A CRISE ECONÔMICA CAPITALISTA E A RETIRADA DE DIREITOS DOS TRABALHADORES
O advento ocorrido nos últimos 33 meses vem refutando todos os argumentos de governos, políticos, especialistas midiáticos, sindicalistas vendidos e acadêmicos a serviço da burguesia, de que uma solução para a crise econômica é possível por dentro do próprio sistema capitalista. Assim, como vemos a crise instalada em 2008 nos Estados Unidos, longe de ser resolvida, gerou gigantescas mobilizações. Agora é a Europa que atravessa sua maior crise econômica. Países como Portugal, Irlanda e Grécia estão à beira da falência.
Desse modo, no mesmo rumo do governo estadual, no plano federal, vemos o governo de Dilma, marcado por escândalos de corrupções, privatizações dos aeroportos, ocupação militar no canteiro de obras em Jirau/RO, reprimindo os trabalhadores, reduzindo bruscamente os cortes no orçamento na ordem de 50 bilhões, piorando assim, a saúde, segurança e educação.
Por outro lado, temos as mobilizações dos trabalhadores na Inglaterra, França, Grécia e Estados Unidos, contra os planos de austeridades dos governos, mostram que os trabalhadores não estão dispostos a pagar a divida com a retirada de direitos. Portanto, como vemos a crise atual não é apenas uma queda conjuntural, mas uma crise sistêmica do próprio capitalismo mundial e a única saída é a organização dos trabalhadores pela reorganização da economia mundial sobre uma base socialista. Portanto, devemos seguir o exemplo desses trabalhadores e lutar pelos nossos direitos.
ALCKMIM REDUZ FÉRIAS DO PROFESSOR EM JANEIRO DE 30 DIAS PARA 15 DIAS
Cai a máscara de um governo "democrático"!
Em pleno recesso dos professores o Governador Alckmin e seu atual secretário da educação, que posa de democrático, não demorou muito para mostrar a que veio.
De forma autoritária, sem dialogar com a categoria e com o falso argumento de atender uma demanda, Alckmin desfere mais um ataque contra os professores, através da resolução SE 44/11. Assim, de acordo com esta resolução, o calendário ficará da seguinte forma:
1) O mês de 30 dias de férias dos professores, será dividido em dois períodos de 15 dias, sendo de 1º a 15 de janeiro e de 1º a 15 de julho;
2) Todas as atividades de planejamento e replanejamento, avaliação, consolidação e revisão da proposta pedagógica, serão realizadas nos dois ou três últimos dias úteis dos meses de janeiro e de julho;
3) Determina ainda, que em janeiro, de 2012, na elaboração do calendário escolar, deverão constar sete dias úteis antes da data inicial do planejamento para o processo inicial de atribuição de aulas.
Caso ocorram as atribuições nas escolas como foi este ano de 2011, os professores deverão comparecer nas unidades escolares logo após o dia 15 de janeiro, ficando todos o restante do recesso à disposição da escola até o inicio das aulas em 1 de fevereiro de 2012.
É bom não esquecer, que São Paulo tem a maior jornada de trabalho dos professores em sala de aula do país. Assim, é imperativo que os profissionais em educação, tenham seu momento de descanso e seu lazer garantido, depois de um ano inteiro de trabalho extenuante.
Como veremos abaixo, é do conhecimento de todos os trabalhadores, que as nossas necessidades, não passa pela retirada de direitos, antes o contrário, e sim, pela ampliação desses direitos, que devem ser conquistados através de muitas lutas.
Temos que ter em vista, que a publicação desta resolução é uma anti-sala do que virá futuramente, ou seja, mais ataques. Portanto, é imperativo que todos os professores façam o debate em suas unidades escolares, participem da Reunião de Representantes de Escola e se organizem para combater todos os ataques contra a categoria.
Assim, exigimos:
- Não à divisão das Férias;
- 1/3 de hora-atividade já, sem redução salarial;
- Manutenção do emprego e efetivação de todos concursados;
- Estabilidade a todos(as) os(as) professores(as);
- Reajuste salarial de acordo com a inflação do mês;
- Plano de carreira.
Em caso de dúvidas entre em contato:
luta_escola@yahoo.com.br
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