quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

http://www.cpp.org.br/noticiascpp.php?id=7384&utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed: Siscon-Cpp (SISCON - CPP)&utm_content=Yahoo! Mail

http://www.cpp.org.br/noticiascpp.php?id=7384&utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed: Siscon-Cpp (SISCON - CPP)&utm_content=Yahoo! Mail

http://www.cpp.org.br/noticiascpp.php?id=7390&utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed: Siscon-Cpp (SISCON - CPP)&utm_content=Yahoo! Mail

http://www.cpp.org.br/noticiascpp.php?id=7390&utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed: Siscon-Cpp (SISCON - CPP)&utm_content=Yahoo! Mail

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Lição 5. Criação e moralidade

publicado em: 25/01/2013 | 11:38
Lição 5
26 de janeiro a 2 de fevereiro



Criação e moralidade



Sábado à tarde
Ano Bíblico: Êx 28, 29

VERSO PARA MEMORIZAR: “O Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:16, 17).

Leituras da semana: Gn 2:16, 17; 1:26-28; Tg 3:9; At 17:26; Pv 14:31; Mt 5:44-48; Ap 20:11-13

As pessoas gostam de falar sobre “direitos humanos”. Desde a Magna Carta (1215) à Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) e às várias declarações das Nações Unidas, é promovida a ideia de que os seres humanos possuem certos direitos “inalienáveis”, direitos que ninguém pode, legitimamente, tirar de nós. Pelo menos teoricamente, eles são nossos em virtude de sermos humanos.
As perguntas permanecem: Quais são esses direitos? Como devemos determinar o que eles representam? Esses direitos podem mudar? Em caso afirmativo, de que forma? Por que devemos, como seres humanos, ter esses direitos?
Em alguns países, por exemplo, as mulheres não tinham “direito” de votar até o século 20 (algumas nações ainda negam esse direito). No entanto, como um governo pode conceder às pessoas algo que já é seu “direito inalienável”? São perguntas difíceis, e suas respostas estão inseparavelmente ligadas à questão das origens humanas, tema do estudo da lição desta semana.

Domingo
Ano Bíblico: Êx 30, 31

Nossa dependência do Criador


Gênesis 2:7 descreve Deus criando Adão e apresenta o homem como ser moral inteligente, não como animal. O texto não diz, mas é possível imaginar Deus usando as mãos para moldar o pó na forma e tamanho pretendidos. Poderíamos pensar que o grande Soberano do Universo não Se inclinaria para sujar as mãos na criação do homem, mas a Bíblia revela o Criador como Alguém intimamente envolvido com a criação. As Escrituras registram muitas ocasiões em que Deus, voluntariamente, interagiu com a criação material. Os exemplos incluem Êxodo 32:15, 16; Lucas 4:40 e João 9:6. Na verdade, a encarnação de Cristo na humanidade, processo pelo qual Ele interagiu no dia a dia com o mundo criado de maneira muito semelhante à nossa, refuta a noção de que Deus não podia Se abaixar para “sujar as mãos” entre a humanidade.

1. Que ordem Deus deu a Adão? O que está implícito nessa ordem? Gn 2:16, 17
Podemos perguntar: Que direito Deus tinha de criar regras para Adão e Eva? Compare essa situação com a de uma criança em uma família. Os pais proveem à criança um lar e satisfação de necessidades. Eles a amam e têm em mente os melhores interesses dela. Visto que eles têm maior experiência e sabedoria, se a criança aceitar suas orientações, será poupada de muito sofrimento. Algumas crianças acham difícil cumprir ordens, mas é universalmente reconhecido que, enquanto a criança é dependente dos pais, ela é obrigada a aceitar suas regras. De maneira semelhante, uma vez que somos sempre dependentes de nosso Pai celestial para a vida e suas necessidades, sempre é apropriado aceitar a orientação de Deus. Visto que Ele é o Deus de amor, podemos confiar que Ele sempre proverá o que precisamos para nosso bem.

2. Como o salmista expressa nossa dependência de Deus? Que obrigações essa dependência coloca automaticamente sobre nós, especialmente no que diz respeito à maneira pela qual tratamos os outros? Sl 95:6, 7; Sl 100

Segunda
Ano Bíblico: Êx 32, 33

À imagem de Deus


3. Que atributo especial foi dado apenas aos seres humanos? Gn 1:26-28

O que é exatamente a “imagem de Deus”? Essa questão tem gerado muita discussão e as opiniões variam. Mas os versos apresentam alguns indícios sobre a natureza da ideia. Primeiro, observe que, ter sido feito à imagem de Deus sugere que parecemos com Deus em determinados aspectos. Um aspecto importante da imagem de Deus é que Ele deu aos seres humanos o domínio sobre as outras criaturas. Como Deus é soberano sobre tudo, assim Ele designou aos seres humanos uma parte dessa soberania, dando-lhes domínio sobre os peixes, aves e animais terrestres.
Note igualmente que Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem” (Gn 1:26, itálico acrescentado), isto é, uma imagem envolvendo a pluralidade da Divindade. Então, Ele criou os seres humanos do sexo masculino e feminino. A imagem de Deus não se expressa plenamente em um indivíduo, mas no relacionamento. Assim como a Divindade se manifesta em três Pessoas em relacionamento, também a imagem de Deus nos seres humanos se expressa no relacionamento entre homem e mulher. A capacidade de formar relacionamentos faz parte da imagem de Deus. Relacionamentos implicam em responsabilidade e prestação de contas, o que significa moralidade. Por isso, exatamente nesse texto temos um forte indício de como a moralidade encontra seu fundamento na história da criação.

4. Como a ideia de que os seres humanos foram feitos “à imagem de Deus” está claramente relacionada com o conceito de moralidade? Gn 9:6; Tg 3:9

Os seres humanos têm lutado por milênios com a questão da moralidade. Mesmo antes de conhecermos o que é a correta moralidade, o fato de sermos seres morais levanta uma série de questões profundas. Por que, ao contrário dos besouros, pulgas e até mesmo chimpanzés, os seres humanos têm uma consciência moral, um conceito que distingue entre o certo e o errado? Como seres feitos essencialmente de matéria amoral (quarks, gluóns, elétrons e assim por diante) podem estar cientes de conceitos morais? A resposta pode ser encontrada nos primeiros capítulos da Bíblia, que revelam que os seres humanos são criaturas morais feitas “à imagem de Deus.”

