terça-feira, 25 de outubro de 2011

Lição 5 LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA IASD

22 a 29 de outubro 

  

 
 


 

 
 

Fé e Antigo Testamento

 
 


 

 
 


 

 
 

Sábado à tarde

Ano Bíblico: Lc 6–8 


VERSO PARA MEMORIZAR:
"Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-Se Ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro)" (Gl 3:13).


Leituras da semana:
Gl 3:1-14; Rm 1:2; 4:3; Gn 15:6; 12:1-3; Lv 17:11; 2Co 5:21

 
 

Um garoto havia feito um pequeno barco, todo pintado e preparado com muita beleza. Certa vez, alguém roubou seu barco, e ele estava angustiado. Um dia, ao passar por uma casa de penhores, ele viu seu barco. Com alegria, correu ao dono da casa, e disse: 'Esse é o meu pequeno barco!' 'Não', disse o homem, 'ele é meu, porque eu o comprei'. 'Sim', disse o garoto, 'mas ele é meu, porque eu o fiz.' 'Bem', disse o penhorista, 'se você me pagar dois dólares, pode levá-lo'. Era muito dinheiro para um menino que não tinha um centavo. Em todo caso, ele resolveu comprá-lo. Assim, ele cortou grama, fez todo tipo de trabalhos pequenos, e logo obteve o dinheiro.
"Ele correu até a loja e disse: 'Eu quero o meu barco.' Ele entregou o dinheiro e recebeu seu barco. Ele pegou o barco em seus braços, o apertou, o beijou e disse: 'Amo você, querido barquinho. Você é meu! Você é meu duas vezes. Eu fiz você, e agora eu comprei você.'


"Assim acontece conosco. Em certo sentido, somos duas vezes do Senhor. Ele nos criou, e entramos na casa de penhores do diabo. Então, Jesus veio ao mundo e nos comprou a um terrível custo. Não foi prata nem ouro, mas Seu precioso sangue. Somos do Senhor pela criação e pela redenção" (William Moses Tidwell, Pointed Illustrations [Ilustrações Selecionadas], Kansas City, Missouri: Beacon Hill Press, 1951, p. 97)

 
 


 


 

Domingo

Ano Bíblico: Lc 9–11 


Os insensatos gálatas

 
 

1. Leia Gálatas 3:1-5. Resuma abaixo o que Paulo está dizendo a eles. Em que sentido podemos estar em perigo de cair na mesma armadilha espiritual, de começar bem e depois cair no legalismo?

 
 

Diversas traduções modernas têm tentado captar o sentido das palavras de Paulo no verso 1, sobre os gálatas "insensatos". A palavra que Paulo usa, em grego, é ainda mais forte do que essa. A palavra é anoetoi, que vem da palavra para mente (nous). Literalmente, significa "estúpido". Os gálatas não estavam pensando. Paulo não parou por aí: ele disse que, visto que eles estavam agindo de maneira tão insensata, ele queria saber se algum mágico havia lançado um feitiço sobre eles. "Quem os enfeitiçou?" Sua escolha de palavras aqui pode até sugerir que a principal fonte por trás da condição deles era o diabo (2Co 4:4).


O que deixou Paulo tão perplexo sobre a apostasia dos gálatas com relação ao evangelho foi que eles sabiam que a salvação é enraizada na cruz de Cristo. Eles não poderiam ter dúvidas sobre isso. A palavra traduzida como "representado" ou "exposto" (RC, RA) em Gálatas 3:1 significa literalmente "anunciado em cartaz", ou "retratado". Era usada para descrever todas as proclamações públicas. Paulo estava dizendo que a cruz era tão importante em sua pregação que os gálatas tinham, com efeito, visto o Cristo crucificado com os olhos da mente (1Co 1:23; 2:2). Em certo sentido, ele estava dizendo que, por suas ações, eles estavam se afastando da cruz.


Então, Paulo comparou a experiência dos gálatas com a forma pela qual eles, no começo, haviam experimentado a fé em Cristo. Para isso, ele fez algumas perguntas retóricas. Como eles haviam recebido o Espírito, ou seja, como eles haviam se tornado cristãos, no começo? E de uma perspectiva ligeiramente diferente, por que Deus havia dado o Espírito? Foi porque eles haviam feito algo para merecê-Lo?


