deus passa a nos ver como se tivéssemos as virtudes de Cristo. Gostamos dessa ideia. Para que isso acontecesse, Cristo precisou Se dispor a suportar nossos pecados. Isso é um pouco mais difícil de aceitar. 
Isaías 53 começa com uma nota de descrença, culminando com desânimo. Retoricamente, o profeta perguntou: "Quem creu em nossa pregação?" A resposta seria: "bem poucos".
Os contemporâneos de Jesus olhavam para Ele na cruz e viam, na melhor das hipóteses, uma vítima das piores circunstâncias possíveis. Eles não sabiam o que dizer. Talvez tivessem medo de que Seu infortúnio e miséria recaíssem sobre eles. Ou, talvez, pensassem que Ele realmente tivesse feito alguma maldade que O tivesse tornado merecedor desse sofrimento. Então, eles foram embora e tentaram esquecer o assunto.
Outros provavelmente tivessem observado e visto o que os líderes religiosos, principados e potestades do mundo queriam que eles vissem: um criminoso, um blasfemo e possivelmente um louco. Afinal, Ele foi julgado e condenado pelos homens mais sábios e influentes da nação, selecionados de cada uma das facções influentes. Qual havia sido a última vez em que eles tinham concordado em alguma coisa? Em todo caso, melhor não se envolver, melhor nem mesmo olhar.
Pense nisto: Todos já ouvimos a expressão "graça barata" e, sem dúvida, somos culpados por agir como se a graça fosse barata. Meditar no real significado do sacrifício de Cristo poderia afastar essa ideia equivocada?
Aplicação
Só para o professor: Use as seguintes perguntas para ajudar seus alunos a ver o significado do plano da salvação e identificar sua origem a partir da própria natureza e caráter de Deus.

 
 

Perguntas para reflexão
1. Na base da redenção está o pecado. Se não houvesse pecado, não haveria necessidade de redenção. Por que as pessoas parecem desejar a alegria da redenção, sem a tristeza pelo pecado?
2. Pelo fato de que o plano da redenção é tão improvável e tão contrário aos estabelecidos métodos humanos de pensamento, alguns pensadores cristãos tentam promover a ideia de que esse plano deve ser verdadeiro. Eles perguntam: Quem teria inventando um plano tão improvável? O que você acha dessa ideia?
Perguntas de aplicação
1. Sendo que as boas obras, de nenhum modo aumentam nosso mérito para salvação, qual é o papel da obediência e das boas obras na vida da pessoa redimida?
2. Em nossas interações com os outros, quantas vezes esperamos por indicações de que sejam dignos ou de que estejam prontos para receber nossa bondade e perdão? Foi assim que Deus olhou para nós, em nossa situação? (
Rm 5:8.)

 
 

Criatividade
Só para o professor: A história da redenção é outra área em que tendemos a fazer uma falsa distinção entre o Deus "irado" do Antigo Testamento e o Jesus "misericordioso". A atividade seguinte deve habilitar seus alunos a questionar essas falsas distinções e desenvolver uma visão mais equilibrada de Deus.

 
 

Atividade: manualmente ou com a ajuda da tecnologia digital, encontre passagens no Antigo Testamento que se refiram à misericórdia de Deus, ou que mostrem exemplos do perdão de Deus ou da Sua providência para com as pessoas, mesmo pessoas que poderiam ter sido consideradas estrangeiras. Bons exemplos podem incluir Raabe (Js 26:17-25), Rute, ou os arrependidos ninivitas do livro de Jonas. Separe a classe em três grupos, distribua a cada grupo um desses personagens, peça que os grupos leiam sua passagem em voz alta. Examinem também profecias acerca da redenção futura, como Jeremias 31:31-34. Deixe claro que Deus, o Pai, não precisa ser lisonjeado nem persuadido para nos redimir, como o pensamento popular pode indicar.

 
 

 
 

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