Terça
Ano Bíblico: Êx 34–36

Feitos do mesmo sangue


Em Gênesis 2:23, Adão recebeu a tarefa de dar nome à sua esposa, a quem chamou Havah. Essa palavra está relacionada com o verbo hebraico hayah, que significa “viver” (os judeus, às vezes, usam uma expressão semelhante, lehayim [à vida!], usada quando se faz um brinde). A palavra hebraica para “Eva” (Havah) pode ser traduzida como “doadora de vida”. O nome de Eva representa o fato de que ela é a ancestral de todos os seres humanos. Somos todos uma família no sentido mais literal.

5. Como Paulo vincula a fraternidade de toda a humanidade com a criação? At 17:26; Mt 23:9

Estamos unidos no sentido de que todos nós descendemos de uma mulher, Eva, e de um homem, Adão. E Deus é o Pai de todos nós. Esse fato é a base da igualdade humana. Imagine como seriam diferentes as relações humanas se todas as pessoas reconhecessem essa verdade importante. Se já precisamos de uma prova de que somos realmente caídos, e de como o pecado nos prejudicou, temos isso no triste fato de que os seres humanos, muitas vezes, tratam uns aos outros de maneira pior do que algumas pessoas tratam os animais.

6. De que maneira o livro de Provérbios nos ajuda a entender a ligação entre a moralidade e o fato de que fomos criados por Deus? Pv 14:31; 22:2

Muitos fatores têm dividido a humanidade: política, nacionalidade, etnia, e, claro, economia. O fator econômico é, sem dúvida, um dos mais importantes (embora nunca na medida que Karl Marx previu: os trabalhadores do mundo nunca se uniram; em vez disso, lutaram uns contra os outros com base na sua nacionalidade). Hoje, como sempre, os pobres e os ricos frequentemente consideram uns aos outros com desconfiança e desprezo. Quantas vezes esses sentimentos têm levado à violência, e até mesmo à guerra! As causas da pobreza e a solução para ela são questões que ainda nos deixam perplexos (Mt 26:11), Mas uma coisa é certa na Palavra de Deus: ricos ou pobres, todos nós merecemos a dignidade que é nossa em virtude de nossas origens.
Anos atrás, depois que o darwinismo se tornou moda, alguns justificaram a exploração dos pobres pelos ricos com base no “darwinismo social”, com o seguinte raciocínio: Visto que, no mundo natural, o forte domina e explora os fracos, por que o mesmo princípio não deve ser aplicado na economia? Esse é outro exemplo de que uma compreensão correta das origens é fundamental para a compreensão da moralidade.

Quarta
Ano Bíblico: Êx 37, 38

O caráter do nosso Criador


Deus nos criou à Sua imagem, o que significa, entre outras coisas, que Ele desejou que tivéssemos um caráter parecido com o Seu. Isto é, devemos ser semelhantes a Ele, tanto quanto humanamente possível (note: ser como Deus não é a mesma coisa que aspirar a ser Deus, uma diferença crucial). Para ser como Deus, no sentido de refletir Seu caráter, devemos ter uma compreensão adequada do que é esse caráter.

7. O que Jesus ensinou sobre o caráter de Deus e também sobre o modo pelo qual devemos refletir esse caráter em nossa vida? Mt 5:44-48
8. O que a parábola do bom samaritano ensina sobre o caráter de Deus e como ele deve ser refletido na humanidade? Lc 10:29-37; Fp 2:1-8
A história contada por Jesus envolve dois homens de grupos diferentes e antagônicos. Mas Jesus mostrou que eles eram próximos. Cada um deles estava dentro da esfera de responsabilidade do outro, e Deus Se agradou quando as diferenças foram postas de lado e um tratou o outro com bondade e compaixão.
Que contraste é visto entre os princípios do reino de Deus e os princípios do governo de Satanás! Deus chama o forte a cuidar do fraco, enquanto os princípios de Satanás exigem a eliminação dos fracos pelos fortes. Deus criou um mundo de relacionamentos pacíficos, mas Satanás distorceu as coisas de modo tão completo que muitos consideram a sobrevivência do mais apto o padrão normal de conduta.
Se o processo perverso de seleção natural (em que os fortes dominam os fracos) tivesse sido o meio pelo qual viemos à existência, por que deveríamos agir de modo diferente? Se aceitarmos esse ponto de vista e promovermos nossos interesses, em detrimento dos menos “naturalmente selecionados”, deixaremos de seguir a Deus, e os princípios da natureza, da maneira que Ele ordenou.

De quais outras maneiras você percebe que a compreensão das nossas origens afeta nossos conceitos morais?

Quinta
Ano Bíblico: Êx 39, 40

Moralidade e responsabilidade


9. Examine o sermão de Paulo em Atenas (At 17:16-31). Siga a linha de raciocínio que ele usou, observando não somente o início, mas o fim do sermão. O que é tão importante na conclusão dessa mensagem, especialmente com relação à questão das origens e da moralidade?
O sermão de Paulo aos intelectuais de Atenas começou com a criação e terminou com o juízo. De acordo com Paulo, o Deus que fez o mundo e tudo que nele há estabeleceu um dia em que julgará o mundo. Ser dotado de moralidade implica responsabilidade, e todos nós seremos responsáveis pelos nossos atos e nossas palavras (Ec 12:14; Mt 12:36, 37).

10. Que ensinos bíblicos estão claramente ligados à moralidade? Ap 20:11-13; Mt 25:31-40
Todos os seres humanos enfrentarão o juízo. A diferença entre os dois grupos na parábola de Jesus é a maneira pela qual cada pessoa tratou os que estavam em necessidade. O Criador está interessado no modo pelo qual Suas criaturas humanas tratam os semelhantes, em especial os necessitados. Não há lugar no Céu para o princípio da seleção natural, que é contrária ao caráter do Deus da paz.
A Bíblia nos dá a certeza de que a justiça, tão escassa neste mundo, um dia será concedida pelo próprio Deus. Além disso, a ideia de juízo implica uma ordem moral: Por que Deus julgaria, e ainda mais, puniria, se não houvesse padrões morais pelos quais as pessoas pudessem ser julgadas?