Certamente, não! Em vez disso, foi porque eles haviam acreditado nas boas-novas do que Cristo já havia feito por eles. Tendo começado tão bem, o que faria com que pensassem que então eles tinham que passar a confiar em seu próprio comportamento?

 
 

Quantas vezes você pensou: "Estou me saindo muito bem"? "Sou um cristão bastante sólido, não faço isso, não faço aquilo..."? E então, mesmo de maneira sutil, você está pensando que é de algum modo suficientemente bom para ser salvo? O que há de errado com essa situação?

 
 


 

 
 

Segunda

Ano Bíblico: Lc 12–14 


Fundamentado nas Escrituras

 
 

Até este ponto do nosso estudo, Paulo defende seu evangelho da justificação pela fé, apelando ao acordo alcançado com os apóstolos em Jerusalém (Gl 2:1-10) e à experiência pessoal dos próprios gálatas (Gl 3:1-5). Começando em Gálatas 3:6, Paulo então se voltou para o testemunho das Escrituras para a confirmação final e principal do seu evangelho. Na verdade, Gálatas 3:6 a 4:31 é composto por argumentos progressivos enraizados nas Escrituras.

 
 

2. O que Paulo quis dizer quando escreveu sobre as "Escrituras", em Gálatas 3:6-8?
Rm 1:2; 4:3; 9:17


É importante lembrar que, na época em que Paulo escreveu sua carta aos gálatas não existia o "Novo Testamento". Paulo foi o primeiro escritor do Novo Testamento. O Evangelho de Marcos provavelmente seja o mais antigo dos quatro evangelhos, mas ele talvez não tivesse sido escrito até por volta do tempo da morte de Paulo (65 d.C), ou seja, cerca de quinze anos depois da carta de Paulo aos gálatas. Assim, quando Paulo se referia às Escrituras, ele tinha em mente apenas o Antigo Testamento.


O Antigo Testamento desempenhou um papel significativo nos ensinamentos de Paulo. Ele não o via como palavras mortas, mas como a autorizada e viva Palavra de Deus. Em 2 Timóteo 3:16 ele escreveu: "Toda a Escritura é inspirada por Deus". A palavra traduzida por "inspiração" é theopneustos. A primeira parte da palavra (theo) significa "Deus", enquanto a segunda parte significa "inspirar".


A Escritura é "inspirada por Deus". Paulo usou as Escrituras para demonstrar que Jesus é o Messias prometido (Rm 1:2), para dar instrução sobre a vida cristã (Rm 13:8-10), e para provar a validade de seus ensinamentos (Gl 3:8, 9).


É difícil determinar exatamente quantas vezes Paulo cita o Antigo Testamento, mas citações são encontradas em todas as suas cartas, exceto nas menores, Tito e Filemon.

 
 

3. Leia atentamente Gálatas 3:6-14. Identifique os trechos do Antigo Testamento citados nesses versos. O que isso nos diz sobre a autoridade que o Antigo Testamento possui?

 
 

Você já chegou a pensar que uma parte da Bíblia é mais "inspirada" do que as outras? Diante da afirmação de Paulo em 2 Timóteo 3:16, qual é o perigo de seguir por esse caminho?

 
 


 

 
 

Terça

Ano Bíblico: Lc 15–17 


Considerado justo

 
 

4. Por que Paulo apelou primeiramente a Abraão, ao examinar as Escrituras em busca de confirmação para sua mensagem evangélica? (Gl 3:6).

 
 

Abraão é uma figura central no judaísmo. Não somente é o pai do povo judeu, mas os judeus na época de Paulo também o consideravam o modelo de como deveria ser um verdadeiro judeu. Muitos não só acreditavam que sua característica essencial era a obediência, mas que Deus declarou Abraão justo por causa dessa obediência. Afinal, Abraão deixou sua terra natal e sua família, aceitou a circuncisão, e estava disposto até a sacrificar seu filho, conforme a ordem de Deus. Isso é obediência! Insistindo na questão da circuncisão, os oponentes de Paulo certamente utilizaram esses mesmos argumentos.


