sábado, 22 de maio de 2010

Glaucoma afeta 60 milhões de pessoas; conheça a doença

O glaucoma afeta cerca de 60 milhões de pessoas no mundo e provoca cegueira nos dois olhos (bilateral) em 8,4 milhões, segundo o oftalmologista Alvio Isao Shiguematsui, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp)/Botucatu. No Dia Nacional de Combate ao Glaucoma (26), saiba dez detalhes fundamentais sobre a doença, listados pelo médico:

1) O glaucoma é uma doença progressiva do nervo óptico que afeta a visão;
2) Apesar de o maior fator de risco ser pressão ocular elevada, nem sempre o paciente tem o problema. Normalmente, quando a pressão ocular é normal, a doença surge por conta da nutrição sanguínea deficiente do nervo óptico;
3) A patologia pode ser primária (sem causa específica) ou secundária (induzida por trauma, hemorragia, medicamento). Existe também a congênita, quando a pessoa nasce com ela;
4) A forma mais frequente é a crônica (glaucoma de ângulo aberto), geralmente assintomática. A aguda (glaucoma de ângulo estreito), por sua vez, pode levar à perda de visão mais rápida e causar dor, vermelhidão, náuseas, lacrimejamento, embaçamento da visão, além de deixar o olho duro;
5) Sabe-se que existe componente genético em grande parte dos casos primários. Alto grau de miopia parece tornar o nervo óptico mais sensível à pressão ocular. Quem tem elevado grau de hipermetropia apresenta comprimento de olho pequeno, o que aumentaria a chance de glaucoma de ângulo estreito. Os negros têm três vezes mais probabilidade de desenvolver glaucoma de ângulo aberto do que os brancos. O de ângulo estreito atinge mais orientais. As mulheres são mais propensas que os homens porque, de forma geral, vivem mais (prevalência aumenta com a idade) e têm a estrutura do olho mais compacta;
6) Quem não se enquadra no grupo de risco deve começar a fazer exames oftalmológicos específicos (exame de fundo de olho e medir pressão ocular) a partir dos 40 anos;
7) O tratamento geralmente começa com colírios prescritos pelo médico, que podem estacionar a patologia, nunca recuperar a visão que já foi perdida. O laser é uma alternativa complementar em alguns casos;
8) Quando o paciente lança mão da terapia máxima tolerável e, mesmo assim, a situação não é controlada, a aposta é a cirurgia. Consiste em desviar o líquido produzido pelo olho (humor aquoso) para um espaço que fica embaixo da conjuntiva. Os cuidados pós-operatórios são evitar carregar peso, fazer esforço físico excessivo e coçar o olho. O tempo que devem se estender varia de acordo com o tipo de procedimento.
9) A cirurgia, assim como os colírios e o uso de laser, não reverte o quadro. É uma tentativa de controle de pressão;
10) A falta de tratamento adequado pode levar à cegueira. Portanto, não deixe de ir ao oftalmologista regularmente e seguir à risca suas recomendações.

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