Pense na realidade e certeza do juízo. Por que, então, o evangelho e a promessa de salvação em Cristo são tão importantes para que tenhamos segurança no juízo?

Sexta
Ano Bíblico: Lv 1–4

Estudo adicional


Os conceitos bíblicos de moralidade são inseparáveis dos conceitos bíblicos sobre as origens. Reconhecer Adão como o primeiro ser humano refuta a possibilidade de que quaisquer fósseis tivessem sido ancestrais de Adão ou de outros seres humanos. De onde, então, esses fósseis vieram? Existem várias outras possibilidades.
Primeira, os fósseis de humanoides (semelhantes aos seres humanos) podem ter formas de seres humanos com inteligência normal, mas com padrões de crescimento diferentes de qualquer ser humano moderno. Uma segunda possibilidade é que os fósseis podem ter sido degenerados, devido ao seu próprio estilo de vida, estresse ambiental ou outros fatores. Uma terceira possibilidade é que eles podem ter resultado de tentativas diretas de Satanás para corromper a criação de maneiras que não entendemos. Outra possibilidade é que eles não eram seres humanos, mas semelhantes na sua forma. Visto que não temos evidência direta para resolver a questão, é melhor evitar ser dogmáticos em nossas especulações. Os fósseis não vêm com etiquetas fixadas que dizem “Made in China [Feito na China] 500 milhões de anos atrás”. Nossa compreensão da história da Terra, que varia muito entre os cientistas, provê um sistema de referência dentro do qual interpretamos os fósseis, mas não temos prova de nossas interpretações.

Perguntas para reflexão
1. O que aconteceria se não houvesse um Criador que estabelecesse uma ordem moral sobre a humanidade? De onde viriam os conceitos morais?
2. Como nossa visão de criação influencia nossas opiniões sobre questões atuais como a eutanásia, clonagem, aborto, etc.?
3. Um cidadão local que dedicava seu tempo para guiar passeios no campo de concentração nazista de Dachau começava o roteiro falando sobre a teoria da evolução de Charles Darwin, sugerindo que a teoria de Darwin conduziu ao drama de Dachau e outros similares. Qual é a lógica óbvia dessa linha de raciocínio? De que maneiras ela poderia ser defeituosa?

Respostas sugestivas: 1. Eles não deveriam comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Se dela comessem, morreriam. A desobediência produz morte. 2. Devemos adorar ao Senhor porque Ele nos criou. Somos Suas ovelhas. Deus cuida de nós e nos sustenta. Devemos compartilhar a bondade e o cuidado do Criador. 3. Recebemos o domínio sobre o ambiente e as criaturas da Terra. 4. O homem, criado à imagem de Deus, não deveria matar nem derramar sangue de outros seres humanos, porque isso seria contrário ao caráter de Deus. 5. De um só, Deus fez toda a humanidade. Somos todos irmãos, filhos do mesmo Criador. 6. Quem oprime o pobre insulta o Criador, mas quem tem compaixão do necessitado honra o Senhor; Deus é o Criador do rico e do pobre. 7. Deus faz o Sol nascer sobre maus e bons, faz chover sobre justos e injustos. Devemos refletir a perfeição divina ao amar os inimigos e orar pelos que nos perseguem. 8. Deus teve compaixão dos feridos e sofredores. Ele enviou Jesus Cristo para resgatar a humanidade caída no pecado. Cristo foi um servo humilde. Devemos imitar Sua atitude. 9. Paulo começou elogiando e falando dos pontos em comum entre sua crença e a dos atenienses. Depois destacou o fato de que Deus é Criador, soberano sobre a criação e juiz de todos. Deus oferece a todos a oportunidade de arrependimento. 10. O juízo final. Nossas obras serão julgadas com base na lei e no caráter de Deus.


Resumo da Lição 5 – Criação e moralidade

Texto-chave: Gênesis 9:4-6
O aluno deverá…
Saber:
A importância da criação para a moral e ética cristãs.
Sentir: A diferença entre a moralidade baseada na criação e a moralidade baseada na evolução.
Fazer: Aprender a ter uma vida de serviço abnegado, especialmente para com aqueles sobre os quais exercemos poder.
Esboço
I. Saber: A importância da criação para a moralidade

A. Que diferença a nossa crença sobre as origens faz para a moralidade e a ética?
B. Qual é o papel do relativismo na ética? Até que ponto a crença na criação influencia e molda essa discussão?
C. Explique a doutrina da dignidade humana e seu papel na vida cristã.
II. Sentir: Como a criação molda o senso de moralidade
A. O que as diferentes implicações da criação e evolução para a moralidade significam para mim?
B. Como a minha crença na criação molda minha auto-estima e minha visão do valor dos outros?
C. Como, por sua vez, essa visão deve me inspirar a tratar as pessoas com quem entro em contato?
III. Fazer: Uma vida de serviço abnegado
A. Como posso aplicar à minha vida os princípios morais derivados da criação?
B. Quais são algumas das maneiras pelas quais a minha crença na criação pode me tornar mais altruísta e voltado a servir os outros, especialmente aqueles sobre os quais eu exerço poder?
Resumo: O que acreditamos sobre as origens tem importantes implicações morais. A moralidade da criação encoraja a crença em padrões fixos de certo e errado e nos chama a utilizar o nosso domínio para servir e proteger aquilo sobre o que temos poder. A evolução, por outro lado, estabelece o espírito de ostentação do poder pessoal, de exploração e opressão sobre os fracos, a fim de promover o interesse próprio.

Ciclo do aprendizado

Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: As nossas crenças sobre as origens têm importantes implicações morais.
Só para o professor: Enfatize que a crença na criação, conforme a descrição de Gênesis 1, estabelece a base para um tipo de moralidade significativamente diferente da moralidade sugerida pela evolução.