Paulo, entretanto, respondeu com o mesmo argumento, apelando para Abraão nove vezes em Gálatas, mostrando que o patriarca havia sido um exemplo de fé, e não da observância da lei.

 
 

5. O que significa fé creditada (imputada) para justiça?
Gn 15:6; Rm 4:3-6, 8-11, 22-24

 
 

Ao passo que justificação é uma metáfora tirada do mundo jurídico, a palavra contado ou considerado é uma metáfora tirada do mundo dos negócios. Pode significar "creditar" ou "colocar algo na conta de alguém". Não é utilizada com referência a Abraão apenas em Gálatas 3:6, mas ocorre outras onze vezes em conexão com o patriarca. Algumas versões da Bíblia a traduzem como contado, considerado, ou imputado.


De acordo com a metáfora de Paulo, o que é colocado em nossa conta é a justiça. A questão é, contudo, em que base Deus nos considera justos? Certamente não pode ser na base da obediência, apesar do que os adversários de Paulo alegavam. Não importa o que eles disseram sobre a obediência de Abraão, as Escrituras dizem que Deus o justificou por causa de sua fé.


A Bíblia é clara: a obediência de Abraão não foi o fundamento de sua justificação; ela foi, em vez disso, o resultado. Ele não fez as coisas que fez a fim de ser justificado; fez porque já havia sido justificado. Justificação conduz à obediência, e não o contrário.

 
 

Você não é justificado pelas coisas que faz, mas somente pelo que Cristo fez em seu favor. O que esse fato significa para você? Por que isso é uma notícia tão boa? Como tornar essa verdade parte da sua vida, ou seja, acreditar que se aplica a você, pessoalmente, não importando suas lutas do passado e do presente?

 
 


 

 
 

Quarta

Ano Bíblico: Lc 18–20 


O evangelho no Antigo Testamento

 
 

Gálatas 3:8 diz: "Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos" (Gl 3:8). Paulo escreveu que não somente o evangelho foi pregado a Abraão, mas que foi pregado por Deus; assim, esse foi o verdadeiro evangelho. Mas, quando Deus pregou o evangelho a Abraão? A citação de Paulo de
Gênesis 12:3 indica que ele tinha em mente a aliança que Deus fez com Abraão quando o chamou, em Gênesis 12:1-3.

 
 

6. Leia Gênesis 12:1-3. Qual era a natureza da aliança que Deus fez com Abraão?


A base da aliança de Deus com Abraão estava centralizada nas promessas de Deus a ele. Deus fez quatro promessas a Abraão. As promessas de Deus a Abraão são incríveis porque são completamente unilaterais. Deus fez todas as promessas. Abraão não prometeu nada. A maioria das pessoas tenta se relacionar com Deus de modo contrário. Nós geralmente prometemos que O serviremos, somente se Ele, em troca, fizer alguma coisa por nós. Mas isso é legalismo. Deus não pediu que Abraão prometesse nada, mas que aceitasse Suas promessas pela fé. Claro, isso não foi uma decisão fácil, porque Abraão teve que aprender a confiar totalmente em Deus e não em si mesmo (Gn 22). O chamado de Abraão ilustra, portanto, a essência do evangelho, que é salvação pela fé.


Alguns erroneamente concluem que a Bíblia ensina duas formas de salvação. Eles afirmam que, nos tempos do Antigo Testamento, a salvação era fundamentada na guarda dos mandamentos; então, como isso não deu muito certo, Deus aboliu a lei e tornou possível a salvação pela fé. Nada poderia estar mais longe da verdade! Como Paulo escreveu em Gálatas 1:7, há apenas um evangelho.

 
 

7. Que outros exemplos você pode encontrar no Antigo Testamento sobre salvação unicamente pela fé?
Lv 17:11; Sl 32:1-5; 2Sm 12:1-13; Zc 3:1-4

 
 

Muitas vezes ouvimos a expressão "graça barata". Contudo, essa ideia é incorreta. A graça não é barata, é gratuita (pelo menos para nós). Mas nós a arruinamos, quando pensamos que, por meio de nossas obras, podemos adicionar algo a ela, ou quando pensamos que podemos usá-la como desculpa para o pecado. Em sua própria experiência, para qual desses dois caminhos você está mais inclinado a se dirigir? Como você pode mudar de direção?