Desde que Charles Darwin publicou seu tratado sobre a evolução, tem sido discutido se a evolução tem implicações morais. De modo geral, pouco trabalho erudito foi feito para investigar essa questão, mas houve agitação popular alegando que o darwinismo é prejudicial à moralidade e ética judaico-cristãs tradicionais. Desde 1950, um pequeno, mas crescente número de pensadores instruídos têm sondado a questão de como a teoria da evolução poderia afetar a ética tradicional.
Julian Huxley argumentou que a moralidade é um produto da evolução e, assim, “todos os padrões de certo e errado deve, de alguma forma, estar relacionado ao movimento desse processo [evolução] ao longo do tempo” (T. H. Huxley e Julian Huxley, Touchstone for Ethics [Teste da Ética: 1893-1943; New York, Harper and Brothers, 1947, p. 131). Esse argumento mostra que a cosmovisão evolutiva favorece o relativismo na moral. Essa observação, no entanto, é apenas o começo do impacto da evolução sobre a moralidade. Na próxima etapa do Ciclo do Aprendizado, contrastaremos diferentes implicações morais entre Gênesis 1 e a teoria de Darwin.
Pergunta de abertura: Que diferença existe entre o comportamento dos que aplicam os princípios de Gênesis 1 e o dos que aplicam os princípios evolucionistas?
Compreensão
Só para o professor: A criação fornece os elementos fundamentais para a moralidade cristã, especialmente o conceito de santidade e dignidade da pessoa humana. A criação introduz uma ética do poder pessoal que nos chama a servir em vez de explorar os menos favorecidos do que nós, sejam seres humanos ou animais.

Comentário Bíblico

I. A imagem de Deus e o poder da razão
(Recapitule com a classe Gn 9:4-6.)
Quando Deus ordenou a humanidade a se abster de comer do fruto de uma árvore, vemos o homem destacado como tendo uma característica ausente nos animais. Ellen G. White comenta: "A primeira grande lição moral dada a Adão foi a da abnegação. As rédeas do governo de si mesmo foram colocadas em suas mãos. Juízo, razão e consciência deviam manter o controle” (The Advent Review and Herald [Revista e Arauto do Advento], 24 de fevereiro de 1874). Assim, os seres humanos foram distinguidos dos animais, ao receberem a capacidade única de reconhecer as opções do livre-arbítrio e avaliá-las com base em um padrão mais elevado do que seus próprios desejos e necessidades. O relato da criação oferece a base para o estabelecimento do direito divino de colocar sobre nós exigências fundamentadas em Sua autoridade.
O cristianismo tem uma longa tradição de igualar a imagem de Deus com o poder da razão. Um desafio a isso vem do evolucionista James Rachels, que argumenta que a razão deve ter evoluído gradualmente e, portanto, não é única á humanidade. Nós meramente temos mais e, por isso, somos diferentes dos animais apenas quantitativamente. No entanto, parece claro que uma opção melhor do que apenas a razão pode ser oferecida. Outro evolucionista, Robert Wright, reconhece que os seres humanos são únicos em natureza, pois somente os seres humanos possuem um senso moral. Wright descobriu algo importante. Nosso senso moral é realmente único e ainda reflete o senso moral de Deus. Assim, ter um senso moral parece constituir a ideia central do que significa ser feito à imagem de Deus, especialmente quando essa ideia está ligada ao domínio.
Duas questões surgem da ideia de ser feito à imagem de Deus. A primeira é a santidade da vida humana. Gênesis 9:4-6 protege a vida humana da morte por meio de animais ou seres humanos porque o homem foi feito à imagem de Deus. Alguma coisa no fato de ser feito à imagem de Deus fornece uma base para considerar o assassinato moralmente errado. Assim, a ética judaico-cristã tende a projetar um nível maior de proteção moral aos seres humanos do que aos não humanos. Assim, se a casa está sendo incendiada, e podemos salvar APENAS um cão ou um bebê, escolhemos o bebê como tendo direito a uma proteção maior como um ser humano à imagem de Deus. Rachels argumenta que a evolução mina a doutrina da dignidade humana, em parte, ao enfraquecer a ideia de que o homem foi feito à imagem de Deus. Se a evolução materialista foi o agente da criação, então Deus não estava ativamente planejando e formando e, assim, não podem existir seres humanos feitos à Sua imagem.
Podemos construir outro contraste moral entre Gênesis 1 e a evolução. Na evolução, o interesse próprio é a norma que rege. Os fortes não ajudam os fracos, mas os oprimem e exploram. Mas na criação antes da queda, não havia opressão e exploração. Ao contrário, Adão e Eva deviam “servir e proteger” a natureza, usando seu poder para cuidar dela, não para explorar (“servir e proteger” é uma tradução muito literal do texto hebraico de Gênesis 2:15).
O domínio humano devia imitar o domínio divino, pelo menos no estilo. Já em Gênesis 1, podemos ver o princípio moral da abnegação que se esvazia para o bem dos outros, como descrito em Filipenses 2:5-7. Ser criado à imagem de Deus não é apenas ter domínio e poder de avaliar moralmente as escolhas, mas significa ter uma vida dedicada à não exploração e ao serviço abnegado ao mundo que nos rodeia. Explorar qualquer dos filhos de Deus física, sexual ou emocionalmente é uma atitude darwiniana, que viola a imagem de Deus no agressor, por mais arruinada que ela já esteja.
Pense nisto: Se dissermos que Deus criou através do processo evolutivo, como essa visão pode alterar os fundamentos da nossa visão da dignidade e valor humanos?
Aplicação
Só para o professor: Nossas crenças sobre as origens afeta a maneira pela qual tomamos decisões agora. A criação nos chama ao serviço altruísta, enquanto a evolução nos chama a ser um dos mais aptos que sobrevivem. As perguntas a seguir são planejadas para analisar essas diferenças.
Perguntas para reflexão
Se uma pessoa vive de forma consistente os princípios de Gênesis 1 ou da evolução, como pode o criacionista se comportar de modo diferente do evolucionista:
1. Na vida familiar?
2. Na vida profissional?
3. Na comunidade?
Criatividade
Só para o professor: Esta atividade toma as perguntas anteriores e as personaliza. Incentive os alunos a pensar no significado dessas questões para sua vida pessoal. Use a seguinte atividade para encorajar a introspecção pessoal, mesmo que as respostas não sejam compartilhadas com a classe.

Atividade para discussão: Como posso ser mais orientado para a criação, vivendo uma vida de serviço altruísta, partilhando bênçãos com os outros:
1. No meu lar?
2. Na minha vida profissional?
3. Na minha comunidade?

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA 05 A 11 DE JANEIRO/2013

Lição 2. A formação do mundo

publicado em: 04/01/2013 | 17:15
Lição 2
5 a 12 de janeiro



A formação do mundo




Sábado à tarde
Ano Bíblico: Gn 16–19

VERSO PARA MEMORIZAR: “Assim diz o Senhor, que criou os céus, o Deus que formou a Terra, que a fez e a estabeleceu; que não a criou para ser um caos, mas para ser habitada: Eu Sou o Senhor, e não há outro” (Is 45:18).
Leituras da semana: Gn 1:1-13; Is 45:18; 1Jo 1:5; Ap 22:5; 2Co 4:6; 2Pe 3:5; Jó 38:4-6

Os cientistas estão cada vez mais impressionados com a adequação do mundo para as criaturas vivas. E não é de admirar, porque desígnio e propósito são confirmados em toda a Bíblia, começando com Gênesis 1. Iniciando com um planeta que estava sem forma e vazio, Deus passou os primeiros três dias formando o mundo para a ocupação e os três últimos enchendo-o. A lição desta semana se concentra nos três primeiros dias da semana da criação.
Alguns estudiosos se opuseram à ideia de que Deus iria “impor” um propósito à natureza, argumentando que Ele simplesmente permitiu que o mundo material fosse “livre” e se desenvolvesse por processos naturais supostamente inerentes em si mesmo. Esse é um tema comum entre os que promovem várias formas de “evolução teísta”.* No entanto, tais ideias não são compatíveis com as Escrituras nem com nossa compreensão da criação. O Universo não tem vontade própria. A criação não é uma entidade independente de Deus, mas é a arena escolhida por Ele, na qual o Senhor pode expressar Seu amor pelas criaturas que fez.

* Teísmo: Doutrina comum a religiões monoteístas, que afirmam a existência de um único Deus, soberano do Universo e em intercâmbio com a criatura humana. [Nota do tradutor]

Domingo
Ano Bíblico: Gn 20–22

Sem forma e vazia


1. “No princípio, criou Deus os céus e a Terra. A Terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas” (Gn 1:1, 2). O que esses versos revelam sobre a Terra antes do começo da criação da vida?

A Bíblia começa com a história da criação, e a história da criação começa com a declaração de que Deus é o Criador. Em seguida, ela descreve a condição do mundo quando Deus começou a prepará-lo para a ocupação. Quando a História começou, o planeta já estava aqui, mas ainda sem forma, vazio, escuro e úmido. Os versos seguintes descrevem como Deus primeiramente transformou o mundo em um lugar habitável e, em seguida, o encheu de criaturas vivas. O texto não nos diz exatamente quando as rochas e água da Terra passaram a existir, diz apenas que o mundo não tinha sido sempre apropriado para a vida. O mundo se tornou adequado para as criaturas vivas unicamente porque Deus agiu para torná-lo assim.

2. Qual foi a intenção divina ao criar a Terra? Is 45:18

Quando a Terra foi trazida à existência, era inadequada para a vida. A Bíblia não diz nada sobre o período entre a criação original das rochas e da água e a criação do ambiente e das criaturas. Alguns estudiosos acham que não houve intervalo. Outros pensam que pode ter havido um longo período de tempo separando esses dois momentos da criação.
A verdade é que não sabemos, e isso não tem muita importância. Seja qual for o caso, o material da Terra foi criado por Deus e, em seguida, no momento de Sua escolha, Ele criou um ambiente propício para a vida. O ponto essencial é que o Senhor, que não depende de matéria preexistente, usou a matéria que Ele já havia criado em algum momento, algo que em seu estado “primitivo” era tohu vbohu (“sem forma e vazia”). Depois, pelo poder de Sua palavra, Ele criou nosso mundo habitável.

Segunda
Ano Bíblico: Gn 23–25

Haja luz


3. “Disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas. Chamou Deus à luz dia e às trevas, noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia” (Gn 1:3-5). O que esses versos ensinam sobre o primeiro dia da criação?

Muitos pontos podem ser deduzidos dessa passagem. Primeiro, a luz apareceu em resposta à ordem de Deus. A palavra de Deus é eficaz em determinar o estado da criação. Em segundo lugar, a luz era “boa”. Podemos nos perguntar por que o texto diz que Deus “viu” a luz; há alguma dúvida de que Deus vê tudo? O ponto é que a luz feita por Deus era boa, mesmo aos olhos dEle. Sabemos que a luz é boa porque o próprio Deus a avaliou como tal.
Outro ponto é que Deus separou a luz das trevas. Luz e trevas estão sob o controle de Deus, e nenhuma delas faz qualquer diferença para Sua atividade e conhecimento (Sl 139:12). Deus deu nomes para as partes escuras e claras do tempo, chamando-as “dia” e “noite”. Ele tem o direito de dar nomes aos períodos de tempo, porque é o Criador do tempo. Como soberano sobre o tempo, Deus não é limitado pelo tempo. Ao contrário, o tempo depende de Deus.
Outro ponto dessa passagem é que houve um período de escuridão e um período de luz que, juntos, formaram um dia. Muito tem sido escrito sobre o significado de “dia” na história da criação. Analisaremos essa questão mais tarde, mas, a propósito, podemos notar que o primeiro dia foi composto por um período de trevas e um período de luz, da mesma forma que observamos os dias atualmente.
Além disso, a luz é uma das características que acompanham a presença de Deus. Não precisamos supor que a luz tenha sido inventada no primeiro dia da criação, uma vez que Deus existia antes da criação da Terra e Sua presença frequentemente é associada à luz (1Jo 1:5; Ap 22:5). Na criação, a luz foi introduzida no planeta anteriormente escuro.
No entanto, como poderia haver dia e noite antes da introdução do Sol no relato da criação? Moisés certamente conhecia a ligação entre o Sol e a luz do dia. Mesmo assim, apesar desse conhecimento óbvio, ele escreveu sobre a luz e as trevas no primeiro dia da criação. Deus deve ter dado a ele um conhecimento de que, neste momento, não podemos entender nem discernir a partir da contemplação do mundo natural. Ainda assim, por que não devemos nos surpreender pelo fato de que algumas coisas sobre a criação permanecem um mistério?