 
 


 

 
 

Quinta

Ano Bíblico: Lc 21, 22 


Resgatados da maldição (Gl 3:9-14)

 
 

Os oponentes de Paulo ficaram, sem dúvida, espantados por suas ousadas palavras em Gálatas 3:10. Eles certamente não pensavam que se achavam sob maldição. Se houvesse alguma coisa para eles, esperavam que fosse uma bênção por sua obediência. No entanto, Paulo foi claro: "Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las" (Gl 3:10).


Paulo contrastou duas alternativas completamente diferentes: salvação pela fé e salvação pelas obras. As bênçãos e maldições da aliança descritas em Deuteronômio 27 e 28 foram diretas. Aqueles que obedecessem seriam abençoados, e os que desobedecessem seriam amaldiçoados. Isso significa que, se uma pessoa quisesse confiar na obediência à lei para ser aceito por Deus, então toda a lei devia ser guardada. Não temos a liberdade de escolher aquilo que queremos seguir, nem deveríamos supor que Deus esteja disposto a deixar passar alguns erros aqui e ali. É tudo ou nada.


Essa é, naturalmente, a má notícia, não apenas para os gentios, mas também para os adversários legalistas de Paulo, porque "todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3:23, RC). Não importa o ardor com que tentemos ser bons, a lei só pode nos condenar como transgressores.

 
 

8. Como Cristo nos libertou da maldição da lei?
Gl 3:13; 2Co 5:21


Paulo introduziu outra metáfora para explicar o que Deus fez por nós em Cristo. A palavra redimir significa "comprar de volta". Ela representa o preço do resgate pago para libertar reféns ou o preço pago para libertar um escravo. Porque o salário do pecado é a morte, a maldição por falhar em guardar a lei é a constante sentença de morte. O resgate pago por nossa salvação não foi insignificante: custou a Deus a vida de Seu próprio Filho (Jo 3:16). Jesus nos resgatou da maldição, tornando-Se nosso portador de pecados (1Co 6:20; 7:23). Ele voluntariamente tomou sobre Si a nossa maldição e sofreu em nosso favor toda a penalidade do pecado (2Co 5:21).


Paulo citou Deuteronômio 21:23 como prova bíblica. Segundo o costume judaico, uma pessoa estava sob a maldição de Deus se, após a execução, o corpo fosse pendurado num madeiro. A morte de Jesus na cruz foi vista como um exemplo dessa maldição (At 5:30; 1Pe 2:24).


Não é de admirar, então, que a cruz tenha sido uma pedra de tropeço para alguns judeus que não podiam conceber a ideia de que o Messias fosse amaldiçoado por Deus. Mas esse foi exatamente o plano de Deus. Sim, o Messias sofreu a maldição; mas ela não era dEle, era nossa!

 
 


 


 

Sexta

Ano Bíblico: Lc 23, 24 


Estudo adicional

 
 

Sobre Cristo como nosso substituto e penhor, foi posta a iniquidade de nós todos. Foi contado como transgressor, a fim de nos redimir da condenação da lei. A culpa de todo descendente de Adão pesava sobre Seu coração. A ira de Deus contra o pecado, a terrível manifestação de Seu desagrado por causa da iniquidade, encheram de consternação a vida de Seu Filho. Em toda a Sua vida, Cristo havia anunciado ao mundo caído as boas-novas da misericórdia do Pai e de Seu amor perdoador. A salvação para o maior pecador fora Seu tema. Mas agora, com o terrível peso de culpa que carregava, não pôde ver a face reconciliadora do Pai. O afastamento do semblante divino, do Salvador, nessa hora de suprema angústia, penetrou Seu coração com uma dor que nunca poderá ser bem compreendida pelo homem. Tão grande era essa agonia, que Ele mal sentia a dor física.


"Satanás torturava com cruéis tentações o coração de Jesus. O Salvador não podia enxergar para além dos portais do sepulcro. A esperança não Lhe apresentava Sua saída da sepultura como vencedor, nem Lhe falava da aceitação do sacrifício por parte do Pai. Temia que o pecado fosse tão ofensivo a Deus, que Sua separação houvesse de ser eterna. Cristo sentiu a angústia que há de experimentar o pecador quando não mais a misericórdia interceder pela raça culpada. Foi o sentimento do pecado, trazendo a ira divina sobre Ele, como substituto do homem, que tão amargo tornou o cálice que sorveu, e quebrantou o coração do Filho de Deus" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 753).

 
 

Perguntas para reflexão
1. Mesmo hoje em nossa igreja, alguns ainda têm dificuldade em aceitar a salvação unicamente pela fé, e que a graça de Deus, por meio de Cristo, nos salva, à parte de nossas obras. O que está por trás dessa hesitação de alguns em aceitar essa verdade fundamental?
2. Paulo falou de maneira muito forte sobre o erro teológico da salvação pelas obras. O que isso nos diz sobre a importância da teologia correta? Por que devemos nos levantar vigorosamente, se necessário, quando o erro está sendo ensinado entre nós?

 
 

Resumo: Do início ao fim da vida cristã, a base da nossa salvação é a fé unicamente em Cristo. Foi por causa da fé que Abraão teve nas promessas de Deus que ele foi considerado justo, e esse mesmo dom de justiça está disponível hoje para todo aquele que partilhar da fé que Abraão teve. A única razão pela qual não somos condenados por nossos erros é que Jesus pagou o preço pelos nossos pecados, ao morrer em nosso lugar.


 

 


Texto-chave:
Gálatas 3:13


O aluno deverá...
Conhecer: O fundamento, no Antigo Testamento, para a compreensão da redenção e justificação pela fé.
Sentir: A tristeza e a agonia suportadas por Cristo em nosso favor, por causa da maldição da separação do Pai.
Fazer: Aceitar e valorizar as profundezas do sacrifício de Cristo em nosso benefício e, pela fé, suplicar Sua justiça para perdoar nossos pecados e nos cobrir.


Esboço
I. Saber: Redenção no Antigo Testamento
A. Como o tema da redenção era ilustrado no Antigo Testamento no sistema de sacrifícios?
B. Que histórias do Antigo Testamento desenvolvem o tema de um substituto pagando um trágico preço a fim de salvar os outros?


II. Sentir: Ele sofreu nossa maldição
A. Por que Deus Se envolveu em tantas dificuldades para ilustrar a morte substitutiva de Cristo muito antes de vir à Terra?
B. Por que é fundamental nos identificarmos com a humilhação e vergonha de Cristo na prisão, acusações, nudez e sensação de abandono da crucificação?


III. Fazer: Aceitando o custo
A O sistema sacrificial do Antigo Testamento era um lembrete físico diário dos sofrimentos que Cristo suportaria em nosso favor. Como podemos manter vivas essas imagens hoje?
B. O que precisamos fazer para compartilhar da morte de Cristo e, pela fé, aceitar Seu dom de vida?


Resumo: Através do sistema sacrificial, o Antigo Testamento ilustrava o terrível custo do pecado e a oferta de um substituto perfeito para tomar o lugar do pecador na morte.


Ciclo do aprendizado


Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: A fé unicamente em Cristo é o que nos torna filhos e filhas de Deus.
Só para o professor: Nesta lição os professores são incentivados a seguir o exemplo de Paulo em Gálatas 3, apresentando e realizando exercícios que encorajem e ajudem a classe a se livrar da ideia generalizada de que nossas obras nos salvam. Somos solicitados a reorientar nossa mente continuamente, focalizando o conceito maravilhoso de que a graça nos salva mediante a fé unicamente em Cristo.


Em Gálatas, encontramos um paradoxo interessante: Paulo, homem instruído na lei, usou sua notável capacidade de raciocínio persuasivo para argumentar que é a fé que nos liga a Deus, não a lógica nem a razão.


Comente com a classe: Peça que os alunos avaliem honestamente o grau em que podem estar relacionados com os gálatas. Estes podem ser chamados de "insensatos". Contudo, vivemos em um momento da história que define "verdade" como o que pode ser conhecido empiricamente por meio do raciocínio lógico, hipóteses testadas, evidências de análise de estatísticas, e assim por diante. Compartilhamos da luta dos gálatas para avançar na fé e acreditar em algo e Alguém cuja presença não podemos "provar" fora de nossa experiência?