Terça
Ano Bíblico: Gn 26, 27

O céu criado


“E disse Deus: Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas. Fez, pois, Deus o firmamento e separação entre as águas debaixo do firmamento e as águas sobre o firmamento. E assim se fez. E chamou Deus ao firmamento céus. Houve tarde e manhã, o segundo dia” (Gn 1:6-8).

4. Qual é a função do firmamento? Gn 1:6-8

Deus criou o firmamento, designou sua função, e lhe deu um nome, céus. A função do firmamento ou expansão (céu) foi separar as águas debaixo dele das águas acima dele. Usamos mais o termo “céu” e reconhecemos a divisão do espaço celeste em atmosfera, uma parte do nosso meio ambiente e o espaço além da nossa atmosfera, onde estão o Sol, a Lua e as estrelas.
A atmosfera parece ser a porção do “céu” que foi formada no segundo dia da criação. A atmosfera provê uma forma de mover a água para cima; a água pode evaporar e entrar na atmosfera, onde pode ser transportada para qualquer lugar na Terra. Em seguida, ela pode ser levada de volta para a superfície, como neblina, conforme a descrição de Gênesis 2:6, ou como chuva.
Deus deu nome ao firmamento, indicando Sua soberania sobre ele. O ato de nomear implica que Deus é soberano sobre o espaço. O espaço não limita de modo nenhum as ações de Deus, porque Ele o criou e governa. Assim como aconteceu com a iluminação do mundo no primeiro dia, a criação do firmamento foi concluí­da antes do fim do segundo dia.
Tem havido muita discussão sobre o significado da palavra firmamento. A palavra hebraica raqia às vezes é utilizada para descrever uma chapa de metal que foi batida até se tornar uma lâmina fina. Por isso, o termo “firmamento”. Os críticos argumentam que os antigos hebreus realmente acreditavam que havia uma superfície dura acima da Terra. Assim, eles argumentam, visto que tal coisa não existe, o relato bíblico está errado. Mas esse é um raciocínio falho. O uso da palavra firmamento, nesse contexto, se aplica simplesmente ao céu acima, à atmosfera e ao espaço. Precisamos apenas observar o contexto imediato para saber o que está sendo dito. Em Gênesis, as aves são descritas como voando “sobre a face da expansão dos céus” (Gn 1:20, RC), e em outro texto o firmamento é o lugar em que o Sol e a Lua são vistos (Gn 1:14). Obviamente, as aves não voam na parte do firmamento [raqia] onde o Sol e a Lua estão.

Quaisquer que sejam os mistérios da narrativa da criação, um ponto aparece claramente: nada é deixado ao acaso. Por que é importante saber disso, especialmente nesta época em que muitos acreditam que o acaso desempenhou grande papel em nossa criação?

Quarta
Ano Bíblico: Gn 28–30

Espaço para viver


5. Tente imaginar o extraordinário poder de Deus ao criar o que é descrito em Gênesis 1:9-13. Como esse relato dá uma resposta lógica à antiga pergunta: “O que veio primeiro, o ovo ou a galinha?”

Antes dessa época, a Terra estava coberta com água. A fim de prover espaço para a vida dos seres humanos que Deus planejou criar, Ele mudou a superfície da Terra para produzir bacias que recebessem a água e formassem mares, permitindo o surgimento dos continentes. Isso envolveu uma terceira divisão das características físicas da Terra (a primeira divisão foi entre luz e trevas; a segunda divisão foi entre as águas de cima e as águas de baixo; e a terceira divisão foi entre a terra seca e os mares.)
Além disso, pela terceira vez, Deus deu nomes às coisas que Ele havia separado. A parte seca foi chamada “terra”, e os ajuntamentos das águas foram chamados de “mares”, ilustrando mais uma vez a soberania de Deus sobre o espaço. O Senhor examinou a organização da terra e dos mares e declarou que isso era “bom”.
Um segundo evento está registrado no terceiro dia da criação. A terra seca proporcionou espaço para que Deus colocasse um suprimento de alimentos para as criaturas que em seguida seriam criadas. Deus criou as plantas a partir da parte seca (terra). Relva, ervas e árvores frutíferas são mencionadas especificamente. Essas deviam ser as fontes de alimento para as criaturas terrestres. O texto não indica quantos diferentes tipos de plantas foram criados, mas indica que houve uma diversidade de plantas desde o começo. Na verdade, a partir do que vemos hoje, sabemos que deve ter havido uma incrível variedade dessas formas de vida. Além disso, as Escrituras deixam claro que não existe um ancestral único a partir do qual todas as plantas evoluíram. Desde o início houve uma diversidade de vida vegetal. O conceito de um ancestral único das plantas, fundamental para a biologia evolutiva, é contraditório ao relato bíblico.

Considere a diversidade de frutas, vegetais e outros alimentos. Como eles apresentam forte evidência do amor de Deus por nós? Por que é absurdo pensar que todas essas coisas foram criadas por processos aleatórios, como a evolução ensina?