Compreensão
Só para o professor:
A história de Abraão é familiar a todos nós. No entanto, a própria familiaridade com essa história também cria o maior obstáculo para que ela seja contemplada como se fosse a primeira vez, e produza a sensação de espanto, por sua audácia: tanto na impossibilidade (da perspectiva humana) das promessas de Deus para Abraão quanto na simultânea e épica luta de fé revelada na vida desse patriarca. Essa lição é uma oportunidade de redescobrir a história de Abraão, que tem o potencial de funcionar como um roteiro de como viver com absoluta fé e confiança em Deus.


Comentário Bíblico


Saber que somos salvos pela graça mediante a fé em Cristo deve tornar a história de Abraão um ponto de referência para cada um de nós, uma ferramenta para nos reorientar a ter uma vida centralizada na fé. De acordo com a carta de Paulo aos gálatas, a história de Abraão provê um modelo atemporal para a fé. Três aspectos importantes dessa história nos ajudam a focalizar o que significa ter uma vida de fé.


Aprofunde-se no que a Bíblia diz a respeito das questões a seguir: (a) como Deus Se revelou a Abraão, (b) a natureza progressiva das promessas de Deus a Abraão e (c) a jornada de Abraão para uma vida de fé na promessa de Deus. Se avaliada por qualquer outro padrão além da fé (por exemplo, razão, experiência humana, etc.), essa viagem parece absolutamente ridícula.


As três lições de fé que a história de Abraão ensina
(Recapitule com a classe Gn 12:1-8; 13:14-18; 15:1-10.)


Implícito no uso que Paulo fez da história de Abraão como exemplo especial de verdadeira fé está a ideia de que essa é uma possibilidade para todos nós. De fato, não apenas uma possibilidade, mas algo que Deus deseja compartilhar conosco. A história de Abraão nos ajuda a aprender a maneira de se envolver com Deus numa jornada pessoal de fé, na qual Deus pode revelar Sua Pessoa, Suas promessas, e Seu expresso desejo para cada um de nós.


Três momentos de ensino: A Bíblia diz que Deus falou a Abraão (Gn 12:1, 4; 13:14), apareceu a Abraão (Gn 12:7), e veio a Abraão em visão (Gn 15:1). Nessas passagens encontramos os métodos da revelação, a crescente progressão das informações reveladas e também a luta de Abraão para aceitar as extraordinárias promessas que lhe foram dadas.


1. O elemento central e fundamental do que a história de Abraão revela sobre a vida de fé é que ela é mais do que apenas crença em Deus; é um relacionamento com Deus. A fé é abrir a mente e o coração para ter um relacionamento pessoal com o Divino. É estar aberto à ideia de que Deus fala com cada um de nós do modo que estamos mais bem preparados para ouvir, seja pela natureza, por conselhos, sinais, sonhos; seja qual for a maneira que Ele escolha para Se comunicar conosco. É uma viagem e um relacionamento que podem desafiar a lógica e as expectativas humanas, e não podem ser autenticados pelo raciocínio científico, pela lógica, nem pelo conhecimento compartilhado da experiência humana.


2. Encontramos na história de Abraão que, ao longo do tempo, Deus revelou de modo crescente informações específicas sobre Sua promessa. Inicialmente, Deus prometeu a terra e descendentes. Com o tempo, detalhes específicos foram acrescentados a esse conteúdo, logo resultando no conhecimento de que Abraão seria o pai de um filho nascido de Sara. Podemos fazer muitas perguntas a respeito dessa história, que podem nos guiar em nosso esforço para ter uma vida de fé: (1) O que a história de Abraão demonstra acerca da revelação contínua? (2) Por que você acha que as promessas de Deus são reveladas aos poucos, ao longo do tempo?