Quinta
Ano Bíblico: Gn 31–33

A onipotente palavra de Deus


6. O que os seguintes textos nos ensinam sobre o poder da palavra de Deus?

A Bíblia ensina que Deus criou do nada (ex nihilo), pelo poder de Sua palavra e sem conflito ou resistência sob qualquer forma. Esse ponto de vista acerca da criação é exclusivo dos hebreus entre todos os povos do mundo antigo. A maioria das histórias não bíblicas sobre a criação fala de conflito e violência na criação. Por exemplo, os antigos babilônios tinham uma história da criação em que o monstro Apsu e sua companheira Tiamat produziram uma geração de deuses que, depois, eles tentaram destruir, mas Tiamat foi morta na batalha. Seu corpo foi dividido em duas partes, uma que formou os céus e a outra que formou a Terra.
Estudiosos contemporâneos também criaram uma história popular sobre a criação da Terra por meio da violência. Segundo essa história, Deus criou deliberadamente um mundo no qual os recursos eram escassos, causando competição entre os indivíduos, fazendo com que os mais fracos fossem eliminados pelos mais fortes. De acordo com essa história moderna, com o passar do tempo os organismos se tornaram mais e mais complexos, produzindo finalmente os seres humanos e todos os outros organismos vivos a partir de um ancestral comum.
No entanto, os “deuses” da teoria da evolução (mutações aleatórias e seleção natural) não são iguais ao Deus da Bíblia, que é o Defensor dos fracos e generoso Provedor para todas as criaturas. Morte, sofrimento e outros males não foram causados por Deus. Ao contrário, surgiram como resultado natural da rebelião contra Seu bom governo. Os deuses da teoria da evolução utilizam a competição e a eliminação dos fracos pelos fortes a fim de criar. Ainda pior: eles são responsáveis pela morte e sofrimento. Na verdade, morte e sofrimento são seus meios de criar.
Assim, Gênesis 1 e 2 não podem, de nenhuma forma, ser harmonizados com a moderna teoria da evolução, que em sua essência se opõe à narrativa bíblica da criação.

Sexta
Ano Bíblico: Gn 34–36

Estudo adicional


Embora as Escrituras não digam isso explicitamente, temos boas razões bíblicas para acreditar que o Universo já existia muito antes do início da vida na Terra. Em primeiro lugar, em Jó 38:4-6, Deus afirma que houve seres vivos que rejubilaram quando Ele formou o mundo. Isso implica que seres preexistentes viviam no Universo antes da criação da Terra. A referência ao Universo expectante em 1 Coríntios 4:9 pode se referir ao mesmo grupo de seres. Em segundo lugar, a serpente estava presente no Jardim do Éden antes que Adão e Eva pecassem. Em Apocalipse 12:9, a serpente é identificada como Satanás, que foi expulso do Céu. Jesus disse que Ele viu isso acontecer (Lc 10:18). Ezequiel 28:14, 15 descreve o querubim cobridor, que era perfeito no princípio, mas, finalmente, se rebelou. Isso implica que houve um período de tempo antes da rebelião de Satanás e que, provavelmente, ele vivesse no Universo também. Esses textos indicam que Adão e Eva não foram os primeiros seres criados.
“Quando a Terra saiu das mãos de seu Criador, era extraordinariamente bela. Variada era a sua superfície, contendo montanhas, colinas e planícies, entrecortadas por majestosos rios e formosos lagos. As colinas e montanhas, entretanto, não eram abruptas nem escabrosas, tendo em grande quantidade tremendos despenhadeiros e medonhos abismos como acontece hoje. As arestas agudas e ásperas do pétreo arcabouço da Terra estavam sepultadas sob o solo fértil, que por toda parte produzia um pujante crescimento de vegetação. Não havia asquerosos pântanos nem áridos desertos. Graciosos arbustos e delicadas flores saudavam a vista para onde quer que esta se volvesse. As elevações estavam coroadas de árvores mais majestosas do que qualquer uma que hoje existe. O ar, incontaminado por miasmas perniciosos, era puro e saudável” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 44).

Perguntas para reflexão
1. Quantas evidências de um planejamento para a criação do mundo você consegue identificar?
2. Por quais razões a teoria da evolução não pode ser harmonizada com a doutrina bíblica da criação?
3. Sem dúvida, existem elementos no relato da criação em Gênesis que não podemos explicar. No entanto, por que isso não é razão para rejeitar o relato literal da maneira pela qual Deus criou o mundo?

Respostas sugestivas: 1. A Terra era era um planeta escuro e sem vida, inadequado para os seres vivos. 2. Que a Terra fosse habitada. 3. No primeiro dia, Deus fez surgir a luz. O Criador percebeu que a luz era boa. Deus usou a luz para organizar o tempo e a vida, ao separar as trevas da luz, o dia da noite. 4. Separar as águas acima do firmamento das águas abaixo dele. 5. Deus separou a parte seca da Terra das águas, criou relva, as ervas que dão sementes e árvores frutíferas; as condições para a vida no planeta foram criadas antes da chegada dos animais e seres humanos. 6. Deus falou e a luz passou a brilhar em meio às trevas. A palavra que sai da boca do Senhor não volta vazia, mas realiza o que é do Seu agrado. A palavra de Deus criou os céus e a Terra.



Resumo da Lição 2 – A formação do mundo

Texto-chave: Isaías 45:18
O aluno deverá…
Saber:
A importância do planejamento na nossa compreensão da criação.
Sentir: Que Deus age propositadamente, com intenções específicas, até mesmo em relação à maneira de viver de cada indivíduo.
Fazer: Procurar conhecer os desígnios de Deus para sua vida e se submeter a eles.
Esboço
I. Saber: A importante função do planejamento no nosso entendimento da criação

A. Que evidências de planejamento e propósito divinos podem ser encontrados na história da criação?
B. De que forma Deus formou e preencheu o ambiente na narrativa da criação?
C. Se Deus criou por meio de processos desprovidos de propósito e planejamento, que tipo de Deus nós temos?
II. Sentir: Apreciação pelo planejamento divino
A. A criação com planejamento faz diferença para sua vida espiritual?
B. Como você pode cultivar uma apreciação e reverência mais profundas pelo poder criativo e regenerador de Deus?
III. Fazer: Submeter-se ao poder criador de Deus
A. Sua vida reflete o poder criador de Deus?
B. O que Deus precisa formar e preencher em sua vida, e como você pode cooperar com Seu propósito de transformar você?
Resumo: Nossa compreensão do planejamento divino na criação é importante porque afeta drasticamente a nossa visão de Deus e, portanto, nosso relacionamos com Ele.

Ciclo do aprendizado

Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Em Gênesis 1, Deus é apresentado como Criador, com propósitos e planos específicos para Sua criação. Se acreditamos que Deus cria através de processos aleatórios, sem propósito, essa visão muda a nossa compreensão de Deus de maneira dramática.
Só para o professor: Expresse em suas próprias palavras os pensamentos contidos no curto ensaio abaixo. Depois, use a atividade a seguir para incutir nos alunos uma compreensão da importância do plano divino em Sua vida.