3. A promessa divina de que Abraão seria pai de uma grande nação, gerada de um filho que nasceria à sua esposa, cujo ventre há muito tempo já havia perdido sua capacidade reprodutiva, desafia a lógica e a razão humanas. Porém, Abraão teve a audácia de acreditar. Pelo menos na maioria das vezes. Vemos nossa própria experiência de fé através da vida de Abraão. À medida que os anos passaram, Abraão lutou. Ele tomou decisões erradas, que não resultaram da fé. Por exemplo, ele mentiu a Faraó sobre seu relacionamento com Sara, por causa do medo de morrer, apesar da promessa de Deus de que ele viveria para ser o pai de uma grande nação. Além disso, ele tomou as questões nas próprias mãos, ao gerar um filho com Hagar. Ele questionou as promessas de Deus quando lhe parecia que Deus apenas falava e não agia. Nesse elemento da história, há grande esperança para nós. Apesar de todas essas "falhas", Paulo citou Abraão como exemplo excepcional de fé. Podemos obter muita coragem disso, sabendo que somos chamados a continuar voltando à fé, mesmo depois de lutar e fracassar.


Pense nisto: O primeiro aspecto a ser focalizado na história é a dinâmica entre Deus e Abraão. O que podemos aprender com Abraão acerca de estar aberto à voz de Deus? O segundo aspecto de interesse é a forma progressiva pela qual Deus revelou a Si mesmo e Suas promessas a Abraão. Podemos ver claramente que as promessas de Deus a Abraão cresceram em especificidade e conteúdo ao longo do tempo. O que isso nos mostra sobre a vida de fé em relação a Deus? O terceiro elemento e momento de ensino nessa história é o testemunho da vida de Abraão em aceitar as promessas de Deus. O que podemos aprender sobre a disposição de Abraão para acreditar, que parecia igualmente acompanhada por sua luta para crer? Afinal, ele recebeu a promessa de algo que, olhando de uma perspectiva racional ou imparcial, seria absurdo, se não impossível de acreditar.


Aplicação
Só para o professor:
Enfatize a verdade simples, mas profunda, de que fé é mais do que uma aceitação de Deus ocorrida no passado. Nossa primeira declaração de fé em Deus é simplesmente a entrada pela porta aberta; o restante da história de fé ocorre na caminhada com Deus ao longo da vida.


Perguntas para reflexão
1. Além de ler as Escrituras e orar, que práticas você emprega para ouvir a voz de Deus? Como Deus revela Sua vontade e Suas promessas únicas para sua vida? Quando foi a última vez em que você ouviu a inconfundível voz de Deus em seu coração ou mente? O que lhe capacitou a obedecer ao que ouviu?
2. Em sua comunidade espiritual, vocês gastam tempo suficiente compartilhando suas jornadas individuais de fé? Que métodos podem ser utilizados para confirmar e encorajar uns aos outros ao envolvimento mais diretamente com Deus em um relacionamento de fé?


Perguntas de aplicação
1. O que pode ser feito para criar verdadeiras "comunidades de fé", portos seguros para afirmar que Deus fala a todos nós de muitas maneiras diferentes? Como podemos afirmar que, assim como Deus sabe o número de fios de cabelos da nossa cabeça, Ele também tem planos para nossa vida, os quais está esperando para revelar, se estivermos dispostos a embarcar em uma odisseia de fé?


Criatividade
Só para o professor: A fé é um salto inicial para o desconhecido, mas nosso Pai celestial promete nos tomar em Seus santos braços. Imagine-se estando em Seus braços, como um recém-nascido para a fé. Agora, prossiga na metáfora do crescimento na fé, comparando-o com o crescimento de uma criança. O convite de Deus para dar o primeiro salto vem com a promessa de que Ele nos dará oportunidades ao longo da vida para crescer em um relacionamento especial com o Senhor.

 
 

Se você está sentindo a ausência de uma significativa prática de fé, resolva passar pelo menos uma hora por dia, de agora em diante, fazendo algo novo para cultivar sua experiência de fé. Aos poucos você sentirá necessidade de aumentar o tempo utilizado nessa experiência. Peça a Deus que abra seu coração para as formas pelas quais Ele já está falando com você, que talvez você não esteja percebendo.


Se você se sente profundamente enriquecido em sua própria caminhada espiritual de fé, decida sair em serviço, aconselhando ou apoiando outras pessoas em seu círculo de amigos, familiares e comunidade de fé. Peça a inspiração e a direção de Deus a respeito de como sua experiência pode servir melhor aos Seus propósitos de fortalecer a fé dos outros.

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