Diversos estudiosos observaram que os seis dias da criação se dividem em duas partes: formação e preenchimento. Durante os primeiros três dias Deus formou o nosso mundo com traços inacabados, com luz, água e terra seca. Nos últimos três dias, Ele preencheu com mais detalhes o que Ele havia formado. Assim, a luz foi preenchida com o Sol, a Lua e as estrelas. As águas e a terra foram preenchidas, respectivamente, com várias formas de vida, culminando com a criação do homem no sexto dia.
Formar e preencher são evidências de um plano e de um projeto sendo implementados por Deus no processo de criação. O Sol e a Lua foram criados para ajudar a marcar e definir tempos e as estações. As plantas e frutos foram projetados para alimentar animais e seres humanos e, portanto, a predação parece ser excluída do projeto original. Ao criar dois seres humanos de diferentes sexos e unindo-os em casamento, Deus parece ter estabelecido um projeto para a estrutura familiar e os relacionamentos.
Planejamento significa que Deus criou as coisas com intenções e propósitos específicos. Deus tem o direito de prescrever como Sua criação deve funcionar e a maneira pela qual ela deve ser usada. Assim, o planejamento está intimamente relacionado ao direito divino de governar o que Ele criou. Formação e preenchimento fazem parte do modelo simples a partir do qual podemos examinar a importância do projeto divino para nossa vida espiritual.

Compreensão
Só para o professo: Considere por que o planejamento e propósito na criação fazem a diferença na vida do cristão.

Comentário Bíblico

Deus de Galápagos
(Recapitule com a classe Gn 1:14-18.)
Em Gênesis 1, encontramos evidências de que Deus criou com propósitos específicos e tinha objetivos em mente para Sua criação. No nosso texto-chave, por exemplo, as luzes celestes foram feitas para governar o tempo – dias, meses e estações são definidas pelos luminares celestes. Hoje, no entanto, a crença na teoria da evolução desafia a ideia de um projeto na natureza. As observações de Darwin nas Ilhas Galápagos desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento de sua teoria sobre as origens, desprovida de planejamento e propósito, impulsionada pela seleção natural. Valendo-se do contexto de Galápagos, David Hull faz uma pergunta importante: “Que tipo de Deus alguém pode deduzir a partir do tipo de fenômeno sintetizado pelas espécies estudadas por Darwin nas Ilhas Galápagos?” Ele finalmente responde: “O Deus de Galápagos é negligente, esbanjador, indiferente, quase diabólico. Esse não é o tipo de Deus a quem alguém estaria inclinado a orar” (David L. Hull, “O Deus de Galápagos”, Nature 352; 8 de agosto de 1991, p. 486). Que tipo de Deus criaria através de processos evolutivos desprovidos de planejamento?
Alguns teólogos afirmam que Deus não é indiferente ao mal natural, mas que Ele é limitado em Sua própria natureza, de modo que Ele é bom, mas limitado em poder. Assim, embora Deus deseje fazer algo a respeito da dor e do sofrimento no mundo, é incapaz.
Uma segunda opção apresentada afirma que, embora Deus seja todo-poderoso, Seu maior desejo é a liberdade completa do Universo para se auto-criar e auto-determinar. Essa liberdade é considerada mais importante para Deus do que impor algum tipo de ordem ou projeto sobre o Universo. Os defensores desse ponto de vista sugerem que Deus partilha o poder com o Universo, e o Universo, portanto, participa de sua própria criação.
Uma terceira opção é o deísmo. Nessa visão, Deus lança todos os processos naturais e, em seguida, afasta-Se como um desinteressado e ausente senhor de propriedades. Embora esse Deus possa ter todo o poder, Ele mostra pouco ou nenhum interesse pessoal nos assuntos da humanidade. Nessa teoria, é altamente improvável que Deus interaja ou interfira pessoalmente em alguma questão da história da Terra.
Para cada uma dessas três opções, deve-se perguntar: “Por que devo orar a um Deus assim?” Se Deus é limitado em poder, quando muito, a oração poderia permitir que Deus fosse uma simpática, mas inútil caixa de ressonância. Na opção dois, se Deus renunciou ao planos e propósitos para estabelecer e preservar a nossa liberdade, por que orar? Ele não iria interferir em nossa liberdade. Por que intervir, se não há propósito ou planejamento? Finalmente, na opção deísta, por que orar a um Deus desinteressado?
A criação bíblica está fundamentada no planejamento divino, o que torna possível a Deus cuidar, intervir e responsabilizar a humanidade. Assim, o teísmo bíblico nos apresenta um Deus ao qual as pessoas podem estar inclinadas a orar. A oração pressupõe um Deus que cuida e que tem planos e propósitos, os quais criam um senso do que devemos ser. Assim, oramos porque cremos que Deus tem desígnios e propósitos, e queremos sua ajuda, a fim de aproveitá-los. Hull parece estar correto. Não estaríamos inclinados a orar a um Deus que evita o planejamento e cria por meio de processos aleatórios e indiretos.
Pense nisto: Que atributos de Deus você vê na história da criação que levam você a desejar orar a Ele?
Aplicação
Só para o professor: O que acreditamos sobre a maneira pela qual Deus criou afeta outras crenças? Acreditar que Deus criou por meio de um processo aleatório afeta outras áreas da teologia bíblica? Comente as seguintes perguntas e seus elementos. Sinta-se livre para adicionar outras questões além dos itens listados.

Perguntas
Se não há planejamento na criação, qual seria a nossa visão sobre Deus? Como essa visão influenciaria a nossa compreensão dos seguintes assuntos como oração, Escrituras (Revelação e Inspiração), a natureza da verdade, pecado, sábado, justiça, responsabilidade humana e juízo final?

Criatividade
Só para o professor: Enfatize que nossa crença sobre o planejamento afeta a nossa visão de adoração.

Atividade para discussão: Em extremos opostos do espectro da fé encontra-se uma crença religiosa que se conforma a uma revelação divina prescritiva e uma fé que é meramente uma coleção de ideias espirituais desenvolvidas em comunidade. Como o planejamento na criação afeta a compreensão sobre a nossa fé? A criação planejada influencia a nossa maneira de adorar a Deus?